(www.theboedlund.com) |
Uma lenda perpassa o universo dos interessados em automóveis. Mais ou menos a seguinte: Lee Iacocca, gerente geral da Ford — depois seria presidente e, demitido, foi dirigir e salvar a Chrysler. No distante 1961 estava ocioso ou hipermotivado, condutor do Fairlane Group — nome da chácara onde morou Henry Ford e com apelo de nobiliarquia fordiana — reunindo os primeiros executivos de cada marca controlada pelo familiar oval azul. Pediu criasse um automóvel esportivo.
Visava preencher espaço desidiado pelos estadunidenses, deixado pelo Chevrolet Corvette e, em seu quintal pelo Thunderbird, antes um pássaro da tempestade e, naquele cenário, mais para peru gordo treinando para o Dia de Ação de Graças...E mal aproveitado pelo Chevrolet Corvair versão Monza, com motor traseiro de seis cilindros contrapostos — inspiração anabolizada de VW a ar, ou um Porsche, como querem alguns. Havia espaço. Tal segmento de mercado era preenchido pelos importados, apesar das queixas de resistência e dificuldades de manutenção.
Continua a crença, Phill Clark, designer, pegou um chassi rolante do Ford Falcon, motor frontal, seis cilindros em linha, caixa manual de três marchas. A engenharia fez uns reforços, uns “bacalhaus” elegantes para suportar futura opção de motor V-8 e demandas torcionais de condução esportiva. E, uns traços aqui, uns tapas no molde de barro, estava pronto o pedido. Batizaram-no Mustang, em logo criado pelo mesmo Phill, indicando pequeno cavalo selvagem do país. Sua primeira formada é dita mundial e impropriamente 1964 e ½, mas tal classificação é falaz. A Ford os registra como 1965.
Pony car
Lenda ou não, nela há
ponto correto: o Mustang fez releitura dos EUA sobre o conceito da distribuição
de massas e volumes para veículos esportivos, traçado pelos europeus no pré e
pós II Guerra. Hábeis, deram nome à morfologia, chamando pony car os de capô comprido e
traseira curta. Conceito aplicado no primo Cougar, pelos concorrentes Chevrolet
Camaro, Dodges, Plymouths 'Cuda e, melhor deles, AMC AMX. Na prática,
qualquer hatch duas-portas
o pessoal dos EUA chama de pony car.
O Mustang é um sucesso a completar meio século. Nele, nove milhões de unidades vendidas, seis séries com vendas em sobe e desce; engorda e emagrece; cresce e diminui; motor V-8 fraco; médio; forte; seis; quatro com aspiração atmosférica e turbo, mudanças justificadas pelos estudiosos de mercado nas indústrias. Um pessoal suspeito de possuir esfumaçada bola de cristal onde crêem ver as futuras vontades dos compradores — às vezes, enxergam demais e borram a filosofia, alteram o conceito, e estragam um bom produto...
O novo Mustang
Dito 2015, a sair no segundo
semestre, apresentado no Salão de Detroit, é a primeira grande guinada
de projeto, obedecendo a ordem simples: Fazê-lo um carro mundial,
dando-lhe características de rodagem de demanda internacional e não apenas o
modo americano de conduzir. O modelo buscado apontava para a opção de um
hipotético Fritz, na Alemanha, lugar dos motoristas com maior exigência, para
considerar comprar o Mustang como curiosidade e se surpreender com a
dirigibilidade, a estabilidade, os freios, provocando-o a olhar o carro por
baixo ou consultar imagens na internet para constatar o banimento do eixo
traseiro rígido, como de picape. E, em comportamento, compará-lo aos
concorrentes locais, Mercedes, BMW, e até o nipônico Nissan R. Foco amplo, em
torná-lo de agrado universal, para vendê-lo no mundo afora, China e Japão,
África do Sul, Austrália — terá versão com volante à direita. E Brasil, apesar
das barreiras tributárias, está no projeto da matriz Ford de vendas mundiais.
Mustang 2015, acreditado como o melhor (foto Divulgação) |
Estabeleceu-se parâmetro doméstico: superar, em direção e comportamento, o Boss 302, considerado o melhor dos Mustangs neste campo. O projeto lançou âncoras de referência em seu rico passado, resgatando lembranças como o perfil, as três lanternas verticais em cada lado no painel traseiro, tão lembradas no modelo 1967 conduzido — mal — pelo ator Steve McQueen nas ruas da californiana São Francisco, e levando um pau de Dodge Challenger. (O filme, se você não conhece, se chama "Bullitt" e o pega é uma referência ).
