A primeira vez que passei por ele foi em agosto de 1979. Inesquecível. Lindo de enlouquecer. Ele vai de Villa la Angostura a San Martin de Los Andes, região de San Carlos de Bariloche, Argentina.
Começando do começo.
Três anos antes, no inverno de 1976, eu com uns 19 anos e um primo maluco topa-tudo saímos pra viajar de trem. Saímos da Estação da Luz, em São Paulo, e fomos parar com frio e esfaimados em Santa Catarina. Por sorte nossos pais passavam por lá em viagem de carro e nos recolheram, agasalharam e alimentaram, e, já refeitos, o meu primo se mandou pro Rio de Janeiro pra se esquentar ao sol nos braços de uma namorada e eu me mandei pra Argentina com uns trocados que meu pai me enfiou no bolso.
– Toma esta grana e leve este meu poncho de alpaca, que ele segura uma onda de frio fatal – ele me disse.
Fui parar em San Martin de Los Andes, um pouco ao norte de Bariloche, alojado num albergue de estudantes, que estava vazio, só eu ali, e acho que ali tinha sido feito pra abrigar estudante urso, porque não tinha calefação alguma e era um frio miserável, de usar meias como luvas pra dormir e foi ali, ao apelar para o poncho como oitava coberta é que entendi pra valer o que aquele poncho de alpaca significava como anti-fatal e bendizi meu pai assim que meus dentes pararam de bater. Frio pracacete mesmo. De manhã, saí, ou melhor, de tão encolhido de frio, caí da cama feito uma bola, com os pés detrás do pescoço, e rolando escada abaixo fui parar desembrulhado no saguão do albergue, onde uma ursa peluda me serviu um delicioso gole de chá quente com umas gotas de leite tão gordo que acho que era dela mesma.
Mas tudo bem. Corpo jovem é pra isso mesmo, pra gente abusar, procurar seus limites.
A manhã estava esplendorosa. Que lugar lindo San Martin! Havia nevado forte aquela noite, mais de um palmo de neve nova sobre a cidade, e o sol brilhava cristalino. Fiquei platonicamente apaixonado e a partir daí para lá já voltei acho que umas sete ou oito vezes.Então, três anos depois, em 1979 arrastei meus pais e irmãos pra lá. Fomos a Bariloche e de lá meus pais e irmã foram para San Martin de ônibus e meu irmão e eu pegamos um Renault 12 alugado e o carregamos de malas e esquis e tocamos também pra lá. Saímos cedo.
Pneus dianteiros de neve e só. Ar quente bufando nas pernas. Lenha, pé cravado na tábua, 4a e última marcha urrando. Pra quem não sabe, o Renault 12 é praticamente o nosso Corcel I, só com a carroceria um pouco diferente e feia. Bom carro, macho.
Se fôssemos normais seguiríamos pelo asfalto, tal qual o ônibus onde meus pais iam, sentido norte, indo beirando o sopé dos Andes, com ele à nossa esquerda, para após uns 120 quilômetros virar à esquerda por asfalto e tocar a San Martin entrando de novo na cordilheira, tudo por asfalto bom.
Mas acontece que logo uns quarenta quilômetros após sairmos de Bariloche vi uma placa meio caída indicando San Martin por uma outra estrada, de rípio (cascalho bem batido na terra). Dei um toque no freio, reduzi pra 3ª-marcha e largamos o asfalto e entramos escorregando por aquele rípio tendo aquele corpão escuro da cordilheira que ia até o céu à nossa frente. Ela é majestosa; imensa, de tirar o fôlego só de olhá-la.
Entramos por ela. Lenha. Pedregulhos voando soltos parecendo estarmos sendo metralhados numa emboscada talibanesa. Às tantas, passando por uma vilazinha mixuruca, que hoje é uma bela vila turística com pista de esqui e tudo, Villa La Angostura, tinha outra placa para San Martin, sendo que abaixo desta, no mesmo postinho, outra placa, vermelha, onde estava escrito “Enclausurada”. Com o Renault 12 de lado na curva não deu pra ter certeza do aviso e na dúvida metemos a lenha, vai por aqui mesmo. Que enclausurada que nada!, e pau no renaultzinho.
