GT: prós e contras
Negociações mal resolvidas e projetos apressados marcaram a última batalha na luta para reviver a categoria dos supercarros
Imagem publicada nas redes sociais confirmava a associação |
Que o automobilismo brasileiro vai mal das rodas não chega a
ser algo que justifique manchete ou maior destaque no raro espaço do jornalismo
ainda ocupado pelo esporte. O que gera curiosidade e desilusão é a forma como novos
projetos são desenvolvidos: duram pouco
tempo e causam estragos duradouros. No ano passado, por exemplo, a F-Vee, que nos anos 1960 ficou conhecida como Fórmula Vê e preparou uma geração de nomes como Emerson e Wilson Fittipaldi e José Carlos
Pace renasceu, cresceu… e foi dividida.
O capítulo
mais recente desta realidade aconteceu na semana passada e envolveu uma das
categorias mais longevas da atualidade e outra que há anos tenta renascer de
cinzas, a F-Truck e a GT, respectivamente.
Anos atrás era possível ver nas pistas nacionais grids de
algumas dezenas de modelos das raças Aston Martin, Audi, BMW, Corvette,
Ferrari, Ford GT, Ginetta, Lamborghini, Lotus, Maserati, Porsche, Viper; enfim,
verdadeiros espécimes de autos para entusiastas. Gentlemen and very rich
drivers não se poupavam de investir pesado e contratar pilotos
profissionais para dividir essas máquinas nas provas de rodada dupla, nem mesmo
disputar freadas que não raro deixavam marcas de guerra nessas preciosidades
mecânicas.
O regulamento seguia o conceito da categoria GT internacional e
funcionou bem durante alguns anos, até que…
Se não é novidade que o automobilismo brasileiro anda mal das
rodas, também não é novidade que quando uma nova categoria começa a se firmar
surgem grupos interessados em faturar glórias e lucros sobre as bases de um
projeto ainda em vias de consolidação. Com a GT isto também aconteceu isso e
foi nesse processo que, tudo indica, uma questão familiar mal resolvida teria
marcado o início do
que se vê hoje.
Várias das fontes consultadas na elaboração deste texto pediram
anonimato e não abriram mão disto mesmo quando informadas que suas declarações
coincidiam com a de outros entrevistados. E aqui entra o Grupo Petrópolis, cervejaria que era
representada nas pistas pelos irmãos Cleber e Vanuê Faria e pela marca Itaipava
como principal patrocinador. Vale lembrar que Marçal Melo disputava esse
campeonato levando em seu carro, um Ginetta, o patrocínio da cervejaria.
Segundo uma das fontes consultadas, a crise atual teria sido deflagrada quando
os irmãos Faria decidiram abrir mão de suas ações no Grupo Petrópolis, uma
empresa que volta e meia aparece nas páginas de economia como possível alvo de
cervejarias estrangeiras de grande porte.
De acordo com essa fonte, familiar com o mercado cervejeiro,
“o Cleber acertou um preço num dia e, dois dias, depois, pediu uma quantia bem
mais alta. Essa dinâmica teria induzido o acionista majoritário do Grupo
Petrópolis a concluir que ele teria alterado o valor sob influência de um ou
dois pilotos da categoria.” Em outras palavras, essa foi a primeira negociação mal-resolvida entre outras que viriam acontecer e que determinaram o fim da GT;
outra delas foi a questão da equalização dos carros quando o campeonato já era
gerenciado pelo grupo de Antônio Hermann e Walter Derani. Este episódio, no
final da temporada de 2012, levou Hermann a abandonar o automobilismo nacional
e investir em uma equipe brasileira para disputar o mundial da categoria em
2013.
Com a saída do empresário e ex-piloto entrou em cena a Loyal, empresa
fundada a partir da Momentum, agência de marketing promocional com alguma
experiência em ações focadas em automobilismo. Antes do final da temporada a Loyal abandonou o projeto e o
campeonato sofreu novo baque.
