Fotos não creditadas: divulgação
Puma GT (foto O Globo) |
“Quem acabou com o automóvel foi o navio.” – LJK Setright
Leonard John Kensell Setright (1931-2005), historiador, músico, escritor, advogado, motociclista, piloto de testes e teólogo inglês, foi certamente o mais erudito autor que já escreveu sobre carros. A frase acima foi usada repetidas vezes por ele para defender uma teoria de que, ao invés dos famosos “carros mundiais”, o ideal é que cada povo e país pudesse projetar seus próprios automóveis. A antítese completa do mundo moderno, onde o caminho é claro para a padronização.
É claro que é
algo impossível a completa proibição de exportação que a frase deixa implícita
ser o ideal; o absurdo aqui é usado para nos fazer pensar apenas. Apesar de
absurda, faz todo sentido, se é que me entendem. Nós adoramos a latinidade e a
óbvia aura italiana de um Fiat ou um Ferrari dos anos 1960. Também preferimos,
sem saber muito por que, um Charger 1969 ou um Buick GNX a qualquer outra coisa
que tenha saído dos Estados Unidos de hoje. Até os japoneses são ainda mais
japoneses em seus pequenos kei-cars. E certamente tenho saudades dos antigos
Mercedes-Benz sóbrios e arrogantes em sua falta de decoração eminentemente
teutônica. Mesmo que a Alemanha, de certa forma, tenha ditado com sua lógica e
culto à engenharia, e por conseqüência a eficiência, o padrão básico do
automóvel moderno, hoje mundial.
O que Setright
dizia na verdade é que os carros deveriam ser um reflexo dos países e do povo
que o criaram, e assim seriam adaptados totalmente ao seu ambiente. Quase como
Darwin provou ser o caso com os seres vivos. O temperamento do povo, a
topografia das estradas, e as características das cidades definiriam os
automóveis de um país.
Um Alfa Romeo em sua terra natal: um completa o outro. (foto: villasanrafaello.com) |
Mas nós,
brasileiros, estamos um pouco atrás aqui. Sem nos considerarmos nós mesmos um
povo sério, e com a educação sempre em baixa em toda nossa História, não temos
tradição de grandes feitos de engenharia. Nunca nos preocupamos com o fato de
que não temos uma indústria nativa de massa, nem com o fato de que nunca fizemos
questão de fazer um carro nosso de verdade. Uma pena.
Mas mesmo assim,
as empresas aqui instaladas estão abarrotadas de brasileiros, que nos mais de
50 anos da indústria aqui criaram sim alguns carros para seus conterrâneos, e que podem ser chamados de carros brasileiros. Não são
brasileiros completamente, lógico. O carro brasileiro como um gênero nunca
existiu, não como existem os italianos, americanos, franceses etc.
Provavelmente nunca existirá, se percebermos que hoje mesmo países preocupados
em criar uma indústria nativa tardia, como a China e a Coréia do Sul, procuram vender
carros no mundo todo, e não apenas em seu território de origem. Precisa ser
assim para o sucesso hoje.
Mas ainda assim
temos muitos carros criados por brasileiros para brasileiros, ainda hoje. Dois
exemplos recentes são o VW Gol e o Chevrolet Onix, dois carros criados aqui
para nosso mercado e totalmente modernos, ainda que baseados em
arquiteturas importadas. E é esta lista patriótica que proponho hoje.
Nela entram
somente carros criados para nosso mercado, por nós mesmos. Uma lista que
pretende também jogar alguma luz no que nós, brasileiros, gostamos em um
carro. Por causa disso mesmo, o critério de escolha não é exato. Procurei
colocar os carros que podem exemplificar o que podemos fazer aqui, no que
gostamos de comprar, e o que nos move como entusiastas. Escolha difícil,
confesso, porque a lista de elegíveis é muito maior do que imaginava quando
comecei.
Uma coisa é
certa no critério: o carro pode até, eventualmente, ter sido vendido em outros países. Tem que ter sido criado aqui, para nosso mercado, e
qualquer eventual exportação ser secundário.
Sem nenhuma
ordem particular, são eles:
1 1) Chevrolet Opala
Muito tempo
atrás, no tempo em que os homens eram homens e as mulheres eram gratas por
isso, um carro híbrido não era uma tentativa patética de fazer o velho carro
elétrico funcionar de alguma forma qualquer. Um carro híbrido era, sim, uma
coisa muito mais interessante: um motor americano em um chassis europeu. Existiam
apenas duas escolas de engenharia automobilística naquela época, justamente a
européia e a americana, e elas eram bem diferentes. A americana fazia carros
grandes, macios, confortáveis, potentes, confiáveis e relativamente baratos,
algo que conseguiam mantendo a mecânica simples e os motores grandes, e a
economia de combustível, estabilidade e capacidade de frenagem ficavam em
segundo plano. Já os europeus, apesar de diferenças regionais significativas
entre os vários países, tinham em comum uma série de características opostas:
carros menores, mais ágeis e estáveis, com freios melhores, e a economia de
combustível sempre foi algo importante. Um híbrido era teoricamente o melhor de
dois mundos então: um potente e torcudo motor americano em um chassis com
suspensão e motor decentes para quem gosta de andar rápido.
E foi com um
híbrido que a GM americana começou a fazer carros no Brasil, em 1968. Já era um
fabricante de caminhões, picapes e caminhonetas antes disso, mas ao decidir o carro que
produziria aqui acertou na mosca. Ao invés da suas conterrâneas Chrysler e
Ford, que trouxeram projetos prontos para cá (carros grandes americanos e
pequenos europeus), a GM fez uma média perfeita de tamanho, preço e
comportamento que caiu em cheio no gosto do brasileiro.
A Opala Caravan surgida em 1975 |
A marca
escolhida foi a Chevrolet, uma escolha então óbvia, porque nos anos 1950/60
gozava de um nome tão forte quanto as marcas de luxo alemãs hoje. O carro era
um Opel Reckord C, carro “grande” da subsidiária alemã, ainda atual à época (fora
lançado na Alemanha em 1966 como modelo 1967) e que contava com suspensão
independente na frente, freios a disco dianteiros, e eixo rígido traseiro, mas
razoavelmente bem controlado por dois braços inferiores e molas helicoidais. O
motor porém era americano, o novo seis em linha lançado no Chevy II em 1962 que
substituíra o velho “stovebolt”, que aqui ainda era usado nas picapes e
caminhões. Esta família de 4 e 6 cilindros em linha, totalmente modular,
aproveitava o aprendizado do revolucionário V-8 de bloco pequeno de 1955 para
reduzir tamanho, peso e complexidade, e usava seus geniais balancins
estampados, uma pequena invenção genial que aliava baixo peso, durabilidade e
alta eficiência, a custo baixo. São motores que se mostraram adaptados
perfeitamente ao Brasil: simples mas eficientes, conferiam desempenho em
consumo e velocidade totalmente compatíveis com o que se esperava, e eram
referência na categoria.
Opala cupê lançado em 1971 (foto autor/Ae) |
Foi um casamento
perfeito para nosso mercado. O carro era menor que o Ford Galaxie e o Dodge Dart
americanos, e apesar de muito mais econômico que ambos, tinha desempenho
semelhante em sua versão de seis cilindros. A versão de quatro cilindros era
páreo fácil para os antigos Simca/Chrysler Esplanada (também um híbrido com
motor V-8 de origem Ford, mas muito mais antigo) e Willys/Ford Aero-Willys/Itamaraty
(este um compacto americano antigo, reprojetado e modificado aqui), que apesar
de estarem então no fim de sua vida, eram um bom exemplo do tamanho máximo de
carro aceitável para os brasileiros, e próximos em porte ao novo Opala.
O carro foi
sucesso imediato e duradouro como poucos. Toda a imagem da Chevrolet brasileira
ainda é baseada na qualidade deste primeiro carro, claramente superior à
maioria dos carros nacionais em seu lançamento, e que se manteve pelo menos
competitiva até 1992, o que é realmente impressionante.
Opala cupê (foto autor/Ae) |
Em 1971 ganha
uma versão cupê sem coluna, lindíssima com sua cintura pronunciada agora
combinando com teto fastback. Em 1975 recebia a versão perua, de duas portas
como era comum aqui então. Teve uma vida muito maior que a do Galaxie e do
Dart, e nem mesmo a vinda de outro compacto americano, este contemporâneo e
moderno (o Ford Maverick), abalou sua liderança absoluta nesta categoria.
Afinal de contas, o Maverick fora desenhado para ser o segundo carro de uma
família americana, e o Reckord/Opala, para ser o principal carro de qualquer
casa, diferença crucial que fez o Ford totalmente desajustado ao nosso país. Os
Galaxie/Dart moveram-se para preços mais altos com versões mais luxuosas, mas
quando apareceu o Comodoro/Diplomata, versões chiques do Opala, foi selado
completamente seu fim. Nos anos 1980 o Opala era absoluto e único: todos seus
concorrentes sumiram. Apareceram outros mais modernos e de tração dianteira,
mas ainda assim, se mantinha desejável. Acabou somente com a abertura de
importações, que a partir de 1990 acabou com o carro brasileiro de luxo e/ou
esporte.
Chevrolet Diplomata 1991 |
Um caso clássico
que mostra bem como um carro feito pensando no mercado onde será vendido sempre
funciona melhor que qualquer transplante puro e simples.
2 2) Dodge Charger R/T
O Charger
americano era totalmente diferente do nosso. Baseado em uma plataforma
full-size, era bem maior que o nosso, que era baseado no Dart. O Dart, por sua
vez, era um compacto americano, o menor carro daquela marca, trazido aqui para
o Brasil para ser um carro grande. Tudo é relativo...
Dodge Charger R/T (foto Ae) |
O nosso Charger
então não passa de um Dart enfeitado, e ligeiramente mais potente. Mas nada
disso importa, porque o nosso Charger tem aqui entre brasileiros quase a mesma
aura do clássico 1968/69 para os americanos. Foi por muito tempo o mais potente
carro à venda no Brasil, e com seu colorido e suas faixas, sua aura de malvado
e seu alto nível de acabamento e preço, é até hoje adorado e desejado como
nenhum outro carro brasileiro. É o definitivo muscle car brasileiro, e sonho
dourado de uma legião de entusiasmados fãs.
