Quem vive no mundo do automóvel convive com três mitos: amaciamento, aquecer motor e nível de combustível baixo. Sei que este post irá gerar muitos comentários acalorados, mas mesmo assim vale a pena tocar nesse assunto, em favor dos nosso milhões de motoristas. Há outros, sobre determinadas marcas e modelos, como no post do MAO de hoje de manhã. Vamos ver os três mitos citados.
Amaciamento
No manual do proprietário do Volkswagen 1953 lá de casa se lia algo como: "O motor do seu Volkswagen foi fabricado dentro das modernas técnicas. Assim, não é preciso nenhum cuidado especial ao dirigi-lo nos primeiros quilômetros". Viram bem o ano? Faz quase 60 anos! Entretanto, persiste até hoje a noção de que é necessário o amaciamento do motor novo. Não precisa.
Antigamente - estamos falando dos anos 50 e 60 - alguns carros até vinham com um adesivo no vidro que dizia "Amaciando" ou em francês, "En rodage", como justificativa para estar trafegando mais lentamente que o tráfego, como que pedindo desculpas.
Com a notável precisão de usinagem dos tempos modernos não há mais o que "amaciar" no motor. Ele já sai macio de fábrica. O oposto de outras épocas, em que motor novo era "duro", e não com livre movimento das peças móveis. Era mesmo preciso rodar mais devagar até que o motor fosse "soltando", ou poderia se danificar, como fundir um mancal de biela ou de apoio do virabrequim.
O que existe até hoje, isso sim, é o motor ganhar potência após cerca de 5.000 km, alguns 10.000 km, devido ao assentamento dos anéis, levando à melhor vedação entre pistão e cilindro. Se o leitor quiser dispensar cuidado ao motor zero-quilômetro, que evite girá-lo muito até o carro rodar 100 km - isso mesmo, cem quilômetros - só para garantir que os anéis não girem nas canaletas dos pistões por vibração, o que poderia tirá-los do espaçamento padrão de 120° e prejudicar a vedação. Ficar entre 3.000 e 4.000 rpm. Após 100 km isso não ocorre mais, pois as pontas dos anéis já criaram um microscópico ressalto no cilindro, suficiente para travá-los nas canaletas dos pistões na posição ideal.
Aquecer motor
Quem ainda se prende a esse mito é só pensar nos carros híbridos como o Ford Fusion Hybrid. O carro roda só elétrico até à distância de cerca de 75 quilômetros, quando então o motor a combustão entra em funcionamento - já acelerado, em alta rotação, mesmo frio. Não é necessário que se aqueça antes.
Novamente, antes os motores funcionavam mal quando frios, pois a mistura ar-combustível formada pelo carburador se condensava nas paredes frias do coletor de admissão e dutos do cabeçote, resultando em mistura pobre que fazia o motor hesitar se acelerado. Tinha também a questão do óleo monoviscoso, que frio era grosso demais e elevava muito a pressão de óleo, podendo causar avarias nos retentores e nos motores de lubrificação por salpico, sem bomba de óleo, o salpique era deficiente.
Esse efeito era exarcebado nos carros a etanol dos anos 80, a condensação produzia efeitos catastróficos em termos de dirigibilidade enquanto o motor não esquentasse. Contribuía para isso poucos terem habilidade no uso do afogador manual, que usado corretamente compensava a condensação.
Hoje, com os óleos multiviscosos e bem finos, como o 5W30, a fluidez é mantida mesmo com o motor frio. E os sistemas de injeção, a maioria no duto e alguns, direta, liquidam o problema de condensação de mistura no coletor de admissão.
No passado havia ainda a agravante do ventilador do radiador funcionar sempre, acionado por correia a partir do virabrequim, sistema que deu lugar ao ventilador elétrico ou de cubo viscoso, que só entram em funcionamento após determiinada temperatura, em geral 80 °C. Isso, mais o perfeito controle termostático da circulação de água, faz o motor chegar rapidamente à temperatura normal.
Cabe salientar que salvo a questão do óleo e da condensação de mistura, não há nenhum problema em as partes frias do motor serem submetidas a esforço. As turbinas aeronáuticas, por exemplo, podem ser aceleradas tão logo ligadas. Este, inclusive, foi um dos fortes argumentos da Chrysler ao lançar o modelo Turbine em 1962, não precisar esquentar para sair com o carro.
