google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 janeiro 2013 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


 Um grande amigo, o Luiz Leitão, depois que soube da demência que foi esse endurecimento da "lei seca", me mandou um e-mail falando de regras de trânsito americanas absurdas. Achei oportuno compartilhar com os leitores:

- No Alaska, é proibido levar cães amarrados no teto do carro.

- No estado do Arkansas, é ilegal tocar buzina após 9 horas da noite em áreas onde bebidas bem geladas ou sanduíches são servidos.
Fotos: autor


Fazia tempo que eu queria ver como era o Fiat Cinquecento "básico", o Cult 1,4-litro cujo motor é o EVO que surgiu com o novo Uno em maio de 2010. Eu só havia andado no Cinquecento fabricado em Tychy, na Polônia, tanto lá mesmo, em setembro de 2009, no lançamento da versão para o Brasil, quanto aqui em fevereiro de 2010, desta vez a quatro mãos (eu, Paulo Keller, Carlos Zilveti e Felipe Bitu). O polonês tinha motor 1,4-L duplo-comando 16V de 100 cv e câmbio de seis marchas Depois foi o mexicano, em agosto de 2011, em Miami, o que agora é exportado para cá. Havia também experimentado a curiosa versão TwinAir na pista de testes da Fiat em Balocco, perto de Turim, na Itália, com seu motor turbo bicilindrico em linha de 875 cm³ e 85 cv.

O Fiat 500, depois da fase inicial em que era importado da Polônia, 2009/2010, a partir de 2011 passou a ser importado do México. Embora o Cult manual venha com motor 1,4 EVO flex e transeixo manual de cinco marchas fabricado em Betim, o 1,4 EVO Dualogic vem com transeixo italiano. As outras versões são a Sport Air, a Lounge Air e a recente Cabrio, as três com motor 1,4-L MultiAir de 105 cv, podendo o Sport Air vir com câmbio manual de cinco marchas ou um eficiente câmbio automático de seis (Aisin, japonês), enquanto o Lounge Air e o Cabrio vêm com este automático somente.

O 500 Cult, que custa a partir de R$ 42.420,00, vem com bom nível de equipamentos (veja lista) e tem poucos opcionais, como o Blue&Me (sistema de comando de voz, Bluetooth, USB etc.), pacote de áudio Bose Premium, controle de cruzeiro, pinturas metálica e perolizada, teto solar elétrico e volante revestido de couro com comandos do rádio.

Um estilo retrô bem dosado. A ponteira do escapamento é oblonga

Mais de 350 cv de apenas 3,2 litros
Houve uma onda no começo da década de 1990 que fez um enorme barulho. Uma empresa australiana chamada Orbital Engine Corporation, de Ralph Sarich, apareceu com um motor que prometia vantagens enormes, e vários fabricantes os testaram a sério.  Eram motores dois-tempos.

Sarich desenvolveu um sistema de injeção de ar sob pressão que aumentava a qualidade da queima do combustível,  e que prometia, pelos testes que vinham sendo feitos, ser a solução para o principal problema desse tipo de motor, a poluição gerada devido à combustão mais incompleta do que num quatro tempos.

Lembremos que nunca todo combustível é queimado, mesmo com as evoluções constantes e precisão cada vez maior de projetos e simulações com o movimento de fluidos, de forma a se desenhar pistões, câmaras e outros componentes, como as válvulas do quatro tempos, para se ter o melhor resultado possível. No dois-tempos, essa regra não é diferente, sendo ainda mais difícil de se atingir melhores resultados, já que são os pistões que abrem e fecham as passagens da mistura ar e combustível.

Até mesmo a Jaguar entrou nessa onda, e tentou viabilizar um motor na configuração V-6 de 3,2 litros que rendia  mais de 350 cv. Isso eram 75 cv mais que o maior motor em produção, o V-12. Os responsáveis pelo planejamento futuro da empresa viam carros mais leves e esportivos com esses motores, o que poderia ampliar o mercado da marca.
O Beretta BBC

A dinastia industrial da família Beretta é a mais antiga do mundo, tendo raízes estabelecidas em 1526, sempre no negócio de armas.

Mas após a Segunda Guerra Mundial poucos se lembram que a fábrica tentou entrar no ramo de automóveis. Projetou e construiu três protótipos de um interessante carro. Isso em 1947. Vindo de uma fase rica para as empresas de armas, uma guerra, Pietro Beretta percebeu que precisaria de outro modo de ganhar dinheiro e que seria bom criar algo que despertasse o desejo de posse, com um produto relacionado ao prazer da paz, de aproveitar os dias mais claros que estavam à frente, deixando no passado a desgraça proveniente da ignorância humana.

O automóvel, como sempre, eterno símbolo de liberdade, foi o escolhido pelos capi italianos.




O que você vai ler agora ultrapassa os limites da imaginação. É a prova contundente de que a administração pública, no caso a paulistana e a paulista, desrespeita o cidadão acintosamente, sem a menor cerimônia, dentro da mais pura e absoluta bagunça.

Tudo começou quando um amigo que tem um GT Malzoni, original com motor DKW e minuciosamente restaurado, foi licenciar o carro no ano passado (2012) e houve restrição por parte do Detran porque não havia sido feita a inspeção em 2011.