Logo a beleza dos lagos e paisagens que se sucediam nos fez reduzir a marcha.
Para qualquer lado que se olhasse era uma visão de cartão postal, e visão limpa, sem vestígios dos engenhos humanos. Nada de fios de energia ou telefônicos, só uma ou outra casinha incrustada na mata, fumaça saindo da chaminé, currais de galhos, bichos, cavalos, vacas, cachorros, carneiros, todos peludos.
Bom, mais pra frente a estrada foi se estreitando e se estreitando e sempre metendo mata adentro. E estava enclausurada mesmo, fechadaça. Pontes caídas, árvores caídas atravessando a estradinha, riachos transbordando nos fundos dos vales e neve grossa nos topos dos morros, sendo que entre um e outro era lama de atolar búfalo e até hoje não sei como que o renaultzinho 12 passou por tudo aquilo só com aqueles pneus de neve na tração dianteira.
Tão brava foi a coisa que ao pegarmos a reta final para San Martin, já então um rípio bom e relativamente plano, foi que aconteceu um milagre: o meu irmão, ano e meio mais velho que eu, me elogiou! Por nada deste mundo ele me elogiara antes e nunca me elogiaria depois, até agora, e ele, num arroubo de incontida emoção, soltou esta:
— Caraca! Se não fosse você acho que a gente nunca teria passado por tudo isso aí não!
E então, eis aí a prova máxima de minhas habilidades sobrenaturais. Se teu irmão mais velho e sacana te elogia, podes crer que é porque você fez mesmo uma coisa inacreditável e podes ficar orgulhoso do feito.
Hoje essa estrada, Caminho dos 7 Lagos, está quase toda asfaltada. São ao redor de 170 km de San Martin a Bariloche, passando por Villa La Angostura, que fica no lado norte do famoso lago Nahuel Huapi, o lago de Bariloche, que fica ao sul dele.
Faltam só 40 km para o asfalto unir tranqüilamente uma cidade à outra, e mesmo assim esse trecho é de rípio bom e aplainado.
Aquela estradinha do meu irmão e minha sumiu. A civilização aos poucos vai permeando a região e se apoderando dela. Mesmo assim, passei por lá ano e meio atrás, com minha mulher, de Corolla, tudo bonitinho, sem riscos, e ela continua linda; linda de morrer. Porém, sim, mesmo deslumbrado, dessa vez eu tinha um pequeno nó na garganta.
AK
Este site: http://meusonhoagentinapatagniasterradofogo.blogspot.com/2011/04/os-lagos-argentinos.html tem boas dicas da região.
Pretendo um dia fazer uma dessas viagens para o outro lado do continente de carro. De Omega se minha noiva, até lá esposa estiver comigo, no Chevette se estiver sozinho.
ResponderExcluirAndo com umas idéias de fazer meu Fusca beber gasolina pura argentina, vou anotar a dica pra passar por lá a caminho do Pacífico.
ResponderExcluirRaphael,
ResponderExcluirVá mesmo, mas não esqueça que o carro precisa mesmo ter ar quente.
Buriti,
É moleza. O galho é Fusca sem ar quente. Só se for no verão, mesmo assim é meio punk. Uns amigos foram de Fusca, década de 70, e tiveram que meter esparadrapo em tudo quanto é fresta e mesmo assim se borraram de frio.
Fusca 1200 e 1300 antigo tinha ar quente.
Se for, me escreva que dou dicas e fica moleza. Nada assustador.
Ih Arnaldo, aí complicou.
ResponderExcluirMeu Fusca é 75, não tem ar quente, pensei em ligar algum acessório em uma tomada 12 volts no painel, o que acha?
