Navegando pela internet atrás de informações sobre motos de corrida com motores pequenos, achei a página www.suzukicycles.org e me impressionei com algumas especificações. O modelo RK67, que competiu no último ano (1967) antes da restrição a motores com mais de um cilindro, usava um 2-cilindros 2-tempos, refrigerado a água, que rendia 17,5 cv a 17.300 rpm, capaz de impressionantes 176 km/h, e por conta da estreitíssima faixa útil utilizava uma caixa de câmbiocom 14 marchas. Imaginem a quantidade de mudanças de marchas durante uma corrida !
Chegaram a fazer um modelo ainda mais ardido, a RP68, com motor de 3 cilindros e 19 cv a 20.000 rpm, que ficou pronta pouco antes do final da temporada de 67, mas com o anúncio da restrição aos multicilindros, não viram sentido em colocar a moto na última corrida do ano e depois encostá-la.
Impressionante também a RS67, com um V-4 de 125 cm³, 42 cv e 230 km/h de final. Motos do final da década de 60. Não sei se hoje em dia os números seriam significantemente mais expressivos, acredito que o maior ganho em motores atuais seria em elasticidade, com uma janela útil mais generosa e sem necessidade de tantas marchas.
Motores 2-tempos são cada vez mais raros, mas encontrei no site da Yamaha Portugal um modelo esportivo de 50 cm³. Quer dizer, esportivo no visual, porque a potência é de ciclomotor. Em www.yamaha-motor.pt/pt/produtos/motociclos/50cc/tzr50.aspx?view=techspecs .
AC
Dois tempos turbodiesel, a melhor configuração.
ResponderExcluirApesar de parecer leve, deveria ser difícil levar a moto da primeira imagem numa tocada esportiva. Pneus finos, suspensões "relativamente frágeis" e um motor encaixado "lá em cima", juntinho ao tanque de combustível.
ResponderExcluirInteressante como as máquinas evoluem com o tempo...
Deveria ser uma coisa louca para pilotar; o condutor deve ser mais magro que filé de gafanhoto (coopright by Tite), e o trabalho que deve dar para buscar os únicos 95 giros com potência....
ResponderExcluirCinquentinha me remete as Agrales Tchau, alguém lembra?
Mais de 17 cavalos em uma 50cc. E como parar com aqueles tambores?
ResponderExcluirLinda demais...
Amo motores 2T...
ResponderExcluirPoderiam ter investido mais neles.
Há exemplos muito bons dessa configuração onde não é preciso misturar o tão mal falado óleo ao combustível.
E mesmo assim, os fabricantes também poderiam ter desenvolvido algum lubrificante menos poluente...
Fico triste em pensar que eles estão sumidos das ruas.
Abraços
P.S.: Trabalho na Agrale.
Décio, que maravilha!
ResponderExcluirSe for do tempo das Agrales-Cagiva então, teria muitas coisas a contar sobre a mítica dos motores dois tempos.
Lembro bem das Elefant 30.0, 27,5, da histeria de potência das Huskys dos anos noventa; as YZR 250;...andar em uma dois tempos ardida é realmente uma grande experiência.
A tecnologia atual bem que poderia ser reaplicada para ressucitar antigos nichos de mercado de 2T
Que coisa louca esse moto, não sabia que algo assim tinha existido, a caixa de cambio devia ser umas 4x maior que o motor.
ResponderExcluirOlhando a foto eu não consigo pensar em outra coisa se não suicidio andar nessa moto... imagina então na de 3 cilindros...
Alexandre Cruvinel
ResponderExcluirLegal o post. Me Chamou a atenção a disposição do motor bastante alta, na 50cc da foto. Só deve se justificar pelo baixo peso do conjunto. Você, tem idéia o porquê da escolha?
Nos anos 70, as 50cc japonesas faziam muito sucesso nas nossas ruas e eram bem divertidas.
Há promessa da volta do motor 2 tempos. Pelo menos em nichos. A espanhola Ossa, ressurgiu com a TR-280 injetada. A trail tem atraído muito a atenção dos apaixonados pelos motores 2t. Tem uns vídeos no youtube.
http://www.ossamotor.es/EN/motor.php
Alexandre,
ResponderExcluirhoje em dia um 125 monocilíndrico de motocross tem ao redor de 40cv aos 11500rpm.
Infelizmente até no motocross estão ficando mais raros, culpa dos regulamentos patrocinados pelas fábricas onde uma 125 2T tem que competir com uma 250 4T.
Faltou vontade das grandes fábricas em continuar desenvolvendo os 2T. Aqui mesmo no Brasil já tivemos óleo lubrificante de origem vegetal, o Castrol M50.