Claro, não havia sido feita porque no site da Controlar, ao se agendar inspeção e entrar com número do Renavam e placa, surgia a informação de que por ser motor dois-tempos a inspeção não podia ser feita, ficando o veículo isento. A isenção vale para qualquer outro com esse tipo de motor, uma vez que o óleo presente na mistura ar-gasolina falseia a análise do equipamento. O carro havia sido licenciado normalmente no ano anterior (2011).
Fotos: carscoop.net, Supercars.net, TopSpeed.com


Um dos carros mais sensacionais da história

O ano de 1991 foi incrível para os entusiastas da marca BMW. Desde 1978 sem colocarem os olhos em um esportivo ou supercarro da marca, a Italdesign, empresa de Giorgetto Giugiaro, mostrou o Nazca, uma criação que só pode ser classificada como fabulosa, ainda hoje. O esportivo anterior havia sido o M1, outro grande projeto.

A Italdesign nunca deu ponto sem nó, e fez um carro totalmente funcional, já que é uma empresa também de engenharia, capaz de conceber veículos e outros tipos de produtos visando a fabricação industrial, desde os primeiros rascunhos dos estilistas até a construção de protótipos totalmente funcionais. Muito mais que apenas  uma casa ou estúdio de estilo.

Esse carro é sem dúvida um dos conceitos mais legais de todos os tempos. Pelas especificações, fotos e filme, ele é incrível, para dizer pouco, e foi sempre bem divulgado pela marca, o que faz mais fácil a vida de quem tem interesse nesse tipo de pesquisa sobre história dos automóveis.




Um leitor que já se tornou amigo, embora ainda não nos conheçamos pessoalmente, me escreveu há algum tempo indignado com uma placa que vira na rodovia SP-280 Castello Branco, mas que ainda não tinha tido oportunidade de fotografá-la, o que fez nesta sexta-feira (25/1).

Sua indignação é com o que se lê na placa (clique nela para ampliar). Ela está a pouco mais de dois quilômetros praça de pedágio de Boituva.

Ali está dito que o governo de São Paulo está gastando mais de 31 milhões de reais para recapear 50 quilômetros da rodovia, nos dois sentidos. Até aí tudo bem, é isso o que governos devem fazer, prover boas estradas e em boas condições – só que esta, em particular, foi entregue a uma concessionária, a Colina. Temos então, disse o amigo, duas hipóteses.

Ou pagamos pedágio para as concessionárias de rodovias ficarem com o lucro (nesse trecho o preço para dois eixos é R$ 6,30) e o governo com os investimentos, ou então este governo está fazendo uma belíssima propaganda enganosa dizendo que investiu, quando na realidade o dinheiro não é dele.

O que não entra na cabeça de ninguém é o governo dar a concessão e ainda pagar para conservar a estrada. Alguma coisa não fecha nessa história.

BS





Um vídeo no YouTube contém cenas de indignar quem gosta de automobilismo, mas que também deixam pasmo qualquer ser humano dotado de alguma racionalidade. São os Mini-Cooper JCW usados na Mini Challenge, competição monomarca que freqüentou as pistas do Brasil nos três últimos anos, sendo destruídos.

Provas da Mini Challenge, sempre muito disputadas

Os carrinhos, que entraram no Brasil pelo expediente da importação temporária, tinham "prazo de validade" para permanecer no país, já que neste tipo de importação as nossas salgadas taxas não são pagas. E sendo assim, findo o período "X" (que possivelmente no caso dos Mini foi renovado uma ou duas vezes), qualquer bem – carro, moto, lancha ou outra coisa que  tenha ingressado no país nestas condições, deve ser devolvido a sua origem ou... ficar! Mas desde que se paguem os impostos, claro.
Fotos: Paulo Keller


Logo ao sair com o JAC J2 me surpreendi com a maciez da suspensão. A rua era daquelas em que jogaram de qualquer jeito uma massa de piche por cima de paralelepípedos, com paralelepípedos aqui, calombo ali, asfalto acolá, e o carro ia surpreendentemente macio. Essa maciez não é comum em carros assim compactos (tem 3.535 mm de comprimento, um centímetro menor que o Fiat 500).

Achei melhor verificar a pressão dos pneus. Poderiam estar com pouca pressão, o que ajudaria a amortecer a craqueira do piso. Logo parei num posto. A pressão estava quase OK, não estavam murchos o bastante para suavizar a coisa. Coloquei as pressões conforme o recomendado e aproveitei para olhar as bandejas da suspensão dianteira. As bandejas estavam planas, quase na horizontal. O J2, portanto, não fora erguido para entrar no mercado brasileiro, como é costume que façam. Ótimo, pois não desfizeram o que havia sido bem feito.

Bom estradeiro para o porte

Foto: autor, exceto quando indicado
Roupagem aventureira, porém discreta; os trilhos do bagageiro de teto se destacam

Lamento leitores, mas não resisti ao trocadalho do título deste post. Afinal, assim como a jabuticaba, carros “aventureiros” só existem no Brasil. E agora a Hyundai Motor Brazil (a sul-coreana de Piracicaba, não a Caoa) lançou sua versão “aventureira” do compacto hatch, o HB20X. O “X” veio de cross, como nas motos, sendo um certo exagero para o carrinho. Mas, nesta área de aventureiros, um pouco de fantasia é sempre bem-vinda. 

