Estava procurando uma foto no arquivo e vi essa, a de uma bicicleta com motor. Foi o meu segundo e longo contato com o mundo motorizado. O motor é alemão, marca Victoria, um fabricante de motocicletas importante no seu tempo, começando em 1920 e chegando até 1966. Era de Nuremberg e a fábrica foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial. Reiniciou atividades em 1946 justamente com o motor da foto, o FM 38 L.
Esse motores começaram a chegar ao Brasil no final dos anos 1940 em boa quantidade, depois vindo bicicletas de marca Victoria já com o motor montado. Foi a coqueluche entre a garotada.
Mas antes do Victoria tive - tivemos, eu e meu irmão - uma bicicleta com motor Cyclemaster, que ficava dentro da roda traseira, uma solução brilhante. Era comprar o conjunto e montar na bicicleta substituindo a roda original. Coisa de 15 minutos no máximo. Era um motor de 32 centimetros cúbicos, dois tempos, 0,8 cv, e tinha embreagem acionada por manete no lado esquerdo. O conjunto continha até o tanque de gasolina.
Cyclemater, motor na roda, bastanta prático |
O problema é que andava pouco e para pedalar com motor desligado era pesado, a embreagem não soltava totalmente o motor. Ficamos pouco tempo com ela, pois o motor Victoria era superior. Um problema da Cyclemaster era entupir com facilidade a janela de escapamento e o pequeno silenciador, que exigia limpeza frequente (feito por nós mesmos, claro). Depois cada um ganhou a sua bicicleta com motor Victoria, montados em bicicletas nacionais Göricke aro 26 de pneus balão.
O motor Victoria era de 38,5 cm³ (35 x 40 mm) e 1 cv, dois tempos também e, inacreditavelmente, tinha duas marchas. Sim, tinha câmbio, que era comandado por manete no lado esquedo do guidão (ver desenho abaixo). O mais notável é já era de engate permanente, sendo a seleção feita por anéis elásticos de expansão de dentro de cada engrenagem, anéis que se expandiam mediante ação de um came (ressalto).
Comando de câmbio do motor de bicicleta Victoria |
A alavanca tinha dentilhado de retenção para a primeira e ponto-morto, que era liberado pela minúscula alavanca vista no desenho. A operação era algo dura e por esse motivo eu e o meu irmão desenvolvemos força maior na mão esquerda, como mostraram os testes dinamométricos nos exames médicos para a carteira de motorista.
Não tinha embreagem e para dar partida no motor pedalava-se e engatava-se uma das marchas. Com haveria um tranco, o motor tinha no cabeço uma válvula descompressora que era acionada por uma pequena alavanca no lado direito do guidão. Antes de engatar a marcha abria-se o descompressor e não havia tranco. Em ponto-morto podia-se pedalar como numa bicicleta sem motor, o motor ficava totalmene fora de ação.
O motor sem a tampa de proteção de alumínio, vendo-se o volante-magneto e o carburador. O filtro de gasolina está sendo retirado para limpeza |
Na foto acima vê-se atrás da vela a válvula descompressor. O magneto era de marca Noris e para iluminação e sinalização, produzia 3 watts em tensão de 6 volts, sendo "2,7 watts para o farol e 0,3 watts para a luz traseira", dizia o manual. Mas o que queimava de lâmpada de farol não era brincadeira., mesmo comprando lâmpada 6 V 2,7 W..Um amigo nosso, o Bruno Santucci, que tinha uma Victoria também, resolveu o problema colocando uma lâmpada de lanterna traseira de automóvel, 6 V 10 W. O farol ficava bem fraco, mas pelo menos nunca queimava lâmpada...
O motor tinha detalhes realmente incríveis. A admissão era por válvula rotativa no cárter e não pelo cilindro, como é comum nos motores dois-tempos. O carburador não tinha cuba de nível constante e por esse motivo não tinha marcha-lenta. Fechando o acelerador todo - o conjunto vinha com acelerador rotativo tipo motocicleta, a borracha era marca Magura, com nas motos BMW até hoje - o motor parava. Nas paradas nos sinais o normal era deixar o motor morrer, quando abrisse pedalava-se um a dois metros e ligava-se o motor de novo., numa versão rudimentar dos atuais liga/desliga (stop/start)...