3 3) Gurgel X-12
João Augusto
Conrado do Amaral Gurgel não podia ficar fora desta lista. Único brasileiro a
tentar criar uma empresa de massa local, o controverso Gurgel está longe de ser
uma unanimidade, mas nunca deve ser esquecido.
Gurgel X-12 (foto gurgel800.com.br) |
Para esta lista, que fala de carros e não pessoas, escolhi a que para mim foi sua melhor criação, e o esteio sobre o qual cresceu e floresceram seus outros sonhos maiores.
O jipinho Gurgel
é absolutamente inquebrável com seu chassis de aço revestido de plástico, e
apesar de não contar com tração total, é quase impossível de atolar se bem
conduzido. O freio seletivo manual nas rodas traseiras é uma coisa simples e muito
útil, e seu baixo peso e suspensão independente faz um rodar bem mais rápido em
pistas acidentadas mas mais velozes. É muito mais gostoso de guiar e mais ágil
que um Jeep tradicional, apesar deste ser mais útil em situações fora de
estrada realmente pesadas.
Gurgel não seria
o que conhecemos sem este carro, e isso só já vale um lugar na lista.
4 4)
Puma VW
Todo Puma teria
lugar nesta lista. Afinal de contas, foi a maior e mais bem-sucedida fábrica de
carros esporte de nosso país, algo próximo a nosso coração entusiasta.
O primeiro
deles, feito na base do DKW-Vemag, já nasceu clássico por colocar a mecânica de
viés esportivo do DKW em um esportivo completo. Com linhas belíssimas do
lendário fazendeiro de Matão, Rino Malzoni, o Puma GT (foto do abre do post) é hoje um clássico
venerado.
O GTB com motor
do Chevrolet Opala pode não ser o melhor projeto da marca, mas ainda assim é um
carro que foi objeto de desejo de uma multidão de entusiastas por anos a fio, e
andar num hoje traz você de volta ao âmago dos anos 1970 sem escalas, como uma
máquina do tempo. Um carro seriamente legal, que devia ter entrado para esta
lista.
Puma GTB(foto carrosvirtuais.blogspot.com) |
Mas resolvi
colocar, como fiz com a Gurgel, o carro mais emblemático da marca, e o que
criou sua fama e a manteve viva: o Puma GT 1500, o primeiro sobre base VW. Em várias permutações de carroceria
e mecânica, foi a base da empresa por praticamente toda sua longa e conturbada
vida, de 1969 a 1982.
Como a maioria,
tenho uma preferência clara pelos primeiros, chamados hoje de “tubarão”. E
especialmente pelo primeiro de todos, o modelo 1968/69. Como já disse aqui,
pode parecer apenas um Fusca com carroceria de plástico, mas é muito mais que
isso. É a promessa de um futuro brilhante para o carro esporte brasileiro, no
ano de seu nascimento. É uma tristeza que a indústria genuinamente nacional
nunca floresceu como deveria, e como se imaginava faria naquela época.
Puma GT 1500 |
Uma volta neste
carro, portanto, traz consigo não somente a experiência do carro em si, mas
também toda a carga de realização presente e esperança futura da Puma de 1969.
Você sente que aquilo era para ser o início de algo muito maior. Dá uma
nostalgia danada desse futuro passado, que infelizmente, nunca aconteceu.
5 5) Santa Matilde SM 4.1
Quando meu pai
era vivo, passava regularmente pelo meio da cidade de Três Rios, no interior do
estado do Rio de Janeiro, no meu caminho até seu sítio em Belmiro Braga, MG. Ainda
hoje, é uma cidade perdida entre estradas de mão dupla na serra carioca, e que
pouco mudou nos quase 20 anos em que a conheci. Sempre que passava por ali me
lembrava de sua mais ilustre criação: O Santa Matilde SM 4.1. Como pode um
carro com execução tão profissional como aquele ter saído de um lugar
aparentemente tão isolado?
O bem-feito interior do SM (foto Quatro Rodas) |
O SM era
diferente de outros carros artesanais dos anos 1980. Era caríssimo, mas seu
acabamento era realmente bem-feito, principalmente depois de 1985. Seus carros
pareciam realmente profissionais, com rodas especiais, um interior belíssimo e
bem-acabado, e uma engenharia que parecia com vontade de fazer muito mais. O
melhor GT nacional de sua época, e outro que lamento não ter evoluído.
6 6) VW Gol
Gol 1980 |
Vou dizer sem
medo de errar: o Gol é o mais brasileiro dos carros. Criado para ser o
substituto do Fusca, nasceu com seu motorzinho contraposto arrefecido a ar na
dianteira, vários componentes do Passat, mas uma carroceria totalmente nova. O
motor arrefecido a ar era porque a VW temia rejeição de algo que sempre dizia
que era ruim antes do Passat: o motor de arrefecimento a água. Mas, espertamente, os
engenheiros brasileiros da VW fizeram um carro que podia usar também, no
futuro, o motor do Passat
O primeiro
carro, com o motor 1300 de Fusca, era sofrivelmente lento mesmo para os baixos
padrões de desempenho dos anos 1980. Mas logo veio o 1600 de dupla carburação,
que ao menos permitia a gente explorar a excelente estabilidade com aquele
leve, curto e baixo boxer lá na frente. Mas foi quando os motores de quatro
cilindros em linha do Passat chegaram que se firmou no mercado, e se tornou o
eterno carro preferido do brasileiro. E os seus detratores que me desculpem:
nenhum carro ruim mantém esse sucesso por tanto tempo, é o carro mais vendido há 27 anos.
Os GT/GTS/GTI
são um capítulo a parte; carrinhos esportivos sensacionais em estabilidade e
desempenho, que marcaram época e ainda são sonho dourado da maioria das pessoas
que foram jovens entre 1984 e 1994. Exemplares em boas condições têm alto preço
no mercado hoje, outro indicativo de seu sucesso.
E mesmo a versão
atual de motor transversal continua com as mesmas qualidades de sempre, o
mesmo sucesso de sempre. O Gol é talvez o mais próximo que chegaremos de ter um
carro genuinamente brasileiro, e por isso algo que devemos admirar e cultivar.
7 7) VW Variant II
Outro carro que
apareceu pelo medo da VW brasileira de abandonar o motor arrefecido a ar.
Idéia muito melhor teria sido uma perua (Variant) Passat, naqueles idos de 1978...
Mas como já
disse aqui, ainda assim a Variantona é um carro para lá de interessante. Como
um Porsche 911 contemporâneo, tem suspensão McPherson dianteira e braço
arrastado atrás. Para mim, só falta um quatro-cilindros contrapostos de 2 litros feito o usado no VW-Porsche 914 para ser um balde de diversão. Na
verdade, mesmo com o 1600 que acabou saindo nela, já é esse balde, se
um pouco lento. Tenho saudades da que meu sogro tinha nos anos 1990... Um
carro estranho e lerdo, mas muito legal.
8 8) Alfa Romeo 2300
Baseado na
antiga Berlina 2000 que era fabricada aqui pela FNM, o 2300 é uma evolução
dela, com uma carroceria moderna e, portanto, é um Alfa Romeo que só existiu
aqui. Como todo Alfa de então, mesmo sendo um modelo já bem antigo, era de
especificação de primeira: freios a disco nas 4 rodas, câmbio de 5 velocidades,
duplo comando de válvulas no cabeçote. E nas versões Ti4 vinha com aquele
magnífico afrodisíaco mecânico: os dois carburadores duplos horizontais.
9 9) Fiat Tempra Turbo
Na Europa o
Tempra era um carro médio barato, mas aqui teve que virar carro de luxo da
Fiat. O curioso foi a versão de duas portas de pouquíssimo sucesso, o que selou
de vez o fim dessa mania duradoura de preferir as duas portas que tínhamos no
nosso país. O Tempra duas-portas foi criado porque o Monza, por exemplo, ainda
vendia metade de seu total na versão duas portas em 1992...
E a versão duas
portas Turbo, é claro, é a mais legal: extremamente potente e bem equipada, é
ainda hoje um senhor carro, capaz de manter velocidades muito acima dos 200
km/h. E só existe aqui no Brasil...
1 10) Ford Corcel/Del Rey/Pampa
Esta é uma típica salada brasileira, que tinha tudo para ser ruim, mas acabou ficando muito boa no seu final. Era para ser um novo Renault (R12) fabricado sob licença pela Willys, como eram o Dauphine/Gordini/1093. Mas a Willys foi comprada pela Ford. A Ford então resolveu lançá-lo como Ford mesmo, depois de mudar algumas coisinhas, principalmente a aparência, que ficou muito melhor que o feio Renault 12 francês. A versão cupê ficou definitivamente belíssima.
Depois, nos anos
1970, a Ford fez um carro maior e mais novo, usando sua mecânica básica e o motor
aumentado para 1,6 litro. Chamou este carro de Corcel II. Depois reprojetou o
motorzinho Renault, que virou Ford CHT, e o colocou até em seu novíssimo
pequeno mundial, o Escort, criando de novo um carro que só existe aqui, um Escort
com motor Renault modificado.
Veio a versão de
luxo do Corcel II, para ocupar o lugar do natimorto Maverick (projeto
transplantado), o que fez com grande sucesso: Ford Del Rey. Nasceu também uma
versão picape extremamente bem-projetada, com feixes de molas atrás e entre-eixos
aumentado em 138 mm para melhor distribuição de carga, a Pampa. Uma versão 4x4 desta
picape e da perua Belina também apareceu.
Depois a VW e a
Ford se aliaram para fazer a Autolatina. Nesta união, os CHT foram parar até
no Gol e os Del Rey e Pampa (o Corcel acabara muito antes disso) ganharam os
excelentes motores de 1,8 litro da VW.
