Novembro, outono na Europa. Cai a temperatura, caem as
folhas das árvores, cai muita chuva e caiu meu queixo também: um conversível
para mim?. Sim. Na concessionária da marca em Milão, na Itália, o funcionário
me entrega de um DS3 Cabrio 1.6 THP 155 com um risinho no canto da boca,
observando minhas malas. Logo entendi. O pequeno Citroën não tem uma tampa de
porta-malas real, é uma escotilha. Nem a pau a malona vermelha tamanho plus
passará ali, e o jeito foi uma rápida aula grátis de jeitinho brasileiro ao
“Giovanni” de plantão, embarcando a malvada pela porta do passageiro, rebatendo
o encosto do banco traseiro.1x0 para mim.
Cabrio, tampa do porta-malas pequena |
Mas, um conversível em novembro? Ah, se fosse julho, agosto ou até setembro, no reluzente verão italiano! O queixo também cairia só de me imaginar rodando, teto aberto, pela estradinhas que levam à elegante Porto Fino ou na costiera amalfitana, caçando herdeiras de Sofia Loren e Gina Lollobrigida em Positano ou alhures. Mas em novembro, a trabalho na cinzenta Milão, o teto ficaria eternamente fechado. Em vez de beldades, quem logo ocuparia os lugares restantes no carrinho seriam colegas de trabalho, o suíço Marc com seus dois metros e três dígitos de peso, Gabriel, o argentino, e Arthur, o lusitano, todos gente boa, mas a anos-luz das polpudas filhas do “bel paese” esteticamente falando.
Muito agradável. Por que não tê-lo no Brasil? |
Cavalo dado não se olha os dentes, reza o provérbio, e quando pedi um carro para avaliação disse que serviria qualquer um, mas de preferência potente e divertido. Me atenderam em cheio. Com 155 cv o pequeno DS3 em versão Cabrio pode ser classificado como um esportivo multiuso, dotado do motor quatro em linha nascido da parceria entre o Grupo PSA Peugeot Citroën e a BMW. Tal motor, batizado de THP (Turbo High Pressure), ocupa diversos cofres de modelos diferentes, entre os quais boa parte dos MINI, BMW série 1, o nosso novo C4 Lounge em versão topo e o Peugeot 308 THP, e outros.
Meu DS3 Cabrio prata com teto azul elétrico chamou muita atenção naquela fria e molhada tarde em Milão. Rodando cheio de marmanjos e bagagem no porta-malas, confesso que as primeiras horas ao volante do pequeno DS3 foram tensas. Milão tem piso irregular, muitas ruas com calçamento de pedras, trilhos de bonde. E o Cabrio carregadão... Não parava de pensar nos pneus de perfil baixo, 205/45 montados nas reluzentes rodas aro 17. Imagina só ter que trocar um pneu? Por causa da grande tela do sistema de navegação, plantada bem no centro do painel, pude me concentrar em desviar das armadilhas enquanto a voz feminina me avisava para virar aqui e acolá.
Dizem que alguns males vêm para bem, e foi o caso: aprendi muitas coisas nessa traumática tarde de estreia ao volante do DS3 Cabrio, por exemplo, que quatro adultos grandes dentro do pequeno DS3 até cabem, que o porta-malas é bem mais capaz do que poderia se supor — apesar da “escotilha” — e que o acerto de suspensão é capaz de absorver o tormentado piso milanês com competência, conciliando conforto à devida firmeza. Bem mais tarde, no hotel, relembrando o dia agitado, outro detalhe me veio à mente: durante a chuva forte o teto de tecido abafou competentemente o ruído, o que me fez lembrar minhas viagens em eras remotas, em um Gurgel conversível de um amigo. Quando chovia, não dava para conversar tamanho o barulho, fora a água que entrava...
Conversíveis parecem ter voltado definitivamente à cena da indústria automobilística mundial, e este DS3 Cabrio tem como principais rivais dois nosso conhecidos, vendidos no Brasil. Tratam-se do MINI Roadster e do Fiat 500 Cabrio. Simpáticos, são “carrinhos” no diminutivo só pelas dimensões contidas, já que mostram qualidades técnicas invejáveis. Aliás, no caso do DS3 e MINI Cabriolet ou Roadster, compartilham o mesmo motor (mas com acerto diferente). O MINI “fala” 184 cv, o DS3 165 cv, com torque equivalente, 24,5 m·kgf.. Não há notícia de que a Citroën do Brasil pense em importar o DS3 Cabrio como faz desde meados de 2012 com a versão de teto rígido. Mas era o caso de cogitar, acho.
