google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 maio 2011 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Tanque cheio, carteira vazia

A língua inglesa é criativa. Uma das boas vantagens é que eles criam termos para explicar expressões. Existe um termo para a ação de dirigir economizando combustível. É o  hypermiling, ou seja, hiper-milhagem, para nós, hiper-quilometragem. Há boas razões para dirigir um veículo de forma econômica na maior parte do tempo.

Um bom motivo é aquele que é o principal para mim. Minha aversão a desperdícíos de qualquer tipo, me faz sempre buscar uma maior autonomia para cada tanque de gasolina. Não uso álcool, primeiro por não ter carro que funcione com ele, e se tivesse, continuaria usando gasolina. Com o etanol, teria que parar em postos de abastecimento com mais frequência, e isso é coisa de que não gosto, como ir a supermercado, ou loja de roupas.
Fotos: autor


A primeira vez que passei por ele foi em agosto de 1979. Inesquecível. Lindo de enlouquecer. Ele vai de Villa la Angostura a San Martin de Los Andes, região de San Carlos de Bariloche, Argentina.

Começando do começo.

Três anos antes, no inverno de 1976, eu com uns 19 anos e um primo maluco topa-tudo saímos pra viajar de trem. Saímos da Estação da Luz, em São Paulo, e fomos parar com frio e esfaimados em Santa Catarina. Por sorte nossos pais passavam por lá em viagem de carro e nos recolheram, agasalharam e alimentaram, e, já refeitos, o meu primo se mandou pro Rio de Janeiro pra se esquentar ao sol nos braços de uma namorada e eu me mandei pra Argentina com uns trocados que meu pai me enfiou no bolso.

– Toma esta grana e leve este meu poncho de alpaca, que ele segura uma onda de frio fatal – ele me disse.

Fui parar em San Martin de Los Andes, um pouco ao norte de Bariloche, alojado num albergue de estudantes, que estava vazio, só eu ali, e acho que ali tinha sido feito pra abrigar estudante urso, porque não tinha calefação alguma e era um frio miserável, de usar meias como luvas pra dormir e foi ali, ao apelar para o poncho como oitava coberta é que entendi pra valer o que aquele poncho de alpaca significava como anti-fatal e bendizi meu pai assim que meus dentes pararam de bater. Frio pracacete mesmo. De manhã, saí, ou melhor, de tão encolhido de frio, caí da cama feito uma bola, com os pés detrás do pescoço, e rolando escada abaixo fui parar desembrulhado no saguão do albergue, onde uma ursa peluda me serviu um delicioso gole de chá quente com umas gotas de leite tão gordo que acho que era dela mesma.

Mas tudo bem. Corpo jovem é pra isso mesmo, pra gente abusar, procurar seus limites.
Foto: quatrorodas.abril.com.br


Voltando ao tema dos "recém-nascidos", ocorreu um fato inacreditável ligado a Passat. Há pouco foi bastante comentado na mídia o problema de pedal de freio do JAC J3 que estava em teste pela revista Autoesporte, que entortou após uma aplicação forte dos freios, lembrando-me algo que aconteceu com um Passat.

A minha concessionária VW foi das primeiras que viu no Passat a mudança de direção (sem querer parodiar o mote da Renault, "Mude a direção"...) na filosofia de produto que impulsionaria a marca nos anos seguintes. Isso nos fez vender uma quantidade apreciável de Passats logo que foi lançado. Inclusive, com o Passat iniciamos a sistemática de clientes experimentarem o novo VW, sempre comigo ou um sócio junto. Era o cliente andar no carro e fechar negócio, algo que nos impressionou.
Foto: antigoverdeamarelo.blogspot.com


A família foi uma das primeiras do Rio a ter Fusca, no começo de 1953, que foi trocado por  um 1955.  Ambos foram comprados zero-quilômetro na concessionária Auto Industrial, que pertencia  ao presidente  da VW, Schultz-Wenk A Auto Industrial só vendia, a assistência técnica era na Rio Motor, que não vendia  carros. Também pertencia ao n° 1 da VW do Brasil, recém-fundada. 

O motor do 55 já era o 1200 de 30 cv, bem melhor que o anterior 1100 de 25 cv. Adolescentes, eu e meu irmão curtíamos o Fusca, fazíamos a maior lenha com ele e posso dizer que foi uma grande escola, dadas as características digamos não muito saudáveis de um carro de motor traseiro com suspensão por semieixo oscilante atrás, combinado com os pneus diagonais 5,60-15, que em nada ajudavam.

Verão 1958/1959, estávamos em Teresópolis, como fazia alguns anos. A nossa diversão predileta era andar com o Fusca na estrada Teresópolis-Itaipava, cerca de 30 quilômetros de um magnífico piso de concreto que serpenteava na serra, com subida e descida.

Um dia, subindo a serra, meu irmão, ao volante, me diz para olhar para trás. Um DKW-Vemag cinza-chumbo se aproximava. Acelera aí, disse-lhe. Não adiantou, o DKW tirou, emparelhou, ultrapassou e pouco depois havia sumido. "Esse é o carro", disse para o mano. Foi amor à primeira "jantada", o que nos levou a desejar aquele carro.

