A Ford, às voltas com problemas de tecnologia de bordo, baseará a próxima geração
do sistema Sync no ONX da BlackBerry Ltd., não mais no Windows da Microsoft,
segundo pessoas informadas do assunto. Usar o QNX será menos custoso do que a licença da tecnologia da Microsoft e
melhorará a flexibilidade e a velocidade do próximo sistema Sync, disseram
essas pessoas, que não quiseram se identificar porque a decisão não foi tornada
pública. A Ford tem mais de 7 milhões de veículos nas ruas com o software
Microsoft de comando de voz Sync para fazer chamadas telefônicas e tocar músicas.
O presidente executivo da Ford, Alan Mulally, tido como candidato a executivo-chefe
da Microsoft até o começo deste ano, acompanhou a queda da Ford nas pesquisas
da J.D. Power & Associates e da Consumer Reports, com clientes reclamando
de mau funcionamento dos sistemas de tecnologia e das telas táteis. A Ford
disse que a qualidade dos seus veículos tem “embolado” em cada um dos três
anos passados e não atingiu seu plano de melhorar esses resultados em 2013.
Melhorar o Sync é crucial para a Ford atrair compradores que cada vez mais
procuram estar conectados o tempo todo. Tecnologia de bordo é ponto de venda
mais forte para 39% de quem compra carro e mais que o dobro dos 14% que dizem ser
primeira consideração os tradicionais números de desempenho como potência e
velocidade, segundo estudo feito pela consultoria Accenture divulgado em
dezembro.
Apple, Google
Jay Cooney, um porta-voz da Ford, não respondeu imediatamente ao telefone e às
mensagens por e-mail fora do horário comercial. Peter Wootton, porta-voz da
Microsoft que trabalha para a Waggener Edstrom, se recusou a comentar. Paul
Leroux, porta-voz da QNX, idem.
As marcas Ford e Lincoln ficaram em 26º e 27º em 28 marcas na
pesquisa anual de confiabilidade da Consumer Reports divulgado em outubro. Enquanto
a linha de luxo Lincoln igualou-se na média da indústria no estudo Qualidade
Inicial da J.D. Power, em junho, o xará da fabricante terminou em 27º em 33
marcas.
As empresas de tecnologia estão batalhando por maior presença nos veículos. A
Google Inc. anunciou aliança com a General Motors, Honda, Hyundai e a fabricante
de chips Nvidia Corp. em janeiro para trazer o sistema operacional Android para
os carros. A Apple Inc. está trabalhando com a BMW, Daimler, Nissan e outros
para introduzir o sistema operacional iOS em carros com aparelhos como o
iPhone.
O QNX Software Systems da BlackBerry pode ser encontrado em carros Audi e BMW,
segundo seu site. A QNX e a Microsoft são os principais fornecedores de software
para sistemas operacionais de automóveis, segundo a pesquisadora IHS oSuppli.
A BlackBerry, então denominada Research in Motion Ltd., comprou a QNX
Software Systems em 2010 por US$ 200 milhões. Além de estar nos carros, a
tecnologia QNX é usada para controlar usinas nucleares e pelos militares
americanos em aparelhos voadores não tripulados. Seus clientes incluem a Cisco
Systems Inc, General Electric e Caterpillar. (Automotive News)
Isso está me cheirando à Ford comprar à Blackberry, pois esta já faz algum tempo não anda bem das pernas. Provavelmente seria um bom negócio, visto que o oval azul anda de vento em popa, e a informatização dos automóveis só tende a crescer.
ResponderExcluirA Ford deveria se preocupar mais com o pôs venda e garantia de pecas de reposição de seus carros que com esse tipo de coisa
ExcluirPegou na veia anonimo 19:20. Querem aumentar as estatísticas de satisfação e qualidade melhorando um item de utilidade discutível, enquanto o que importa fica para trás. É o velho problema das estatísticas e da tomada de atitude sem pensar ou pelo caminho mais fácil.
ExcluirCaros anônimos, levem em consideração que esta decisão foi da Ford americana. Lá, praticamente todas as concessionárias de todas as marcas, têm um atendimento que aqui nunca sonhamos. Aqui a Ford (e TODAS as outras marcas) têm de melhorar é o pós-venda, a qualidade da rede em si. Mas lá, este não é o maior problema. Capice?
ExcluirMas isto é nos EUA. Não acredito que o pós venda de lá seja tão sofrível como no Brasil.
ExcluirVerdade isso, mas será mesmo que os carros da Ford são tão perfeitos que um sistema multimídia é a maior das reclamações de qualidade?
ExcluirApesar que devido aos consumidores darem tanta atenção para isso, talvez seja mesmo uma questão que o cliente nota mais defeitos nisso que no resto do carro. Melhorando isso, melhoram os índices de satisfação (embora não melhorou a qualidade do carro em si, brincadeira de estatística).