O pequeno filtro de ar de malha de aço era da marca Knecht, exatamente a marca dos filtros de ar de carros como Porsche até os dias de hoje. A ignição era por magneto e havia um circuito separado para iluminação, fantástico! Farol e luz traseira eram alimentados por esse circuito.
A transmissão era por corrente, com pinhão e coroa, sendo o pinhão normalmente de 12 dentes. Havia, como peça, pinhão de 13 dentes, para alongar a transmissão, que era a que usávamos, pois éramos adoslescentes e pesávamos pouco. A velocidade máxima subia de 50 para 60 km/h.
A eficiência e a potência do motor era notável. Por exemplo, eu ia até o Cristo Redentor sem precisar usar pedal, em primeira. Uma vez, com 13 anos, saí de casa, na Gávea (Rio de Janeiro) e fui a Teresópolis, onde tinhamos uma casa de veraneio. De estrada, 180 quilômetros, cobertos em quatro horas. Quando cheguei, telefonei para o "velho" - havia ido sem avisar...Que bronca! Pegou a Kombi e foi me buscar! Um mês de castigo, sem poder andar na Victoria!
O tanque era de 3 litros e o consumo era de cerca de 50 km/l, tendo sido necessário reabastecer na viagem. A gasolina era misturada com óleo a 4% (25:1).
Na época já era necessário carteira de habilitação para dirigir bicicleta motorizada, mas de modo geral não éramos "caçados". Uma vez, porém, eu e o mano estávamos na av. Vieira Souto, na praia de Ipanema, quando na outra vista vem o Bento, um policial de motocicleta conhecido de todos, um negro altivo e simpático, sempre de óculos Ray-Ban, e grita para nós, rodando com sua Harley-Davidsion, "Vou recolher isso aí!!". Meu irmão, abusado, respondeu, "Não vai não, estou com motor desligado, pedalando!" Mas o Bento não veio atrás...
O escapamento terminava em rabo de peixe, como era comum nos dois-tempos da época, e de vez quando o tirávamos - que barulho, era ensurdecedor. Como a vizinhança reclamava, com toda razão...
Como era o motor Victoria FM 38 L, quantas lembranças! |
Alguns anos depois tive um novo Victoria, mas usei-o pouco. Num verão em Teresópolis, cheguei em casa para jantar e deixei-na na entrada lateral onde parávamos o carro, portão aberto, como se fazia. Quando fui sair depois a Victoria não estava mais lá, fora furtada. Que desespero, que frustração e que raiva. Nunca mais.a vi.
Esse foi o começo do meu envolvimento com veículos motorizados. Cedo aprendi a me posicionar no trânsito, a observar a sinalização, o início da cidadania. Foram anos que valeram a pena, foram-me muito úteis.
Depois dessa época já estávamos maiores e demos um passo à frente em motorização, com a chegada da Lambretta LD 150 em casa. E nova fase começou.
Vinte anos atrás um amigo carioca, o Dido, me ofereceu um motor Victoria novo, zero-quilômetro, e comprei-o. É ano 1954. Nunca o montei em alguma bicicleta. Qualque dia farei isso e serão muitas viagens ao passado...
Eu e o Victoria, em frente de casa, na Gávea. Foto de outubro de 1956. Eu tinha quase 14 anos (foto do arquivo pessoal) |
BS
Muito legal, Bob. Apesar de uma certa incompatibilidade física (125 kg), curto bicicletas motorizadas - meu sonho de infância e adolescência (não realizado, ainda) era ter um ciclomotor.
ResponderExcluirSugiro que você preste homenagem semelhante à Velosolex. Foi o primeiro veículo do tipo que me lembro de ter visto, por volta dos quatro anos de idade, e sei que ela também fez parte dos seus primeiros anos de vida motorizada.
Alexandre Zamariolli
ResponderExcluirAndei muito de Velosolex, havia para alugar em Teresópolis, antes da Cyclemaster. É fabricado atualmente onde todo o mundo parece convergir, a China. Boa ideia, vou escrever a respeito. Há cerca de cinco anos esteve para ser importada, até planejei ser revendedor, mas o negócio não foi adiante.
História legal e divertida Bob, menos a parte do roubo...
ResponderExcluirPS: No texto está corrente de 6 V.
Impressionane a qualidade do bicho,coisa de alemão,mesmo. Pelo visto,a Victoria foi o pai da Mobilete,não?