Ainda em 2012, no final da temporada, Marçal Melo apresentou o
projeto do TRC (Touring Race Cup), mais um campeonato nacional do gênero
monomarca e usando como base o Subaru Impreza. No projeto estavam envolvidos
outros nomes, entre eles o diretor de planejamento e marketing da Confederação
Brasileira de Automobilismo, Paulo Gomes, desde sempre apresentado por Melo em
postagens em redes sociais como grande amigo e parceiro. Lançada com pompa e
circunstância, a proposta não vingou e Melo acabou disputando a temporada de GT
2013 com um Porsche. No final desse ano um dos dois Subaru construídos disputou
a 12 Horas de Tarumã; problemas mecânicos marcaram essa participação.
A participação da Loyal na temporada de 2013 nunca obteve os resultados esperados e quando a temporada foi disputar uma etapa na Argentina (2 e 3 de novembro de acordo com o calendário original) a empresa comunicou que não seguiria com a empreitada, confirmando rumores que há muito circulavam no meio. A decisão implicava que cada proprietário deveria resolver por conta própria a burocracia para a reentrada dos carros no Brasil. Até então o depositário legal dos automóveis era a empresa SRO Latin America (formada por Hermann, Derani e a SRO européia) que desde o início da temporada não participava mais da categoria. Com o final da temporada da categoria GT e o cancelamento da última etapa, a maioria absoluta dos carros foi transportada para os Estados Unidos para cumprir as exigências legais da que permitem a importação temporária com impostos reduzidos e condições especiais.
A participação da Loyal na temporada de 2013 nunca obteve os resultados esperados e quando a temporada foi disputar uma etapa na Argentina (2 e 3 de novembro de acordo com o calendário original) a empresa comunicou que não seguiria com a empreitada, confirmando rumores que há muito circulavam no meio. A decisão implicava que cada proprietário deveria resolver por conta própria a burocracia para a reentrada dos carros no Brasil. Até então o depositário legal dos automóveis era a empresa SRO Latin America (formada por Hermann, Derani e a SRO européia) que desde o início da temporada não participava mais da categoria. Com o final da temporada da categoria GT e o cancelamento da última etapa, a maioria absoluta dos carros foi transportada para os Estados Unidos para cumprir as exigências legais da que permitem a importação temporária com impostos reduzidos e condições especiais.
Enquanto os
Mercedes-Benz SLS AMG foram levados para a Europa, onde deverão disputar a
temporada de 2014, os carros enviados para a
Flórida poderão ser usados por brasileiros que disputam as provas da FARA, uma
liga que promove corridas para diversas categorias no circuito de Homestead.
Neste cenário Melo, seu companheiro de equipe Alex Fabiano e
Johnny Weisz começaram a se dedicar ao projeto de reviver o Brasileiro da
categoria GT dentro de um novo formato.
Após um período de planejamento foram
feitas algumas reuniões com pilotos e os responsáveis pela F-Truck,
especificamente a presidente da empresa que explora o evento, Neusa
Navarro. A aproximação entre ela, Melo,
Fabiano e Weisz se deu através de Djalma Fogaça, um dos pilotos mais
conhecidos do circo dos caminhões:
“Eu não participei diretamente da negociação, só apresentei as
partes”, declarou Fogaça, para quem "Neusa Navarro estendeu a mão e entrou de
coração aberto.” Quando a negociação chegou a um acordo, no dia 20 de janeiro,
também foi aceso o estopim que detonou o fim dessa parceria: Melo e Fabiano
divulgaram a conquista unilateralmente.
“Erramos nisso, foi um ânimo excessivo da nossa parte. Nós não esperamos ela nos avisar que soltaríamos a notícia em conjunto”, admite Melo.
“Erramos nisso, foi um ânimo excessivo da nossa parte. Nós não esperamos ela nos avisar que soltaríamos a notícia em conjunto”, admite Melo.