Trocou-se tudo.
Plataforma, altura geral, bitolas, suspensão dianteira, traseira — agora
independente, motores novos, os EcoBoost — turbos —, L-4 2,3 e V-6 3,7, 4
válvulas por cilindro, injeção direta. Existirão ainda V-8 aspirados, mas de
vida sem perspectivas — antes da crise estadunidense a Ford investiu em
diminuir motores, aplicar o turbo, e quer ampliar tecnologia e uso. Os
aspirados não terão futuro. Câmbio automático de seis marchas, grandes freios a
disco nas quatro rodas, tem tudo para ser o melhor Mustang até hoje produzido.
Muda tudo
Estórias são lendas,
lendas são folclore, e não podem ser medidos com a régua da normalidade — nem
com o calibrador de Vernier, o Nônio, ou o Caliper Rule, recente texto de
agrado em AUTOentusiastas…
História se monta com dados fáticos, e estes alteram a lenda.
A origem é correta, a demanda por Lee Iacocca. Eugene Bordinat, designer, juntou conceitos e objetivos: baixo custo, dirigibilidade, desempenho, aparência, tudo em linhas radicais, individualizadoras.
Começou por quebrar a barreira das 100 polegadas de distância entre eixos — marcou 90”, 2.286 mm; bitola dianteira em 1.219 mm; traseira em 1.245 mm; largura 1.549 mm; e 3.919 mm de comprimento como referências básicas para trabalhar o conceito, incluindo carroceria em peça única, arrebitada no chassis. Curiosa proposta, para dar estrutura os bancos eram fixos — reguláveis eram volante de direção e pedais.
John Najjar, aficionado de aviões, cujos dotes de factibilizar arte levou-o a designer-chefe, optou por usar o motor entre eixos, talvez pelo incrível desempenho obtido com o Porsche 550 poucos anos antes. E criou duas grandes entradas de ar, laterais, para arrefecer a água dos radiadores. Diz-se, também deu o nome — Mustang.
Ante a falta de motorização Ford nos EUAm tomaram o V-4 a 60 graus, 1.500 cm³, versões com modestos 89 e 109 cv, equipamento do modelo Cardinal da Taunus — marca da Ford da Alemanha.
Para coisa tão diferente em prazo tão curto, fugiram do cipoal administrativo das grandes empresas, decidindo comprar serviços de construção e os acertos básicos à Troutman-Barnes, de Culver City, Califórnia, conhecidos construtores de carros de corrida.
Para construir a carroceria em chapa de alumínio, empregou compósito de fibra de vidro e molde em argila, criando uma base sobre a qual as folhas de alumínio foram moldadas e emendadas por rebites. Dele construíram dois protótipos em 100 dias — o prazo avençado eram impossíveis 90. Mostravam sinais do berço, pois embora projetados para ser carros de rua, tinham equipamentos de carros de corrida, como o pára-brisa e o "Santo Antônio" incorporado. Chassi, tubular.
O Mustang I em traços (desenho The Henry Ford Museum) |
Rotulado oficialmente
Mustang I, teve apresentação pública, conduzido por Dan Gurney, então piloto de
Fórmula 1, no Grande Prêmio de Watkins Glenn, Nova York, aos 7 de outubro
de 1962.
A seguir, amplo programa de eventos de automóveis sob o rótulo de show car e automóvel promocional, presença com dupla utilidade — pontos institucionais para a marca — e ocasião para pesquisas.
Pára tudo
Boa iniciativa,
identificação esportiva, porém a pesquisa indicou projetado reduzido desempenho
em vendas, restrita à pequena parte do mercado. Muito trabalho, muito custo,
muito tempo, levaram Iacocca a mudar conceito e produto, gerando rápido
trabalho pela equipe de Bordinat, autora de 13 propostas para o Mustang II.
Elas abandonavam a idéia do biposto, conformação entendida pela Ford como
responsável pelo súbito e imprevisto desinteresse pelos Thunderbird 55~57 — e a
demanda por quatro lugares, trilha responsável pelo crescimento sem
controle, abandonando o propósito inicial, tornando-se sem justificativa de
existir ao se misturar em aplicação aos demais produtos Ford.