Não existe nada
no mundo todo como uma Pampa 1,8. Uma base Renault, um motor VW, mas quase todo
resto bolado pela Ford brasileira no bairro do Taboão, em São Bernardo do Campo,
numa fábrica que antes era Willys-Overland. Uma coisa tipicamente brasileira que não
devia dar certo, mas aparentemente deu sim.
Depois dela veio a também excelente Courier, fabricada até abril passado. Curiosamente, não foi reposta e a Ford é a única entre as chamadas Quatro Grandes hoje que não oferece mais uma picape derivada de automóvel. Vá-se entender...
Depois dela veio a também excelente Courier, fabricada até abril passado. Curiosamente, não foi reposta e a Ford é a única entre as chamadas Quatro Grandes hoje que não oferece mais uma picape derivada de automóvel. Vá-se entender...
E por sua
mistura de origens cozinhada em São Paulo, é tal qual nosso povo, uma zona
completa. Mas que de alguma forma, funcionou. E neste caso, até que muito bem,
obrigado. Quem diria...
MAO
Ótimo post MAO, lindo, um dos melhores que já li, parabéns! Apenas seguindo o raciocínio, existiram algumas modificações tupiniquins sobre projetos originais, como Picape Corsa e Corsa SW. Gde abs!
ResponderExcluirNo caso dos Corsas B Sedan, Wagon e Pick-up, o grande da coisa é terem sido pensados como variantes complementares de um projeto mundial que poderiam ser vendidas em qualquer lugar do mundo e sem gerar redundância, como de fato aconteceu (Corsa B Sedan sendo fabricado também no México e na China, Corsa Wagon sendo fabricada também na China e Corsa Pick-up sendo fabricada também na África do Sul). Essa é uma boa abordagem para os projetos nacionais justamente por economizar esforços gerais. Compare-se isso com as duas derivações sedã que o Escort Mk4 europeu teve no mundo (Orion e Verona) e veremos o quão mais eficiente era o modelo da GM naquela época inclusive em comparação com agora para o mesmo fabricante, como podemos ver pelo fato de sobre a plataforma Gamma II de hoje termos Sonic e Onix, sendo que o Sonic tem motores melhores que o Onix, mas o Onix é melhor de espaço interno. Um Onix com os motores do Sonic seria um páreo duríssimo para qualquer concorrente justamente porque concentraria um monte de argumentos em um único produto, evitando redundâncias.
ExcluirDercílio,
ExcluirObrigado!
MAO
anonimo 25/2, 17:17
ExcluirVocê deveria fazer essa sugestão lá pro pessoal da GM sobre usar o motor do Sonic no Onix. Aproveitaria também para pedir uma versão SS com o 1.4 turbo ou Ecotec 1.8, tanto faz (extensível ao Prisma) e uma versão mais forte do Cruze. Mercadoria pra isso eles tem lá na prateleira, só sacudir a poeira, criar coragem e ver o estrago na concorrência.
Sonic? Onix?
ExcluirSacudir de tanto rir, só se for!
Carros de plástico e mal acabados!
anonimo 27/2/14, 17:19
ExcluirEm que mundo você vive? Me diz aí onde os concorrentes são melhores nesse aspecto. Informe-se melhor a respeito.
Muito legal o texto, mas senti falta do SP-2, Karmann Ghia TC e Brasília... Pelo estilo, o SP-2 merecia entrar na lista. Pelo volume de vendas, a Brasília também. Mas a VW ficou bem representada pela Variant II.
ResponderExcluirAproveitando o Post, no último domingo pude ver um Gol GT vermelho como o da propaganda acima, em plena forma, descendo a serra de Petrópolis, lindo de ver...
Tive um igual ao da foto ano 86.
ExcluirSaudades!
Santa Matilde 4.1 coisa fina!
ExcluirJorjão
Rafael,
ExcluirNão dá para por todos, tinha que escolher 10…o SP2 pensei muito em por.
MAO
MAO, tá intimado a fazer uma nova versão 2 deste post. Tambem notei as ausencias SP2; da Brasilia que foi o primeiro GOL DA VW; Fiorino;
ExcluirQuando trabalhei em uma industria de autopeças, tive as oportunidades de participar de grupos de trabalhos no de desenvolvimento destes modelos. Era muita esperança e torcidas para dar certo...
Karmann Ghia era um projeto não só nacional, tanto que era construído lá fora e depois montado aqui. Brasilia está lá, não é um grande carro, achei acertado a escolha da Variant. SP-2 não foi grande carro, era um Fusca com outra casca, não vendeu muito [e na minha opinião, nem bonito era] nem revolucionou grandes coisas.
ExcluirPaulo Freire, eu me referi ao KG TC, que só existiu no Brasil. Quanto ao SP-2, concordo que sua base foi um Fusca, mas o estilo foi totalmente feito aqui e é apreciado por muitos, disputado por colecionadores de outros países e com unidades no museu da VW da Alemanha, tendo sido escolhido por algumas publicações estrangeiras como um dos mais belos VW de todos os tempos. Claro que gosto é de cada um, respeito o seu.
ExcluirPaulo Freire, sejamos mais precisos: o SP2 não era um Fusca com outra casca, mas sim usava a plataforma Typ 3 de Variant e TL, o que significava também usar o motor de ventoinha baixa e parede corta-fogo de largura integral. Poderia ter sido mais interessante se usasse a base do Passat (vide os famosos rumores de um SP3), mas a VWB não soube aproveitar com antecipação as benesses do motor refrigerado a água, só o fazendo mais mesmo nos anos 1980.
Excluir"Muito tempo atrás, no tempo em que os homens eram homens e as mulheres eram gratas por isso".
ResponderExcluirValeu o post. Agora vou continua a leitura.
Segunda vez que uso! Copyright Jay Leno!
ExcluirMAO
Post sensacional MAO! Nenhum carro dessa lista foi mal colocado, foram todos grandes projetos ao seu tempo (e ainda hoje), e gostei muito de ver o Gol ali no meio da lista. Sou um grande fã do modelo, desde a primeira geração, e de uns tempos pra cá, vendo o povo metendo o pau nele como se fosse o pior carro do mundo, até pensava as vezes que poderia estar louco. Bom ver que não estou (risos)!
ResponderExcluirO problema do Gol foi ele ter ficado completamente parado entre fim dos 90 e mais da metade dos 2000, onde ele sinceramente viveu mais de fama do que de ser tão bom assim. O novo é um ótimo carro assim como o primeiro Gol foi no seu lançamento. O Gol bolinha que foi 2 caras, no começo era bom mas tinha seus problemas (como a qualidade de acabamento ruim, comum com outros VW desse tempo). Depois foi somando esses problemas com apenas reestilizações atrás de reestilizações.
ExcluirDevemos lembrar que sempre foi um carro que cobrava bem pela sua fama, o que aumenta ainda mais as críticas com razão a essa fase do modelo. O problema do Gol, hoje solucionado, era que ele tinha virado igual ao Opala a partir de 85, um carro que já tinha sido muito bom mas foi sendo reestilizado infinitamente sem atenção ao resto dos problemas e ainda por cima cobrando bastante.
Tirando essa longa fase, foi e é um ótimo carro. O novo inclusive tirou a idéia de muita gente de ser só um carro para quem não coloca dinheiro em manutenção jamais e que tinha como positivo apenas a resistência e facilidade de manutenção.
Davi,
ExcluirGol é tudo de bom, e sempre foi, na minha humilde opinião.
Obrigado pelos elogios!
MAO
Anônimo, você tocou num ponto que eu tinha esquecido de comentar. Conversando com outros amigos que também gostam do Gol, parece que o consenso geral é de que o Gol bolinha não foi exatamente um carro pra se lembrar. Melhoraram muitas coisas em relação ao Gol quadrado, principalmente o espaço, mas parece que algo se perdeu no caminho.
ExcluirMAO, sou suspeito pra falar mas eu sou louco por esse carro (risos)! Aprendi a dirigir num GL 1.8 1994 (ainda um carro que uso bastante), que meu pai comprou 0 km e até hoje resiste bravamente na luta, mesmo depois de 300 mil quilômetros de bons serviços prestados. Me agrada bastante poder rodar por aí com um carro prático, discreto (ainda mais em tempos tão violentos como o nosso), razoavelmente econômico (cerca de 9 na cidade, com gasolina) e que ainda anda como se fosse um garotão! O outro carro da casa é um Gol Highline 1.6 e só alegrias também, mas quem ainda acelera meu coração é o bom e velho Gol quadrado.
ExcluirDavi, realmente a época do bolinha deixou sua marca para o bem e para o mal. O bolinha em si até era bom na época do lançamento, mas parecia não ter a mesma qualidade de antes (inclusive nos cambios, muito menos prazerosos que nos quadrados). O que matou o carro para muitos foi ter passado o bolinha, o G3 e depois ainda o G4 com os mesmos problemas e sendo o mesmo carro de sempre (cobrando até nos 1.0 básicos um preço nada baixo). A falta itens de série na comparação com Palio, Fiesta e outros só piorou isso.
ExcluirEu mesmo tenho asco dos G3 e G4 e até de alguns bolinhas, justamente por isso. Parecia que era um carro em que tudo o que importava era gastar migalha na manutenção, coisa de quem sinceramente não gosta de carro e é mesquinho a ponto de por até a vida em risco (devido a manutenção feita tentanto economizar o máximo possível sem se importar com estar bem feita).
Já os quadrados e os G5/G6, assim como os primeiros bolinhas, acho carros de respeito e os novos me fazem até considerar ter um Gol (antes eu preferia afundar na conta da oficina com quase qualquer outro carro do que ter um). Os novos nada devem para um carro europeu, assim como o Gol quadrado na sua época também não devia.
Apenas tome cuidado com o seu Gl 1.8. Esse último ano com esse motor era mesmo muito bom, infelizmente a maioria caiu no mal uso ou é roubada (pelo menos na minha cidade).
Infelizmente a maioria caiu no mal uso mesmo. Por aqui já é difícil ver um desses, e quando eu vejo, quase sempre está todo surrado e muito mal cuidado. O nosso já tem algumas marcas do tempo (foi um carro de uso mesmo, nada de folga pra ele) mas ainda arranca elogios de amigos, namorada, frentistas, colegas de faculdade... Alguns até já pediram pra dar uma voltinha nele, haha. O tanto que esse motor é bom não é coisa desse mundo, basta uma boa regulagem do carburador e uma gasolina aditivada pra sempre deixar ele limpo que ele vai sempre estar lá pronto pra qualquer coisa.