O post anunciando o calendário de 2014 |
A confirmação do acordo só foi endossada publicamente pela
F-Truck no dia 25; nesse período a única nota emitida por Navarro só falava de “negociações”. Enquanto isso os
promotores da GT insistiam em garantir que estava tudo garantido e nessa
sexta-feira divulgaram o calendário do certame. Nos dias dias 5 e 6 de
fevereiro foram realizadas duas reuniões com pilotos, em São Paulo e em Porto
Alegre. Em nenhum momento falou-se de algum patrocinador ou fornecedor de
combustível ou pneus, mas de uma nova forma de gestão do evento:
“Iríamos bancar o campeonato através de uma planilha aberta, uma espécie de cooperativa formada pelos pilotos e equipes. A Truck bancaria toda a estrutura básica e nós apenas teríamos que arcar com os gastos extras”, informa Marçal Melo, que completa “não tínhamos nenhum patrocinador”.
“Iríamos bancar o campeonato através de uma planilha aberta, uma espécie de cooperativa formada pelos pilotos e equipes. A Truck bancaria toda a estrutura básica e nós apenas teríamos que arcar com os gastos extras”, informa Marçal Melo, que completa “não tínhamos nenhum patrocinador”.
Em seguida a bomba explodiu de vez. Em pleno processo de
convencer pilotos e equipes a participar da prova, Melo, Fabianoe Weisz notaram alguns
sintomas estranhos e no dia 11 outro post de Melo em sua página no Facebook
mostrava sinais de que algo não ia bem. Os sinais ficaram cada vez mais fortes
e no dia 14 a presidente da F-Truck, Neusa Navarro, tornou público que informou
Johnny Weisz de sua decisão em uma reunião realizada em Santos (SP), onde fica
seu escritório. A razão alegada por ela menciona que por causa das diferenças
de perfil entre as duas categorias e da impossibilidade de alinhamento
comercial entre os patrocinadores dos dois campeonatos, não foi possível chegar
a um acordo para a temporada de 2014.
“Isso impossibilitou que a parceria seguisse. Não será possível que a
efetivemos neste ano, quem sabe em um futuro próximo. Preferimos não causar
nenhum tipo de problema a nenhuma das duas categorias e a seus patrocinadores
neste momento”, concluiu Neusa Navarro.
Segundo Melo, na reunião com Neusa Navarro Johnny Weisz teve a notícia que “a Itaipava estava
tentando travar o acordo.”
A proposta de um comunicado
de imprensa alegando a citada “incompatibilidade de patrocinadores” foi
refutada pelo trio da GT.
A pressão deixa claro que o final da história da marca
Itaipava nas pistas não foi bem resolvida e deixou resquícios. Com isto
fecha-se o ciclo iniciado com a negociação mal sucedida na reformulação
societária da família Faria. Quem conhece Neusa Navarro e acompanha sua
categoria de caminhões sabe que ela conduz com mão de ferro seus negócios;
assim, não foi surpresa para ninguém que, entre perder um importante
patrocinador e abraçar uma categoria com histórico problemático, ela preferiu
resguardar seu patrimônio.
O fim da história, porém, parece não ter chegado ainda: Marçal
Melo admite que nas atuais circunstâncias há problemas para formar o grid, mas
que nem tudo está perdido. Depois de ter anunciado, ainda sob impacto da
ruptura da parceria, que disputaria provas no exterior, ele afirma que há
chances remotas de que a GT ainda corra em pistas nacionais:
“Estamos conversando com os organizadores do Moto 1000 GP e pode
ser até que façamos acordo com alguns campeonatos em separado.”
Petrobrás confirma hoje parceria com Williams
A presidente da Petrobras, Graça Foster e a chefe adjunta da
equipe Williams de F-1 anunciam hoje o novo contrato que vai levar a empresa
brasileira a desenvolver combustíveis e lubrificantes para a escuderia inglesa.
O acordo visa principalmente o desenvolvimento desses produtos e deverá ter as
primeiras conseqüências práticas na segunda metade da temporada em função do
período de testes e homologação desses produtos, em particular da gasolina que
será usada nos carros de Felipe Massa e Valteri Bottas. Especula-se que dentro
de 15 dias a Williams anuncie também acordos comerciais com o Banco do Brasil e
com a Martini, que poderá ser o patrocinador principal da equipe cujos carros
são equipados com motores Mercedes-Benz.
WG
A coluna "Conversa de pista" é de total responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
Bom seria que transplantassem o regulamento básico da Truck para uma categoria multimarca de turismo com veículos de várias marcas na pista.