Não tenho certeza, mas estive vendo uns aquecedores portáteis elétricos, se conseguir adaptar um preso ao painel deve funcionar, além de, é claro calafetar bem todo o carro.
ainda tenho tempo pra planejar a viagem, pelo menos pra clima quente o carro funcionou bem, fiz um blog da minha última viagem, pra Bahia, está aqui: http://viajandodefuscaporai.blogspot.com
Buriti,
ResponderExcluirNão faço idéia se funciona esse lance de ar quente produzido assim. É que precisa de bastante ar quente, manja? Pouquinho não resolve e bastante acho que torra a instalação. Pleo menos, enquanto seu Fusca estiver queimando dará pra se aquecer na fogueira dele.
Hahahaha! boa! rsrsrs.
ResponderExcluirJá vi um tutorial num fórum de Fusca ensinando como montar o ar quente no Fusca, a questão é fazer o trocador de calor no escape, os dos Fuscas europeus eram bem mais eficientes do que os que vieram pra cá, quem conhece bem é o Bob Sharp, vou perguntar pra ele.
Arnaldo, meu Chevette não tem ar-quente. Mas como era opcional na época, não é difícil colocar. Das peças que comprei pra restauração dele, tenho inclusive a alavanca que abre/fecha o fluxo do ar pelo radiador-aquecedor.
ResponderExcluirMinha noiva tem aversão a esse tipo de aventura. Fala que vai demorar, e que vai ficar mais caro que avião. Fato. Mas e daí? Eu quero fazer assim mesmo. Nossa lua-de-mel em Paraty, logo ali, 600 km de Beagá já foi uma luta convencê-la a fazer a viagem no Omega.
Gostaria que ela fosse comigo, mas com jeitinho acho que ela acaba topando. Seria demais fazer uma viagem de uns 14.000 km ida e volta!!! É moleza para o 4.1.
Também fiz umas indiadas de VW Parati em 1996. Me deparei num lugar aonde só tinha camionete 4x4 e a estrada havia sido aberta com dinamite pelo exército. Todo mundo no vilarejo me olhando com cara de doido. O lugar era Chaiten no Chile, lá aonde o vulcão andou dando umas cuspidas.
ResponderExcluirExistem três coisas importantes na vida: Tempo, Dinheiro e Vontade. Infelizmente das três sempre falta uma. O que me falta agora na minha é tempo pra fazer esses passeios...
Ah, tem um camarada que fez uma aventura e tanto com um Caravan: http://www.opala.com/site/index.php?option=com_content&task=view&id=47&Itemid=1
ResponderExcluirCerta vez, voltando de Aparecida-SP para Beagá, o plano de "vôo" era passar por Lorena e subir a serra do Piquete pra sair lá no trevo de Pouso Alegre. Chegando em Lorena, vimos placas informando que a estrada de subida da serra estava interditada pois havia acontecido um deslizamento de barreira.
ResponderExcluirEram umas 19 horas, o que fazer? Voltar até São Paulo e pegar a 381 aumentando o tempo e distância? Parei em um posto de combustíveis para conseguir informações. Lá, me disseram que havia um desvio por dentro de uma fazenda, coisa de 8 km de chão. Mas, será que o Omega passaria? Minha noiva, meus pais e mais um monte de cacarecos que minha mãe comprou na 25 de março, ainda na capital paulista.
Foi isso que chegou um Astra Elite com um senhor que ouviu a conversa e disse: Meu carro passou, o seu também passa! Só tome cuidado na hora de passar um córrego (!) e não pare caso alguém apareça na estrada (!!!). Isso pra minha noiva e minha mãe foi um choque.
Mas, toquei o bonde pela estradinha de terra. O Omega passou por tudo, inclusive o corrego, raso, com tranquilidade e conforto que só um grande sedan mesmo. Saímos "lá em cima" da serra e eu com um enorme sorriso no rosco, ao contrário dos demais ocupantes que eram pura tensão.