ExcluirOpinião é complicado... Já considero o Bolinha um salto de modernidade em relação ao Quadrado... O gol e sua família, eram os únicos carros a ter cantos vivos, calhas e quebra-ventos, na época em que já existia omega e vectra A com cx 0,29... Veio bolinha e colocou o Gol na época certa... pode falar o que quiser do bolinha, mas ele sempre terá mais velocidade final que qualquer quadrado de mesmo motor, sempre será mais econômico, (não só pela injeção, mas pela boa aerodinâmica), sem considerar o ganho de espaço, pois no quadrado, não é dificil usar o forro do teto como encosto de cabeça... Eu tive um G3 1.8...realmente, acabamento sofrível, como qualquer VW da época, mas que carro violento, ignorante, irresponsável... nunca tomou desaforo de seu irmão quadrado, nem mesmo os GTIs, com 12 cv a mais.
ExcluirMAO, ótimo texto !!
ResponderExcluirComo toda lista de "melhores", é polêmica por si só. Mas concordo com várias de suas escolhas.
Helcio,
ExcluirIsso aí!
Obrigado!
MAO
Rapaz, que susto! Fui descendo, descendo, e o 2300 não aparecia, mas, ufa!, finalmente apareceu. Já estava pensando em como seria possível que um autoentusiasta não o colocasse nesta lista. O último que saiu, então, o Ti-4, considero um dos três melhores carros feitos aqui em todos os tempos, obviamente, claro, ponderando as enormes disparidades tecnológicas entre as épocas passadas e a atual. O meu era um 2300 1977. Carrão!
ResponderExcluirBelo carro tiveste Mr.Car
ExcluirA tua era aquela clássica , com o volante em madeira?
Deve ser incrível guiar uma Alfa dessas...
Tu és um cara de sorte e certamente um dos poucos leitores do AE que tiveram esse prazer.
Era. Os amigos ficavam doidos com aquele volante em madeira e alumínio, he, he!
ExcluirEu fico doido até hoje
Excluirgrande carro Mr Car!
ExcluirMAO
Em 1980 um amigo de nossa família possuía em sua garagem nada menos que um Alfa TI-4 e um Opala cupê Comodoro 250-S, ambos do ano 1979, fora o Corcel 1.6 LDO, ano 80, que o filho mais velho usava para ir à faculdade.
ExcluirResposta dele após eu perguntar qual dos dois andava mais: "De saída o Opala abre boa vantagem mas depois o Alfa busca". Sem mais.
Faltam Envemos, Marea Turbo, Novo Uno, Corsa Sedan (baseado no Opel Corsa B Hatch), etc.
ResponderExcluirNão acho que Novo Uno deveria entrar, Marea Turbo era um europeu naturalizado e Corsa sedan foi feito pensando no 3º mundo em geral, tanto que a China puxou a reestilização [Classic Sail].
ExcluirMarea Turbo somente existiu no Brasil e durante longos anos foi o carro de fabricação nacional de maior potência e velocidade final. Antes de comentar é sempre bom pesquisar.
ExcluirÉ verdade que o Marea Turbo era um europeu naturalizado e o projeto geral da especificação brasileira tinha poucas diferenças em relação à europeia (como o detalhe de aqui só se usar o para-choque dianteiro que na Europa era só usado nos turbodiesel). Porém, esse carro tem suas particularidades, como ser o primeiro exemplo do alto grau de competência em acerto de chassi da Fiat brasileira, ao conseguirem um comportamento de suspensão superior ao do italiano mesmo nas situações mais amenas e tipicamente europeias.
ExcluirHá também o fato de terem aproveitado mais as possibilidade que a base oferecia, como ao se usar o 2.0 20V turbo em especificação parecida com a do Lancia Kappa. Poderiam até ter ido mais adiante usando o 2.0 20V turbo do Coupé, com 225 cv, mas aí seria preciso queimar mais pestana em cima. O principal da coisa foi conseguirem tornar o Marea algo a ser levado mais a sério do que seria na Europa, ainda que o carro não tenha conseguido nem de longe manter a boa posição no mercado que a Fiat havia conseguido com o Tempra (algo que segue não conseguindo ainda hoje, como podemos ver por produtos esquizofrênicos como o Linea).
É comum ler textos semelhantes em outras publicações e quase sempre sem mencionar o Ford Corcel.
ResponderExcluirEu acredito que talvez seja pela falta de conhecimento desse pessoal jovem que comanda os sites e revistas da atualidade.
Li até artigos grotescos zombando do Corcel, onde diziam que eram carros quase imprestáveis e que viviam dando dor de cabeça aos seus proprietários. É provável que mentira maior não exista.
Sinto ótimas lembranças ao ver a primeira foto e que utilizo de vez em quando em meu lap top como papel de parede e a péssima recordação de não ter sido o feliz possuidor de um GT II como o da foto.
No mais, excelente post. Parabéns!
Desdenhar do Corcel denota ignorância automotiva e desconhecimento das características e grande história desse carro
ExcluirDesdenhar do Corcel, tanto o I quanto o II, é idiotice.
ExcluirPode não ter sido o carro perfeito mas, hey, teve seus méritos.
O Autoentusiastas é de longe, o melhor site sobre carros no Brasil. Eu já estava escrevendo um texto muito grande explicando os motivos. Mas ele iria ficar maior ainda e eu iria gastar muito tempo. Então, para resumir é só comparar 2 coisas entre o Autoentusiastas e os outros sites:
Excluir-Os editores
-O público
Sem comparação.
Nenhum outro site tem editores tão bons e com tantas credenciais.
E o público do AE é indiscutivelmente o mais esclarecido e inteligente por aí.
JS3,
Excluirhumildemente agradeço e lembro do grande Steve Cropley da Autocar, que diz que a revista só é boa porque tem leitores fiéis que os acompanham por décadas. Espero que consigamos durar muito.
Obrigado.
Mencionar a Variant II foi muito bacana e inesperado.
ResponderExcluirEu gostava das suas rodas 14 (viraram moda) e da suspensão dianteira McPherson
ExcluirPerneta,
ExcluirEu tenho fetiche por ela…fazer o que, rsrsrsr
Grato, que bom que gostou!
MAO
Variant II é um derivado do Fusca deveras injustiçado e esquecido.
ExcluirMarco Antonio
ResponderExcluirBelo post e ótima lembrança dos carros mais brasileiros. Legal vc colocar o Santa de Três Rios. muita gente nem sabe que eles existiram. Mas, concordo com o Rafael, o SP-2 e a Brazuca poderiam estar aqui, completando uma dúzia. O TC é melhor esquecer. Não tem perdão por tirar o Karmann Ghia de linha. Abração
Josias,
ExcluirPelo menos o SP2 devia mesmo… a Brasília não. Entendo a importância, mas não…
Obrigado pelo elogio, e abração!
MAO
MAO,
ResponderExcluirO único problema em ler seus textos como esse é que uma hora chega-se ao fim.
Rodrigo,
Excluirsempre tem mais, se vcs continuarem lendo e comentando!
Forte abraço!
MAO
E aquelas rodinhas 14 da Variant II? Quanto tempo eu não via... A Variant II durou só uns 2 anos, mas aquelas rodinhas fizeram um sucesso tremendo em diversos Passat, Gol, já vi gente colcá-las até em Fuscas...
ResponderExcluirPelo que já li, eram as mesmas rodas do Passat I TS alemão e o desenho, como se pode observar, já incluía raio negativo de rolagem.
ExcluirO Passat (todos os modelos) usava rodas aro 13, até sair o Pointer, com rodas de liga aro 14. As do Variantão eram iguais em desenho e furação, porém aro 14, razão pela qual passaram a ser instaladas nos Voyage (outro carro que faltou na lista) de boy do começo dos anos 80, normalmente calçadas com pneus Pirelli P6, os primeiros série 60 no Brasil. E o raio negativo de rolagem é uma característica da geometria de suspensão, não da roda.
ExcluirPode ser característica da suspensão sim, mas o desenho das rodas também favorece essa característica. Compare-se as rodas achatadas de um Fusca ou Brasília com as de centro erguido em relação ao aro que vemos não só no Passat I e no Variantão, mas também no Oldsmobile Toronado de 1967 (que estreou mundialmente essa característica).
ExcluirAnônimo 26/02/14 11:50
ExcluirEu ia comentar justamente isso, mas você foi mais rápido. As rodas com off-set pequeno são parte integral do projeto de raio de rolagem negativo, bem exemplificado no Toronado, como você disse.
Pessoal, NUNCA que uma roda irá influenciar no raio de rolagem (se positivo ou negativo). Isso é determinado pela suspensão. A questão "visual" deve e pode estar relacionada ao seu off-set. Só isso.
ExcluirAnônimo 26/02.14 12:25
ExcluirPense e reflita sobre a bobagem que você disse. Você pode remover o seu comentário se quiser. Se você fizer isso, removo esse meu.
Mas a roda interfere no raio negativo, não?
ExcluirBob, melhor, me explique você onde está a bobagem já que eu não consigo imaginar como uma roda consegue tal feito. E não tem como eu remover o comentário, remova você mesmo se quiser.
ExcluirO raio de rolagem, seja positivo ou negativo, é a distância entre o prolongamento do eixo de direção até o solo e o centro da banda de rodagem. Então é evidente que o off-set da roda só tem a ver com o efeito, está integrado ao desenho.
ExcluirUm carro é PROJETADO para ter raio negativo de rolagem com o uso de rodas adequadas para aquele tipo de carro. Se você colocar "tala larga", estará prejudicando essa característica negativamente, pois a linha traçada pelo ângulo de inclinação do pino mestre poderá não mais cair fora da perpendicular que passa pelo centro do conjunto roda/pneu. Portanto, a roda pode influenciar essa característica, mas não é ela que a proporciona. Não é possível colocar no carro uma roda que altere tanto um raio positivo, que o "converta" para raio negativo. É uma questão de projeto.