Iacocca, presidindo o processo, administrou por conflito as diversas equipes de design das marcas e, da disputa, melhor proposta surgiu de time de estilistas aparentemente fora da órbita, os da Lincoln-Mercury, primeiro e segundo em luxo e tamanho, nada a ver com o novo produto.
“Urgência com excelência'', penso agora, parece um bom dístico, palavra de ordem. Tal processo e seu atendimento, com certeza merecerão análise acadêmica na ciência da administração, e após profundos estudos a ciência rotulá-los-á entre dois conceitos de observação de varejo, o “fogo no rabo” e o “quem o tem, tem medo”...
O público queria carro com quatro lugares e, ante o prazo determinado pela gerência superior, a equipe descartou projetar coisas novas, lançando mão de chassi e ossatura mecânica pré-existentes, encontráveis em prateleira e sem custo de desenvolvimento, muitas peças de Fords Falcon e Fairlane. Resultado, projeto ultra-rápido, com produção demarrada aos 9 de março de 1964, apresentação pública aos 17 de abril na Feira de Nova York
Os traços do Mustang hardtop e fstback dizem algumas fontes, saíram do lápis de Phill Clark. Engenheiro, formado com lauda na California Art School e especializado em design de elementos de transporte, autor incontroverso do logo com o cavalinho disparado, Clark faleceu jovem, aos 32, por ruptura de úlcera gástrica.
Mustang, 1ª série, Mustang Boss 302, fastback. Bela barata (foto Divulgação Ford) |
Desempenho
A Ford motivava a grande
rede de concessionários a grandes compras, pelas novidades do carro em si, e
pelo fato econômico da aquisição do produto sem gastar para fazer estoques e
treinar mecânicos.
Equilibrou lucros cobrando US$ 2.638 pela novidade, preço de carro novo, o que em peso não era o caso. Boa margem de lucro pela dispensa de gastos para desenvolver a mecânica. E por todas as condições, e o endosso por 2.600 colunas de automóveis publicando notícias sobre o lançamento, a projeção de vendas se mostrou inteiramente errada. Os aparentemente insanos 100 mil exemplares imaginados para o primeiro ano, foram vendidos em três meses. O ano-modelo marcou 318.000! Em 18 meses haviam sido construídos 1 milhão.
Horror
O sucesso exigiu
mudanças, intervenções rápidas para realizar modificações, alterar as linhas de
produção, causar ganhos tecnológicos não previstos, como a substituição dos
antiquados geradores de energia pelos novos alternadores — fornecedores dos
primeiros não conseguiam atender ao volume demandado pela Ford; a colocação dos
motores V-8 260-pol³.(4.300 cm³); e 289-pol³ (4.700 cm³), assim como
variação de motores L-6, tomados ao Falcon — 170 pol³ (2.800 cm³) de 101 cv; o
improviso do uso do aro de buzina do Ford Falcon com o logo modificado para
Ford Mustang. O volume do sucesso em muito superava velocidade e capacidade da
companhia em conseguir provocar produção interna e externa para fornecer o
desejado. Adaptar partes pré-existentes, de uso não planejado, e em tempo
recorde, foi exercício de criatividade pouco visto na história do automóvel.
Final
Cancelado o seu futuro,
da dupla de protótipos do Mustang I apenas um sobrevive. Em 1967, após anos de
esquecimento na garagem do galpão de pesquisa científica da Ford — Scientific Research Garage —, em
Detroit, Michigan, Morris Carter e Frank Theyleg, executivos da empresa,
assumiram o projeto de restaurá-lo e, ao final do serviço, convenceram a Ford
doá-lo ao The Henry Ford Museum — apesar
do nome é negócio externo.
Agora, décadas após, empresa pediu-o emprestado para instalá-lo em seu monumental estande no Salão de Detroit onde, frente a exemplar do sucessor Mustang II, criava passagem natural à área onde exibia o novo Mustang 2015.
O Mustang I no Salão de Detroit, janeiro de 2015 (Divulgação Ford) |
Post scriptum: Questão de paternidade
Filho feio não tem pai.