Contei isso no Omega Clube e a maioria horrorizou a coragem de colocar o barco na estrada de terra. Mas eu acho que carro não pode ficar parado na garagem, te que render boas histórias, como essa e outras... com o Chevette então, daria um pequeno livro! hehehe.
AK,
ResponderExcluirAno passado estive lá, e vi um sujeito num Corolla com placa do RJ usando cadenas pra subir no Catedral. Era vc?
Bacana AK!
ResponderExcluirImagino o R12 escorregando na brita...rs; apesar de feio como uma batida de trem, o bichinho - se não me engano - têm uma forte verve "raliística" apreciada pelos nossos compadres sulamericanos (R18...etc).
O lugar é maravilhoso mesmo; também me dá um nó na garganta em pensar que daqui a poucas dezenas de anos teremos mais uma suja cidade/estação de férias fazendo todo o rodapé da cordilheira.
Mister Fórmula Finesse
Hagi;
ResponderExcluirTêm que botar a barca para "trabalhar" mesmo, aquele motor que impulsionou até caminhão não sente nem cócegas para essas empreitadas. E estrutura o carro têm! (coisa de emo não colocar o carro em estrada de chão)
Mister Fórmula Finesse
Gozado que uma turma que horrorizou rebaixa, instalado GNV, "converte" pra alcool com "chip de potência"... hehehe.
ResponderExcluirHagi, GNV é a pior chinelagem que podem fazer com um seis cilindros; tivemos uma Ranger STX V6 por anos...com GNV não durou 4 meses!
ResponderExcluirDá um toque para teus amigos, a utilização e o cuidado - mas não dengo - que têm com o teu Omega é exemplar.
MFFinesse
Lindas as imagens! Tive a oportunidade de passar por uma estrada muito bonita também que liga Vail a Aspen, passando por Leadville, a cidade mais alta dos estados unidos (mais ou menos 3100m de altitude).
ResponderExcluirA paisagem é igualmente espetacular! Deve ser incrível fazer essa viagem com frio, mas tempo bom em um conversível!
Dica para Raphael Hagi, Buriti e outros interessados em fazer essa viagem (exceto os moradores dos estados do sul): despachar o carro de caminhão de São Paulo a Porto Alegre na ida, e fazer o processo inverso na volta. Tudo somado, poupa-se quatro dias de viagem evitando alguns dos trechos mais perigosos.
ResponderExcluirOutra dica, boa para quem tiver mais tempo, é atravessar a Argentina via San Luís e Mendoza, descer a Cordilheira até Santiago e chegar à região de Bariloche passando via Osorno. As cidades no caminho são bem mais interessantes, e não tem aquela monotonia de passar pelos mesmos lugares no caminho de volta.
Marco Gomes,
ResponderExcluirnão era eu não.
Paulo Levi,
ótimas dicas. Despachar o carro a Porto Alegre é ótimo.
Tem idéia do quanto custaria? Acho que vale a pena, justamente pelas razões que vc alega.
E essa aí de ir por Mendoza e santiago está anotada. E tem outra, perto de san Luís tem um autódromo fantástico, o Potrero de Los Funes, cujo circuito, longo, é ao redor de um lago e agora foi reformado.
Boas, Paulo!
O problema de despachar até POA é deixar o Omega em trecho perigoso na carroceria de cegonha. Mas economicamente é provável que seja interessante. Saindo de BH até POA é MUITO chão!
ResponderExcluirRapaz, o tópico rendeu hein?
ResponderExcluirPra mim não é problema mais alguns dias na estrada pois pretendo reservar uns quinze dias pra essa aventura, tipo ficar na estrada até enjoar.
Vou analisar com a patroa as possibilidades dessa viagem, o Fusca vai entrar no maçarico pra fazer umas coisinhas pendentes, de repente vejo essa questão do ar quente também.
