google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): volantes
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O post do Mustang me fez revisitar algumas fotos de um comparativo entro um Camaro 67 e um Mustang 68 que fiz junto com o primo Arnaldo em 2009. Uma das fotos que me chamou a atenção foi a do volante do Mustang. Um lindo Moto-Lita com aro de madeira, feito à mão.

Trata-se de um acessório que proporciona muito mais requinte e classe, e também prazer. Aliás, é através do volante que cumprimentamos o carro como num aperto de mão, "prazer em conhecê-lo". E o encontro com um volante bacana, que tem história e tem uma aparência familiar, já nos ajuda a gostar mais do carro, na maioria das vezes.


Um detalhe interessante no Delahaye 135 MS de 1947, volante de direção e botões do painel transparentes.

Fabricado em Lucite, um nome comercial para o polimetil metacrilato, podemos entender, sem levar a fundo a engenharia química, que se trata de um acrílico. Outro dos nomes comerciais é Plexiglas, conhecido dos entusiastas da aviação, pois é usado em cabines de aviões.


Entre as várias inovações do Ferrari 458 Italia está o volante multifunção.

As aletas de trocas de marcha ocupam um grande espaço atrás do volante. Para evitar interferência e erros de operação, as alavancas com interruptor para os comandos de luzes de direção, llimpador de para-brisa e acionamento dos faróis foram eliminadas.

Esses comandos, assim como outros, foram integrados ao volante deixando as aletas de troca de marchas livres e desempedidas. Apenas lembrando, o 458 tem caixa robotizada dupla-embreagem de  sete marchas e não possui sequer alavanca de mudanças ou versão manual tradicional, de seleção de marchas em "H".

A foto abaixo mostra bem todos os comandos no volante.



As luzes de direção estão em dois botões separados, um de cada lado. Acionamento dos faróis e farol alto à esquerda e acionamento do limpador/lavador do para-brisa à direita. A posição do acionamento da buzina também é bem diferente, fica no próprio aro do volante. Mas que usaria a buzina num Ferrari? Basta uma bela acelerada para assustar quem quer que seja.

Os outros comandos no volante são: partida, amortecedores e o famoso manettino, o botão giratório. O botão de partida dispensa explicações. Já o botão com desenho de um amortecedor desabilita qualquer controle eletrônico dos amortecedores, ou seja, deixa a suspensão trabalhar independente dos outros comandos. Serve por exemplo para uma tocada mais esportiva em pistas com superfícies mais acidentadas ou onduladas.

O botão giratório tem cinco posições que variam de acordo com a tocada desajada.
São elas:

Sport: posição padrão com controle de tração e de estabilidade trabalhando à vontade,

> Race: alivia um pouco o controle de estabilidade para soltar um pouco a traseira e permitir alguma derrapagem,

Low-traction: para pisos com pouca aderência,

CT-off: desabilita o controle de tração permitindo saídas de traseira mais intensas,

CST-off: desabilita tanto o controle de tração quanto o controle de estabilidade, permitindo que o piloto encontre o seu próprio limite.

As duas últimas posições são recomendadas apenas para uso em pista.

Aproveitando o post listei outros pontos interessantes do 458.

As tomadas de ar para o radiador tem uma aleta flexível que se deforma com a velocidade e ajuda a reduzir o arrasto aerodinâmico e aumentar a sustentação negativa (downforce).

Existem entradas de ar na base dos faróis com saídas no topo dos para-lamas dianteiros para reduzir a sustentação positiva (lift).

As tomadas de ar para o motor estão escondidas na coluna "C" causando menos turbulência no fluxo de ar sobre a carroceria do que as tomadas da F430. Essas entradas aumentam a pressão de admissão do ar em altas velocidades o que proporciona um aumento de potência de pouco mais de 5 cv (indução dinâmica).

O ar de arrefecimento do motor é captado em dutos por baixo do carro, a frente das rodas traseiras.

Nas extremidades da traseira existe um radiador de cada lado, para embreagem (dupla) e caixa de câmbio. As tomadas de ar para esses radiadores fazem a função de um aerofólio, como no Enzo.

Só existe a opcão de caixa de sete marchas robotizada dupla-embreagem e comando por alavancas no volante. Bye-bye para a tradicional grelha metálica, com as posições das marchas, dos Ferraris com caixa manual.

No painel há o mostrador central com um grande conta-giros que marca até 10.000 rpm. Em cada lado há uma tela. Na tela da esquerda há um indicador de tempreatura dos pneus e freios e outros dados sobre o carro. Muito útil para brincar nos track days. No lado direito fica o sistema de navegação e outros comandos.

A direção é muito rápida, com duas voltas de batente a batente.

É claro que falta falar muito sobre esse carro espetacular. Logo mais voltaremos a ele.