Bonito, muitos
Assim, sob o ângulo da sabedoria popular, há cinco vertentes para a escolha do
nome Mustang:
1. de
Clark, que em viagem rodoviária teria visto e se encantado com a elegância e
leveza de porte dos cavalos selvagens;
2. de
John Najjar, chefe de Clark, aficionado por aviões, cujos dotes de factibilizar
arte levaram-no a designer-chefe.
Teria feito o batismo, e nada a ver com os cavalos lembrados pelo desenho de
seu assistente, mas pelo North American P-51 Mustang, avião de sua predileção,
intimidade, e por achar no perfil do novo automóvel uma seção do desenho do
guerreiro voador;
3. de
Roberto Eggert, gerente de pesquisa de marketing, criador de cavalos quarto-de-milha,
ganhara de sua mulher o livro “The Mustangs”, de Frank Dobie, e daí
surgira sua proposta;
4. de
Henry Ford II, o chefão. Eggers elaborara lista com os nomes pré-aprovados,
incluindo Cougar e Torino, logo após utilizados. Ford olhou e apontou: “Mustang”. Fosse na Inglaterra o
produto ter-se-ia apresentado como “By appointment of Henry Ford, II…
Correção: no filme bullitt o mustang corre contra um dodge charger 1968 e não um challenger.
ResponderExcluirParabéns pela matéria, mas, em minha opinião, a foto do Mustang Boss 302 vermelho fala que é 1ª série, na realidade o modelo 1968 já é 2ª série (desde modelo 67). São carros totalmente diferentes em todas as medidas, pesos, motores e estrutura. A 2ª série findou com o lançamento do Mustang II (aquele do estúdio Ghia). Quando voltou a ter "chassi" pequeno - do Ford Pinto - menor ainda que o original de 1964.
ResponderExcluirSegundo a Wikipedia, todos os Mustangs antes do Mustang Ghia são 1a. série. Os Mustangs 70 têm um visual diferente do Mustang do Bullitt, lembrando um pouco os carros AMC da época. Existem também os Mustang Mach 1 de 1971 a 1973, que são grandes e bem legais, mas ainda com a mecânica da 1a. série... vamos dizer que era uma "plataforma MQB" da época.
ExcluirNenhum, absolutamente nenhum Mustang, me deixaria mais extasiado em tê-lo em minha garagem, que o primeiríssimo, o 65, e conversível. Seu desenho conseguiu reunir elegância, beleza, e sobriedade, de uma forma absurdamente feliz. Nada falta, e nada é over. Ele é perfeito por dentro e por fora. E para terminar de me deixar totalmente enfeitiçado, podia vir com o interior mais lindo que um carro pode ter: azul monocromático. Desculpe, Chevrolet Omega, mas o Ford Mustang foi absoluto bem antes de você.
ResponderExcluirMas voce e mais um Mustang desses que voce falou ou uma das grandes barcas americanas ?
ExcluirDiscorra...
Aí, não tem para o Mustang. Não há nada que eu seja "mais", que uma espetacular, maravilhosa, estupenda, magnífica, sensacional, soberba, e inigualável "barca" americana dos anos 50. Nada.
ExcluirOff-topic: o único desenho entre essas fotos, deve ter feito muita gente se lembrar de um carro mítico da ficção, o "Mach 5" do desenho "Speed Racer". Até hoje tenho curiosidade de saber quem o desenhou (se foi o próprio pessoal que criou a série animada, ou se teve a mão de um designer de automóveis da vida real, quem seria essa pessoa, e que carros reais saíram de sua imaginação para as ruas (se é que houve), e mais: qual carro real empresta o ronco de seu motor para o "Mach 5" no desenhos da TV, pois suponho que à época não se tenha usado nenhum recurso de computação para criar um barulho de motor para o carro.
ExcluirRealmente lembra um pouco. E teve um Mustang com nome Mach, não?
ExcluirEsta nova frente,na minha opinião,acabou com o que os Mustang tinham de melhor:sua personalidade!Olha-se de lado e lembra o Ford Fusion,a grade padrão Aston Martin,também nada tem a ver com a história do carro norte-americano.Em suma,virou mundial,mas perdeu o essencial:todo o legado do carro até hoje... A cada dia que passa fabricam carros mais sem graça que os outros,infelizmente!Daqui a algum tempo,se quisermos ver algo interessante só mesmo visitando um museu de automóveis.