O triste mesmo é ver que já 40% dos compradores acham isso mais importante que o carro. Nada contra quem gosta de tecnologia, mas acho que tinha que começar um processo de cada um no seu quadrado. Parece que em todo santo lugar apenas isso que importa.
Excelente notícia. o QNX é um sistema UNIX de real time. Nasceu assim e foi feito para ser assim, aco contrário do sistema 'enjambrado' da microsoft.
ResponderExcluirEspero que a Fiat siga o mesmo caminho para o Blue&Me
Anônimo especialista em linux.
Apesar de possuir um shell igual ao dos sistemas UNIX, o kernel do QNX é completamente diferente.
ExcluirO QNX utiliza um micro kernel que implementa primitivas de passagem de mensagem. Todas as demais tarefas rodam em modo usuário e se comunicam através de trocas de mensagem.
Opa, se é Linux/Unix tem que ser bom não é! Eu pessoalmente acho um atraso de vida, visto que apenas vai crescer a preocupação com mais inutilidades nos carros. Ter esse tipo de equipamento como prioridade maior que o carro em si é bem linuxtard mesmo.
ExcluirO Sync com a Microsoft ganhou diversos premios no seu lançamento e foi por muito tempo o sistema mais avançado de multimídia para carros. Só que como tem que ser cada vez mais e mais e mais e como o carro tem que ser um computador, provavelmente se atingiu algum limite do sistema.
O Blue&Me com sistema Microsoft funciona sem problemas nos Fiats por ser muito mais simples, por não ser um computador colocado num carro. É um sistema mais para quem quer comprar um carro, não um smartphone que anda. O sucesso da parceria entre Fiat e Microsoft e o bom funcionamento do sistema são argumentos muito mais importantes que ter de mudar de sistema porque tantos % são fãs de Linux ou acham que precisam de um sistema real time usado em usinas nucleares dentro do carro.
Não se esqueça que a Microsoft produz software a serviço da NSA. Quanto à estabilidade, observe o top 500 servers e veja se o windows aparece por lá. Há tantos lugares que o Linux hoje é aplicado que não vejo porque usar num carro um sistema antiquado, cheio de bugs e de compatibilidade duvidosa. Até o Amiga seria melhor. Ainda bem que mudaram a tempo.
ExcluirOpa, lá veio a groselha. A Blackbarry, fornecendo para serviços de alto escalão do governo como usinas nucleares, também não poderia ser usada então por causa da "segurança". E nem deveriam usar Linux também, pois o código aberto permite qualquer um criar exploits sob medida para ficar espionando você através do sistema multimídia do seu carro.
ExcluirServidor tem uma coisa chamada custo e fim de papo. Já usei em site server Win e Linux e foi exatamente a mesma coisa em downtime. Também é bom desfazer a groselha que achar que todo sistema Windows é como o que você usa no PC e portanto "cheio de bugs" (outra mentira). O sistemas móveis e de entretenimento apenas usam o nome Windows, são sistemas completamente diferentes.
Ademais, ninguém iria usar um sistema pago, "cheio de bugs" e "super antiquado, meu, tipo fora da moda" se tem um gratuito "perfeito e sem bugs". Com dinheiro e resultados a conversa é muito simples, não cabe papo furado de linuxtard, appletard, etc.
A Fiat já usa o sistema Microsoft com sucesso há muito tempo e nem pensa em mudar.
Anônimo de 26/02/14 12:19, quem falou groselha foi você. Não é por ser de código aberto que ele automaticamente "permite qualquer um criar exploits sob medida para ficar espionando você através do sistema multimídia do seu carro". Como contra-exemplo, podemos ver o próprio Windows, que tem um grande histórico de exploits, que provocaram diversos problemas (invasão, downtime, etc).
ExcluirSim, o Windows de sistemas móveis (Windows Phone, suponho) e o Windows de "entretenimento" (Xbox, suponho) não são iguais ao Windows dos desktops (XP, Vista, 7, 8). Mas o Windows dos desktops usa o mesmo núcleo ("kernel") das versões para servidores.
E chamar quem gosta de outros sistemas operacionais de "tards", é simplesmente lamentável, além de preconceituoso.
Acho que tô ficando atrasadão...
ResponderExcluirPelo menos, por enquanto, não dou a mínima prá isso daí.
Esta é a tal sobrenatural "tendência" no universo automobilístico; não há escapatória desta nova realidade. As montadoras (odeio esta terminologia, mas...) querem/precisam ser diferentes, originais, mostrar diferenças para seduzir o público. Difícil é lidar com o gosto pessoal de cada um... O risco está em distar-se da concorrência e ver o barco afundar -- não há espaço para erros.