Arnaldo,
ResponderExcluirPara responder sua pergunta, fiz uma tomada de preço na empresa Transgabardo usando como referência o valor de mercado (estimado, é claro) do Omega do nosso amigo Raphael Hagi. O transporte de SP (ou S. Bernardo do Campo, para ser mais exato) a POA fica em R$600,00 por trecho, ou R$1.200,00 ida e volta. Considerando os ganhos em matéria de tempo e segurança, além do que se deixa de gastar com coisas como combustível, pedágios, hotel e refeições, acho que compensa.
Se o Raphael e outros leitores se interessarem, basta entrar em contato com o Diego na matriz da Transgabardo em POA: (51)3373-3012.
Cabe esclarecer que nunca usei os serviços da Transgabardo mas tenho ótimas referências sobre a empresa, fornecidas por um amigo que "importou" um antigo de Novo Hamburgo.
Quando eu viajei à Argentina usando esse esquema de despachar o carro até POA, usei uma transportadora concorrente, a Transzero. Fiquei satisfeito com o serviço prestado, mas estou indicando a Transgabardo porque o preço é mais baixo e o atendimento é mais amigavel a clientes pessoa física. De qualquer forma, para tranquilizar o Raphael, meu carro viajou de cegonha na ida e na volta sem sofrer um único arranhão.
Sei que existem pessoas que conseguem utilizar cegonhas de transporte de zero-km em suas viagens de volta com preços interessantes. Por exemplo: Como sou de BH posso tentar alguma coisa na SADA pra transportar o Omega de Betim até POA.
ResponderExcluirNão faço idéia quando será possível fazer isso, mas imagino que só daqui uns três ou quatro anos, é minha expectativa. Mas de qualquer maneira, agradeço todas as dicas, é sempre bom contar com a experiência dos colegas AUTOentusiastas.
Por hora, como farei minha lua-de-mel em Paraty, andei assuntando com a patroa de sair pra acelerar enquanto ela faz umas fotos externas para o álbum do casório. Quais as boas estradinhas para acelerar os 4.1 litros por aquela região?
Parabéns pelo magnífico POST... No entanto, deixo uma pergunta: como um carro de passeio brasileiro (c/ injeção eletrônica) se comporta com a gasolina vendida na Argentina? Dá algum problema? Ouço falar tanta "groselha" sobre esse assunto e nada melhor do que vcs que já fizeram essa viagem para responder. Aguardo dicas e respostas. Abraços a todos.
ResponderExcluirAcho que é só não colocar gasolina com chumbo por causa do catalisador, e escolher a gasolina de 95 octanas.
ResponderExcluirDr. Gori, é como disse o Raphael... sin plomo no tanque, e pé na tábua!
ResponderExcluirPaulo Levi,
ResponderExcluirBoa! R$ 1.200,00 compensa, sim. De SP a POA cansa e é punk. Assim ganha-se tempo a ser gasto no que realmente interessa, logo se está no Uruguai.
Quando fui de carro a Bariloche em novembro de 2009, peguei e devolvi o Corolla da fábrica em Buenos Aires, o que seria o ideal, mas desse jeito também é ótimo e recomendável.
Obrigado pelas dicas.
Raphael,
ResponderExcluirnão tenho nada com isso, mas já que o blog serve também pra passar experiências, lua de mel é lua de mel. Não começa mal a coisa. Fique passeando de mão dada e boa. Não arruma encrenca logo de cara. hahaha!
Hahaha, boa AK, valeu.
ResponderExcluirÉ que eu realmente acho que essas fotos pro álbum do casório vão gastar uma tarde, e já fui dispensado... enfim.
Omega é moleza!
ResponderExcluirAventura é fazer essa viajem num 1.0 16v franco romeno!
Mas a idéia taí: Botar ele numa cegonha até a fronteira e, lá chegando, tirar milhares de fotos.
Depois, é claro, mandar ele de volta pra casa, na cegonha...
Há há!!!
TallWang;
ResponderExcluirPunk é a viagem dos meus sonhos: Direto a Santiago para passar nos caracoles. Aquilo me fascina desde a adolecência, e acho que o meu quadradinho franco romeno aguentaria sem problemas. A dúvida é saber com quantos CV daria pra contar a 4 mil m de altitude.