A Hyundai estreou seu HB20 “de asfalto” em outubro de 2012 com um raro sucesso de crítica e público. Jornalistas e consumidores aprovaram o compacto. Os consumidores, no primeiro mês cheio de vendas (novembro de 2012), compraram mais de 8.000 HB20, que tinha apenas a versão “normal” (com motores 1,0 e 1,6). 

A caracterização X manteve o visual do HB20 normal, com mudança nos pára-choques

Fotos: Paulo Keller exceto quando indicado
Não importa por onde passe, as pessoas olham para você

Meu encontro com o roadster BMW Z4 foi a mais agradável surpresa que poderia haver no último dia do ano passado, surgiu de um convite inesperado, recebi a ligação às 8 da manhã e em minutos já estava com ele na mão!
 
Em meus planos para o 31 de dezembro, na verdade estava correr a São Silvestre, tradicional prova de rua de São Paulo. Começara meu preparo havia seis meses, não o revelara a ninguém, somente quem acompanhava de perto meus treinos suspeitava. Dezembro, portanto, estava reservado para ficar na cidade, sem escapadas a qualquer outro lugar. Apenas a corrida.

Duas semanas antes, porém, uma contusão obrigou-me a cancelar minha participação na prova. Sem tempo para me recuperar fisicamente e com tão pouca antecedência para buscar alternativas de lazer no litoral, o melhor a fazer seria ficar em Sampa e curtir a cidade vazia...De repente, um Z4!!!


"Líder por Natureza. Paris na hora do almoço. Carro pela Rover", enaltecendo o desempenho na propaganda

Será que dá para imaginar um carro inglês com motor V-8, que os próprios britânicos dizem ser não confiável e totalmente impossível de não ter corrosão?

Esse é o Rover SD1 Vitesse, um hatchback grande com 4.698 mm de comprimento, entreeixos de  2.814 mm e 1.425 kg de massa, que se comporta dinamicamente como um carro menor, mostrando uma agilidade exemplar.

Tem uma história iniciada em 1976 e só durou uma década com a interessante carroceria hatchback de quatro portas, tendo pouco mais de 303 mil unidades fabricadas. Foi equipado com cinco motores diferentes, de quatro e seis cilindros em linha a gasolina, um diesel quatro-cilindros italiano da VM Motori e o V-8 de alumínio da Rover.



Acionamento eletromagnético de válvulas: décadas de tentativas infrutíferas


Bem, estamos chegando ao final da nossa jornada ao rico e maluco mundo das válvulas.

Vimos ao longo desta série que as válvulas convencionais, hoje amplamente dominantes, estão longe da perfeição, e que são um dos grandes fatores limitantes para o aperfeiçoamento tecnológico dos motores a pistão.

Vimos também que existem outras importantes famílias de válvulas, como as de camisas móveis, as de válvula rotativa axial e as de válvula rotativa transversal.

Neste artigo veremos soluções únicas, que não possuem uma classificação clara. Veremos não só válvulas não convencionais, mas formas não convencionais de aplicação e de acionamento das válvulas convencionais, com projetos tomados entusiasticamente como promissores e depois abandonados. Enfim, esta parte é dedicada aos tipos mais bizarros de válvulas e de formas de aplicá-las.

Loucura total

Vamos começar com algo leve para não assustar.
O painel do novo Corvette Stingray (C7). (netcarshow.com)

Quem pode, faz. Quem não pode, apenas fala a respeito.
Ditado popular

É difícil para alguém que, como eu, apenas fala a respeito de carros, ouvir uma frase como esta. Mas é a mais pura verdade. Quando nos propomos a avaliar o trabalho de outros, é bom lembrar que não pudemos fazer melhor. Sim, porque se pudéssemos realmente, estaríamos do outro lado da cerca que divide quem faz de quem apenas assiste.

A dura realidade que temos que enfrentar é que mesmo o mais insatisfatório dos automóveis é mais importante do que a melhor piada que pudemos fazer designando-o como tal. Mas é muito fácil se esquecer de tal coisa e de se recolher à sua insignificância; principalmente se o que você escreve ou fala encontra ávidos ouvidos, e tal ocupação lhe traz fama e influência, e em alguns raros casos, até fortuna. O sucesso tem o péssimo hábito de fazer as pessoas acreditarem que não são apenas pessoas, e sim algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.

Mas isto não quer dizer que a ocupação do avaliador não seja honrada, longe disso. Na verdade, é necessária e importantíssima tanto para quem faz os carros, como para quem os compra. Sem uma opinião séria e isenta, como saberíamos o que comprar, ou como saberíamos onde se errou? E errar todos erramos, porque se não o fizéssemos não faríamos parte da espécie humana. Seríamos algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.

Quadros do filme do falso incêndio

Uma rede de televisão americana, a NBC, tentou enganar uma nação anos atrás, mostrando um impacto de um carro de passeio contra a lateral de uma picape da General Motors.