Não sei quantos Cabriolet ou Roadster estão entre os cerca de mil MINI vendidos no Brasil em 2013, mas me surpreendi vendo que o DS3 em versão única e câmbio manual — o que o prejudica em termos comerciais face à preferência nacional pelo câmbio automático nesta faixa de mercado — vendeu 600 unidades no ano passado. Detalhe: o MINI-Cooper Roadster custa no Brasil algo em torno dos 145 mil reais, o Fiat 500 Cabrio 65 mil e o DS3 está no meio, custando perto dos 85 mil reais. Na França a diferença de preço entre um DS3 normal e um DS3 Cabrio, com paridade de motorização, é de cerca de € 2,3 mil, menos de R$ 8 mil. Resumo: um DS3 Cabrio no Brasil custaria na casa dos R$ 95 mil. Preço bem competitivo, eu acho.
Tudo no lugar! |
Mas volto ao “meu” DS3 Cabrio. Equipado com um câmbio manual de seis marchas e com um motorzinho esperto que já conhecia do lançamento do DS3 no Brasil, não via a hora de dizer até logo aos meus companheiros de trabalho em Milão e poder rodar na minha exclusivíssima má companhia, me deixando fazer tudo aquilo que eu gosto de fazer com um carro quando não tem ninguém olhando. E finalmente, dois dias depois de retirar o Citroënzinho da concessionária na Via Gattamelata (que nome!), cumprimentei o suíço, o português e o argentino, e fui.
Para chegar à interessante (cheia de curvas!) Autostrada della Cisa, que me levaria à região da Toscana, berço dos que me puseram no mundo, seria preciso percorrer 100 km na chata A1, a estradona que corta a Itália de norte a sul e que na era pré-radares era uma verdadeira Autobahn, onde quem mais tinha, mais punha. O quê? Velocidade. Hoje andam todos a 140-150 km/h, respeitando (!) o limite de 130 km/h. No passado 200 km/h era mixaria. Nos agora vigiados retões da A1 verifico que o DS3 Cabrio veste bem. Bancos de forração mista couro tipo camurça-tecido se amoldam ao corpo, regulagens mecânicas e básicas. Pedaleira bem posicionada, com excelente apoio para o pé esquerdo e volante revestido em couro, formato ergonômico e segmento de círculo reto, completam a cena. A visibilidade à frente e lateral é nota dez, atrás algo menos. O ambiente é pequeno, e parece menor ainda pela escolha do preto para a forração do teto e laterais. O painel é evidente, sem exageros estilísticos, parente direto do usado nos C3 Picasso e C3 nova geração. Demérito? Não.
Dando uma de Sébastien Loeb... |
A vida no habitáculo é agradável e a 120 km/h o motor gira a parcos 2.500 rpm em 6ª marcha, e mesmo tendo o DS3 Cabrio uma capota de tecido o ruído interno é contido. Para evitar o sono, provoco o acelerador deixando o câmbio na última marcha, e o resultado é razoável, confirmando o apregoado pela Citroën, que determina que já a 1.400 rpm os 24,5 m·kgf de torque máximo estão presentes. Na prática isso faz do pequeno DS3 um carro que permite o que os franceses chamam de “conduite en souplesse”, quase como a que demanda um veículo com motor diesel, onde não adianta levar as rotações nas alturas pois o desempenho não mudará, mas o consumo sim.
Todavia, o motor THP bebe gasolina, e por conta de suas características de projeto e das opções determinadas pela superalimentação da pequena turbina e gestão eletrônica de última geração, dá para levá-lo com calma nas baixas rotações e, quando for a hora, usar sua faceta evidentemente melhor, com o ponteiro do conta-giros entre quatro e seis mil rpm. E nessa condição o DS3 canta. Não pneus, já que o controle de tração se encarrega de conter os literais deslizes dos pneus dianteiros, mas uma ária de performance que faz dele um foguetinho. Pocket rocket diriam os ingleses. Mas estou na Itália, e o tal comportamento me lembra o Alfa Romeo MiTo que avaliei para o Ae um ano atrás. Na ocasião chamei-o o MiTo de “piccola bomba”, que para os italianos é um elogio já que a palavra bomba não tem a conotação negativa aplicada a carros no Brasil. Aliás, MiTo e DS3 são bem equivalentes em tamanho, potência e público alvo. Só que não há MiTo conversível...