ResponderExcluirDaniel
ResponderExcluirSim, uma corrente: por que a sua observação? A Molylette usava motor Lavalette, francês, que tinha características construtivas bem diferentes.
Ops, respondi para os dois Daniel pensando serem o mesmo. Desculpem.
ResponderExcluirBob, corrente é medida em amperes (A) e tensão é medida em volts (V). Sua intenção pode ter sido em escrever que produzia corrente em uma tensão de 6 V e eu entendi errado também.
ResponderExcluirMuito interessante, nunca tinha ouvido falar nem no motor Victoria nem no Cyclemaster. Mas pelas imagens e pela descrição, este último é muito parecido com o primeiro motor de moto desenvolvido pelo Soichiro Honda, no final dos anos 40. Não duvido que haja alguma relação entre os dois.
ResponderExcluirNaquela época deveria ser mais saudável de se viver e bem menos perigoso. Se um guri sair com uma destas hoje é capaz de voltar sem.
ResponderExcluirPaulo Levi
ResponderExcluirÉ bem possível.
Belas memórias, Bob!
ResponderExcluirAté a adolescência pedalei muito, fazia tudo de bicicleta, o Rio é ótimo para isso. Hoje a falta de tempo não permite tanto, mas a magrela tá lá me esperando. Nunca tive uma motorizada, mas cuidava de toda a manutenção e melhorias.
Me lembro de, bem pequeno, pedir sempre para minha mãe me levar no parque da CEDAE em Copacabana. Lá havia uma pequena ciclovia com sinalização imitando a das ruas, até sinal de trânsito tinha.
Se
ResponderExcluirNürnberg = Nuremberg
então,
Stuttgart = Estugarda
e
Frankfurt = Francoforte
Se se opta por escrever sem estrangeirimos em inglês, que se opte sem eles no alemão também...
Bob, muito legal a sua descrição. Coisa de outros tempos não?
ResponderExcluirQuando moleque, minha principal "aventura" consistia em sair de São Bernardo do Campo, atravessando Santo André e São Caetano para depois cair no Ipiranga e pedalar até o Ibirapuera. Tinha até uma "faixa de Gaza" para cruzar, o Heliópolis.
Descer a SP-148 (Estrada Velha de Santos) também era um dos passeios favoritos. O problema era fugir do vigia que ficava no Pouso Paranapiacaba, pois a estrada estava fechada há muito. Infelizmente hoje a estrada está sob a tutela da EMAE e não podemos mais trafegar por ela nem a pé.
Cheguei a pedalar até Itanhaém, dá uns 90 Km contando da porta de casa. Duro mesmo era voltar, só de ônibus mesmo.
FB
Bob Sharp,
ResponderExcluirAdorei o Post. Viajei no tempo.
Só conhecia o Victoria de ouvir falar. No universo focado, agora, entendo o motor Victoria como um jóia mecânica. Surpreendente ter duas marchas e dá para perceber que o acabamento era muito bom.
Na minha infância eu sonhava com as bicicletas motorizadas, nesse tempo eram vistas conduzidas por senhores de meia idade. Não lembro de ter visto algum Victoria. Tinham uns Monark, não sei se eram as bicicletas ou os motores e acho que meu pai falava nuns Moskitos. Depois veio a febre dos ciclomototes mobylette, Garelli e Max Puch viraram febre entre os jovens na década de 70. Mas, nunca consegui convencer meus pais a trazer uma dessas para casa.
Já na década de 90 comprei uma Monareta (Versão da Mobylette pela Monark). Utilizava sempre em pequenos deslocamentos como ir a farmácia, padaria etc. evitando as incômodas manobras de abrir porta, colocar cinto, sair da garagem e estacionar, necessárias com o carro.
Mas, vez ou outra dava umas esticadas. Uma vez fiz uma viagem de 170 Km ida e volta, entre litoral e serra. Fiz sem pressa e parando para uma fotos, inesquecível. Tive dois probleminhas, o motor travou na subida da serra, depois a polia do CVT travou na relação mais longa. Mas, os dois problemas foram revertidos em seguida, o primeiro esperando o motor esfriar e o segundo com um pouco de graxa lubrificante, manutenção de rotina para permitir o movimento livre das três esferas responsáveis pela mudança de relação da polia motriz.