O precedente dessa farsa foi nos anos 80, quando a Audi quase foi posta para fora do mercado americano, após outra emissora, a CBS, colocar no ar uma matéria completamente infundada sobre aceleração súbita nos carros da empresa. O súbita é uma tradução ruim. Na verdade, o termo unintended aceleration significa aceleração não intencional, ou desintencional, se essa palavra existisse.
Fotos: Paulo Keller


Não é todo dia que se põe a mão em carros especiais, diferentes do rebanho, e foi com muita satisfação que o AE recebeu um BMW M3 GTS para testar, o 115° (indicado no painel lado do passageiro) dos 135 produzidos no mundo em 2010/11, dos quais cinco estão nas Américas – três nos EUA e dois no Brasil, ambos estoque da Eurobike, concessionária multimarca de Ribeirão Preto (SP) com 25 unidades entre os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Filosoficamente, a versão construída pela divisão Motorsport da BMW como todo M, é um carro preparado para corrida que pode andar na rua e homologado para tal nos vários países onde foi vendido ou licencidado para demonstração a clientes, caso desses dois da Eurobike. Tudo leva ao "estado de pista", do aliviamento de peso usando recursos como o teto de compósito de fibra de carbono, material transparente da coluna central para trás em policarbonato em vez de vidro e redução significativa do material fonoabsorvente, aos bancos dianteiros Recaro de competição homologados pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) associados a cintos de segurança de seis pontos Schroth, ambos alemães, mas mantendo o cinto retrátil de três pontos para uso "civil".

Número de série vem aplicado no painel

 O "estado de pista" significa que o M3 GTS está pronto à espera de alguma corrida ou então levar seu dono a um track day para curtir um verdadeiro carro de turismo preparado, com alta dose de adrenalina e, dependendo da concorrência, sair-se como o melhor tempo do dia.

Fotos:ebay.co.uk



O Cirrus é um carro único, um esportivo de dois lugares, motor V-8 atrás dos bancos dos dois ocupantes, feito com componentes bastante comuns na Europa, principalmente na Grã-Bretanha, aquele arquipélago cheio de entusiastas dos motores e máquinas.  O único lugar do mundo onde uma corrida de motos nas ruas poderia sobreviver, como ocorre sempre na ilha chamada Man.  

A empresa desenvolveu o carro em um galpão nos fundos de uma  grande casa tipicamente britânica, uma mansão na verdade, mas já não na sua melhor forma de conservação. O engenheiro criador é Nick Butler, com formação  aeronáutica e construtor de hot-rods britânico, a maioria deles no padrão T-Bucket.


Inerente ao ser humano, um sentimento, se é que podemos chamá-lo assim, perdura por toda a história das nossas civilizações, e este é a rivalidade. Uma diferença de idéias, de crenças, de costumes, ou mesmo de gostos, gera rivalidade, que pode ou não ser transformada em outros sentimentos. 

A rivalidade pode ser produtiva, como um incentivo à competição e ao desenvolvimento, ou pode ser destrutiva, como acontece no caso das guerras entre povos, que nada mais é que uma rivalidade, ou por diferenças de crenças ou por questões políticas, mas sempre por uma rivalidade entre interesses distintos.

Se no tempo dos gregos e troianos, palestinos e isralenses, a rivalidade acabou em guerra, no mundo automobilístico a rivalidade costuma gerar um acirrado desenvolvimento pela autopreservação. Não apenas a rivalidade existe entre os fabricantes, obviamente cada um tenta preservar seu mercado e ser líder de vendas e dominar o mundo, mas entre os clientes também há esta rivalidade. Ou pelo menos havia.
Fotos: Mercedes-Benz, carbase.com, supercars.net
Mercedes-Benz C111-II

O primeiro carro do fabricante alemão da estrela de três pontas com portas abrindo para cima, apelidado de gull wing ou asa de gaivota, foi o 300 SL, isso todos sabem. Um carro clássico pela absoluta novidade da configuração das portas, além da injeção mecânica de gasolina. Foram fabricados apenas mil e quatrocentas unidades, de  1954 a 1957.

O projeto C101 que viria a ser rebatizado como C111, iniciado em 1969, seria seu sucessor como o supercarro da Mercedes, se tivesse sido comercializado.  A mudança de designação se deveu ao registro feito anos antes pela Peugeot, onde qualquer designação para automóveis com três algarismos que usasse o zero no meio era de sua propriedade, direito válido no território francês. O mesmo ocorrera com o Porsche 911, que foi apresentado em 1963 e vendido em pequena quantidade como 901, quando precisou ser mudado. Em vez do carro ter outro nome apenas para a França, alterou-se para todos os mercados. Os alemães também cometem equívocos, no caso da Mercedes por pura falta de atenção.


O médico suíço Paracelso (1493-1541) afirmou que "Só a dose faz o veneno". Isto, estendido, nos dá a máxima da sabedoria popular que diz “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. De fato, existem inúmeras substâncias que, dependendo da quantidade, podem ser inócuas, curar ou matar. O próprio álcool se enquadra nisto: em pequenas doses, relaxa e ameniza o stress, mas em excesso pode intoxicar e matar.

Temos há muitos anos um grande problema no nosso trânsito: as pessoas que dirigem sob o efeito de álcool. Não me alongarei sobre a enorme periculosidade disto, já sabemos muito bem. Algo deve ser feito para coibir tal prática, para evitar que vidas se percam por culpa de irresponsáveis que voluntariamente diminuem sua habilidade de conduzir um veículo para logo após sentarem-se ao volante dele. As trágicas histórias são do nosso conhecimento.