Dirigir na Europa sempre é um prazer |
Diga me com quem andas e te direi quem és: na Cisa mudo o provérbio para, “Mostra como mudas de faixa, e te direi se prestas.” Os longos curvões da alta são ideais para verificar o equilíbrio de um carro, submetê-lo a sevícias como trocar de faixa bruscamente quando em pleno apoio, e ainda por cima sacaneando, tirando o pé do acelerador de modo brusco. Como reage o DS3? Bem, dizem que conversíveis são complicados pois dificilmente têm a rigidez estrutural de carros com carroceria fechada. Para evitar flexões nocivas, os técnicos reforçam a estrutura onde é possível, o assoalho, e isso resulta em peso maior. No caso do DS3 Cabrio o problema de não haver um teto de lata “amarrando“ a estrutura foi minimizado por conta da existência das colunas A, B e C e de um arco longitudinal que as une, o que evidentemente favoreceu a rigidez da carroceria. E por conta disso que a Citroën alardeia como grande qualidade de seu DS3 Cabrio o fato de ele pesar apenas 25 kg a mais que o DS3 normal.
Mas, e o que acontece na mudança de pista rápida (muito!) e malvada? Nada: apesar de não haver grande área de borracha em contato com o solo (para os atuais padrões) os pneus 205/45 não deixam o DS3 sair dos trilhos, o que ganha contornos de mérito ao sabermos que não há nas suspensões nada de especial como sistemas multibraço ou aparentados. O DS3 Cabrio tem um eixo de torção atrás e a clássica McPherson na frente, arroz como feijão bem feito. A única e para mim compreensível reação que nesta situação-limite exige atenção vem da necessidade de manter o volante sob domínio cirúrgico, mais por conta do entreeixos curto do que de uma assistência exagerada ou por ser a direção direta demais. Quantos vão tocar o DS3 à Sébastien Loeb? Poucos, mas os que quiserem se aventurar na exploração dos limites do pequeno esportivo conversível encontrarão boa atitude.
Passado o trecho parque de diversões da viagem, chegaria a hora do convívio urbano mais calminho, mas não sem antes aferir que, mesmo abusando do acelerador, o DS3 Cabrio cumpriu 300 km de autoestrada, sempre a mais (mais, mais...) de 120 km/h fazendo uma média de 12,9 km/l de gasolina européia, lembremos, sem álcool. No uso urbano da semana que se seguiu, sem congestionamento mas com muito pára e anda, trajetos curtos e truncados, vimos o computador de bordo anunciar 10,5 km/l, marca boa mas favorecida pela topografia de Lucca, cidade sem grandes desníveis.
Como era de se esperar, um carrinho pequeno numa cidade medieval é perfeito, pois acha vaga em qualquer canto. Elogios nesta condição merecem a manobrabilidade do câmbio e a maciez do volante. Menos elogiável é o inevitável comprimento da porta e seu peso, mas nada de muito grave. Basta se habituar.
O THP 1,6-l de 156 cv só proporciona alegria |
Chance de abrir o teto? Sim, poucas, e descobre-se uma operação ótima, pois vem com muitas opções. O teto pode ser aberto no estágio 1, no qual a fresta que surge se assemelha ao vão oferecido por um teto solar convencional. Insistindo no botão, situado nas proximidades do espelho retrovisor interno, o teto recua até a posição 2, quase aberto por completo, deixando porém o vidro traseiro no lugar. Na posição 3, o tal vidro desliza para cima da tampa do porta-malas (a escotilha...) e aí o Cabrio realmente está completamente conversível, com o único inconveniente de que nesta posição o espelho retrovisor interno fica inútil, já que o teto de tecido todo dobrado feito o fole de uma sanfona serve de obstáculo à retrovisão.
A "sanfona" prejudica a retrovisão pelo espelho interno |
Como anuncia a Citroën — e comprovado —– dá para rodar a até
120 km/h
de velocidade sem problemas com o teto plenamente aberto, sem que um furacão se
instale no habitáculo. Grande! Nem furacão e nem excessivo ruído aerodinâmico,
note-se. Ponto para o projetista, apesar de que acima de 100 km/h o conforto decai de maneira brusca.