Foto: saiudelinha.com.br


O Passat chegou ao Brasil em 1974 com várias inovações, entre elas o radiador ao lado do motor, como pode ser visto na foto acima, e não mais à sua frente. Nessa posição, foi essencial o ventilador ser acionado por motor elétrico e não mais mecanicamente a partir do virabrequim por meio de uma correia trapezoidal, a solução universal até então.

O funcionamento do ventilador era automático e dependia da temperatura da água. Para isso havia um interruptor térmico na caixa d'água inferior, logo apelidado de "cebolão", que liberava um sinal elétrico para um relê, este responsável por conectar o motor do ventilador ao sistema elétrico.

O relê do sistema de arrefecimento do Passat (soeletrica.com.br)
A solução resolvia um problema dos sistemas convencionais, que era não prover fluxo de ar suficiente pelo radiador com carro parado ou trafegando lentamente, devido à rotação ínfima do motor nessas condições, e fluxo de ar desnecessário justamente quando não era preciso, pois o vento relativo que passava pelo veículo era mais do que necessário para que o radiador cumprisse seu papel. Tinha-se, assim, um roubo de potência resultado do trabalho exercido pelo ventilador.

Foto: culturaaeronautica.blogspot.com
A capa do pitot com o aviso "Remova antes do voo")

"Manicacada" é jargão aeronáutico para fazer alguma besteira na pilotagem. Também, há um ditado que diz "Só há dois tipos de piloto, os que nunca pousaram com o trem em cima e os que já". O mesmo ditado pode ser aplicado para a capa do tubo pitot, trocando as palavras de acordo. Pois eu já fiz uma manicacada de decolar com o pitot estando com a capa, que serve para evitar a entrada de insetos, que poderia afetar a leitura do indicador de velocidade do ar (air speed indicator).

O tubo de pitot é um dispositivo que faz parte do sistema de informação de velocidade aerodinâmica de uma aeronave.Ele capta o ar que passa pelo avião e a pressão resultante é usada para, por meio de uma membrana, aciomar o ponteiro do instrumento na cabine.

Cedo se aprende a fazer a inspeção pré-voo como passo esssencial antes de decolar. Um dos itens é justamtente certificar-se de que o pitot está sem a capa.

Nos anos 1960 eu costumava voar no Aeroclube de Nova Iguaçu, uma vez que mais próximo, o Aeroclube do Brasil, em Manguinhos, próximo a refinaria de petróleo de mesmo nome, tudo na avenida Brasil, no Rio de Janeiro, havia sido fechado por ordem do presidente Jânio Quadros depois que o Vickers Viscount presidencial e um North American T-6 da Força Aérea Brasileira quase colidiram ali perto. Só que os T-6 não operavam no aeroclube, mas em alguma base aérea, do Galeão ou Afonsos. Mas o Aeroclube do Brasil foi fechado e ponto final, num dos mais absurdos atos do Executivo que se tem notícia.
Foto: Marinha do Brasil


O assunto do voo AF 447 está nas manchetes dos noticiários no mundo inteiro, especialmente depois que as caixas pretas (gravadores de voz da tripulação e de dados do voo) foram recuperadas com todos os dados armazenados intactos depois de quase dois anos.

Assim como à época da colisão do jato Legacy com o Boeing 737-800 da Gol, em 29 de setembro de 2006, eu disse em coluna no Best Cars Web Site que a culpa cabia aos controladores de voo e não aos pilotos do jato menor, pois havia sido para evitar colisões aéreas que o sistema de controle de tráfego aéreo havia sido criado pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial, confirmado pela condenação recente de um controlador, a culpa deste acidente com o Airbus 330 da Air France não cabe aos fabricantes dos tubos Pitot, onde gelo se formou causando interrupção no funcionamento dos indicadores de velocidade do ar - o velocímetro do avião – mas aos pilotos, que cometeram um erro primário.

O Google oferece já há algum tempo em sua ferramenta gratuita Mapas, a possibilidade de consultarmos como anda o trânsito nas principais vias da cidade. Tenho utilizado com frequência o recurso e me surpreendido com a precisão das informações.

Normalmente, ao sair de casa, a primeira coisa a fazer era sintonizar o rádio na estação que periodicamente fornecia informações do trânsito diretamente do repórter aéreo. Mas na maioria das vezes, o repórter está dando informações da zona sul e você está na zona oeste. E vice-versa.
Foto: autor

O problema de trânsito congestionado não é excesso de veículos, como os "especialistas" em trânsito gostam de falar e os jornalistas das emissoras dedicadas a trânsito repetem feito papagaio. O problema é outro, é o excesso de gente, resultado do inadmissável adensamento populacional das cidades por total irresponsabilidade da autoridade municipal, certamente esfregando as mãos ante a perspectiva de faturar  muito com Imposto Predial e Territorial Urbano, o conhecido IPTU, recebendo de braços abertos as construtoras de prédios de apartamentos.

Para ilustrar o que digo, veja a foto acima. Ela foi tirada ontem às 16h15 na estação Ana Rosa do metrô, em São Paulo. Eu voltava para casa após uma reunião com um cliente. Ao desembarcar nesta estação para  passar da linha verde para a linha azul e ao me dirigir à escada rolante, congestionamento...de gente! Fiquei impressionado e fiz a foto.