Outra solução é a injeção direta. A Bombardier tem um motor náutico 2T injeção direta com baixíssimos índices de emissões.
http://www.sae.org/mags/AEI/POWER/8157
Três rugidos me "paralizavam" na década de 70: O quatro canecos 4T da sete-galo (Honda), a "bateção de panelas" dos 3 cilindros 2T da Suziki GT e o ruído "assassino e rouco" da RD 350...
ResponderExcluirGosto muito deste site aqui:
ResponderExcluirhttp://www.bikeexif.com/
ótimas fotos... ótimas motos!!!
MFF
ResponderExcluirQuando começei a trabalhar aqui a parceria da Agrale estava terminando, sobraram boas histórias dos colaboradores mais antigos, do tempo em que havia desenvolvimento das motos por aqui...
Ainda há algumas motos imaculadas num mini museu aqui na fábrica, interessante é um Motor de MV Agusta F4, utilizado para trinamentos.
Abraços
Uma vez vi um depoimento do John Surtees comentando que largou as 50cc devido a canseira que davam as 18 marchas da moto que ele pilotava na época (anos 1950).
ResponderExcluirE corriam o TT da ilha de Man com essas coisinhas. :-)
Achei uma Honda 50 1964 reduzindo, haja trabalho:
ResponderExcluirhttp://www.vintagebike.co.uk/galleries/soundfiles/1964%20Honda%2050.mp3
Mais na site:
http://www.vintagebike.co.uk/galleries/index.php
Essa Yamaha TZR50 é uma Garelli com carenagem, muito doido o bagulho!
ResponderExcluirVcs ja viram as RDzinha 125 fuçadas?
ResponderExcluirFazem os 402m na frente das 1000 cilindradas...
Corrigindo: RD 135
ResponderExcluirjá tive a oportunidade de experimentar uma 125cc 2T watercooled de motocross, era uma Kawasaki que não me lembro do modelo exato, mas gravei a potência da danada: 43cv a 12000rpm. as 250 4T tem um pouco menos de potência mas ganham de lavada no torque em baixa e é por isso que estão se impondo frente às 2T. mas a experiência da tocada 2T é inigualável e exige mais perícia do piloto.
ResponderExcluirJa tive muitas motos 2tempos e pilotar uma agrale 200 foi incrivel, na arrancada parecia um carro com motor v8 dos bons, agora, quando pilotei uma RD 350 foi impressionante, estiquei a 2 marcha e quando os giros passaram dos 5000 a moto simplesmente disparou, parecia aqueles filmes da Star Trek Enterprise quando acionam a velocidade de dobra, a visão periférica embaça e parece que estou pilotando um caça...se eu não estivesse segurando bem no guidão poderia ter até caido da moto! kkkkk
ResponderExcluirOs 2tempos poderiam ser ressucitados usando injeção direta , mas dizem que os indices de Nox ficam elevados neste tipo de motor, uma pena mesmo...
Eu já vi essas RD 135 mexidas e é impressionante mesmo o que aceleram na arrancada. É quase inacreditavel o que andam.
ResponderExcluirPisca, isso que você está falando não procede, não sei se você está enganado ou se ouviu dizer e tal.
ResponderExcluirNunca uma RD 135 poderia fazer frente a uma 1000. Uma 125cm³ de competição tem no máximo 50cv e as de competição ainda pesam 70 kg com pilotos peso mosquito.
O que houve é que no encontro em Caraguatatuba em 2000 uma RD350LC deixou todas motos para trás na avenida. Mas uma RD350 que tiha 50cv originais pode chegar a quem sabe uns 95 cv muito preparada e pesa 167kg que talvez depenada chegue a uns 150kg e talvez com um piloto peso pena contra as 900/1000/1100 da época levou. Vai saber o peso dos pilotos das motos grandes. Na época as 1000 eram um lixo, tinha só a FZR1000 e CBR 1000F, de 1100 eram as GSX-R1100W e ZX11, todas enormes e pesadas e de leve tinha a CBR900RR, mas fraca, potência abaixo de 128 cv, se bem que foi ela que mudou as esportivas de lá para cá. Na época não tinha a CBR XX.
Eneégles Steo, foi a KX125 e a KX250 tinha 55 cv, mas a 8500 rpm.
ResponderExcluirFábio,
ResponderExcluirEm 2000 já tinha a XX sim, no salão de 1998 a equipe da Honda fazia manobras lá do lado de fora do Anhembi com a XX 1.100.
Abraço,
Alexei
Oi Tecno. Confundi total a data. Foi lançada em 96 quando diziam chegar a 304 km/h. Mas você lembra da RD35 em Caragua em 2000, não lembra?
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