Do mesmo modo que o teto abre-se facilmente, fecha-se rapidamente — 16 segundos — e não dá nenhuma impressão de ser uma traquitana que vai dar problemas, sejam mecânicos, sejam elétricos, a curto prazo. Outro ponto a favor é a completa ausência de grilos, ruídos chatinhos, seja em que posição o teto estiver.
Estilo do DS3 Cabrio tem personalidade |
Mais destaques: o bom sistema de áudio, a possibilidade de conexão de mídia tipo iPod, pen drives e de usar o telefone celular via Bluetooth. Ou seja, o DS3 Cabrio atende a quem quer um carro competente para uso urbano, esperto em estrada e pleno de gadgets. Público alvo? Amplo, com os mais jovens prioritários, claro, mas o cinqüentão aqui achou maior graça no pocket rocket — petit roquette? — francês. Teria um, fácil, fácil.
Ora de rumar de volta a Milão, mas não sem antes passar por mais estradas tortuosas e divertidas nas vizinhanças de Bergamo, e neste ambiente de belos panoramas desligar o controle de estabilidade e tração, que faz da tocada do pequeno DS3 Cabrio virar um show no qual nos sentimos mestres de cerimônias. Preciso e reativo como só os curtos entreeixos sabem ser, mas nem por isso nervoso e incontrolável, descobrimos que a traseira pode ser usada facilmente, brincando com a transferência de carga na desaceleração/aceleração, cúmplice nisso a resposta imediata do motor ao acelerador. Mesmo sendo turboalimentado, o 1,6 litro THP responde prontamente ao pé direito, e nas mudanças rápidas de direção dá para brincar deixando a traseira escapar quando provocada por um golpe de volante e uma cutucada no freio de mão “rally style”. Emulando Loeb? Oui, oui...
Mesmo nessa politicamente incorreta tocada no limite, o DS3 Cabrio não mostra limite, ou melhor, nos avisa que ele está bem aquém do que efetivamente pode. Plantado no chão, preciso ao apontar nas curvas de baixa, passa do leve subesterço na entrada à neutralidade, que o faz percorrer os chamados tornantes, curvas de 180° em desnível, como se fosse a ponta de um compasso. E nessa sessão de sevícias descobrimos que felizmente a indústria automobilística ainda faz carros divertidos, transbordantes, generosos, que dão gargalhadas e falam alto, diferente dos cada vez mais anônimos e aborrecidos veículos que se vendem exaltando sua suposta eficiência energética, em total detrimento do prazer ao volante. E esse, amigos, é oferecido aos baldes pelo estupendo e divertido DS3 Cabrio 1.6 THP 155, acreditem.
RA
FICHA
TÉCNICA CITROËN DS3 CABRIO
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Marca e
modelo
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Citroën
DS3 Cabrio 1.6 THP 155
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Motor
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1.598 cm³
/ 4 cilindros transversais em linha
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Diâmetro
e curso
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77 x 85,8 mm
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Potência
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156 cv a
6.000 rpm
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Torque
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24,5
m·kgf de 1.400 a
4.000 rpm
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Combustível
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Gasolina
Super, 95 RON
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Transmissão
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Transeixo
com câmbio manual de 6 marchas
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Rodas motrizes
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Dianteiras
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Pneus
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204/45R17
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Distância
entre eixos
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2.464 mm
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Peso em
ordem de marcha
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1.090 kg
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Capacidade
do porta-malas
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245 litros
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Capacidade
do tanque
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50 litros
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Consumo
(cidade/estrada/combinado)
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12,5 /
20,8 / 16,9 km/l
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Emissões
de CO2
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137 g/km
- nível Euro 5
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Velocidade
máxima
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214 km/h
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Aceleração
0-100 km/h
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7,4 s
|
Aceleração
0-400 m
|
15,5 s
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Aceleração
0-1000 m
|
28,3 s
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Para uma deriva de traseira digna de foto, em um carro tão bem plantado, só com a ajuda do freio de mão.
ResponderExcluirbela avaliação, belo carro!
Possuo um DS3 há mais de 1 ano e, realmente, o prazer ao dirigi-lo diariamente é exatamente o mesmo que o RA teve.
ResponderExcluirUm belíssimo automóvel!
Tiago W
Conversíveis são muito especiais, tem um charme, uma personalidade só deles!