ExcluirOk Bob, agora está tudo entendido. Eu estava confundindo tal questão com angulo de cambagem. Viajei completamente. Obrigado.
ExcluirPenso que colocar uma roda "chata" de carros sem rolagem negativa também possa ter o efeito de eliminar essa característica, não é? Assim, realmente a roda interfere nisso como disse o Bob
ExcluirUma coisa interessante que há no mercado americano de carros antigos são kits de suspensão dianteira que passam a dotar os modelos a que são destinados de raio negativo de rolagem, como este kit para a plataforma A da GM (Chevelle, GTO, Tempest de segunda geração, Cutlass, 442, Skylark, GS). Logo, aqui os caras tiveram de lidar com rodas não pensadas para raio negativo, mas mudando a forma dos braços de suspensão para que o conjunto todo tivesse tal característica.
ExcluirLindo Post MAO.
ResponderExcluirTodos os carros aqui citados são grandes carros, cada um marcando a história a sua maneira. Inclusive, na minha opinião o mais brasileiros de todos é o Gurgel.
Mas vou manchar sua redação com aquilo que eu acho de mais absurdo no nosso mercado: atualmente, os carros que são a cara do brasil atual - isso mesmo, com "b" minúsculo, que é o que estamos merecendo ultimamente - são os pseudo-aventureiros: do Ecosport ao Duster, passando por Palio Weekend Adventure e Cross Fox, são o que "melhor" traduzem do que o nosso mercado gosta atualmente. E o pior é que essa praga está espalhando pelo mundo!
Nada contra quem compra - cada um faz o que quiser com seu dinheiro.
Fabio,
ExcluirObrigado, feliz que gostou!
MAO
Legal mesmo o POST. Sei que muitos não gostam, mas acho que vale mencionar o EcoSport, que salvo engano, "criou" um segmento até então inexplorado em âmbito mundial: o de SUV´s compactos.
ResponderExcluirComo caiu no gosto de todos, Honda, VW e outras estão se movimentando para criar modelos nesta "subcategoria".
Wagner,
ExcluirObrigado!
Sim, o Ecosport podia ter entrado… mas não sobrou espaço para ele, como para tantos outros.
MAO
Já havia SUVs de patricinha compactos antes do EcoSport, como o Suzuki Ignis (que teve algumas unidades oficialmente vendidas no Brasil). Porém é inegável que o Eco teve um senhor impacto mundial, justamente por ser o tipo de produto que outros lugares gostariam de produzir (como estão fazendo agora Índia e China com a nova geração do modelo, que inclusive foi lançada antes no exterior do que aqui).
ExcluirLembro também o Brasinca, com seu projeto marcante.
ResponderExcluirUm detalhe da qualidade do Santa Matilde: seu chassis era galvanizado por imersão a quente, algo inédito e que torna este carro muito fácil de ser restaurado, a ferrugem passa longe.
Ao contrário dos dias atuais, antigamente era grande a ansiedade por qualquer novo lançamento.
Esta deliciosa sensação de "novidade a caminho" acabou se perdendo e até se inverteu.
Atualmente, se não há novos lançamentos no cardápio, coitada da montadora...
E o novo carro nem saiu e os "especialistas" de plantão já estão metendo o pau.
Acabou-se aquela gostosa magia dos anos 60/70, para o bem e para o mal.
Brasinca foi um que tb queria ter colocado… mas não deu.
ExcluirObrigado!
MAO
Muito tempo atrás, no tempo em que os homens eram homens e as mulheres eram gratas por isso
ResponderExcluirHahahahahahahahaha, me escangalhei de rir com isso.
Ademais, quero deixar aqui meus cumprimentos ao MAO por reconhecer os méritos do único produto REALMENTE bom da Gurgel, do qual fui feliz proprietário por alguns meses de um modelo 91 branco.
Nego se desmancha em elogios ao BR-800/Supermini só porque "era feito no Brasil"... se, ao menos, fosse BEM feito, né, coisa que como concessionário eu pude atestar em primeira mão que não era e jamais viria a ser um dia.
As tais "inovações" não passavam de pirações da cabeça do Gurgel, que achava que estava reinventando a roda e, na verdade, a estava deixando quadrada... some-se a isso a incapacidade emocional (vulgo "cagaço") que seus subordinados tinham de confrontá-lo e está feita a zica.
Carambolas Brito, você teve um monte de carros interessantes. O seu Gurgel tinha problemas na capota? Um conhecido teve um e esse era o pior ponto do carro em dor de cabeça.
ExcluirA capota do seu X1 tinha problemas de entrada de ar/água?
ExcluirNão, não teve... e olha que enfrentei uns bons aguaceiros com ele.
ExcluirEra aquela capota com botões para o encaixe ou era outra? Um conhecido teve um, mas já bem usado, e teve muito problema com isso.
ExcluirPS: Muitos carros interessantes você teve!
Não, já era a solução mais moderna... a parte frontal era presa ao parabrisa por um sistema de trilho e o restante da capota já usava um outro sistema de fixação que não me recordo agora.
ExcluirEsse Gurgel é o que eu mais me arrependo de ter vendido... não foi o melhor de todos (este posto é da 206 SW) mas foi um dos mais divertidos... depois que peguei o XR3 meu irmão ainda andou algum tempo com ele, todo fim de semana era uma aventura com ele pelo Litoral Norte e Sul.
Que cor era o XR3?
ExcluirCinza metálico, já na fase dos parachoques na cor do carro.
ExcluirMAO
ResponderExcluirMuito boa sua abordagem, realmente dificil resumir em apenas 10 carros.
Na minha entrariam :
-Brasinca Uirapuru
-VW SP-2
-VW Brasilia
-Hoffsteter
-Lobini
Abraços
Boa lista do que ficou de fora,,,
ExcluirObrigado!
MAO
Concodo. No mínimo, a lista deveria ser "Os 15...he he
ExcluirNão li o post completo ainda em razão de estar no trabalho, mas sobre o VW Gol posso dizer o seguinte.
ResponderExcluirEm 2012 comprei um Power, na cor vermelha, última unidade "G5" da concessionária Govesa em tal configuração e o carro é ótimo, o mais próximo do que eu poderia chegar do PEDIGREE GERMÂNICO dadas minhas condiçõe$ financeira$.
Carro de entusiasta a baixo preço (considerando a realidade brasileira, é claro), vez que, zero quilômetro custou R$ 38.500,00, depois de muita negociação.
Atualmente já me proporcionou 13.800 Km de muita felicidade.
Michael Schumacher
Faço duas suas palavras as minhas! É o mais perto que nós, meros cidadãos comuns, podemos chegar perto de ter um Audi na garagem; vai ser um carrinho bom de dirigir assim lá longe. Melhor do que ele, só o Up.
ExcluirNão experimentei o Up ainda e pelo que vi, só tem versões de 1 litro, mas deve ser bonzinho mesmo, pois é pequeno e leve pelo que já li.
ExcluirMas bem que uma versão 1.6 de mais ou menos 100 cv fariam bem.
Seria um foguetinho.
Michael Schumacher
Experimente assim que puder, eu achei um carro maravilhoso. O motor 1.0 tem uma pegada que parece de 1.4 e gira com uma suavidade e vontade que eu poucas vezes pude experimentar num carro pequeno. Se tivesse um motor mais potente seria então um legítimo pocket rocket! Aguardo ansiosamente pela avaliação do Bob.
ExcluirLevei um susto ao abrir o post, pensei que o Maverick iria aparecer nessa lista! Mas nem tudo está perdido, louvável a atitude de não incluí-lo. Porque se hoje é um modelo venerado, na sua época, de bom não tinha absolutamente nada. Tinha um estilo interessante, mais que o do Opala. Mas era só.
ResponderExcluirPor falar em Opala, ao mesmo tempo que foi lamentável a atitude da GM mantê-lo em produção durante mais de duas décadas remendando o visual, que foi ficando cada vez mais descaracterizado em relação ao original, é válido destacar que foi um carro bem democrático. Lembro que no início dos anos 80, pessoas de diferentes classes sociais tinham Opala. Só que os garçons do restaurante tinham Opala standard 2 portas e 4 cilindros, enquanto os doutores que frequentavam esse restaurante tinham modelos Diplomata de 4 portas e 6 cilindros. A diferença de preço entre eles era absurda. Algo completamente impensável hoje, um mesmo carro atender a segmentos totalmente diferentes.
Gostei também da presença da Variant II, meu pai teve uma e rodou algumas centenas de milhares de quilômetros puxando carreta com barco, carregando peso, andava na areia, nas estradas de chão e ela nunca apresentou problemas. Um utilitário de respeito. Além de ter um ótimo espaço interno.
"Nela entram somente carros criados para nosso mercado, por nós mesmos." Esta frase do texto por si só já descredencia o Maverick de participar de tal lista.
ExcluirRafael
ExcluirVc esta certo!
Mas nao precisava fazer o papel de Bedel de Colégio !
Mas o Opala e o Charger também são cópias de modelos estrangeiros: Rekord e Dart americano.
ExcluirSó eu senti falta do Lobini H1?
ResponderExcluirJa mencionaram acima ...
ExcluirTambém estaria na minha lista
Eu senti, poderia entrar, mas como disse, a lista de elegíveis é bem grande…
ExcluirMAO
Belo post !
ResponderExcluirTenho muita saudades de alguns carros da década de 60 a 80, apesar de ter somente 35 anos, comecei a dirigir cedo com 13 anos, mas sempre de olho desde guri em tudo na rua. Hoje procuro um Karman Guia TC em bom estado e preço (mas não será original em mecânica, muito pelo o contraio...boxer 2.0 ou 2.3 e por ai vai...) pois acho além de muito chic, tem linhas bem parecidas com as do 911 e que considero um dos VW mais bonitos já fabricados, mas o mais engraçado é que acho que nunca entrei em um e muito menos dirigi algum...rs
Devagar vou montando minha garagem dos meus sonhos.