Em 1991, Le Mans foi o palco de uma das edições mais estranhas e "indefinidas" das 24 Horas. O regulamento era confuso, carros eram liberados e depois barrados por conta de especificações diferentes, o grid foi uma verdadeira salada.

O novo regulamento que estava sendo aplicado naquele ano visava limitar os motores em termos de deslocamento volumétrico, para a então chamada regra dos 3,5-litros para a categoria principal dos protótipos. O problema é que poucos carros foram feitos para atender o novo formato do regulamento e não houve grid suficiente para a corrida. A FIA então liberou os carros da geração anterior para participar da prova, em caráter especial.


Não vejo razão alguma para que muitos carros, hoje, tenham esse instrumento no painel, já que para a grande maioria dos motoristas ele não signifique absolutamente nada. Para a maioria é só um ponteirinho que fica se mexendo engraçadinho.

Quando lhe é explicado que ele indica a rotação do motor, a pessoa diz: “Opa! Legal! Então é dez, vinte, trinta... o quê?” Ou diz: “um, dois, três... o quê?” Ou seja, nem sabe em que escala está a numeração.

E daí toca a explicar que, se é uma escala de 1 a 8, é que esses números são multiplicados por mil e que o resultado significa quantas rotações esse motor está dando em um minuto. Que aquele rpm escrito significa justamente isso, Rotações Por Minuto.
Foto: autor


A zorra de tipos de sinais luminosos que já se verifica em cidades como São Caetano do Sul, SP e Florianópolis, SC (falei a respeito em fevereiro passado) parece já ter contaminado a capital paulista.

Dia desses avistei um do tipo com indicação de duração aberto ou fechado por meio de luzes dispostas na vertical no cruzamento da av. dos Bandeirantes com rua Funchal, no bairro da Vila Olímpia. quase sob o viaduto República da Armênia.

O leitor Carlos Torres nos fez chegar notícia de que há um radar escondido em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. O local é a passagem sob a cobertura da estação rodoviária.  Não o vi pessoalmente, mas se de fato houver esse estratagema para autuar por excesso de velocidade, o município de São Caetano do Sul está incorrendo em flagrante desobediência a norma do Conselho Nacional de Trânsito, a Resolução 146, que é clara ao determinar que o equipamento de medição tem de estar visível (Art. 3°, § 2° da resolução).

Diz a nota que há duas faixas de pedestres antes do radar e que sempre há agentes de trânsito nas imediações. Na primeira, o agente costuma lavrar multas, enquanto na segunda, além da funçãio fiscalizadora, gesticula e manda o tráfego andar, o que deixa subentendido para qualquer que é para andar mais rápido, mas a velocidade permitida  no ponto do radar é 30 km/h. Portanto, intencionalmente ou não, o agente estaria induzindo o motorista ao erro e à multa.

Fotos: Divulgação Citroën



Assim como primeiro veio Jeep e depois da Segunda Guerra Mundial veio o Jeep civil (série CJ, civilian Jeep), agora é a vez do “Aircross civil”, o C3 Picasso. Dez meses depois do lançamento do Aircross, agora é vez de quem que prefere “trajes civis” a “uniforme de campanha”,  os que gostaram do Aircross mas desejam um monovolume despojado de visual aventureiro, e isso inclui o estepe montado no interior do porta-malas, “no local que Deus designou para guardá-lo”, parodiando o jornalista canadense Jim Kenzie nesse tipo de construção de frase quando se referiu a um conceito de tração traseira, o Cadillac Evoq, exibido no Salão de Detroit de 1999.

Para esse tipo de consumidor o C3 Picasso, que é produzido no Centro de Produção da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, RJ, chega em versões GL com câmbio manual de cinco marchas por R$ 47.990, GLX manual (R$ 50.400) e automático de quatro marchas (R$ 53,900, com ABS no pacote) e Exclusive manual (R$ 53.900) e automático (R$ 60.400). Vendas começam nesta quarta-feira (25/5).

O C3 Picasso disputará mercado com Spacefox, Meriva, Soul, Idea e Livina.

Um amigo e ex-colega de GM, o Francisco Satkunas, me enviou, como curiosidade, a imagem de um cartão postal de 1929, enviado por uma oficina independente a um proprietário de Ford Modelo T. O famoso carro deixou de ser produziido em 26 de maio de 1926 após 15.458.781 de unidades fabricadas a partir de  1°  de outubro de 1908.


A princípio, não consigo imaginar que alguém que goste de carros sonhe com um carro que não seja um esportivo. Quando o sujeito já tem um carro que lhe dá as comodidades e liberdades que esse meio de transporte oferece, ele naturalmente passa a sonhar sonhos mais elevados, sonhos mais caprichosos – é da condição humana.

É mais ou menos a condição do adolescente virgem. Ele, pra começar a prática, encara animado umas ofertas que dentro de alguns anos não encarará nem por penitência. É normal e desejável, então, que o acúmulo de experiência traga maior refinamento ao gosto do sujeito.

Em 1994 eu era editor técnico e de testes na Autoesporte. Na época ainda não havia nem de perto o volume de novidades de hoje, com tanto lançamento que nem dá para comparecer a todos. Assim,  a chegada do Corsa Wind, em fevereiro daquele ano, se revestiu do maior interesse. O último lançamento da GM ocorrera um ano e meio antes, o Omega, e tivemos o Kadett em 1989..

