Anteontem (18) o Carlos Maurício Farjoun postou sobre faixas e a campanha que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está empreendendo na capital paulista para que haja respeito ao pedestre, vão primeiro orientar, depois multar, a história de sempre.
É evidente que concordo totalmente com campanha, pois tem motorista que não tem consciência da sua obrigação de respeitar o pedestre, esteja ele na faixa de segurança ou não. Vejo com frequência verdadeiros animais ao volante, independentemente de condição social, e tipo (e preço) de veículo.
Por outro lado, a autoridade de trânsito do município é totalmente relapsa, senão irresponsável, na questão das faixas de travessia de pedestres. Foi o que constatei hoje mais uma vez e motivou esse post.
Note a foto de abertura. É o cruzamento das ruas Brás Cardoso e Domingos Leme, no elegante bairro Vila Nova Conceição. Vi, parei o carro e fotografei diante de tamanho absurdo.
Havia faixas, mas para construírem a maldita mini-rotatória, simplesmente eliminaram-nas, como se vê claramente na foto. O pedestre não tem como atravessar com segurança, inclusive devido aos carros estarem em curva.
Atravessando uma rua sem faixa |
Veja a moça atravessando a rua. A faixa que existia estava no lugar certo, prolongamento da calçada, o que permite que a pessoa não precise desviar para achar a faixa, muito comum no Rio de Janeiro, onde são pintadas bem longe do cruzamento..
Só mesmo uma cabeça muito doente ou maldosa pode pensar em instalar um mini-rotatória e eliminar faixas de pedestres. O raciocínio dessas "capacidades'' é que a solução evita acidentes, uma besteira inominável.
Cruzamentos têm regras de circulação - quem vem da direita tem preferência - e se isso não for bastante por questão de volume de tráfego, há o recurso da parada obrigatória ("PARE"), que funciona muito bem, basta que todos os motoristas entendam que parar só tem um significado: parar.
Inclusive, poucos sabem que desrespeitar a sinalização de parar é infração de mesma intensidade (gravíssima), multa (R$ 194.54) e perda de pontos (7) que avanço do sinal vermelho, tal a importância de ser obedecida.
As placas indicam o lugar do absurdo fotografado |
Portanto, se a CET quer mesmo respeito à faixa de pedestres,.deve fazer o dever de casa e pintar faixas de travessia de pedestres em todas as riuas.
BS
Essas mini-rotatórias são mais uma daquelas "soluções-jaboticaba" que só existem aqui na terra-brasilis.
ResponderExcluirEm todo lugar onde passo por mini-rotatórias desse tipo, percebo que o trânsito não melhora pelo fato de se transformar um cruzamento normal em mini-rotatória. Onibus e caminhões são obrigados a passar por cima dos tachões. Como o raio da rotatória é pequeno a velocidade para cruzar o cruzamento é maior do que a de "dar a meia lua".
Quem espera para "entrar" na mini-rotatória, nunca se sabe com suficiente antecedência se o veículo que já vem vindo pela rotatória (vinda da esquerda de quem entra) vai seguir na "praça" ou sair dela. O que faz com que a espera na rotatória não seja menor do que seria num cruzamento com "pare" ou com semáforo. Além da desvantagem de complicar as faixas de pedestre.
Vejo que aqui em BH, nos locais onde se trocou mini-rotatórias por semáforos, o trânsito melhorou bastante. E a vantagem é dar ao pedestre a chance de atravessar de forma segura.
Bob,
ResponderExcluirEssa rotatória da foto lembra as que existem aos montes em Goiânia (queijim), e ajudam bastante na fluidez do tráfego por não exigirem a parada total, exeto quando houver um veículo trafegando nela.
Esse é o problema do balão, o cara que vai entrar acha que a vez é dele. Falta apenas aprender a usá-la.
Quando a faixa de segurança ser fora da esquina, basta observar a solução utilizada em Brasília a mais de 50 anos: pintada a uns 20 metros de distância, suficiente para o motorista ver o pedestre e parar o carro durante a sua travessia.