O Chrysler Turbine, de 1962 (imagem de gasolinealleyantiques.com) |
Portanto, com os carros atuais é ligar e sair em seguida, até acelerando se preciso.
Combustível baixo
É comum a ideia de que rodar com combustível baixo no tanque traz dois problemas. Um, a bomba de combustível, quando tipo montagem submersa, aquecer-se demais. Outro, ser sugada sujeira do fundo do tanque. A bomba não precisa estar mergulhada para arrefecer-se, o líquido que passa por ela é suficiente para absorver o calor do pequeno motor elétrico. Ademais, esse fluxo através da bomba é constante, não cessa nunca, devido ao retorno de combustível que a obriga a funcionar sempre.
No passado, muitos enguiçavam porque formava-se um bloqueio de vapor de gasolina (vapor lock) na bomba devido à sua elevada temperatura em tempo quente, pois as bombas mecânicas param de funcionar quando a cuba do carburador está cheia e o providencial líquido deixa de esfriá-las. Isso acabou quando se passou a usar linha de retorno de combustível, que mantinha a bomba mecânica em funcionamento constante.
Isso ocorreu no Brasil quando a gasolina passou a conter 12% de etanol anidro em 1982, pois a mistura aumentava a propensão ao bloqueio por vapor. O mais incrível é que os motores a etanol puro não tinham esse problema e mesmo assim a indústria chegou a aplicar a linha de retorno, o que era desnecessário. Teve um jornalista amigo meu, o Fernando Calmon, que alertou uma fabricante, que não revelo por ética, aconselhando-a a eliminar o retorno de seus modelos a etanol, o que foi prontamente acolhido e feito, reduzindo o custo de produção ainda que por pouco.
O outro mito do combustível baixo é ninguém pensar que o tubo pescador de combustível fica sempre no fundo do tanque, em que tanto faz o nível na questão de eventual sujeira dentro dele. Esse cuidado vale para os postos de combustível, nos quais os pescadores são flutuantes. Aí sim, reabastecer num posto em que o reservatório esteja baixo pode resultar em aspiração de sujeira porventura existente.
Mito é assunto tão sério que acabou pautando uma série televisa, a "Caçadores de Mitos" (Mythbusters), de sucesso mundial. Compreendê-los e nos livrarmos deles não faz mal algum.
O presidente dos EUA, Barack Obama conversa com os apresentadores de "Caçadores de Mitos", Jamie Hyneman e Adam Savage (foto Jornal Destak) |
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BS
4 – Carro estacionado tem que ficar engatado.
ResponderExcluirO freio de estacionamento (famoso freio-de-mão) não foi inventado em vão. Veículo parado tem que ficar apenas no freio de mão, nada de engatar. Imagine que seu carro esteja parado e alguém bata nele. Se estiver engatado, há uma grande probabilidade de o câmbio quebrar e o impacto da batida será maior, logo, mais custos para reparar.
5 – Passar de lado na lombada protege o carro.
MENTIRA! E das mais graves. Este é um costume de proprietários de carros rebaixados, que pensam que assim seu carro passa mais fácil e sem impactos por uma lombada. Quando o cara passa de lado (na transversal) por uma lombada ou quebra-molas, provoca uma torção em toda a estrutura do veículo. Isso pode causar rachaduras no veículo, quebra de escapamento e problemas em suspensão.
Passar de lado ajuda e muito quando é motocicleta tipo Custom. Há realmente algumas lombadas tão altas que deveria ser chamadas de outro nome. Como as moto custom são baixas, passar de lado resolve o problema.
ExcluirEsses mitos são repassados até hoje por um simples aspecto: são os mecânicos que os dão como conselho aos clientes...
ResponderExcluirNa Kombi Diesel, de 1983, havia um adesivo no parabrisa sobre o amaciamento, alertando para manter velocidades mais baixas durante o período de amaciamento, que acho que era de 1000km.
ResponderExcluirNo manula do Uno Mille 2006 também havia uma recomendação ara pegar leve nos primeiros 500 km, mas não especificava o que não podia fazer.