Lamento não termos mais a opção dos ciclomotores ou bicicleta matorizadas, pelo menos de qualidade aceitável.
Bob, a idéia do motor na roda da Cyclemaster foi retomada. Lembrava ter visto uma notícia na Internet, reencontrei depois do post:
http://cameira.wordpress.com/2007/03/27/81/
Incrivel como a simplicidade é eficiente. Essa Victoria possui mais cuidado na construção e nas soluções que muita moto barata.
ResponderExcluirE eu que achava que essas bicicletas elétricas chinesas eram novidade.
A alguns anos lançaram um kit de motor para adptação na roda dianteira dos camelos. Meio estranho, mas funcionava bem. Custava uns mil reais.
Mas como o Brasil cresceu e enricou, melhor comprar uma moto em 60 suaves prestações.
Daniel,
ResponderExcluirMe permita a intromissão.
"Corrente de 6V" ou outra tensão qualquer, é uma forma corriqueira de se indicar a tensão fornecida com corrente nominal ou seja a voltagem em regime de trabalho.
Acredito que a força do termo vem do fato da tensão de saída variar em função, além da rotação, da corrente fornecida pelo mesmo.
Também acho bem mais agradável dizer "corrente de 6V" que dizer "tensão de 6V com corrente nominal".
Abraço
Vou discordar de ti: tensão e corrente são grandezas diferentes. Chamar tensão de corrente pode ser comum entre leigos, mas é errado.
ResponderExcluirTensão= volts
Corrente= amperes
Em uma tensão de 12v, por exemplo, podemos ter correntes diferentes.
Atualmente tem para vender uns motores chineses de dois tempos(facil de achar no Mercado livre, custa uns 600 reais) para bicicletas de 66cc ou 80cc, teoricamente fácil de montar em qq bicicleta(já vem completo).
ResponderExcluirOutro dia vi um rapaz andando em uma destas em copacabana, ia a uns 60 km/h entre os carros, fazendo um barulho ensurdecedor. Imaginei se ele precisasse fazer uma parada rápida, ou se tomasse uma fechada de algum carro...o tombo ia ser espetacular...um perigo(trajava sunga, camiseta e havaianas).
Acho que atualmente não é necessário carteira de habilitação para ciclomotores abaixo de 50cc, certo?
BOB, Tive uma Cyclemaster!!! incrível ! pénsei que fosse raríssima ! Depois tive ima Jawa 50 cc 3 marchas. Você desencava cada coisa ! Abraço,
ResponderExcluirAnônimo (25/05/11 15:53)
ResponderExcluirSim, tensão elétrica é medida em Volts e Corrente em Amperes. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso.
Não disse (pelo menos não foi minha intenção) que tensão e corrente são a mesma coisa. O que quis dizer é que o termo "produz corrente de 6V" é aceitável corriqueiramente. Algo como uma elipse para dizer "produz sua corrente nominal com tensão de saída de 6 Volts".
Acho que o Bob Sharp pode explicar melhor.
Verdade é que o corriqueiro sempre perde em exatidão para se tornar mais palatável.
Bob Sharp,
ResponderExcluirDuas sugestões para quando potenciar alguma bicicleta com o Vitoria:
A primeira seria instalar uma bateria de 6 Volts x 6 Amperes através de uma ponte de diodos. Funciona como um eficiente regulador evitando a queima da lâmpada do farol e estabilizando o facho, de quebra pode-se ter buzina e leds de advertência funcionando em tempo integral. Essas baterias pesam pouco, por volta de 500 gramas, e acho que são fáceis de encontrar, mas, se se interessar e tiver dificuldades em encontrar, posso lhe enviar uma.
A segunda sugestão, mais complicada, é de leva-la ao próximo Blue Cloud, acho que enriqueceria as atrações do encontro.
Abraço
Anônimo 22/5 09:56
ResponderExcluirCada país e cada veículo de comunicação escreve nomes de cidades e países tanto segundo regras gerais quanto seguindo convenções próprias. Há décadas sigo o Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo, de autoria do saudoso Eduardo Martins. É Nuremberg mesmo, assim como é Nova York (e não New York ou Nova Iorque). Os italianos chamam Munique (Munich)de Monaco e Frankfurt de Francoforte, como você disse, e Stuttgart de Stoccarda. Em inglês é Shanghai, aqui é Xangai. O manual de redação da Folha de S. Paulo determina Tchecoslováquia, o do Estado de S. Paulo, Checoslováquia. No jornal Estadão rua é com "r" minúsculo, mas a regra ortográfica manda usar maiúscula. E por aí vai. Mas obrigado pelo alerta assim mesmo.