Antonio,
ExcluirGrato!
MAO
MAO, é absolutamente incompreensível você ter colocado a Variant II e não a Brasília na lista. Lembro de um anúncio lá por 1979 em que uma banda tocava "Parabéns a Você", porque a Brasília havia chegado a 950 mil unidades em 5 anos. A Brasília é a verdadeira raiz do Gol, uma espécie de Fusca vastamente melhorado, tanto que, pouco tempo após ser lançado, o Gol canibalizou completamente as vendas da irmã mais velha, levando ao seu fim - com certeza, isso não foi acidente. E como disse uma vez o Maluf já nos anos 90, "a Brasília é o verdadeiro carro popular deste País"... que o digam os Mamonas, que a imortalizaram.
ResponderExcluirUé, fácil compreender, não gosto da Brasilia, gosto de Variant….
ExcluirLista pessoal, tinha que escolher 10 e escolhi.
MAO
Sobre o Brasília: Certa vez fui a um encontro de antigos em Mossoró RN e levei um Brasília de um amigo para a exposição, saindo de Natal. Como meu pai teve um Brasília por muitos anos, resolvi convidá-lo e ele prontamente aceitou. Meu entusiasmo me fez esquecer do calor escaldante do verão do Rio Grande do Norte,do barulho ensurdecedor do Brasília na estrada e o quanto isso seria inconveniente para meu animado convidado, já com mais de oitenta anos. Pior, que por sairmos atrasados, tive que dar uma puxada boa. Não deu outra, meu pai chegou estafado e com uma baita dor de cabeça. Me custa lembrar aquela minha imprudência, rsrs
ExcluirEle continua me acompanhando nos encontros, mas, agora ou vamos num carro atual com o conforto do ar-condicionado e nível de ruído domesticado ou eu vou sozinho, quando dirigindo algum antigo, e ele me encontra lá.
Mas o MAO acha mesmo que só pela Variant II ter mecanica no mesmo conceito das 911 que isso faz dela um carro divertido e tão melhor que a Brasília a ponto de substituir ela na lista? Não se deixe levar tanto pelas origens dos carros e similaridades mecânicas. Se fosse assim, um Yugo soviético seria um carro fantástico (tecnicamente era um Fiat dos mais modernos na época) e nem eles achavam isso.
ExcluirAnonimo das 22:43,
ExcluirComo pode ser um absurdo declarar uma preferência?
Abraço, e comente sempre!
MAO
Lorenzo Frigerio,
ExcluirBrasilia era um carro mais ou menos perigoso em situações que o Fusca não era. Frenagens de emergência em pisos ruins era sempre um Deus nos acuda no hatch Brasilia. O Fusca era (é) bem melhor.
Ainda bem que o MAO não incluiu.
MAO, a preferência não é absurda (e também prefiro a Variant, aliás ela substituiria a Brasilia perfeitamente em tudo) mas é um tanto absurdo fazer certas comparações como a das suspensões de 911 e Variant. Se for só pelo papel e pela história, tem muito carro que seria superesportivo só colocando uns pneus melhores.
ExcluirNão sei se colocaria o Opala na lista. Tirando o motor, as lanterna e farois o carro é um opel puro.
ResponderExcluirEu colocaria! Na verdade coloquei…rsrsrsr
ExcluirMAO
Seleção impecável!
ResponderExcluirQuanto ao Tempra Turbo, tem esse vídeo muito legal que conta com a participação de nada mais nada menos que Bob Sharp: http://www.youtube.com/watch?v=GH3vmUiK9IE
Grato!
ExcluirMAO
Bacana a lista MAO! Texto como de costume, muito enriquecedor....
ExcluirCarro totalmente sem relevância no mundo real dos números, mas que eu curtia, era a "nossa" blazer A-20 que nasceu primeiro nas mãos da Brasinca (Passofino, gênese da última Veraneio e outras...).
As picapes dos anos oitenta, as "superpicapes" que atendiam pelo nome de ARB, Cioato, SR...eram também criações malucas daqueles tempos, arquiteturas bizarras, preços de apartamentos, tudo que não deveria dar certo (motor diesel tuberculoso, assoalho da segunda fila lá no alto...etc), mas que por certo tempo deu.
Objetos de status e adoração para muitos, representantes legítimos de uma fauna automotiva bem exótica. Não entrariam em listas, mas em qualquer guia sobre os excessos dos anos oitenta.
Abraço!
MFF
Poucos carros desta lista convivi ,vou falar de um que tenho boas lembrança ,a Variant ll ,meu pai teve uma no inicio da década de 90 praticamente aprendi a dirigir nela ;volante leve ,gostosa de cambiar ,bonita e agradável ,mas com problemas de refrigeração ,"comia" o pneu dianteiro por dentro e era um pouco lenta ,o carro foi vendido ,foi embora ,mas as doces lembranças da adolescência que convivi com ela morrerão comigo,abraço .
ResponderExcluirSpeedster25/02/14 16:44 Opa!escrevi errado ,na verdade gastava o pneu traseiro por dentro .
ExcluirA Ford então resolveu lançá-lo como Ford mesmo, depois de mudar algumas coisinhas, principalmente a aparência, que ficou muito melhor que o feio Renault 12 francês. A versão cupê ficou definitivamente belíssima.
ResponderExcluirPelo que consta, a aparência do Projeto M da Willys já era a que veríamos nas primeiras linhas do Corcel, incluindo aí o V no capô e na grade (análogo à solução estilística da Rural e da Pick-up Willys e também à grade do Aero-Willys pós-1963). E, pelo que sei, a Willys havia feito o acordo com a Renault de que o Projeto M teria plataforma em comum com o Renault 12, mas carroceria de projeto nacional, no caso a que conhecemos aqui no Corcel I.
O carro só ficaria com mais cara de Ford quando da primeira reestilização (em que se adotou uma frente parecida com a do Maverick) e ficaria totalmente com cara de Ford quando do Corcel II (cujas linhas obviamente calcam-se na identidade europeia da Ford dos anos 1970 e primeira metade dos 1980). Logo, o Projeto M já era bem solucionado em estilo desde a época em que era para ser um legítimo Willys.
Quando se fala em ranking de automóveis todo mundo tem sua lista particular aonde pesam os mais variados motivos, eu acrescentaria o Fiat 147 pela quantidade de inovações técnicas que ele apresentou na época de seu lançamento.
Alan,
ExcluirAcho muito próximo do 127…
MAO
Pois é MAO, tão próximo quanto o Opala o é do Rekord e o Charger, do Dart original. O Tempra Turbo? Hum, também teria deixado de fora. É um modelo italiano quase puro, só perdeu as portas.
ExcluirTem gente que falou do Corsa Sedan, mas ele é um Opel puro, inclusive em mecânica, só tem o porta-malas a mais.
Não tem definição exata aí, não é mesmo?
ExcluirSe vc colocaria o 147, tudo bem, eu tinha que escolher 10 e escolhi.
Forte abraço!
MAO
O Tempra brasileiro teve outras mudanças em relação ao italiano. Não era só um motor diferente, mas também suspensão traseira (a ponto de o porta-malas do modelo daqui ser menor que o do modelo feito pela matriz), interior (que sempre foi completamente diferente aqui, ainda mais quando comparamos com o do Tipo e da Tempra SW, que tinham aquele painel horizontal em "dois andares"), tampa traseira (que aqui tinha fechadura em cima) e mais uma série de outras diferenças que faziam o modelo daqui praticamente ser outro carro vagamente baseado na plataforma básica do Tipo.
ExcluirFaltou EcoSport. Salvou a Ford aqui no Brasil. E o Corsa sedan.
ResponderExcluirWRCA,
ExcluirFaltou um monte, mas tinha que escolher 10 e escolhi.
MAO
Wrca25/02/14 17:48 Ele falou os 10 melhores carros .
ExcluirMAO, sei que você prefere os esportivos, e até compreendo isso, mas senti falta de 2 modelos, e qualquer um que estivesse já satisfaria minha opinião, pois são veículos verdadeiramente brasileiros, e que deram muito mais certo, por exemplo, que o Santa Matilde e o Puma, estando ambos em produção até hoje: Troller T4 e Agrale Marruá, ambos carros, veículos, jipes ou como queira, desenvolvidos e fabricados no Brasil com projetos mais nacionais que a maioria dos veículos mostrados, com a Agrale, na minha opinião (você mesmo achou que a Gurgel foi a melhor tentativa), sendo a melhor possibilidade nacional de uma indústria automobilística de massa. Claro, o T4 foi comprado pela Ford, mas seu projeto ainda é basicamente o mesmo, sendo diferente mesmo só o motor, e no seu próprio texto há carros que são menos nacionais do que ele. O Marruá até pode ser argumentado que suas vendas principais são para clientes públicos, como o Exército, mas não vejo porque não incluir o T4 na lista.
ResponderExcluirUm abraço,
Ângelo Jr
Angelo,
ExcluirVc tem razão, podia ter posto o Engesa 4!!! Mas coloquei o Gurgel que é i jipe que mais gosto. Lista pessoal…
MAO
Engesa 4 é jipe puro e duro. Não pode constar de lista de carros. Precisa outra lista e outro post MAO. Faça logo, estamos esperando.
ExcluirNão sei se é o melhor lugar para postar, mas vamos lá:
ResponderExcluiré viável montar um puma GT com o esquema de suspensão dianteira e traseira da variant II e motor AP 1.8?
Mais uma coisa: desta lista, além do meu 2300, outro carro que me deixou muita saudade, foi a Pampa. "Tive" (na verdade era do meu avô, mas eu usava o tempo todo, como se fosse minha) uma. Camionetinha valente, nunca negou fogo no trabalho na fazenda.
ResponderExcluirQue beleza de post. Adorei a lista.
ResponderExcluirBons tempos. Tínhamos poucas opções de marcas e modelos, limitados aos nacionais, mas uma variedade de conceitos bem maior do que na atualidade. O que pode ser conferido na lista do post. Motores e tração traseiros ou dianteiros, incluindo a combinação de motor dianteiro e tração traseira, refrigeração a ar ou a água, motores de 8 cilindros em V, de 6 em linha ou de 4 em linha ou opostos... Bem diferente da homogeneidade de hoje em dia.