ResponderExcluirEmbora anônimo você identificou o desejo de muitos auto entusiastas...
ExcluirWG
Largado.
ResponderExcluirEsta é a melhor definição sobre a situação do nosso automobilismo.
Infelizmente, o maldito dinheiro, e (des) interesse de pessoas que parecem nunca sequer ter pego em um volante sempre é o mandatório dos rumos quanto se trata de competições de automóveis.
E sabe o que mais dói? É que tem muita gente boa por aí clamando por uma chance de poder correr, mas infelizmente não têm dinheiro pra isso. E isso se torna ainda mais triste quando se sabe que nos EUA por exemplo, existem até escola para formação de profissionais para a NASCAR. É o fim da picada!
É nessas horas que pessoas como os irmãos Fittipaldi, Piquet e tanta gente boa com história deveria "invadir" a CBA e colocar o p... na mesa pra tentar acabar com essa agonização.
“Incompatibilidade de patrocinadores” - seria cômico se não fosse trágico...
Tem que tomar cuidado sobre esse assunto as pessoas estão inflamadas tudo vira discussão
ResponderExcluirLembrei de um breve diálogo no autódromo de Brasília, sábado passado:
ResponderExcluir- A CBA vai tomar conta da veloterra.
- Ferrou! Já era então. É só o negócio começar a funcionar que vem a CBA querer colocar uns amigos e ferrar a categoria.
Se fosse só um ou outro que tivesse essa opinião, até vai, mas quando todo mundo diz coisa parecida, já sabemos onde é o problema...
Porque a CBA não tenta reunir as montadoras novamente para fazer um campeonato de marcas à moda antiga? Seria uma delicia poder ver carros de rua se engalfinhando na pista, Gol, Voyage, Polo, Celta, Onix, Prisma, Fiesta, Uno, Palio etc. ...
ResponderExcluirConcordo plenamente, mas acho que os fabricantes estão mais interessados em vendas. Alguém precisa avisá-los de que participar de campeonatos assim faz uma baita diferença na imagem do fabricante e consequente aumento de vendas.
ExcluirPrezado Gonzalez (alguma relação com a Sierra Nevada espanhola?),
ResponderExcluirSua questão é mais do que pertinente. Eu mesmo, quando atuei como assessor de imprensa da referida entidade, expliquei ao presidente da CBA a importância de uma reaproximação com as fábricas de automóveis e associações de fabricantes. O máximo que aconteceu, e em diferentes contextos, foram encontros com a Mitsubishi e Peugeot para falar de seus respectivos campeonatos de rallies e fora de estrada e eventual cessão de veículos por empréstimo. Não creio que esse panorama tenha mudado...
Detalhe que a Peugeot acabou com a categoria deles esse ano.
ExcluirOpa, Hernandez Gonzalez de las Islas Canárias!
ResponderExcluirFuerte abrazo, patricio!
Um professor meu já trabalhou na organização da F-1 no Brasil, e o primeiro choque foi que automobilismo é a última coisa que se pensa. O dinheiro que vem de todo o espetáculo é o que importa realmente. A corrida é mero detalhe.
ResponderExcluirCaros leitores....
ResponderExcluirFui diretor executivo da SRO Latin America de 2009 a janeiro 2012.
A análise do Sr. Gonzales é exata e muito bem colocada. gostaria somente de adicionar a este caldo a participação da empresa Auto+ que foi fundamental na construção do que foi uma grande categoria e um maravilhoso evento até o dia 20 de dezembro de 2011. Gente capaz e honesta.
Quanto à agonia da GTBrasil durante 2013 eu não tenho nada a comentar, mesmo porque fiz questão de me isolar. Mas divido com vocês a minha dúvida: Por que um empresário sem a menor tradição ou noção do que seja automobilismo assumiu aquele projeto? Será que ele viu o que ninguém viu ou mostraram a ele o que não era real? Só o vento sabe.
Para se montar uma corrida de carros hoje são necessários, em ordem decrescente de importância: Pneus, dinheiro, mais dinheiro, um pouco mais de dinheiro e uns carros. Pilotos habeis e ótimas pessoas existem aos montes...