No manual do meu Volks 53, além das informações do manual, ainda consta uma folha avulsa, a qual veio inclusa, com "instrucções para o pulimento", ou seja, "pulimento" era "amaciamento" no português europeu...
ResponderExcluirEssa de que não pode andar com menos que 1/4 do tanque de combustível, "se não a bomba queima", é clássica. Boa parte dos mecânicos pregam isso. Já vi até em publicação de fabricante de bombas. Mas, é um mito, sem dúvida.
ResponderExcluirProf. Chico
ResponderExcluirIsso mesmo! Já vi também, mas não em Volkswagen.
Amaciamento: No Brasil a Ford foi a primeira montadora a acabar com isso, ela ao criar o motor CHT para os Escort mudou a forma de brunir e as tolerancias de montagem e assim praticamente eliminou a necessidade de amaciamento, o unico cuidado como foi dito é não forçar muito os altos rpm para acentar os anéis.
ResponderExcluirAntigamente os motores retificados eram montados tão apertados que tem histórias de carros rebocados por umas voltas no quarterão com motor engrenado, mas sem gasolina ou faisca apenas para destravar o motor ! veja que falta de conhecimento dos mecanicos da época,bastava montar com as folgas corretas que tudo ficaria bem.
Tanque a menos de 1/4: Outra besteira, sob a bomba ha uma espécie de copinho,um catch tank, para armazenar um pouco de
combustível e evitar assim que bolhas de ar entrem na bomba nas curvas ou acelerções .
Meu Deus! Se andar com pouco combustível no tanque queimasse a bomba, eu já teria trocado umas vinte do meu Gol. Hahahaha.
ResponderExcluirAbraço a todos.
Não sabia essa do tanque não e já andei várias vezes com ele na reserva.
ResponderExcluirAgora no meu carro flex sinto diferença quando o motor está frio e quando ele está quente.
E só para formalizar, como é que se deve proceder durante os 4.000km do motor? Existe um regime de rotação ideal?
Boa parte dos proprietários seguem esses mitos ao pé da letra, mas esquecem da manutenção mais simples como troca dos filtros no tempo determinado. Em geral preguiça de consultar o manual do proprietário.
ResponderExcluirBox666, sobre marcha engatada em carro estacionado, que só se use mesmo em ladeira e conciliando com as rodas viradas para a calçada (por sinal obrigatório nas ladeiras de São Francisco). Em todo caso, que ninguém esqueça daquele Stilo que a Quatro Rodas testava em 60.000 km e que caiu em um rio porque só estava com o freio de mão acionado.
ResponderExcluirSobre a passagem de lado em lombada, realmente é um mito que persiste e que pode ter sido perpetuado por conta de lombadas irregulares.
No manual do meu sandero 1.0 16v têm a recomendação de não elevar muito o giro do motor antes dos 1000k. Fase de amaciamento.
ResponderExcluirentão não é tão mito assim hahahahaha
Bob,
ResponderExcluirNo motor Lotus Twin Cam Big Valve que comprei zero na Inglaterra em 1974 para instalar no Chevette (vide seu post)vinha com instruções explícitas de amaciamento para os primeiros 1.000 Km, em não passar de 3500 RPM ! (O motor girava 7.500)
Vai saber o que passa na cabeça dos ingleses ! Obviamente não segui tremendo o tesão de acelerar aquela barata, mas os anéis já não cumpriam bem o papel aos 35.000 km.
Abr, Luiz
É sempre bom a gente saber dessas coisas. Mas eu ainda prefiro aquecer o motor, devagarinho, sem forçá-lo. Sei lá. Acho que fazendo isso, dá mais tempo pro óleo cicrular e pro motor "acordar". Vício? Talvez. Meu pai tem um Escort 85 e lá se vão 15 anos da última retífica e o motor está inteiro, sem fumar ou diminuir o nível do óleo, sempre tomando cuidado de aquecer. Mas tenho um vizinho que, quando liga o seu Fiesta antigo, dá umas pisadas tão violentas que passa uma má impressão. Parece que os pistões vão voar! Eu não compraria um carro de um sujeito desses.
ResponderExcluirBelo texto Bob, concordo com tudo.