O Corsa era novidade até na Europa, onde surgira exatamente 1 ano antes. Suas linhas eram absolutamente modernas e atraentes, responsabilidade do estilista Hideo Kodama, que trabalhava com sua equipe no Studio 6, na Opel em Rüsselsheim.



Já comentei aqui que adquiri recentemente a Zafira de um amigo daqui do blog, e estou muito satisfeito com o carro, que está impecável. Acontece que o WCC mora no Estado de São Paulo e eu, no Rio de Janeiro, e a transferência de propriedade entre os departamentos de trânsito não é tão simples assim.

Quando tentamos agendar a transferência pelo site do Detran-RJ, recebemos a mensagem “O registro do veículo não foi encontrado. Em caso de dúvida, entre com a central de atendimento”. Foi o que fiz, e após longa espera (novidade...) a atendente falou algo sobre atualizar dados no Detran-SP, mas sem muita convicção.

 

O título deste post bem poderia ser “A ilógica corrida pelo nº 1 em automóveis de luxo”. A mídia internacional vem fazendo certo alarde por suposta luta pela supremacia de maior produtor de carros de luxo entre as três marcas germânicas, Audi, BMW ou Mercedes-Benz. As americanas Cadillac e Lincoln e nipônicas Acura, Infinity e Lexus não entram na parada, independente de sua história longa ou curta, tradicional ou não.

Vale um post cada, mas nenhuma chega perto das alemãs em volume de produção, que já atingiu e superou o patamar de 1 milhão de unidades por ano. Tratam do tema como se houvesse uma verdadeira corrida.
Foto: testedos1000dias.com.br




Carros pequenos ou médios são bons de dirigir e de curva, mas isso não quer dizer que os grandes sejam piores. Tive uma experiencia muito boa certa vez com um Galaxie 500 1973.

Na época eu estava envolvido com a equipe Brahma e mantinha estreito relacionamento com o Marcello Aguinaga, de tradicional família carioca e dono de uma grande corretora de seguros. Fora o Marcello que, por meio de contatos pessoais com Paulo Kunning, um dos diretores da Cia. Cervejaria Brahma, havia conseguido um forte esquema para o piloto carioca (mas nascido em São Paulo) Norman Casari.

Num jantar, o Marcello, a mulher Beth, um casal amigo e eu e minha mulher, resolvemos ir a Buenos Aires para assistir o grande prêmio de F-1. Iríamos os cinco no Galaxie do Marcello.e ele, indo de avião dias depois, se encontraria conosco lá.

Fotos: www.victoriamotor.com

Estava procurando uma foto no arquivo e vi essa, a de uma bicicleta com motor. Foi o meu segundo e longo contato com o mundo motorizado. O motor é alemão, marca Victoria, um fabricante de motocicletas importante no seu tempo, começando em 1920 e chegando até 1966. Era de Nuremberg e a fábrica foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial. Reiniciou atividades em 1946 justamente com o motor da foto, o FM 38 L.

Esse motores começaram a chegar ao Brasil no final dos anos 1940 em boa quantidade, depois vindo bicicletas de marca Victoria já com o motor montado. Foi a coqueluche entre a garotada.
Fotos: VW

Depois de andar no novo Jetta por ocasião do seu lançamento no final de março e falar a respeito no AE em 3 de abril, faltava andar mais com a versão "de entrada", a Comfortline de câmbio manual de cinco marchas, o que ocorreu nos últimos dias. 

O que eu disse então sobre o motor 2-litros de apenas 120 cv não poder fazer milagre quando tem que movimentar um carro de 1.311 kg permanece – mas nem por isso o Jetta menos potente decepciona, pelo contrário. Com o câmbio manual o motor fica bem mais acordado, mostra qualidades que até surpreendem e proporciona o prazer de dirigir que caracteriza os carros da marca nos últimos anos.
Fotos: autor

Anteontem (18) o Carlos Maurício Farjoun postou sobre faixas e a campanha que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está empreendendo na capital paulista para que haja respeito ao pedestre, vão primeiro orientar, depois multar, a história de sempre. 

É evidente que concordo totalmente com campanha, pois tem motorista que não tem consciência da sua obrigação de respeitar o pedestre, esteja ele na faixa de segurança ou não. Vejo com frequência verdadeiros animais ao volante, independentemente de condição social, e tipo (e preço) de veículo.
foto: Editora Europa

Não conheço Josias Silveira pessoalmente. E devo dizer que ainda não comprei o livro dele. Aqui ele vai ficar bravo, se vier a  ler meu texto, mas eu explico: um amigo que comprou no lançamento e ganhou uma dedicatória empurrou o livro para eu ler, insistindo que era muito bom, e que eu iria gostar muito.

Meu amigo estava certo, por isso resolvi contar aqui como vejo a obra.

O automóvel está enraizado nas nossas vidas e no nosso futuro, é inegável e irreversível. Por maiores que sejam as evoluções técnicas e visuais, estarão sempre no nosso dia a dia. Desde os tempos de sua invenção, a base do automóvel não mudou muito. Um chassis ou monobloco para servir de estrutura, bancos para os passageiros se acomodarem e comandar o carro, rodas e pneus para se movimentar e um motor para propulsão.