Atentos a este problema, nossos legisladores sempre se mobilizam para aprovar leis endurecendo a punição àqueles que insistem em beber e dirigir. Nosso Código de Trânsito já foi emendado duas vezes neste assunto. Porém, a solução não é tão simples. Os nobres deputados mudam a lei como se a lei anterior permitisse ao cidadão dirigir bêbado. Como já afirmou Bob Sharp, lei sempre existiu, o que sempre faltou foi fiscalização. Os legisladores, ignorando isso, endurecem a lei, como se isto fosse o remédio que fará com que ela seja aplicada.




Em breve, ainda neste início de ano, a Honda vai colocar em suas concessionárias de motos o veículo de duas rodas motorizado mais vendido na Europa em 2011, o Honda PCX. Ele será o segundo produto da Honda no segmento de scooters no Brasil, e virá fazer companhia ao muito bem-sucedido Honda Lead 110.

O PCX, mais parrudo, moderno e equipado com um motor monocilíndrico de 150 cm³, se destaca tanto no aspecto técnico como pelo desenho. Será fabricado em Manaus (AM) e ainda não teve seu preço divulgado, mas o "chute" é que venha a custar cerca de R$ 8.500, distanciado do Lead 110, que está por cerca R$ 6 mil.

Foto: Aston Martin

“Não estamos aqui para fabricar automóveis. Nós trabalhamos aqui para fazer dinheiro fabricando automóveis.”

A frase acima é atribuída a Alfred P. Sloan, Jr, executivo supremo da General Motors entre 1923 e 1956. Sloan é a pessoa que tornou a GM a maior empresa do mundo, e criador de um método de negócio para a indústria que foi copiado por absolutamente todo o mundo. A obsolescência programada liderada por departamentos de estilo, o ano-modelo, a compra financiada, o desenvolvimento contínuo de novos modelos, tudo foi criado por ele, e hoje é universal e básico.

Esta frase na verdade é praticamente um resumo da missão da vida desse genial empresário. Sloan transformou, aplicando métodos de gestão empresarial, uma indústria ainda liderada por amadores, por provincianos inventores de fundo de quintal feito Henry Ford, em negócios de verdade. Com uma gestão lógica, pragmática e científica, Sloan tornou sua General Motors em uma empresa realmente profissional, liderada por gerentes profissionais, e focada no objetivo máximo de qualquer empresa: o lucro.

Alfred P. Sloan, Jr (foto: General Motors)

Nada de errado nisso, lógico. Algumas pessoas hoje até podem ter dificuldade de acreditar que era diferente antes, que a frase de Sloan é óbvia e sem impacto algum, noção esta imprimida em seus cérebros por uma sociedade moderna onde absolutamente tudo é negócio, e a lógica de que o lucro é o mais importante sempre é corrente até em lugares como hospitais e escolas, incrivelmente. Mas na indústria automobilística do início do século XX, era realmente uma noção nova.

Foto: R7 Notícias



Um bando de desordeiros bloqueou esta manhã, por volta de 8h00, uma das rodovias de maior movimento da região da Grande São Paulo, a rodovia SP-270 Raposo Tavares, na altura do quilômetro 20 próximo a Cotia.

Ninguém tem o direito de prejudicar o deslocamento de milhares de pessoas, qualquer que seja o pretexto. Esse tipo de ação, que vem aumentando, tem ares de uma verdadeira guerra civil e como tal tem de ser tratada.

Ao deixar de tomar ação realmente enérgica – leia-se uso imediato de força policial ou mesmo militar – contra esse tipo de perturbação da ordem pública, a responsável pela segurança no estado, a Secretaria de Segurança Pública, está deixando de cumprir o seu dever.

Dezenas de milhares de cidadãos não podem ficar reféns de meia dúzia de marginais.

BS
Fotos: Car and Driver Brasil



— Acelera! Vamos! Acelera até o talo e aenta a mão! 

Estou acostumado a dizer isso. Estou acostumado a ficar insistindo para que não tenham medo e pisem no acelerador até bater na tábua. A expressão “pé na tábua”, por sinal, vem do tempo em que a parede de fogo não protegia contra fogo nenhum porque era feita de tábua. Era assim em carros até o começo da década de 1930, então quando o sujeito acelerava tudo batia o pé nessa tábua. É legal escutar esse barulho “toc” de bater o pé na tábua. Fica claro que a coisa está no talo.

— Pé na tábua, então! Acelera tudo, caramba! Está com medo de quê? Está tudo livre e só estamos em 2ª marcha! Em 2ª esse carro não passa de uns oitenta! Então, vamos! Acelera aí!

Com carro carburado não é essa moleza de acelerar os carros modernos, com injeção eletrônica, acelerador eletrônico, monitores de nossos atos ao volante. Com os carros modernos, se você quiser arrancar o mais forte possível, basta acelerar direto ao talo que a programação do acelerador faz a coisa certa, dosa da melhor maneira e vai acelerando na mais rápida progressão possível, mas com carburado não é assim, não, pois com eles, estando em giro baixo, meter o pé direto ao talo muitas vezes é contra-producente, o motor engasga, pois a mistura ar-combustível sai errada, muito ar para pouco combustível, dá falta e em vez dele acelerar ele empaca. 

Fotos: divulgação fabricantes



Não há como negar: um modelo de automóvel ser líder de mercado há 26 anos consecutivos é um grande feito. Não menos significativo é uma marca, a Fiat, liderar o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves por 11 anos.