ResponderExcluirEu não encano com isso, mas ainda acho que é bom cuidar para não forçar muito o motor quando está bem frio. Acredito que o motor não está com as folgas ideais de projeto enquanto não aumenta a temperatura. E o uso do motor frio é considerado uso severo, encurtador de prazo trocas de óleo.
Um dado: eu pai comprou um golf 2004 EA111 e o manual dizia para não passar de 3000 rpm durante 2000 Km. Será que estavam exagerando?
Bom post, vou repassar para os amigos...
ResponderExcluirAlguém me disse que no i30 da Hyundai tem tb umas recomendações sobre o amaciamento do motor...
Uma dúvida que eu não consegui me livrar após a leitura foi de que se o carro parar por falta de gasolina, e o motorista tentar liga-lo várias vezes, a bomba de combustível queima.
Será q dá para esclarecer mais esta?
Muito obrigado e um grande abraço!!!
Amaciar motor é coisa do passado, com a evolução no processo de usinagem e montagem dos motores, as folgas são muito bem calculadas, dispensando totalmente esse procedimento, mas....
ResponderExcluirAi é que entra um outro ponto importante, um motor montado pela fábrica ou montadora é uma coisa, motores retificados em retificas da vida afora é outra. Nesses casos eu ainda prefiro não exigir muito do mesmo nos primeiros quilômetros, dando mais tempo para que as peças possam se "entenderem" melhor. Isso mesmo, as medidas de um motor depois de uma retifica não é mais a mesma, isso sem contar que se perde dureza de material depois do processo de usinagem.
Já sobre aquecer o motor antes de sair, acho isso puro desperdício de combustível, é fato que o motor só irá funcionar em seu total potencial depois de atingir a faixa ideal de funcionamento, ou seja, quente. Só assim o pistão atingirá totalmente sua forma cilíndrica, permitindo assim uma melhor vedação do cilindro, evitando o consumo elevado de óleo lubrificante e até mesmo desgaste prematuro dos cilindros.
Um exemplo simples do que estou falando pode ser visto nos taxis de Belo Horizonte, carros que rodam em dois turnos diretos praticamente, rodam milhares de quilometros sem ter problemas de motor, já carros que são usados para somente ir de um ponto X a Y por poucos quilometros, esses tem durabilidade muito reduzida quando comparados aos motores dos taxis.
Já sobre o aquecimento da bomba de combustível em carros que andam com o tanque com nível baixo, prefiro acreditar no que vejo de exemplo em meu dia a dia em minha oficina e em uma loja especializada em Bombas de Combustíveis aqui de BH, lá os mesmos tem várias bombas penduradas de exemplo, todas derretidas e com histórico de donos de carros que adoram andar somente na reserva.
Bob, a mesma VW que você usou para sustentar seu argumento contra amaciamento, diz no manual do Gol 2006 (equipado com o moderno EA111) os cuidados que se deve tomar até os 1000km. Dentre eles, dirigir em baixa rotação e não atingir velocidades altas. Não lembro exatamente o quanto, mas era especificado em fração da rotação/velocidade máxima do motor ou carro.
ResponderExcluirQuanto ao aquecimento do motor, lembro-lhe que os híbridos usam óleo 5w20 ou até 0w20 no caso do Prius. Enquanto aqui muitos motores ainda usam 15w40. A fluidez desses óleos em baixas temperaturas é incomparável.
Te dou um Fire 2006 para você ouvir o barulho dos tuchos (mecânicos!!) pelos primeiros 1 ou 2 minutos de funcionamento, com 15w40. Com o 5w30, o barulho desaparece em segundos.
Acho que 1 minutinho na lenta, enquanto abre o portão da garagem, não faz mal a ninguém. Obvio que não é necessário esperar o motor entrar na temperatura ideal, isso sim é exagero.