O fundador da Jaguar, Sir William Lyons (1901-1985) certa vez disse algo a ser refletir. "O automóvel é o mais próximo de algo vivo que podemos criar", e com as tecnologias de hoje, esta afirmação está cada vez mais verdadeira.


Já avisamos há algumas semanas sobre o evento anual que reúne centenas de carros antigos e exóticos no bairro de Moema, em São Paulo.

Lembramos que é no próximo domingo, começando as 9h00, com  concentração antes da saída,  na paróquia de Nossa Senhora da Esperança, que fica no cruzamento da Alameda. Jauaperi com a Avenida dos Eucaliptos. 
Imagem: EPTV.com

Há, em Piracicaba, uma excelente padaria que nunca fecha, perfumando o centro da cidade com aquele maravilhoso aroma de pão fresco a qualquer hora. Não vou citar seu nome, mas digo que é a única padaria 24 horas da rua Boa Morte.

Nome irônico esse, "Boa Morte"... Eu costumava pensar, "O que pode haver de bom na morte?", até o dia em que o meu tio Vicente Bitu se despediu da família: após um infarto no litoral norte de São Paulo, ele ainda teve forças para dirigir até a capital, onde foi internado. Conseguiu ver e conversar com praticamente todo mundo: esposa, filhos, irmãos, sobrinhos, netos e amigos.


Fotos: autor





Apenas três dias depois da chegada do novo colaborador do AE, o Marco Aurélio Strassen, estamos com mais um a contribuir como textos atuais e de qualidade, outro grande reforço para o time de colaboradores. É o Carlos Mauirício Farjoun, amigo também. Ele se apresenta.

BS


Fui convidado pelo grande amigo André Dantas a colaborar com seu post "A Epopéia dos Juros", a quem ajudei com os conceitos de matemática financeira que aprendi na faculdade de administração. Porém, acabei sendo mordido pelo "bichinho escritor" e resolvi começar a escrever minhas colaborações para o AE.

Apaixonado e muito interessado por carros desde a adolescência, sempre procurei conhecimento nesta área, absorvendo-o como uma esponja. Interesso-me bastante não só pela mecânica, mas também pelos assuntos ligados à cidadania, ao consumidor e ao mercado. Espero poder compartilhar com vocês, leitores, este conhecimento tão prazerosamente adquirido ao longo dos anos."

Obrigado pela oportunidade, Bob!

Abraço,
Carlos


FAIXA DE PEDESTRES? O QUE É ISSO?

Fui apresentado a ela em 2002. Apesar de dirigir desde 1986, quando fiz 18 anos (olha eu entregando a idade logo no primeiro post...), só fui tomar contato com o real significado de uma faixa de pedestres quando, em 2002, fui a Boston visitar um amigo que morava lá fazia dois anos. Estava calmamente dirigindo pelas ruas de Watertown (cidade próxima a Boston) quando meu amigo deu um berro: A FAIXA! OLHA A FAIXA!

Ante a minha cara de interrogação, ele explicou que lá a regra era dar sempre preferência ao pedestre e que quem não respeitava isso poderia tomar pesadas multas, além do que, se atropelasse um pedestre na faixa, a indenização seria milionária.

A faixa de pedestres em Watertown, nos EUA

Foro: softgroup.com.pl
Em esquema, a luva sincrônica e o sistema dog clutch

Em complementto ao que falei sobre troca de marchas "no tempo", devido ao interesse de vários leitores no assunto, achei conveniente ir um pouco além e falar de sincronziadores e luvas de engate.

Antes, o signficado de dog clutch. Nesse contexto, 'dog' é qualquer dispositivo mecânico que retém alguma coisa e 'clutch' é engate, conexão. Por exemplo, o bloqueio do conversor de torque dos câmbios automáticos é chamado, em inglês, de torque converter clutch.



Há alguns dias, comprei uma miniatura da marca Hot Wheels do Pontiac GTO 1964. Difícil de encontrar, bem pintado, pesado, lindo. Um golpe de sorte realmente. Começou então, a fase de pesquisa sobre o carro, e a admiração pelo modelinho, com a certeza de que esse é mesmo de um carro especial.

O GTO é um carro com história importantíssima. Mais que isso, ele fez história, ao ser facilmente citado como o primeiro dos carros musculosos, aqueles que eram definidos por serem os menores de uma linha de produtos, com o motor mais potente disponível.

Apesar de existirem controvérsias, pois houveram antes outros carros com essa fórmula,  o GTO está na história do automóvel como sendo o muscle car  mais conhecido como sendo “o primeiro”, muito provavelmente pela grande divulgação que ocorreu, tanto pela GM, quanto pelas pessoas que tiveram o privilégio de nele andar.

Nasceu de um Pontiac Tempest com um pacote de opções para usar o mais potente motor da linha GM que poderia nele ser montado, o V-8 com 389 polegadas cúbicas, ou 6,4 litros. Gerava 329 cv a 4.800 rpm, alimentado por um carburador de quatro corpos, que todos conhecemos por quadrijet, mais conhecido dos americanos como four-barrel ou, abreviadamente, 4-bbl.

Já que falei na embreagem e sua utilidade na hora de trocar marchas, vamos ver como é isso “no tempo”.