Filipe
ResponderExcluirTem razão, hoje com a bandidagem correndo solta (e um Judiciário camarada com os bandidos), o risco de ficar sem a bicicleta motorizada é grande.
Caio Cavalcante.
ResponderExcluirEsse parque da Cedae tem até hoje!
Bitu
ResponderExcluirVocê é doido. Pedalar tudo isso???
Rômulo Rostand
ResponderExcluirQue incrível, essa roda com motor! Muito legal.
Edu
ResponderExcluirÉ preciso ter 18 anos para dirigir qualquer veículo automotor, até bicicleta com motor elétrico. No caso de ciclomotores de até 50 cm³ pode-se tirar uma autorização específica no Detran, mas só com 18 anos.
Benjamin Rangel,
ResponderExcluirHavia um motor pelo qual babávamos, o italiano Cucciolo, 4-tempos, 50 cm³, válvulas no cabeçote, os balancins eram externos. Era de duas marchas também. Ficava na parte inferior do quadro. Me lembro da Jawinha 50-cm³!
Daniel e demais
ResponderExcluirAcertei o texto, vejam lá. O magneto produz 3 watts a uma tensão de 6 volts.
Rômulo Rostand
ResponderExcluirA ideia da bateria é boa, sem dúvida.
Há uns cinco ou seis anos achei uma bicicleta Victoria para instalar o motor nela, mas a pessoa pediu um valor que achei excessivo, R$ 1.000, mas hoje me arrependo de não tê-la comprado. Vou procurar outra (ou a mesma, quem sabe está lá ainda?)e conseguindo, monto o motor e levo a bicicleta motorizada numa picape para o Blue Cloud.
Este ano vou estar lá no Blue Cloud, sem DKW, mas vou. Meu pai está animado para me caompanhar e meu filho caçula, Douglas (também leitor de AE) já garantiu que vai junto. Espero ver o Victoria entre as atrações.
ResponderExcluirAbraço
Construtivamente o motor e sua alimentação são semelhantes aos usados em aeromodelos que queimam glow. Engenharia da simplicidade e genialidade!
ResponderExcluirAlguns motores atuais de aeromodelos são tão potentes que poderiam ser adaptados facilmente numa bicicleta como essa.
Sds,
RB
Que bacana ver os simpatizantes dos 2T, eu me incluo nesta. Nos meus tempos de kartismo, os motores 125 alcool davam em torno de 20hp, me falaram que atualmente gera em torno de 30. O que daria, para um motor de 1 litro, algo em torno de 240 hp, e bota blue cloud nisso.
ResponderExcluirluiz borgmann
Na minha época, o negócio era ter mobylette da Caloi, mas nunca tive uma e os moleques da "tchurminha" que tinham eram uma miguelação só com as magrelas... Como era frustrante aquela situação, época em que comecei a aprender que não podemos ter tudo o que queremos.
ResponderExcluirFaixa de gaza, B2? kkkkkkkk
Minhas primeiras experiências com velocidade foram de Caloi 10, pegando vácuo de ônibus na Av. Pereira Barreto, super seguro! hahahaha
Sds
Fábio,
ResponderExcluirTambém comecei com uma C10...e tenho até hoje. Descia cada lomba que se pegasse uma pedrinha ía parar em órbita. Bons tempos.
Bons tempos, realmente!
ResponderExcluirFez estórias, até Specialized eu "jantei" no meio urbano... hahaha... Racha de bike!
Deu dó, mas a minha eu passei pra frente, como não ía mais consertá-la, acabei doando, porque já não valia mais nada. Aros, pneus, pé-de-vela, câmbios, tudo deteriorado.
Sds
Pra vcs verem: um conceito de veículo da década de 1940 seria mais do que perfeito para as nossas necessidades atuais: Algo simples, barato, econômico e que não tivesse maiores restrições a respeito de impostos ou a habilitação.
ResponderExcluirOk, hoje existem a bicicletas elétricas, mas elas hoje não tem competividade em mrelação as motos e motocas de 50 cc...