Tenho um Gol 1980, motor 1300 a gasolina. Apesar dos parcos 42CV de potência máxima, acho o carro divertidíssimo. Na cidade e em estradas secundárias, a relativa boa potência e progressividade em baixas rotações aliados ao apetite do carro em devorar curvas cativam muito. Por outro lado, quando se pega uma estrada de via rápida, a baixa potência é revelada e a frustração é inevitável, pois fica difícil acompanhar o fluxo.
Agora, estou a caça de uma Variant II para que eu possa alternar a condução entre esses dois VW brasileiros em meus passeios nostálgicos, sem pressa, e muito, mas, muito prazerosos.
Romulo,
ExcluirGrato!
Era mesmo um tempo bom, e a gente reclamava que não podia importar, rsrsrsrsr
MAO
Se pudesse importar teria mais variedade ainda, oras. Mas era mesmo um tempo de maior diversidade nos carros daqui, talvez pela obrigação das fabricantes trazerem seus melhores modelos (sendo que geralmente os carros bons costumam serem um tanto diferentes entre si). Contribuia também que na época ainda existia dúvidas entre tração dianteira e traseira e motor ar ou água. Com o tempo essa dúvida sumiu quando o assunto é carro de massa para uso convencional, restando poucos modelos diferentes (com vantagens e desvantagens).
ExcluirComo também eram tempos que os carros ficavam em linha por tempos que só um mercado fechado consegue sustentar, era comum essa diferença de mecanica justamente porque misturavam carros de tempos muito mais antigos com outros completamente novos. A mecanica padrão muda bastante de tempos em tempos até hoje.
Romulo, vc precisa ver minha Variant II 79, modelo 80, marrom avelã metálico ! Perfeita, com NF de compra da concessionária , manual dela com revisões, chave original ...
ExcluirSamuel,
ExcluirSim, gostaria muito de vê-la. Sou fã da Variant II.
Raridade mesmo, Você participa de clube ou de encontros de antigos?
Moro no Nordeste e apesar de ter me afastado há mais de um ano dos encontros daqui, participei de muitos e não encontrei nenhuma em exposição. Em Maceió vi uma no uso do dia a dia, não está perfeita, mas tem uma aparência muito boa. Fiquei feliz só de ver passar, Pois fazia mais de uma década que não via uma. Meu filho quem me falou que o dono a usa intensivamente.
Sobre meu Gol L, Queria um 1300 a gasolina. Encontrei um em São Paulo, dois anos atrás. Comprei, no escuro, por telefone, após ver as fotos. Veio por transportadora. O carro realmente era como vendedor falou, quase todo original, Valeu a pena. Não está em condição de receber placa preta, também não sei se vou querer, mas, vou melhorando ele aos poucos. Depois da compra do Gol, o mesmo vendedor me ofereceu uma Variant, mas, era do modelo antigo. Estou mudando de cidade, logo que o fizer vou reiniciar minha busca. Me falaram que em Minas aparecem algumas a venda.
Idealizados por Brasileiros no Brasil?
ResponderExcluirEcosport foi projetado aqui por um bando de gringos... inclusive o pai da idéia é inglês.
Se for contar reestilizações tipo o Fiat Tempra e o Corcel... então pode colocar todas as faces da família Palio desde os segundos modelos... Parati/Saveiro... Autolatinas... Ford Ka terceiro modelo escroto, e por aí vai...
VW Fox/SpaceFox, se encaixariam no perfil da matéria.
Agora 100% Brasil de verdade ficam só os fora-de-série... isso sem entrar no mérito que boa parte deles era um "catadão" da parca mecânica disponível por aqui com desenho catadão de um monte de outros carros de épocas anteriores que os mais abastados conheciam quando viajavam ao exterior.
Ou estou errado em tudo isso? Era tudo criação 100% nacional pura?
Nosso mercado é notável, história louvável... mas calma lá.
Piolho,
ExcluirTenho certeza que disse que carro brasileiro de verdade não existe, e logo no início…
Grato, e comente sempre!
MAO
Opala?
ResponderExcluirComodoro! Acertei?
ExcluirMAO
MAO, a descrição que você fez do LJK Setright e aplica também a você: conhecedor de carros, mas também de história, literatura e das artes, sempre presentes nos seus escritos. Quem mais se lembraria de Moby Dick ao dirigir um Polo de empresa em uma viagem de trabalho, e escreveria sobre isso como você escreveu?
ResponderExcluirA postagem de hoje é tão importante que ao começar a lê-la não parava de me perguntar porque ninguém tinha escrito algo assim sobre o assunto. Parabéns de novo.
Marcos,
ExcluirO amigo exagera, mas agradeço o elogio!
Obrigado!
MAO
Não MAO, o amigo não exagera.
ExcluirSeus posts são excelentes. Tem outros colaboradores aqui de quem gosto muito (e de vez em quando fico com bronca, rs), mas seus posts são daqueles de focar a atenção e curtir.
Comprei um Palio para minha mulher, e depois passei pra ela o link sobre a sua compra de um Palio, ela se emocionou a ponto de chorar (e gamou no carrinho).
Pra quem perdeu: http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2010/11/palio-felicidade-de-um-lugar-inesperado.html
Obrigado por estas leituras que nos oferece. Idealmente ninguém deveria discordar, só acrescentar.
Eduardo Trevisan.
A lista é dos mais nacionais, não dos mais inovadores.
ResponderExcluirParabéns pelo texto MAO.
ResponderExcluirSempre que pensava em carros brasileiros, me vinha a mente a famosa "tropicalização", juntamente com corte de custos e outras coisas não muito boas. Mas lendo o seu texto e olhando por outro lado, nós brasileiros fizemos sim, muita coisa boa sobre rodas...
Que venha logo uma complementação dessa lista...
O Brasília merecia estar nesta lista, afinal foi um projeto que foi fabricado no México e exportado pra vários países. Além do Gol e Voyage, não me lembro de outro projeto fabricado fora do BR.
ResponderExcluirPara enriquecer o post, recentemente descobri que o Opala no Chile era o equivalente do Veraneio naquele país enquanto vigorou a ditadura. Quando Collor assumiu, uma das primeiras providências foi encerrar o contrato de fornecimento cativo de carros oficiais do Governo Federal com a GM, uma dos pilares da produção do Opala por tantos anos. Se vir um Opala preto, com A/C, 100% de chance de ter sido oficial.
Corcel e Del Rey tiveram passaporte carimbado pra quase toda América Latina, em muitos concorrendo com carros japoneses mais modernos em seu tempo, sendo preferidos por usarem e funcionarem bem gasolina de baixa octanagem, ao contrário dos nipônicos.
Pensando bem, os Gurgel mereciam um post só pra eles. G-15, Itaipu, BR-800, Supermini, Motomachine foram coisas muito legais e ousadas naquele tempo de Brasil fechado.
Valeu, MAO!
De projeto brasileiro recente fabricado também fora do Brasil, temos as atuais gerações de EcoSport e S10/Trailblazer, que inclusive estrearam fora do Brasil para só depois serem lançadas e fabricadas aqui.
ExcluirEste artigo me lembra a "lista das Ferraris de que não gosto", publicada há uns 6 meses... igualmente polêmica.
ResponderExcluirMinha Variant II modelo 1980 é igualzinha à da foto, Marrom Avelã metálico !!!!
ResponderExcluirMAO, brilhante texto, parabéns. ... muito feliz de ver o reconhecimento do nosso bom e velho Gol... acho que até poderia ter extendido por Gol e derivados, todos foram sucesso, épocas de Wolfgang Sauer...
ResponderExcluirAgora, sei que vai dizer que foi escolha pessoal, mas o Brasília não merecia ficar de fora..... um milhão de unidades em 9 anos foi um feito notável. .. foi um hatch percursor com mecanica simples fácil e barata, ótimo espaço interno e extensa área envidraçada. .. fonte de inspiração para vários hatchs de hoje, principalmente no que se diz em aproveitamento de espaço.
Forte abraço
Já percebeu como o Fiat Stilo lembra a brasília?
ExcluirLista é uma coisa muito pessoal. Concordo com o Lorenzo.
ResponderExcluirSe me permitem a crítica e sem desvalorizar o trabalho daqueles que tentaram adaptar os carros à realizade brasileira, penso que para dizer que o projeto foi brasileiro, deva ter algo mais
O opala só trocou lanternas e farois e usou um outro motor, o charger nem isso, só farois e um aplique na trazeira. Carroceria nova, suspensão esclusiva. Algo que faça realmente a diferença no carro. Trocar farois lanternas e outros adornos a envemo fazia muito bem. No fiat 147 houve projeto de suspensão, na caravan e na corolla fielder criou-se uma carroceria nova que só existiu aqui,
Com raras exeções os carros vinham para o Brasil sem modificações. Até o maverick teve motor que só saiu no Brasil e mesmo os V8 tinham o assoalho do portamalas e a base das torres de suspensão dianteira diferentes e não faz isso um carro feito para o Brasil. Neste ponto eu tiro o chapéu para a volks foi a que sempre ousou mais em projetar carros no Brasil e para o Brasil.
A Fielder existiu em outros lugares também, não?
ExcluirNão lembro onde eu li que a Fielder brasileira era uma "mistura" da americana com a japonesa... frente de uma com o corpo da outra, algo assim.
ExcluirSó o nome. A americana é grande bem banheira. A nacional foi feita com um ar jovem e bastante preocupação aerodinâmica com o objetivo de no mínimo igualar o comportamento do sedã. Muito bem feita para tentar acabar com o preconceito com as peruas. Nada compartilhado com as outras.
ExcluirTambém parece isso para mim, que a brasileira usava a frente do Corolla americano (como o nosso sedan) com a traseira da japonesa. Não sabia que essa configuração era exclusiva do Brasil e nem que fosse pela aerodinâmica, interessante saber!
ExcluirPelo que sei, amortecedores e molas são bem diferentes entre um e outro também, o que nem sempre ocorre nas versões peruas de carros hatch ou sedan em que mudam só a traseira e olhe lá.