PS. Ao Pisca (qdo ele ler o comentário) - me ajude a lembrar como funcionam os queijins do Setor Oeste, do Universitário...
Pelo menos neste caso são MINI rotatórias...
ResponderExcluirNa Chácara Santo Antônio decidiram instalar rotatórias que ocupam, simplesmente, quase que a pista toda.
O motorista é quase obrigado a invadir a pista transversal pra vencer a MAXI rotatória.
Rotatórias prejudicam o trânsito.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirSe você for na periferia onde a circulação de pedestres é maior devido à massa de transporte coletivo então você vai ficar louco...
Raphael Hagi,
ResponderExcluirRotatória descente, estudada, bem projetada e executada é um ótima ferramenta.
É que aqui tudo vira Brasil... aí é f...
Aléssio Marinho
ResponderExcluirOpa!
Tamos ae...rss.
Realmente os "keijinhos" aki de Gyn são extremamente práticos e fáceis de usar.
Qnd se cruza uma via + movimentada c/ outra menos movimentada, kem está na via de menor fluxo aguarda, geralmente tendo sinal de PARE na eskina da msm.
Qnd são 2 vias c/ o msm volume de tráfego a solução tbm é simples.
Sempre tem a preferência o veículo q vem na via à sua direita.
E assim o trânsito vai tranquilo.
É assim nos Setores Oeste, Bueno, Sul e etc Aléssio.
Ah...e as faixas são sempre pintadas numa distância MÍNIMA de 20 metros das eskinas.
É como disse no outro post, a prefeitura gosta de bancar o herói mas não faz sua parte.
ResponderExcluirSe nem sequer pinta a faixa, quem dirá instalar iluminação para se fazer uma travessia à noite com segurança!
Mas, como Kassab não fez nem dez por cento das metas, agora fica inventando estas bobagens para tentar aparecer com pauta positiva na mídia.
Com sempre, no transito brasileiro, o automóvel sempre tem razão e todos os direitos!
ResponderExcluirNão demora muito e veremos os carros estacionados nas calçadas, pois na rua, estes só poderão estar em transito.
Bob, muito oportunas as suas colocações neste post, e também as do Carlos Farjoun em seu post sobre faixas de pedestres.
ResponderExcluirA propósito, sugiro que vocês também abordem a questão das faixas sólidas em vias de mão dupla onde não há canteiro central. Nos EUA e na Europa, todos sabem que elas não podem ser transpostas de jeito nenhum, enquanto no Brasil se imagina que elas sirvam apenas para impedir ultrapassagens. Aqui em SP, cansei de ver situações perigosíssimas e até acidentes em vias sinalizadas com essas faixas (por exemplo, a Av.Angélica), provocados por motoristas que ao sairem das garagens querem por que querem passar para para a pista do lado oposto quando o correto seria pegarem à direita e darem a volta no quarteirão.
Uma coisa que me ocorreu...
ResponderExcluirCreio que nas prefeituras acontece o mesmo que nem aqui no meu trabalho... As prefeituras possuem plano de metas e tem o dinheiro contado para o orçamento anual.
Tudo o que entra com multas e outras receitas é lucro e acaba por tocar obras que não estão previstas no orçamento. Em outras pelavras, a falha no planejamento engessa a prefeitura e esta acaba por depender de arrecadação por meios "não convencionais", se é que voces me entendem.
Como resultado, toda e qualquer intervenção acaba sendo feita "nas coxas", simplesmente por não ter dinheiro suficiente para fazer uma coisa direito. Quando o dinheiro sobra em caixa, não sabem o que fazer com ele e acabam gastando à toa.
Neste aspecto, acredito que o calcanhar de aquiles das prefeituras está no despreparo das equipes, bem como um medo de se exporem à auditorias externas, como a do TCU, por exemplo.
Bob, mas não é mais correto faixas de pedestres recuadas em cruzamentos sem semáforo?
ResponderExcluirAcho que é o ideal, pois assim não cometo a infração de parar em cima da faixa quando precisar ver o movimento da outra via.
Às vezes, é complicado respeitar a sinalização por causa de sua má instalação.