No caso da marca alemã, há a considerar ainda o domínio do Fusca por 24 anos (1959-1982), o que soma 50 anos de produto mais vendido. A Volkswagen só perdeu para a General Motors em 1983, com o Chevette, e em 1984, 1985 e 1986, anos em que o Monza foi o campeão. Em 1987 o Gol retomou o cetro e nunca mais o perdeu.

Desde o lançamento em maio de 1980, mais de 7 milhões de Gol já deixaram a linha de montagem, fábricas Anchieta e Taubaté combinadas. O modelo fechou 2012 com 293.293 unidades vendidas, 37.455 à frente do segundo colocado, o Fiat Uno (fonte: Fenabrave).

Fotos: Portuga Tavares e arquivo pessoal.

Um antigo galpão de fábrica, hoje funciona como estacionamento, é o "dormitório"dos Galaxies.

No Natal li um SMS do amigo Bob Sharp onde desejava um Feliz Natal, com a frase: “Ave Maria Cheia de Galaxies...”. A brincadeira, com pano de fundo religioso, me fez lembrar de um texto feito em 2011. Na ocasião estava com apenas um Galaxie, hoje estou com três e mais dois Corcéis GT, o fato é que tem um dia da semana, ou melhor, uma noite que continua sagrada para mim: as noites de quinta-feira, quando ando com os carros.

Este é meu jeito de manter as máquinas em pleno funcionamento, bom... chega de conversa e vamos ao texto que explica melhor como transformo um dia comum e algo especial.

A Bíblia diz que Deus fez o mundo e descansou no sétimo dia, o ser humano já emendou mais um e criou o final de semana – é um sacrilégio desperdiçar esses dias. Esse foi o pontapé inicial para que o brasileiro fizesse da noite de sexta-feira "o dia oficial do happy hour", nada mais religioso que aquela cerveja gelada com petiscos no botequim!


O Jan Balder escreveu agora à tarde ao AUTOentusiastas informando mudanças no próximo Torneio Interlagos de Regularidade. São elas:

  • Será realizado no dia 19 de janeiro (sábado) apenas
  • Clássicos, tanto duplas quanto individuais:
    Briefing 10h30
    Largada 11h50
    Premiação 14h00
  • Modernos, tanto duplas quanto individuais
    Briefing 16h00
    Largada 17h25
    Premiação 19h00
Mais informações e inscrições em http://www.torneiointerlagos.com.br/

BS
Fotos: Equipe Original Motors (originalmotors@gmail.com)
facebook.com/originalmotorsbr

Jan Balder no 911 leva os competidores até a largada da Clássicos Individuais. Na primeira fila, Rodrigo Daprá e seu belo Alfa Romeo Ti4 (por fora), que seria o vencedor, e ao seu lado o veterano piloto Luiz Evandro "Águia" Campos no Monza

A História e o sucesso se repetem. Assim como Wilson Fittipaldi e Eloy Gogliano vislumbraram em 1956 adaptar uma tradicional prova de estrada, a Mille Miglia, a um autódromo, nascendo a Mil Milhas Brasileiras, o piloto Jan Balder fez o mesmo há poucos anos, organizando um rali de regularidade em circuito, tipo de prova essencialmente de estrada. Ambas as iniciativas deram certo e hoje autoentusiastas têm como saborear a pilotagem num autódromo a um custo mínimo. É o que o Torneio Interlagos de Regularidade promete e cumpre.

A foto acima dá uma boa idéia do que foi o sábado (22/12), dia do rali de regularidade reservado aos Clássicos, com as duas baterias, Individual e Duplas, realizadas com pista molhada. Mais do que o risco natural, a diversão foi assegurada. Já no domingo não choveu, permitindo aos Modernos andarem um pouco mais forte.

No sábado, às 13h30, houve um desfile de homenagem ao querido Fabio Steinbruch, tragicamente desaparecido no dia 2 de dezembro em conseqüência de ferimentos sofridos num acidente de motocicleta. Após o desfile foi entregue ao Oswaldo Barros, o dedicado técnico chefe da equipe de Steinbruch que mantém em ordem os carros da enorme coleção, um troféu oferecido pela Associação Brasileira de Proprietários de Automóveis Puma (ABPAP).

Antônio Hernandes, presidente da Associação Brasileira de Proprietários de Automóveis Puma, profere algumas palavras em homenagem a Fabio Steinbruch antes de entregar o troféu a Oswaldo Barros (à direita). Entre os dois, Jan Balder

Pouco antes de assumir o cargo, o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou mudanças na inspeção veicular, surpreendendo aos muitos que não o elegeram, como eu, pela clareza e objetividade. Entre as alterações, passar as inspeções de anuais para bienais e atingindo somente carros com mais de cinco anos de fabricação.

Mas vozes logo se levantaram contra a elogiável intenção do prefeito, conforme publicado na Folha de S.Paulo desta sexta-feira e, acredite se quiser, membros do legislativo municipal, num posicionamento no mínimo jurássico.

E um dos vereadores que estão se manifestando contra a idéia de Haddad é Andrea Matarazzo (PSDB), justamente quem ajudei eleger pedindo às pessoas do meu círculo que dessem seu voto a ele. Obviamente, sinto-me traído.

Eu o conheci alguns anos atrás e dele tive a melhor impressão, vendo nele uma pessoa educada e com excelente visão da coisa pública. Portanto, ao menos nesta questão da inspeção, uma grande decepção!