Racha de bike... Que saudade das minhas,com uma Barraforte,lá pelos idos de 1985,86. A pobre ficou tão detonada que um belo dia o quadro quebrou em plena Professor Gabizo,na Tijuca,e fui de cara no chão. Deixou saudade,mas a troquei por uma Savoy de 18 marchas,acompanhada por idéias mais doidas:Subir e descer a Av. Edson Passos,até a Praça Saens Pena. Seguríssimo!Mas depois chega a hora de tirar a CNH,e ninguém quer mais saber de bicicleta... Mas ela ainda está aqui na garagem,testemunha muda de épocas mais doidas e irresponsáveis... mas que dão saudade!
ResponderExcluirÉ bem assim...depois que tira a CNH a bicicleta fica esquecida.
ResponderExcluirUm dia a minha Caloi 10 quebrou o garfo e quase me estatelei também.
Que viagem! também andava de bicicleta até gastar pneus e pinhão, quebrei vários garfos de Caloi 10 porque trocava o guidão e inventava de fazer mountain bike nos parques quando nem existia isso... Tive duas Mobylettes, uma detonada que fui reformando ao longo dos meus 15,16 anos. O meu pai viu o esforço e me deu uma zero quando fiz 17 anos, com a condição de que aos domingos à tarde a Moby era dele. Botava o boné, bermudas e chinelos e sumia a tarde toda... Capacete, luvas, calças compridas, retrovisor? quá!, eram os anos 80... Hoje aos 42 sonho em restaurar uma RD 350 1990 ou 91, ou uma CB 400 82.
ResponderExcluirBoas para todos os que fazem de alguma forma parte deste blog ...
ResponderExcluiracabei de o ver por acaso e gostei muito da apresentação e inclusive dos v´rios comentários que aqui foram feitos... parabéns
É, acabei comprando uma T-type (sonho antigo) de uma amiga e... ela está linda e bela no cavalete, servindo de ergométrica (ao menos judia menos dos joelhos). Mas antes desta já tive Caloi dobravel, Monark cross e uma Caloi aro 26 que a barra superior terminava achatada e que foi o primeiro arremedo de montain bike fabricado por aqui. Como eu achei esta vendendo por um preço bem mais em conta láaa em Rio Claro (SP) acabei comprando ela lá e trouxe para o rio onde instalei 15 marchas. O que ninguém me contou é que eu deveria ter trocado a corrente também, e as marchas sempre engasgavam :p
ResponderExcluirAgora estou com, além da T-type, a Gorick da minha mãe, que precisa de aros e pintura nova, e uma pequena pneu-balão onde eu aprendi a andar.
Sabedeus quando faço a restauração, tenho de vender o Niva primeiro!
Olá Bob,soube recentemente que meu irmão mais velho, da turma de 43, tem um sonho de adolescente ainda não realizado,que é ter um motor Victoria para bike...estou tentando descobrir um motorzinho destes, se encontra eventualmente algum exemplar no Rio ou em SP ? Sobre os motorzinhos chineses para bikes agora no mercado, não vejo nenhum com válvula de descompressão nem com cilindro em aço, nem tanquinho no bagageiro, charme&design nota zero...qualidade? Parabéns pelo Blog Oscar
ResponderExcluirOi Bob, eu de novo, sobre a fascinação pelo motor Cucciolo, tem uma Ducatti Cucciolo com balancins externos e tudo mais em estado de zero, anunciada no mercadolibre uy , é ali pertinho em Montevidéu, para trazer dá-se um jeito,oportunidade rara.Oscar
ResponderExcluirAnônimo 21/10/12 20:24
ResponderExcluirQue legal! Vai comprar?
Meu nome é José Maria de Oliveria, moro em Aracati-Ceará, litoral, gosto de bicilcletas, tenho duas, sendo uma antiga, mas meu sonho é ter uma bicicleta a motor. Aqui no Ceará é dificil e quando chegam, além de poucas opções, os preços muito elevados. Gostaria de ser informado, como fazer para adquirir uma de qualidade. Caso possa me atender, enviar via email, endereço, site ou telefone das empresas que as disponibilizam. Meu email: jose2008o@gmail.com ou jmpoesia@hotmail.com
ResponderExcluirJosé Maria
ResponderExcluirO melhor a fazer é procurar no Google sob o nome 'Bicicletas motorizadas'.