Bob,
ResponderExcluirSão três mitos polêmicos! Quanto ao amaciamento, a VW de fato não o preconizava para os motores a ar. Para os MD do Passat/Voyage/Parati ela indicava amaciamento sim, conforme constava no manual e até etiqueta no vidro. Acredito que após os motores AP não vinham mais impressos os necessários cuidados com amaciamento. No Novo Gol, conforme o Caio Ferrari já disse, voltaram cuidados com amaciamento na seção "Direção Econômica", como não ultrapassar 2/3 da velocidade máxima até 1000KM e depois até aos 1500KM ir progredindo para atingir o máximo. O mesmo é dito quanto a não forçar de jeito algum o motor quando frio. Como curiosidade, lendo no site da GM o manual do Camaro, lá consta não ultrapassar 4000 rpm ou 160KM/h por 2.500 Km iniciais. Portanto, nessa questão concordo com você que é exagero nos dias de hj. Quanto a forçar motor frio, acredito em utilização imediata evitando passar dos 3500/4000rpms, por motivos de dilatação de peças. Faço isso com meu carro. Tem gente que estica e arrepia logo após ligar o motor, acho que isso o detona em pouco tempo. O Roberto Nasser faz uma analogia interessante: você consegue levantar da cama de manhã ao acordar e já sair correndo, isso faria bem à saúde? Com o automóvel é a mesma coisa, ele diz! Em relação à bomba elétrica, seu argumento tem fundamento lógico, mas como o ADG HIGH TORQUE disse, no dia a dia das oficinas não é bem assim. Acredito que assim que entre na reserva, deve-se encher o tanque para mantê-lo ao menos com 1/4. Abraço!
Os últimos Ford Galaxie equipados com o 302 V8 à álcool(!) tinham uma luz azul no painel que dizia "FRIO", e ia apagando aos poucos, à medida que o motor aquecia. Meu pai teve um opala à álcool 1983 que tinha que ser aquecido por uns cinco minutos senão não subia a rampa da garagem... Tive um Monza S/R 1986também à álcool na época do afogador: a gente ligava o carro, esperava uns dois ou três minutos e saía devagar, soltando o afogador aos poucos até que a marcha lenta estabilizasse. O Monza 1992 EFI à álcool que tive era ligar e sair, mas eu fazia o que o Caio Ferrari disse: um ou dois minutinhos até abrir a garagem eram suficientes. Os motores são projetados para funcionar quentes, mas com a injeção é bater na chave (SEM ACELERAR) e sair, como faço com meu Astra, sem forçar nos primeiros 5 km/10 minutos.
ResponderExcluirAntonio Filho -
ResponderExcluirLembrando também dos péssimos folclores brasileiros, de que são ruins por totalidade os motores multi válvulas, turbinados, carro baixo, roda grande e/ou pneu de perfil baixo mesmos tudo isso vindo de fabrica e por ai vai. Esse e outros hábitos populares que criaram, é que justamente pioraram e muito a qualidade e beleza dos carros daqui e a tropicalização dos de fora que vem, que por consequência desse mentalidade brasileira o mantimento desse motores jurássicos, mecânica arcaica e desta onda tosca de carro alto, cheios de plásticos estéticos e aparência treking ou offroad.
O folclore automotivos tinha que ser era divulgado largamente a todos e erradicado o mais rápido possível, como uma doença, por assim dizer.
Alguns proprietários confundem não amaciar com sentar a bota. A máquina tem suas tolerâncias e ficar cortando giro não é bom, muito menos após uma retífica ou com o carro recém-fabricado. Depois esses mesmos proprietários reclamam que o carro não durou.
ResponderExcluirSobre o combustível, não é bom andar na reserva pois pode ficar sem combustível, atrapalhar o trânsito, se colocar em situação de risco ou mesmo levar uma multa... mas a bomba realmente não sofre com isso, ela sofre mesmo é com combustível adulterado e com esses kit flex meia boca que deixam o proprietário encher o tanque de álcool esquecendo da pobre bomba que não está adaptada.
Acho que quando se diz amaciado hoje em dia se refere a isso de ganhar mais potência depois de 5.000km...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJá ouvi falar que devemos deixar o motor funcionando por algum instante antes de movimentar o carro com o objetivo de fazer o óleo do cárter lubrificar as partes móveis do motor antes de aumentar a rotação.
ResponderExcluirIsto também é um mito ou é um fato ?
Se for um fato, quanto tempo seria necessário deixar o carro funcionando parado ?
Anônimo das 07/02/11 08:42,
ResponderExcluirNão há necessidade de deixar o carro parado, é bater a chave e sair com o carro, se quiser se resguardar pode andar alguns metros mais "tranquilo".