Vá-se saber que interesses estão movendo os que são contra a mudança no esquema da inspeção, ao desprezarem solenemente o que se faz nos países avançados à luz da realidade da tecnologia atual dos motores. Na Era do Mensalão não é difícil imaginar que interesses seriam esses.

É mesmo São Paulo, por obra de alguns de seus vereadores, na contramão.

De novo, a pergunta: o que será que fizemos para merecer isso? Ira dos deuses? Maldição?

BS
Desenho: neuroblog.brain-dynamics.es



Nas batidas em que um carro que seguia rapidamente atinge um mais lento saindo de uma via transversal, os motoristas dos carros rápidos geralmente afirmam não terem visto o veículo vindo da direita ou da esquerda. Eles não estão mentindo, apenas não viram realmente o outro veículo, mesmo à plena luz do dia. O fenômeno que diz respeito aos motoristas do carro rápido é chamado de “Cegueira de Movimento”. É incrível mas é verdade e preocupante.

Os pilotos militares recebem instrução sobre cegueira de movimento durante seu treinamento porque ela ocorre em velocidades mais altas e, até certo ponto, isto é aplicável a motoristas também, especialmente aqueles de carros mais velozes. Desse modo, se você dirige, leia o que segue com atenção.
Fotos: autor



Não é fácil encontrar caminho ruim o bastante para criar dificuldades à Ranger, a picape média 4x4 lançada pela Ford no final de junho. No evento para a imprensa, realizado em Salta, Argentina, foi proporcionado aos jornalistas um trajeto aventureiro para fazermos com a picape, subindo e descendo rampas escorregadias e rodando por vaus de riachos pedregosos e bastante fundos, com mais de meio metro de água. Nessas já deu para ver que a picape é valente à beça. Faltava viajar com ela e senti-la no dia-a-dia.

É difícil achar aventura para ela

Indo de São Paulo a Pirassununga, pegando a rodovia dos Bandeirantes e a Anhangüera, a picape viajou muito bem, silenciosa, mantendo 120 k/h em 6ª e última marcha com giro baixo, 2.100 rpm. A versão em teste é a Limited, a topo de linha, com câmbio automático e uma série de opcionais que lhe dão conforto, conveniências e enorme valentia no fora-de-estrada; portanto, nas relativamente vazias estradas de pista dupla era só ligar o controle de velocidade e deixar rolar.


Fotos: arquivo pessoal.

Chevette 4-portas, lançado numa época em que os carros de duas portas eram os preferidos – vendeu pouco, mas hoje o modelo é raridade procurada por colecionadores

Ao falar em Ford Corcel, muita gente torce o nariz, vem à cabeça de muita gente aquele carrinho surrado de um pedreiro ou o automóvel de “tiozinho”, aqueles que usam o automóvel pouquíssimo e dirigem com o corpo colado ao volante, normalmente devagar e atrapalhando a via local. O mesmo pensamento é estendido aos Dodges 1800, Polara e Chevrolet Chevette.

Acontece que os pequenos dessa fase são veículos bastante inteligentes, econômicos e em alguns casos carros muito “espertos”. Particularmente não tenho muitas experiências com os Chevettes, mas sempre andei nos carros do amigo Fabiano Tilli que é grande fã dos modelos quatro-portas, mas preferia andar com a picape Chevy 500, um carro muito íntegro, original e que gostava de acelerar. Mas é fato que o motor 1,4 e 1,6 serviram de base para muitos projetos mais modernos da fabricante que até faz referências à economia com “novos” projetos que não tem a autonomia dos modelos velhinhos.


Pessoal, tudo bem com vocês? Espero que 2013 seja bem especial para vocês e suas famílias. E que também seja de muito autoentusiasmo.

Em 2012 tive um ano muito agitado, mas muito rico. Tive que me dedicar de corpo e alma a outras atividades que exigiram muito trabalho físico e mental. Viajei demais também. Por isso acabei me afastando dos posts regulares apesar de estar sempre por dentro e em contato direto com o Bob, Arnaldo e outros colunistas. 

Vivi muitas experiências autoentusiastas que infelizmente não viraram posts ainda. Mas não quis perder a oportunidade de marcar 2012 como um ano excelente e decidi fazer essa coletânea de fotos. Cada uma delas tem uma boa história por trás. 

Inicialmente eu imaginei esse post um pouco mais organizado e ao menos com legenda nas fotos. Mas acredito que a grande maioria de vocês não terá dificuldade alguma para identificar os carros.

Um forte abraço,

PK
Foto: autor



Há pelo menos um mês – pode ser mais que isso – essa carreta (esquerda) e esse semi-reboque encontram-se estacionados diante da 27ª Delegacia Policial, no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo. A rua onde os veículos estão é a Barão do Triunfo e o prédio da delegacia faz esquina com a rua Demóstenes.

O incrível é que ambos fecham a maior parte dos acessos ao estacionamento de vagas perpendiculares à fachada do prédio.

Minha curiosidade é tanto como ser possível esse veículos ficarem alí tanto tempo, com se fosse um depósito, quanto qual é a carga deles. Obviamente trata-se de uma apreensão por qualquer motivo, mas, tanto tempo no "depósito"?