ResponderExcluirLeo, concordo com você. Não estou dizendo que o carro, como está, está feio. Mas ele perdeu sua essência. Não só no design, mas também pela motorização e a retirada do eixo rígido na traseira. Podem me chamar de antiquado, mas o Mustang sabia ser ótimo e barato, andava mais que Porsches que custavam quase o dobro. Era um carro sem frescuras, o atual Boss 302 é um carro estupendo e por mais que a nova geração seja melhor, pra mim, não será um Mustang de verdade...
ExcluirO eixo traseiro pode sumir, não fará falta e sequer contribuia para fazer o carro barato. O resto, como não ter motores V8, realmente é preocupante.
ExcluirQUando o assunto é muscle car, é questão de paixão para escolher entre os três mais famosos.
ResponderExcluirE meu coração sem dúvida bate pelo mustang. Que carro!
Vamos ver a que vem esta nova geração. POr um lado deixou de lado o mais característicos que é este jeitão americano redneck de ser. Vamos ver se valeu a pena deixar a tradição um pouco de lado em prol da evolução.
Recall de articulações de eixos axias feita pela Magneti Marelli Cofap.
ResponderExcluirhttp://www.mmcofap.com.br/img/destaques/comunicado.jpg
Mr.Car
ResponderExcluirMuito bom gosto o seu. Tbm acho lindo esses da primeira safra.
Mas ainda fico com um Boss 302 , ou um Mach 1 1970 . Nao , nao duvide.
Sonho de consumo principalmente os de 1ª geração como os Boss 302, 429 e Mach 1 !
ResponderExcluirMaravilhas !!!!
Os clássicos são bonitos, robustos e imponentes, mas esse novo modelo não deixa a desejar não, Não sei quanto a vocês, mas eu prefiro o mustang do que o camaro. Há uma comparação entre os dois?
ResponderExcluirConcessionaria VW
Abs
Um adendo ao Bullit: colocaram pneus ruins, finos, no Charger para tentar [em vão] segurar o 440 Six Pack, para deixar o carro pior só se botassem pneus de bicicleta. E ainda: foram usados vários Mustangs nas filmagens pois a cada pulo os carros se desmancharam, enquanto o Dodge aguentou firme e forte até o fim [triste e ridículo fim, diga-se de passagem].
ResponderExcluirSobre o Mustang, o único que eu gosto é o SVT Cobra R, lá de 99. O que houve depois ou ocorreu antes não me desperta nenhum interesse.
Arrrrgh!!!
ExcluirForam usados uns 3 Chargers para fazer o filme, mas depois que bateu o paralama tiveram que usar o mesmo, por causa da continuidade. Apesar de ter um bom motor (390), considerados o pilotos de igual perícia, o Mustang não teria condições de seguir o Charger, muito mais potente.
ExcluirO Charger 68 do filme não era Six pack, ele usava um carburador quadruplo. A opção de 3 carburadores duplos para o motor 440 só existiu em 1970
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMustang feito para agradar alemão? Isso preocupa um tanto. De um jeito ou de outro, a maioria dos carros carrega muita influência alemã. Ainda que fique igual a um Mercedes ou BMW esportivos, será IGUAL a algo, perdendo personalidade. É claro que personalidade ajuda tanto a vender carros quanto honestidade ajuda a ganhar eleições. Mas como é um carro relativamente caro e nunca considerei sua compra, podia dar-me ao luxo de admirá-lo. E para admirar, quanto maior a variedade, melhor.
ResponderExcluirTambém me preocupa um pouco. Acho legal abandonarem a suspensão arcaica, mas também se perde em personalidade ao ir muito na linha dos alemães. Não gosto de carro americano e ponto, mas cada um no seu quadrado. Muita dessa mania de tudo ser tudo hoje acaba deixando ninguém realmente satisfeito.
ExcluirMuito bom o post. Aproveitando, que tal publicar algo sobre os AMC AMX/Javelin, muscle-cars de breve existência, mas nem por isto menos interessantes? Fica o pedido.
ResponderExcluirAh, e o novo Mustang evoca, sim o modelo original, pelos lanternas, até pela grade frontal, evolução natural do desenho anterior, visando melhorias aerodinâmicas. Maior identificação com o modelo antigo teria se a FORD tivesse mantido a falsa entrada de ar lateral (um traço de identificação do carro) e a pequena e charmosa janelinha isolada da porta, na coluna traseira. Aí, sim, seria um Mustang total...
ResponderExcluir