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Ah, se tivesse competido... |
Muitos carros são
julgados pela sua ficha técnica, números de desempenho, quantidade de unidades
vendidas, índices de satisfação dos consumidores e outras formas de medição de eficiência
ou qualidade de produtos criados dentro de fábricas.
Esses critérios
exatos podem ser muito importantes para a maioria dos carros que a maioria das
pessoas compram, assim como para geladeiras e escovas de dentes, mas não
para uma boa porção dos carros que falam
à alma e coração dos entusiastas. Óbvio que há entusiastas que compram carros
pelas frias fichas técnicas, ou rejeitam outros pelo mesmo motivo, mas acredite,
isso tem apenas interesse acadêmico, ou de mesa de bar, depois de um
tempo de convívio com a máquina.
O importante mesmo
é que o usuário, dono, possuidor ou quem for que esteja com a chave na mão,
goste e se sinta bem dentro dele e também fora, olhando o veículo. Aquele tipo de carro que faz você olhar para trás depois que o fecha e vai se afastando. Que seja uma
máquina que desperte e mantenha acordados os sentidos físicos e as correntes elétricas mentais da
pessoa. Para ficar claro, da pessoa que usa o carro, não das pessoas que comentam o que elas
acham dele, já que agradar a todos não deve ser objetivo de quem quer ter um carro que
lhe entusiasme. Na verdade, para se sentir tranquilo consigo, essas opiniões de
terceiros devem ser sumariamente ignoradas.
Por isso carros com
belas características técnicas podem ser deprimentes no uso diário, uma
situação que poucas vezes poderia acontecer com entusiastas normais a respeito
de Jaguares entusiásticos, que são quase todos diga-se de passagem, menos alguns poucos modelos ou detalhes de
modelos, onde a marca de Coventry pisou na bola. O sedã X-Type, produzido de
2001 a 2009 deve ser o único verdadeiramente desinteressante nesses anos todos
de história, um erro magistralmente corrigido com o seu sucessor, o atual XF.