De tanto passar pelo local – sempre uso essas duas ruas para acessar a av. Ibirapuera vindo da av. dos Bandeirantes – a curiosidade cresce, e resolvi registrar com uma foto do celular e compartilhá-la com os leitores.

Atualização: Passei hoje (18/01/13) pela rua e o cavalo-mecânico não estava mais lá, só os dois semi-reboques.

Nova atualização:  Hoje (27/01/13) continua igual.


Folhas ao redor das rodas: longa inatividade

O mistério continua...

Nova atualização: Passei lá esses dias (18/2)  e os semi-reboques finalmente se foram.

BS
Acho importante dar conhecimento aos leitores de um e-mail que o AE acabou de receber e compartilhar a enorme satisfação que me deu:

................................................................................................................................

"Olá!

Gostaria de agradecer ao blog, e principalmente ao Bob Sharp por ter divulgado esta matéria:

http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2012/12/outra-da-cet_19.html

Graças à informação contida nela, ao qual eu desconhecia completamente, resolvi escrever um email para a NITtrans, uma espécie de CET da cidade de Niterói/RJ, onde resido, solicitando a retirada de tachões que instalaram na rua da minha faculdade no início do segundo semestre de 2012.
Niterói, como qualquer outra cidade brasileira, tem seu pavimento rodoviário urbano repleto de buracos e calombos asfalticos. Ou seja, não há a necessidade de por calombos artificiais nas ruas. Lembro que quando colocaram esses tachões eu fiquei muito chateado com aquilo, afinal, eram seis topadas (três na ida e três na volta) que os pneus do meu carro davam cada vez que eu quisesse ir a faculdade de carro.

Em menos de 10 dias eles retiraram os tachões.

A Nittrans não é exemplo a ser seguido na maioria dos casos, mas dessa vez surgiu uma ponta de esperança de que mudanças para melhor são possíveis.

Muito obrigado AUTOentusiastas! Que vocês tenham um próspero 2013!

PS: Logo abaixo está o único email da Nittrans e a solicitação que fiz."

.....................................................................................................................................................

"Boa tarde Sr. Victor.
Encaminhamos sua solicitação ao setor responsável, assim que tivermos retorno informaremos.
Att.
M.Peluso
Ascom-Nittrans"
 
.....................................................................................................................................................

Em 20/12/2012 às 14:53, "Victor Gomes" escreve:
Gostaria de saber de que forma posso socilitar a retirada de três conjuntos de tachões instalados na Rua Gastão Gonçalves no bairro de Santa Rosa.
Eles foram instalados no segundo semestre de 2012 com o provável objetivo de diminuir a velocidade dos carros na via. Porém, a instalação é ilegal pois em 25 de novembro de 2009 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) emitiu a Resolução nº 336, em que proibiu a utilização de tachas e tachões, aplicados transversalmente à via pública como sonorizadores ou dispositivos redutores de velocidade.

Como dito no corpo da resolução, ela causa defeitos ao pavimento (que já é deteriorado por constantes vazamentos de água e esgoto) e aos veículos automotores.

A via já tem velocidade bem limitada visto que há carros estacionados dos dois lados da rua, buracos e grande movimentação por haver uma faculdade onde grande parte dos alunos utilizam automóveis e motocicletas.
 
.....................................................................................................................................................

Com este episódio, o AUTOentusiastas cumprimenta efusivamente a Nittrans, que mostrou responsabilidade, consciência do dever e capacidade administrativa.

E ficou comprovado também, e principalmente, que o nosso país tem jeito. Basta haver pessoas sérias nos lugares certos.

BS




Foto: oglobo.globo.com



É incrível que num mesmo dia estejamos assistindo a duas medidas exemplares da administração da Cidade do Rio de Janeiro. Hoje de manhã mostramos que a Prefeitura resolveu acabar com os "sacos de lixo" nos táxis. Agora chega a boa notícia de que "fradinhos" e outros obstáculos estão sendo removidos das calçadas, como comentou o leitor Roberto Mazza. Para quem não sabe, "fradinho" é o apelido dado um pilar de concreto, baixo (foto de abertura), destinado a constituir barreira contra o estacionamento de carros nas calçadas. Há outras formas de barreira, como arcos feitos de tubos de aço.

É inconcebível haver um obstáculo desses nas calçadas (o idiota que o inventou deve ser parente de quem concebeu as lombadas, só pode). Há alguns anos um amigo não viu um "fradinho" e bateu forte com um joelho, machucando-o com muita gravidade.

Segundo a reportagem do jornal O Globo, há quem não esteja gostado da medida, alegando que os carros invadirão as calçadas, mas a Prefeitura promete coibir a infração com a medidas administrativas cabíveis, como remoção do veículo.
Fotos: Franciso Vidal Gonzalez



"Em Nova York alargaram as calçadas para os pedestres terem de caminhar menos para atravessar a rua. Boa idéia, vamos fazer isso aqui!", deve ter pensado alguma das mentes brilhantes que povoam a Companhia de Engarraf....opa, Engenharia de Tráfego da Cidade de São Paulo.

— Mas em Nova York estenderam as calçadas. Como é que a gente vai fazer isso aqui?

Calçada estendida em Nova York (DNA info.com New York)

(Pessoas pensativas em volta da mesa de reunião, quietas, uns brincando com clipes de papel, outros fazendo malabarismo com caneta Bic, atmosfera meio tensa...)