Toda troca de marcha representa queda de rotação quando ascendente e aumento ao contrário, descendente, ou redução. Sabendo disso e tendo uma ideia da relações das marchas, é possível efetuar trocas sem usar a embreagem. Mas não é tão fácil.

A primeira noção que se deve ter é que quando as engrenagens estão sob carga, seja motor puxando ou motor sendo empurrado, na chamada situação de freio-motor, fica difícil e às vezes impossível desengatar a marcha. Por isso deve-se desengatar somente no breve momento, mas muito breve mesmo, entre uma situação e outra, quando os elementos internos de engate, as luvas sincrônicas, ficam sem carga alguma.

Fg. 1 Flywheel = volante; clutch disc = disco de embragem; pressure plate = platô (autorepair.about.com)


Muitos pensam que a embreagem serve para mudar as marchas, mas não é bem isso. A embreagem é um componente tão importante que sem ela o automóvel com motor de combustão interna não teria existido.

A finalidade principal da embreagem é possibilitar unir algo funcionando com algo parado e isso tem necessariamente de ser feito de maneira progressiva. O “algo funcionando” é obviamente o motor e o “algo parado” é a transmissão às rodas.

Como função secundária, a embreagem é usada nas trocas de marcha, de modo a aliviar a carga sobre as engreangens e luvas de engate. Nos carros de câmbio sincronizado - todos hoje - no momento em que o motor está desconectado do câmbio os sincronizadores podem exercer seu papel

Fotos Renault


Como era
Decorridos apenas três anos e meio no mercado, os Renault Sandero e Sandero Stepway passaram por pequena maquilagem visando deixá-los mais atraentes, no que a fábrica logrou êxito. Perdeu o visual de romeno, da Europa do leste, onde o original Dacia é produzido sob o mesmo nome, em favor de um estilo mais ao nosso gosto. Até um quê de Fluence tem. A Dacia foi adquirida pela Renault em 1998, mas fabricava os carros da marca francesa desde 1968.

O Sandero é o campeão de vendas da Renault brasileira, sediada há doze anos em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, com mais de 180 mil unidades comercializadas no Brasil e certamente foi o motor do crescimento da Renault aqui, onde já detém 5 por cento do mercado e a quinta posição entre os maiores fabricantes daqui. O modelo representa 43 por cento das vendas da marca no Brasil.

Uma breve apresentação do novo colaborador deste blog

Leitor do AUTOentusiastas desde seus primeiros dias, com alguns colaboradores, criei identidade imediata com os temas. Mais ainda, virou visita diária, mais de uma vez ao dia.

Foi então que passei a me perguntar, se também sou do setor automobilístico, apaixonado por carros idem, se redigir seria um exercício cuja satisfação mais que compensaria horas de pesquisa e dedicação a comunicar minhas paixões e pontos de vista, por que não criar meu próprio blog? Ou, melhor, por que não passar a colaborar com o AE?

Fiz minha proposta ao grupo, falaria um pouco de mercado e consumidores, assuntos onde navego com mais familiaridade, abordaria estratégias bem e malsucedidas dos vários atores do setor automobilístico. Um, dois, três exercícios de postagem e, pimba! Cá estou eu, me comprometo a manter frequência e alinhamento com o perfil editorial do AE e, principalmente, falar daquilo que os leitores do AE mais apreciam, carros.

Vamos lá, será um enorme prazer fazer parte dessa equipe!

Obrigado AE, espero agradar aos leitores.
Marco Aurélio Strassen

Vamos agora ao meu primeiro post.


Acompanho com especial interesse a evolução das caixas robotizadas desde seu lançamento no mercado brasileiro no final de 2007. A GM saiu na frente com a Meriva Easytronic, seguida da Fiat com o Stilo Dualogic e da VW, com o Polo I-Motion. Nos meses que se seguiram, a Fiat estendeu o sistema à família Palio (Siena, Weekend e Strada), Idea, Punto, Linea e ao recém-lançado Bravo; a VW desenvolveu mais versões com I-Motion para Gol, Voyage, Fox e SpaceFox. Em todos eles, escolher a “caixa que faz as trocas sozinha” está entre R$ 2.500 e R$ 3.000.

A Fiat e o seu sistema Dualogic



O Audi A1 fez sucesso assim que foi lançado no Salão de Genebra de 2010. Agora chega ao Brasil e é o primeiro Audi que custa menos que 100 mil reais, ao ser comercializado por 89.900 reais. Um Audi “popular”.

A plataforma é VW Polo e, portanto, o Audi A1 é compacto. Hatchback duas-portas, mede 3.950 milímetros de comprimento com entre-eixos de 2.470 milímetros, tendo 1.740 milímetros de largura por 1.420 milímetros de altura. Espaço para quatro, cinco com algum aperto no banco de trás. O diâmetro mínimo de curva é de 10,6 metros, bom para o trânsito denso.