ResponderExcluirUm exemplo singelo é o caso da "moda" GPS em carros nacionais. Trata-se, na verdade, de uma vergonha generalizada. A Honda, por exemplo, tem a ousadia de oferecer um navegador GPS ainda em modo 2D, coisa que não se usa mais desde uma década atrás. A Hyundai está oferecendo dispositivos análogos com um navegador (famoso) que não funciona adequadamente em virtude da limitação do hardware específico para o GPS (pouca memória RAM, CPU de baixíssimo clock). Isto pude comprovar na prática -- pena dos amigos que optaram por estes modelos... Sem falar que a maioria das montadoras nacionais não oferecem um sistema de atualização séria, sempre ultrapassado e com erros grosseiros (principalmente nos mapas) -- aqui não tem exceção.
Claramente a opção pelo software (Leia-se SO -- Sistema Operacional) para interface com usuário pode ser tornar um sucesso ou um fracasso generalizado. Que o vulgo não confunda o "sync" com, apenas, o sincronismo do SO do carro com o dispositivo móvel (celulares, smartphones, tablets, etc.). Tal "interface" é mais do que visual e auditivo, é um referencial para o condutor/passageiros.
A Black Berry "anda com as pernas bambas", Apple (iOS) e Google (Android) estão na frente; mas a MS (Windows Mobile) não ficará de fora. Acredito mais em jogo de marketing por parte da Ford para conseguir vantagens específicas -- o mundo dos negócios é assim mesmo.
O interessante disso tudo é que "saberão" onde você está (smartphone) e onde está o seu carro. E as montadoras, hoje, querem o diferente justamente para que a concorrência não descobra a forma que o seu produto é utilizado (quando for), para quais fins e, principalmente, saber as limitações reais. Sim, o "mesmo" permite coleta de dados gerais, um vê o outro, só o usuário é que não vê nada.
Abraços,
Xamanian
Eu não vejo problema nenhum em GPS 2D, aliás, em carro prefiro assim. O modo 3D para uso dirigindo chega a ser muito poluído dependendo do modelo e mapa e mesmo o modo "vista de passáro" também não é prático às vezes por te esconder as ruas mais próximas. Já usei GPS integrado desses mais simples, mas de mapa bom e veloz, e embora muitos critiquem esse sistema pela simplicidade eu achava ótimo.
ExcluirAcho mais é que os equipamentos de série das fabricantes tinham mesmo era que se manterem simples e focarem na qualidade e funcionalidade. Nada de modo 3D com um monte de penduricalhos aparecendo no mapa ou de telas de altíssima resolução que no fim servem para passar filmes ou fotos e não para ajudar no GPS. Tinham que concentrar em bons mapas, atualizações e em não serem lentos.
O resto ficaria para o mercado paralelo ou então como opcional para quem realmente quer e precisa disso (e também os que acham que precisam, justamente quem quer seguir essa "tendência" e não comprar um carro mesmo).
Bob, faltou um "I" no próximo, lá no título. Em meu último parágrafo (post acima) saiu um "desObra" ao invés de "descUbra" (deve ter mais. rsrsrs). ;-)
ResponderExcluirAbraços,
Xamanian
Xamanian
ExcluirNo título não dá...Corrigido, obrigado.
O Microsoft Blue&Me do meu FIAT 500 é horrível, a comunicação com o rádio é mal feita: coloca-se um pen drive, o leitor multimídia toma conta do sistema de som. Aí você quer ouvir rádio, certo, muda manualmente para "rádio"... chega em casa e desliga o carro, tudo ok. No outro dia, vai ligar o carro, ele já liga como multimídia novamente, e não como rádio. Você muda manualmente, passa 2s ele volta para multimídia, aí você muda manualmente. E assim vai, até você cansar e rancar o pen drive.
ResponderExcluirUma coisa trivial era o sistema de som conversar corretamente com o Blue&Me, de forma a um respeitar o outro e ambos respeitarem o condutor do carro, mas nem isso conseguiram fazer direito. Imagino então um carro com sistemas sofisticados, telas touch screen, etc., a confusão que deve ser. Se na arquitetura trivial do sistema de som do 500 o pessoal conseguiu errar rs...
Infelizmente incompatibilidades são normais em sistemas de computação voltados para o usuário. Ainda ninguém (ninguém mesmo, nem Apple) chegou num nível em que tudo seja fluído, perfeito e sem bugs. Os sistemas voltados para usuário têm que fazer muitas funções e muitas vezes trabalhar com coisas fora do padrão, completamente o contrário de sistemas como uma injeção eletrônica que trabalham apenas com tudo muito padronizado e focado em fazer apenas uma coisa.
ExcluirQuando mais complicado fica, pior é realmente. Quase todos as centrais multimídia, de qualquer sistema, costumam ter problemas com Bluetooth ou então ao ligar aparelhos como iPod.
Um assunto OFF-TOPIC mas que gostaria de ver os comentários do Bob, talvez mereça um dos seus apreciáveis posts:
ResponderExcluirOlha onde vai nosso dinheiro:
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/02/26/lula-e-raul-castro-percorrem-porto-cubano-financiado-pelo-brasil.htm
Deixa isso para um tópico de política vai. Até concordo, mas falar disso em todo o tópico é de chorar também.
ExcluirEntão... senta e chora uai.
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