Gostaria de ser 100% correto, mas tem horas que não dá!
Aqui em SJCampos as rotatórias têm semáforos! Dá pra acreditar?
ResponderExcluirJoão Paulo
Aqui em Fortaleza existe semáforo em todos os cruzamentos, é horrível, o transito não flui, o sinal abre, mas você tem que esperar esvaziar os carros que estão na frente para poder andar. Isso tudo para evitar que os motoristas andem mais um pouco para fazer um retorno.
ResponderExcluirJá morei em Brasília e adorava a solução das rotatórias, só lembrando que em Brasília você tem visibilidade, com isso nem sempre você é obrigado a parar para visualizar se vem carro.
Pisca,
ResponderExcluirQuando vi as fotos do Bob, lembrei na hora dos queijim de Gyn, é a mesma solução que funciona aí a mais de 30 anos, sem nenhum problema, porém sem as tartarugas... hehehe
Já em Bsb as rotatórias funcionam pq possuem uma outra característica: Elas possuem 2 faixas, a da esquerda para contornar e a direita com passagem livre, conduzindo para fora da rotatória, direto para a faixa.
Quem anda pela primeira vez nas entrequadras, sempre quer frear na faixa da direita, o que é desnecessário em razão da sua construção. O pessoal de fora sempre se assusta, como a minha ex-namorada de Goiânia.
Agora a rotatória é uma solução que funciona até um determinado fluxo de veículos, pq acima dele, engarrafa mesmo. Quem conhece Palmas, capital do Tocantins, sabe o que estou falando.
Uber,
ResponderExcluirO Manual de Sinalização Horizontal, em vigor pela resolução 236 do Contran, de 11/05/07, estabelece no item 6.4 que as faixas devem ser aplicadas "no caminhamento natural dos pedestres". Sua observação é interessante, mas só é preciso parar se houver sinalizaçào de parada obrigatória, caso contrário é adentrar o cruzamento com cuidado.
Em Brasília tem faixa de pedestres precedida por ... quebra-molas! Esse absurdo se encontra nas pistas dos anexos dos ministérios. Também tem a versão balão (ou rotatória como preferirem) precedida também por quebra-molas.
ResponderExcluirInacreditável!
Alessio Marinho
ResponderExcluirSim...conheço bem Palmas.
Minha irmã foi delega da PF lá durante uns anos e eu ia sempre.
Hj ela mora em BSB, porém ainda tenho um primo Juiz q mora lá.
Cidade tá mto boa, pena q akele calor dos infernos me mata!
Bob,
ResponderExcluirSe você chama esta rotatória de mini, as rotatórias de Moema devem ser micro. Aquilo é ridículo, acho que é uma tentativa tosca de diminuir as pequenas colisões, que sempre ocorreram por lá, mas o problema é educação, os "apressadinhos roletam" as sinalizações de PARE e a M***A tá feita.
Ontem dei uma passada no encerramento da carreata e me deparei com várias "micro-rotatórias" travadas, a esquina da Lavandisca com a Gaivota estava impossível!
Aléssio/Pisca,
Não entendi essa solução dos "queijins", a regra não é sempre dar preferência a quem já está contornando a rotatória?
Evitando assim que trave.
Sds
Fábio,
ResponderExcluirÉ que em Gyn algumas rotatórias possuem placa de "Pare". Acho instalaram os queijim e esqueceram de tirar as placas. Mas a regra do balão é sempre a mesma. A preferência é de quem está circulando por ela. Sempre.
Outra coisa: os retornos! o pessoal não usa a faixa de aceleração e desaceleração como se devia. Em Bsb, a gente acessa o retorno, usa a faixa de aceleração e entra na pasta, sem deter o carro.
O pessoal de fora sempre estranha.
Aléssio,
ResponderExcluirEm SP também há faixas de desaceleração/aceleração, mas vez ou outra acontece de alguém "pipocar"... Sabe como é...
Não lembro onde, mas já vi bizarrices do tipo, sinalização de "PARE" dentro da rotatória. Dose!
Sds