ResponderExcluirNão me recordo exatamente há quanto tempo o 500 Cabrio está disponível no mercado brasileiro, só sei que ontem vi o primeiro deles na rua..
ResponderExcluirArrisco dizer que o medo de ter um carro desses se deve a três fatores:
1) Preço;
2) Medo de uma manutenção cara e difícil de ser encontrada fora das autorizadas no tocante a problemas com o teto (até justo);
3) Medo da violência urbana. Como dizia um ex-gerente daqui da CCS da família sobre o 206 CC: "O carro é lindo mas andar com ele de capota aberta em qualquer lugar é facilitar pro ladrão. Ele nem precisa vir armado, é só chegar perto e gritar BU! que já era."
Anyway, esse DS3 Cabrio é tudo que um entusiasta do segmento quer pra rodar na Rio-Santos a caminho de Ilhabela num dia ensolarado... ou mesmo voltar de lá sob um céu estrelado.
Ao medo da violência dos assaltos em si, eu acrescentaria o medo de outro tipo de violência: o vandalismo. Para um filho de uma que ronca e fuça estragar esse teto, não custa.
ExcluirImagina teto de Lona no Brasil.
ExcluirPorque esse THP do DS3 tem menos cv que quando em uso nos Peugeot?
ResponderExcluirDanilo Grespan
ResponderExcluirHá as duas potências no Grupo, 156 e 165 cv.
Agresti,
ResponderExcluirgostei da avaliação, e me divirto com seus textos. Muito bom. Fotos inclusive, ótimas.
Esse Marc é o Petrier, que tanto nos ensinou na fabulosa Motoshow ?
Mande um abraço a ele. Lembro de tê-lo visto certa vez na Av. dos Bandeirantes, ajudando um motociclista a tirar a moto do meio da avenida, pois ele tinha morrido quando o farol estava fechado. Marc deu cobertura com a XLX350 dele, segurando momentaneamente os carros, o meu logo à frente, para que o desconhecido empurrasse a moto para a calçada.
Coisas de gente civilizada.
lui même cher JJ... mandarei o abraço.
ExcluirEsse carro é muito legal. A Citroen vendia a versão com motor 1.2L 3 cilindros por EUR 18 mil em Portugal. Acho que esta configuração de teto é bem adaptada às "condições adversas" do Brasil, nomeadamente segurança pública e qualidade do piso. É mais discreta e há menos mecanismos, partes móveis para danificar na infinita torção/flexão do belo asfalto da terra brasilis.
ResponderExcluirTive o prazer de andar nesse carro com o Agresti ao volante. Esse Gabriel, o argentino, sou eu. Lembro muito bem dessa noite chuvosa em Milão. Estávamos na coletiva de imprensa de uma marca de motos e, gentilmente, o Agresti me ofereceu carona para um outro evento, que aconteceria logo em seguida, do outro lado da cidade. Claro que aceitei. Quando chegamos ao estacionamento e vi que nosso transporte era um DS3, olhei para gigante suiço, para o amigo Arthur, para nossas mochilas repletas de equipamentos fotográficos e pensei: "Não cabe todo mundo aí nem F**". Mas coube, e demos boas gargalhadas dentro do pequeno francês. Todo dobrado (sentei atrás do suiço gente fina com porte de SUV) e com a chuva batendo na lona do teto a 1,5 milímetro da minha cabeça, me senti dentro de uma barraca de camping. Valeu Agresti, para variar, mais um texto espetacular.
ResponderExcluirO rapaz que entregou o DS3 devia está pensando que o Agresti era um senhor comum que iria ficar indignado em ter que rebater o banco traseiro pra tirar a mala. Ele já devia estar pensando na desculpa que iria dar e como e retratar oferecendo um carro mais ao gosto comum, com mais conforto. O Agresti ter ele mesmo feito isso deve ter sido um alívio.
ResponderExcluirEsse design de conversível , lembra o do 500 conversível, que mantém todas as colunas originais, trocando apenas o teto pela lona ou teto rígido escamoteável é bem interessante. Passa um sensação maior de segurança e eu acredito que seja mais barato para produzir. Se minha última observação for verdadeira, eu esperaria que os conversíveis se popularizassem mais. Mais conversíveis populares.
ResponderExcluirÓtimo texto Agresti, eu nunca prestei atenção no DS3, agora estou até gostando. Rsrsrs muito legal esse parque de diversões, estou imaginando a delícia que foi a experiência.
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