Se eu estivesse no lugar da Sra. Neusa Navarro, eu não aceitaria no meu evento uma categoria que não me garantisse os Pneus e o lastro financeiro. Eu considero totalmente inaceitáveis as tentativas de colocar a culpa de qualquer insucesso da GT 2014 na F Truck.
Por último, gostaria de trazer a voces um ressentimento: Em cada etapa da GTBrasil eu distribuia cerca de 1.800 credenciais de serviço (mais cerca de 300 de imprensa). Estas 1.800 pessoas estavam lá, por que aquilo era a fonte de sustento delas. Durante 11 meses no ano estas pessoas contavam com aquela renda e com a oportunidade de praticar o que aprenderam em muito tempo de chão de oficina e etc. Não joguem pedras em quem não consegue colocar a categoria de pé. Joguem aos Blackblocks quem acabou com a categoria que em dezembro de 2011 funcionava muito bem obrigado.
Insisto, a GTBrasil morreu em janeiro de 2012 e não em fevereiro de 2014.
Minha visão sobre o automobilismo brasileiro é a seguinte.
ResponderExcluirDeve ser feito uma limpa na CBA, com direito a uma auditória completa.
Nova eleição da diretoria e contratação de pessoas com real conhecimento técnico para que a coisa ande de forma natural e não aos trancos. Pagamento de salários condizentes com a função e não valores absurdos.
Fortalecimento dos campeonatos estaduais e regionais, pois nosso Brasil é gigante por natureza e muitos campeonatos a nível nacional são impraticáveis pela distancia a ser percorrida durante o ano.
Esquecer os moldes de competição baseados na Europa e EUA. Lá é outro nível. Aqui é tudo diferente. Preços dos carros, das peças, impostos exorbitantes e dificuldades aduaneiras são uns dos motivos. Não se pode começar uma obra ou reforma pelo teto, tem que ser pela base. Nesse caso esqueçam competições do padrão GTBrasil ou outras do tipo. Esse tipo de campeonato no Brasil é mais para pessoas ricas, milionárias que querem andar com carrões, querem estar num patamar superior e mostrar a todos o que fazem. Estão mais preocupados em aparecer bem na foto e em eventos sociais do que acelerar mesmo. Creio ser melhor e mais barato estas pessoas participarem de campeonatos no exterior. Mas lá, mesmo que se tenha dinheiro, mas sem braço as equipes não aguentam por muito tempo. Nesse caso tem que ter muito, muito dinheiro para esconder o braço duro. Mas não vão ter tanto destaque na mídia fofoqueira e marqueteira. O que mais os motiva para gastar dinheiro em competição.
Para isso a CBA deve focar em campeonatos de carros de turismo em provas multimarcas. Em categorias bases para fomentar novos pilotos e equipes. Deixe os ricos para a stock desvirtuada.
O negócio é categorias onde uma evolução natural do piloto e equipe possa ser definida pelos seus resultados e não pelo dinheiro. Ex ter bom resultado na categoria A para depois subir para a B, e assim por diante. Categorias baseadas em carros de série, que mantenha as principais características de cada um. Ou seja, usar motor, câmbio e sistema de suspensão do modelo em questão. Unificando apenas componentes para baixar o custo. Buscar fornecedores de peças, fazer cooperativas de pilotos para baixar o custo. Fazer de uma prova um evento atrativo ao público, mídia e patrocinadores. Pois ir ao autódromo para ver uma prova de 1 hora e ficar 3 horas sentado vendo moscas não dá. Para isso tem que reunir diversas categorias e fazer um domingo de festa. Atrair clubes de carros, carros antigos, test drive de carros novos etc.
Tem que trabalhar. Assim somente pessoas dedicas e com amor ao automobilismo podem trabalhar nesses eventos. Os sangue sugas devem ser exterminados.
Provas de rally cross devem ser criadas, pois demandam autódromos com menor Infraestrutura, uma vez que apenas uma pequena parcela da pista é asfaltada. Cidades do interior podem sediar estes eventos. Mas precisa trabalhar num regulamento técnico nacional, mesmo que seja para provas estaduais e regionais.
Basta querer, simples assim.
Abraços.