Já estudei a possuibilidade de ir no Cabriolet movido a álcool, mas essa empreitada depende de um estudo logístico mais detalhado (em que cidades da Argentina possuem loja do Makro, pra compar alcool em garrafa, hehehehehe)
E olha que moro em Belém.
Aliás, uma viagem de carro que muita gente faz por aqui é ir pra Venezuela. Embarca o carro na balsa até Manaus e 5 dias depois apanha-o no porto e segue rumo as praias do caribe. Imagina o que é pagar R$ 0,20 num litro de boa gasolina...
Ah, já instalei ar quente e ar condicionado no cabriolet, providências tomadas depois de uma viagem de Bsb a SP numa noite muito fria.
ResponderExcluirLembrei de uma viagem que fiz. Precisava ir numa usina hidrelétrica que fica no estado do Pará. Só que a estrada era de terra e estava na época da chuva. Resolvi mudar o trajeto: Belém/Brasília/Goiás Velho/Barra do Garças/Rondonópolis/Cuiabá
ResponderExcluir/Guarantã do Norte/Serra do cachimbo (na base aérea) e enfim, na usina, na margem da Cuiabá-Santarém. 11 mil km em 7 dias.
Tudo no meu antigo Scenic verde.
Lá em Guarantã, vieram me perguntar que carro era aquele que parecia uma azeitona...
Keller, é uma bela viagem mesmo. Daquele rio de águas verdes, onde se passa por uma ponte quebrada, até São Paulo dá exatos 4.000km.
ResponderExcluirFiz este eato caminho seu em 2008, a diferença é que na volta passei por Zapala. tem fotos no meu facebook
Meu pai não se considera um autoentusiasta - acho até que ele nem sabe o que isso quer dizer. Mas nos anos 80 ele metia a família toda numa Caravan SS dourada faixa-preta e rasgava o asfalto até o Rio Grande do Sul.
ResponderExcluirMais de 1.300 quilômetros até a cidade de nossos parentes na região de Santa Rosa, perto da divisa com a Argentina. De lá, íamos para as cidades portenhas sem ter certeza de que encontraríamos um hotel, mas tudo dava certo.
Certa vez, entramos no Paraguai por Encarnacion. Era um calor dos infernos. Foi a primeira vez que eu, com quase 11 anos, tomei uma Quilmes como se fosse água.
Chegou a minha vez de fazer essas loucuras, mas fui ter uma profissão que não me dá direito à férias prolongadas. Então tento curtir as estradinhas num raio bem menor, de uns 300 quilômetros.
Lendo o relato do Keller, ainda volto pra Argentina. Ô, se volto!
Aléssio, desconte ao redor de 6% a cada 1.000 metros, só que 6% do que sobrou dou último desconte, tipo o carro tem 100 cv - 6% = 94 cv. Daí é 94 - 6% e assim vai.
ResponderExcluirJá que teu carro tem 1-litro, a 4.000 m você estará empurrando o carro. Leve boas botas com bom grip.
Songa,
Bárbaro, não é?
Isso mesmo, 4.000 km.
Zapala eu conheci quando cheguei lá de trem em 1976. No meio do deserto, cidadezinha, vento pacas, frio de rachar e aquelas pelotas de capim seco atravessando a cidadezinha de fora a fora e sumindo no deserto.
De lá peguei um buzum pra San Martin, mais uns 400 km, não é?
JT
Sou que nem seu pai. Não reservo hotel nenhum e sempre deu certo. Assim a gente chega na cidade e escolhe onde quer ficar mesmo.
Keller,essa sua viajem parece uma versão em 4 rodas e bem mais comportada do filme Easy Rider - Sem Destino. Antológica!
ResponderExcluirAK, ainda não tinha lido este post... Demais! Estou louco pra fazer uma viagem longa, já tem tempo que não me jogo na estrada... Este roteiro ficou anotado! De quebra me arrisco no snowboard, algo que eu já demorei a fazer!
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