Em relação ao Gol, não seria interessante lembrar o alemão Phillip Schmidt que comandou o projeto BX, alem de de ter trabalhado com o protótipo EA 272 de 1969 (um antepassado de nosso carro) e com o Audi 80 (que forneceu boa parte da estrutura do brasileiro). AGB
ResponderExcluirMAO, porquê o Uno Turbo e o Punto T-Jet ficaram fora da lista ??
ResponderExcluirEsportivos criados por brasileiros, para brasileiros em cima de projetos europeus (Como o Tempra Turbo). Estes carros são exclusividades da Terra Brasilis, e são digos de nota. Verdadeiros carros de entusiasta. É uma pena ver a VW Variant, carro tão desinteressante e comum, tomar o lugar de esportivos que marcaram época como estes dois.
O Uno turbo existe desde 1985 na Itália!
ExcluirMFF
Marcos Jota26/02/14 08:24 Pelo jeito você não conhece/conheceu a Variant .
ExcluirAnônimo, existia sim e com o mesmo motor até, mas não tinha o ''body-kit'' exclusivo, assim com o painel e etc..a versão tinha o mesmo nome, mas o acerto da suspensão foi montada exclusivamente para o nosso país.
ExcluirSpeedster, é verdade não conheço a Variant. Mas também duvido que conheça o Uno Turbo e o Punto T-Jet.
O Celta! Está faltando o Celta!
ResponderExcluirAcho que ele merecia, e muito, afinal foi (hoje claro que não é mais) um grande sucesso de mercado, desenvolvido por aqui mesmo.
Não sei se você está falando a sério ou apenas fazendo ironia já que virou moda falar mal de Celta.
ExcluirMas o Celta é um carrinho honesto e faz direitinho aquilo ao que é proposto. Por mim estaria na lista, juntamente com o Classic, este também desenvolvido aqui.
Agora acho que o comentário passa, né?
Entre o Celta e o Gol, acho que o MAO acertou em escolher o Gol. Muito mais tempo de mercado, muito mais partes do projeto nacionais, muito mais vendas e é um carro que mostra algo melhor da nossa capacidade de engenharia. O primeiro Gol e o Gol atual são carros que venderiam bem em qualquer lugar do mundo, são projetos de primeira. O Celta não faria isso.
ExcluirFalo sério sim. Não vejo qualquer ironia. O Celta é um grande sucesso de mercado como poucos modelos mundo afora conseguiram ser.
ExcluirE o que acho de deficiente no Gol, foi ter surgido com motor longitudinal numa época em que esse arranjo mecânico já estava em desuso.
Já o Classic não concordo, ele é uma mistura de Opel com o chinês Sail.
Anônimo 26/02/14 15:15
ExcluirO Classic do jeito que conhecemos é uma senhora desvirtuação do projeto original do Corsa B Sedan. O primeiro Sail chinês nada mais era que o Corsa B com a marca Buick, posteriormente passando a ser vendido com a marca Chevrolet e sofrendo aquela reestilização que quebrou a harmonia de desenho conseguida pelos designers da GMB. O pior da coisa foi a GMB ter importado o ferramental descontinuado da China (onde criaram uma nova geração do Sail que deixou de ser um Corsa B). Logo, importamos para cá o tal estilo desarmonioso.
Porém, quando o Corsa B Sedan foi lançado, era um projeto bem executado em seu geral, justamente por ser algo localmente criado mas pensado para ser transplantado para qualquer linha de montagem da GM no mundo que fizesse o Corsa B. Logo, era um produto regional pensado para não redundar com algo equivalente lá fora (como ocorre com Gol e Polo, que sempre foram redundantes). E foi o que aconteceu.
Apesar de redundantes com o Polo, Gol G1 (quadrado), Gol G2 (bolinha), Gol G5 e G6 (os novos) venderiam muito bem em qualquer lugar do mundo com o preço e equipamentos certos. E inclusive é o que acontece em toda a América Latina, sendo que outros carros "não redundantes" citados também são postos para venda e vendem bem pouco.
ExcluirContinuo achando que o MAO acertou em cheio ao escolher o Gol entre todos esses modelos mais conhecidos. O mais "nacional" deles e o de melhor engenharia e atualização. E até pouco tempo o único que venderia bem (e vende bem) fora do Brasil, em lugares com mais exigência. Isso vem de alguém que não gosta de Gol, especialmente os G3 e G4 (carros que ficaram num grande marasmo).
O Celta apesar de projeto brasileiro não agregou nada ao original. Aliás só piorou o original. Tem alguma coisa melhor no celta que no corsa A para estar na lista dos melhores brasileiros? Acho que vendeu mais porque é mais barato. Corsa depenado.
ExcluirTão falando tanto de Brasília, que me lembrei de um engenheiro americano que morou aqui nos anos 80 e, precisando de um carro usado p/ trabalhar, comprou uma Brasília. Um vizinho lhe perguntou - voce ganha em dólar, entende muito de mecânica, por que escolheu logo esse carro, sabendo haver opções bem melhores (ex: Passat, Escort, Chevette)? O americano respondeu: p/ brincar de montar e desmontá-la, pura curiosidade...
ResponderExcluir"Como pode um carro com execução tão profissional como aquele ter saído de um lugar aparentemente tão isolado?"
ResponderExcluirSimples, a Santa Matilde era, na época, uma das maiores fabricantes de equipamentos ferroviários do Brasil.
Como foi citado o Charger R/T, é bom lembrar que ele também foi fabricado no México, com aquelas mesmas "rabetas".
ResponderExcluirMuito bom texto MAO, minha lista teria espaço para a 147 pick-up.
ResponderExcluirEu colocaria o Uninho nessa lista, já que o nosso era bem diferente do Europeu... o desenho capô, a suspensão traseira... e na segunda reestilização do europeu em 1989, e do brasileiro em 2004, se tornaram irmãos bem distantes. O Uno nunca fez na Europa, o mesmo sucesso que fez aqui.. Digamos que seja um Italiano, naturalizado brasileiro, e cá para nós, é um dos carros mais bem-resolvidos que existe até hoje, sem concorrência equivalente.
ResponderExcluirQue belo texto,
ResponderExcluirTantas lembranças de infância, de um tempo que tínhamos tudo para a receita mais completa da “infelicidade”, não obstante, vivíamos tão felizes...
Tantos bons momentos em família, curtindo pequenas viagens à bordo do Landau paterno, macio como ele só, com seus bancos inteiriços e elegantes manivelas para acionar os “quebra ventos”... Sim, porque embora dotado de um geladíssimo “Springer” logo abaixo do painel, o barato era curtir o vento sempre perfumado pelo capim gordura à beira dos acostamentos.
Também os Dodge Dart e Grã Sedan, com seu vinil em gomos e lindos tons caramelo... Lembro-me ainda do Del Rey “ouro”, ultimo exemplar do genuíno e luxuoso acabamento Ford, antes de se render à Auto latina.
Pessoalmente, aprendi a dirigir em um coupê 250 – S, 1978/79? Branco, lindo e tive também um TI-4, prateado, já fora de linha, que comprei à preço de “chachim de samambaia” como dizíamos na época, meu primeiro carro... influenciado pelas lembranças imponentes da infância. Confesso que já não era muito confiável, tanto quanto ele também não podia confiar demais em que seu apaixonado dono, fosse garantir-lhe (dados os precários rendimentos), muito mais que uma bela mão de cera e algumas gotas de gasolina, geralmente insuficientes para as ambiciosas viagens que planejávamos. Mas fomos felizes, enquanto duro.(rs)
Parabéns e obrigado pelas lembranças de um tempo em que se podia quase tudo, menos falar mau do governo ! (rs)
Cezar
Ótima lista ! Dela, tive Opalas e Caravans, Corcel , Corcel II e Del Rey e tenho ainda Puma GT VW e Variant II, novinhos e maravilhosos !
ResponderExcluirCampeão boa lista! Mas...
ResponderExcluirCadê o Uirapuru? SP2? O Interlagos...? O Malzoni? O Pag Nick? O Carajás? Miura GT?
E mais...
Tempra turbo só aqui? O amigo está equivocado! Só se for na versão 2.0, pois existiu sim na Europa, com motores, 1.4GAS, 1.7 e 1.9 (Ambos DIesel, - da ISUZU).
Não considero o OPALA um Nacional... É um Reckord modificado! Assim como os nossos Charger, como você sinalizou! Não acredito que possam ser considerados "Puro sangue brasileiros"!
Já o design e peças do Alfa 2300 eram sobras do depósito da Alfa na Italia! É um belo Frankstein, feito de sobras!
O Gol é um projeto que compartilha muitas peças com o POLO MK1 e GOLF MK2! É um projeto inspirado no consagradíssimo, "fastback" do Giuggiaro, o eterno "Scirocco MK1"! Segue as linhas da VW da época, como chamavam em Wolfsburg... "Traseira cortada a facão".
Já o Corcel, é um projeto comprado da Willys, adquirida pela Ford, de um projeto global da Renault! Considero apenas a segunda geração do Corcel, como genuinamente brasileira! A primeira, foi chupada dos franceses!
O interlagos era um Renault Alpine 108. O Miura GT é italiano: Lamborghini, pois no Rio Grande do Sul NUNCA se fabricou um "Miura GT", biduzão....
ResponderExcluirBiduzão, você. Existiu, sim, o Miura GT, um fora de série que saiu com mecânica VW a ar e também a água. E esse italiano não era Miura GT, era simplesmente Miura, depois Miura S e Miura SV.
Excluirtodos os carros acima foram verdadeiras máquinas lindas parabens MAO ...
ResponderExcluirÉ uma pena que vocês comentaram sobre tantos carros nacionais e esqueceram o TOP DE LINHA, o MP LAFER, pra mim, desses carrinhos brasileiros, fabricados no Brasil, não teve ou tem outro. O MP Lafer chegou a ser exportado em número de 4.600 unidades, principalmente para o Estados Unidos. E tem mais, quem ainda tem um dificilmente vende.
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