Foto: autor

O roteiro de teste do Audi A1 (post hoje à tarde) que a fábrica programou incluiu a rodovia municipal Ubaldo Lolli, que liga o km 48 da Rodovia Castello Branco à pequena Pirapora do Bom Jesus. São cerca de 10 quilômetros da mais pura diversão sobre um asfalto típico de Alemanha. Ao chegar à cidadezinha e parar para troca de motorista, defronte de uma padaria, vi a faixa e não resisti, fiz a foto. Ela diz: 

Aviso - Não dê dnheiro a flanelinhas ou cuidadores de carro em geral. Acione a guarda municipal em caso de dúvidas. Fone 4131-1635
Foto: aen.pr.gov.br


Post sobre este assunto foi publicado no AE por volta de 13h30, mas com os problemas do blogger blogspot.com que começaram ontem à tarde e que parecem terminados hoje às 14 horas, ficou o saldo de este post ter sido apagado por completo. Por acaso foi o único que desapareceu. Muito estranho. Inclusive, eu havia enviado o link da página para um amigo, via Skype, ainda está lá, mas ao clicar entra a mensagem de página não encontrada. Experimente em http://autoentusiastas.blogspot.com/2011/05/extra-barreira-branca-as-importacoes-de.html

Voltando, então, ao tema, e já com um pouco mais de informação decorrido um dia, o que aconteceu foi que o governo retirou a licença automática para importação de veículos, mudando a sistemática que vinha sendo adotada até então. Isso vale dizer que entra uma componente nova no processo de importação, sendo que a referida licença pode ser dada em até sessenta dias, que é o prazo máximo definido pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Foto: Google Earth

Os cariocas que me perdoem, mas sou carioca e me sinto à vontade para falar da minha cidade. Há alguem tempo falei aqui sobre algumas alças na cidade de Sào Paulo e redondezas, como os raios de curva são traiçoeiros ao serem decrescentes. Muito bem, essa alça da foto para mim é a recordista da estupidez.

Ela fica num ponto nobre da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. A alça serve a quem sai de Copacabana pelo Corte do Cantagalo e deseja pegar a Av. Epitácio Pessoa à esquerda em direção a Ipanema e Leblon.
No fim de semana que passou, voltei a guiar o Siena EL que avaliei há aproximadamente um ano atrás, e aproveitei para relembrar das características do carrinho durante o longo percurso que fiz. O carro rodou dentro da média, 12 mil km no período. Me chamou a atenção a solidez da construção, o carro não tinha um único barulhinho sequer, mas concordo que ainda seja cedo para tirar conclusões. Ano que vem pego ele de novo e reavalio.

Assim que comecei a dirigir o carro, me incomodou a assistência exagerada na direção e freios. Você sai de um carro com direção mais pesadinha e estranha, com o freio a mesma coisa, a primeira freada nunca é totalmente suave. Mas logo se acostuma e, tenho certeza que a maioria aprecia, menos os entusiastas, claro.

O motorzinho de 1 litro é honestíssimo, o carro, mesmo com 3 passageiros pesados a bordo e ar ligado, se mexe bem se levarmos a agulha do tacômetro às 4 mil rotações desde a primeira marcha. A falta de força aparece nas subidas, quando a rotação cai para 3 mil rpm, mas basta uma reduzida e vamos que vamos.

Outra coisa que agrada é o silêncio à bordo, o carro é bem isolado de ruídos, mesmo em uma esticada de marcha mais vigorosa o barulho não chega a incomodar. Se deixarmos de lado a verve entusiasta e nos imaginarmos indo trabalhar, guiando a baixas velocidades, escutando uma música suave ou o noticiário, chegaremos a conclusão que o pequeno sedã da Fiat atende muito bem ao que se propõe, e que nessa utilização sossegada do cotidiano, a direção levíssima e a suspensão por demais macia acabam se revertendo em bônus.

No fundo, a grade maioria quer um carro novo por fora a cada 3 anos para justificar a troca e mostrar para o vizinho a novidade, mas preza a confiabilidade e baixa manutenção, e não tá muito aí para 8 ou 16 válvulas, comando variável e outras tecnologias, quer só que ande bem, beba pouco e não quebre. Se o ‘miolo’ é bom, melhor não mexer muito.

A Toyota faz isso muito bem, o Corolla é prova concreta disso, leva muito da geração anterior para o modelo seguinte. A Fiat vem fazendo o dever de casa direitinho, tem um best seller na linha que vende mais agora, com 14 anos de mercado e sem nenhuma grande modificação (mas com muitas pequenas melhorias) do que na época do lançamento, quando era novidade.

Que venha o novo, com a remodelada visual que ele precisa, mas conservando as boas características do atual. Sendo bonito, e parece que será, o sucesso está garantido.


Foto: colunistas.ig.com.br

Nesse início de tarde saiu a notícia-bomba: carros prontos e autopeças não terão mais licença de importação automática, ou seja, para importar a partir de hoje (12), só com licença prévia. Tudo indica tratar-se de retaliação à Argentina, que impôs medida semelhante recentemente, mas pelas regras do comércio internacional não é permitido impor restrições a um só país.

Exigida a licença prévia, o governo só autoriza importação se e quando quiser, o que se traduz numa barreira branca às importações.
Foto: autor
Não é o 427 ha história, mas é idêntico

Anteontem o Juvenal Jorge postou uma excelente matéria sobre a estreita relação dos Corvette com os astronautas, principalmente com os do Projeto Apollo, a empreitada que colocou o homem na Lua em 1969. Que epopéia! Que coragem a desses caras!

Alguns anos atrás vi uma entrevista com um brasileiro, engenheiro da Nasa, que mostrou um relógio de pulso, digital, vagabundo, desses que se compra em camelô, e ele afirmou que aquela porcaria tinha mais capacidade computacional que o enorme computador de bordo da Apollo 11. E que era muitíssimo mais confiável.

Mas o homem foi pra Lua. E foi e voltou.
Foto: oficinavw.blogspot.com

Há uma velha piada que conta um diálogo entre um médico e um mecânico.
— O trabalho de vocês é fácil, é o mesmo modelo sai ano entra ano — diz o mecânico — temos que aprender novidades todos os anos para poder desmontar e montar alguma parte quando dá defeito.
— É, mas eu queria ver você desmontar o motor com ele funcionando — respondeu o médico.

Piada a parte, essas duas classes de profissionais têm diante de si o maior de todos os desafios, o diagnóstico. Uma vez diagnosticado o problema, vem a sua correção. Mas primeiro é preciso saber o que fazer, seja abrir o abdômen do paciente, seja desmontar o motor.

Na minha vida profissional, seja como subchefe de oficina de concessionária Vemag ou sócio-gerente de uma, em que era responsável pela assistência técnica, vi-me diante de problemas difíceis de resolver e errei muitas vezes.


Antes de começarmos, gostaria de dizer que este é um post diferente, porque é participativo, onde você, caro leitor, vai poder acompanhar, experimentar, tomar decisões, observar resultados, e, acima de tudo, compartilhar o que percebeu e o que aprendeu com outros leitores para então ter uma posição mais definida sobre as decisões burocráticas que norteiam nosso trânsito.

A Prefeitura de São Paulo vem desde o ano passado promovendo uma padronização de velocidades dos principais corredores de trânsito da cidade. Ano passado foi a vez da Avenida 23 de Maio, que teve sua velocidade reduzida de 80 km/h para 70 km/h, e agora rebaixaram as velocidades das avenidas Santos-Dumont, Tiradentes e passagem sob o Vale do Anhangabaú de 70 para 60 km/h.
Foto: carrofacil.org.br





Saiu neste sábado no portal Clic RBS: a Polícia Militar atuando em São Bento do Sul, SC adquiriu um medidor de transmitância luminosa Translux II (foto) e começou a efetuar medições como medida educativa. A fiscalização para valer começa em 13 de maio. Já houve protestos dos inconformados. em não poderem mais se esconder em seus carros.  Leia mais.

BS


Foto: wheel.blogs.nytimes.com

Quase todo mundo sabe que os Estados Unidos entraram na onda do carro flex em 1991, bem antes de nós, precisamente doze anos antes. Sabe também que os americanos foram mais inteligentes do que nós ao adotar mistura de 85 por cento de etanol e 15 por cento de gasolina, o chamado Ethanol 85 ou E85. Desse modo, não há nenhum problema de partida a frio e elimina-se a necessidade de sistema auxiliar a gasolina, que inclui o famoso “tanquinho”.

O motivo de partirem para o etanol foi para se defenderem da extrema dependência de petróleo importado, que chega a 60 por cento, uma questão de segurança nacional.

Com base no poder calorífico da gasolina e do E85, o ponto de equilíbrio em custo por distância corresponde à autonomia relativa de 67 por cento, bastante próxima do nosso caso, que é 70 por cento.
Fotos: GM Media, Autoblog, Florida Today, Dreamstime, autor e outras fontes


Nesse dia 7 de maio, sábado, ocorreu um evento bastante interessante.

Para comemorar os 50 anos - meio século, dá para acreditar? – do primeiro americano no espaço, uma parada foi realizada em Cocoa Beach, cidadezinha próxima ao Cabo Canaveral, onde o Kennedy Space Center está localizado. De lá saíram e saem todos os voos espaciais americanos, e Cocoa foi residência de muitos astronautas.

O Corvette era o carro da maioria dos astronautas, inclusive de Alan B. Shepard, que saiu da atmosfera terrestre e voltou em cerca de 20 minutos, no dia 5 de maio de 1961. Foi um voo suborbital, ou seja, em forma aproximada de uma parábola, sem voltas ao planeta Terra.

O evento em Cocoa reuniu cerca de 30 carros, todos Corvettes, levando a bordo astronautas de várias épocas e missões, além de alguns familiares dos que já se foram. Os carros abrangem todas as carroceria dos Corvettes, combinando com a época das missões de cada astronauta.

Foto: california.inetgiant.com


Vê-se comumente nos comerciais de tevê e no dia a dia no trafego: motoristas com os braços muito esticados, sentados longe demais do volante. Nota-se essa hábito principalmente entre os mais jovens. Contrariam, assim, um dos pressupostos para se dirigir não só bem, mas sobretudo com segurança.

Não dá para precisar muito bem quando começou esse hábito, mas imagino que tenha sido no começo dos anos 1960 e advindo, por incrível que pareça, da Fórmula 1. Fotos e filmes de carros de corrida monopostos dos anos 1920 e 1930 mostram o piloto sentado bem próximo ao volante e com os braços muito flexionados. O motivo era a direção geralmente pesada, comprovado pelo grande diâmetro dos volantes de direção. Dessa época até os anos 1960 os carros tinham configuração de motor dianteiro e tração traseira, com exceção do Auto Union P-Wagen de motor central-traseiro.
Tazio Nuvolari com um Maserati de grand prix (gptotal.com.br)