A única verdade é a falta de manutenção, esse sim é um hábito que as pessoas não dão a menor importância.
ResponderExcluirMas o que dizer do que aconteceu com o motor 1.6 do gol na História recente?
ResponderExcluirSegundo li, foi por culpa da utilização dos motores flex a baixas temperaturas( o chamado "ciclo da dona de casa") que o óleo foi contaminado por álcool e perdeu suas características lubrificantes...fundindo os motores.
O que fazer então?
Acho que quando for necessário rodar pouco, digamos, "até a esquina", me parece lógico aquecer-mos o motor até ele alcançar a temperatura ideal de trabalho...
Bom, prevenir nunca é demais!
4 – Carro estacionado tem que ficar engatado.
ResponderExcluirNo manual do meu Marea, ele recomenda estacionar o carro engatado. Inclusive de ré, se for uma descida.
Somente se eu tiver muita pressa, não procedo com o meu ritual:
ResponderExcluir1 - Girar o contato e esperar a bomba de combustível trabalhar (eu espero o barulhinho da bomba sumir).
2 - Ligar sem acelerar. Imagino o que a falta de óleo neste centésimos não pode fazer com o motor.
3 - Andar sem forçar o giro até a temperatura atingir a metade.
São idiossincrasias, mas que também não fazem mal nenhum ao carro.
Não é idiossincrasias não. O motor somente atinge as folgas corretas de funcionamento quando a temperatura atinge 80° a 90°C. É necessário aquecer o motor rodando o carro numa rotação compatível e não acelerando no último rpm.
ExcluirEu concordo com o Agenor!
ResponderExcluirCaro Bob Sharp, uma coisa que me deixa intrigado em modelos bem recentes, como p. ex. o Corolla flex e o Vectra hatch é a exigência de troca de óleo a cada 5 mil km rodados, sendo que nos mais antigos o intervalo de troca era de 10 em 10. É mito ou tem fundamento?
ResponderExcluirAnônimo 07/02/11
ExcluirNão tem fundamento, é apenas maneira de gerar tráfego e faturamento às concessionárias.
Sobre o amaciamento, o que dizer do "hard break in"?
ResponderExcluirhttp://www.mototuneusa.com/break_in_secrets.htm
um vídeo para ilustrar: http://www.youtube.com/watch?v=ekjEZp5Ows0
A questão da gasolina baixa queimar a bomba de combustível surgiu numa época em que estava tendo muita queima desse componente nos Ka e Fiesta, e acontecia com pessoas que andavam sempre com o tanque baixo. Mas talvez seja uma particularidade específica da bomba daqueles carros.
ResponderExcluirUma coisa que não sei se é mito ou verdade é se a partida deve ser dada com a embreagem pisada ou não. Eu sempre ouvia os mecânicos aconselharem a dar a partida SEM pisar na embreagem (com o câmbio em ponto morto), pois dar a partida com a embreagem pisada aceleraria o desgaste dos mancais do virabrequim, etc.
Só que hoje em dia em muitos carros é "obrigatório" pisar na embreagem para dar a partida, então resta confiar que a lubrificação tenha melhorado nos últimos anos.
Quanto ao aquecimento do motor, e sobre o funcionamento no àlcool dos carros flex, queria saber se todos precisam ser aquecidos!
ResponderExcluirO Fox flex 2004 da minha mãe, quando abastecido com álcool necessitava esquentar, pois ficava falhando, no frio às vezes nem pegava, mesmo com gasolina no reservatório de partida a frio.
O carro precisou ser rebocado umas 5 vezes desde 0km.
A concessionária falou que era o transforma(tipo uma bobina); foi trocado e dias depois continuou o problema.
Aí minha mãe então passou a colocar gasolina, resultado: parou de funcionar e teve que ser rebocado... aí a concessionária fez uma limpeza no sistema de partida a frio, também não resolveu. Depois chegou a falar que era o corpo da borboleta, mas acabou que não era, e depois descobriram que a central da injeção que estava ruim, teve que encomendar.
Eles recomendaram não usar mistura de àlcool ou gasolina, é um ou outro.
Para não ter mais problemas, agora o Fox só é abastecido com gasolina, e não deu mais problemas.
Essa eu sei responder! Carro flex hoje é carro a álcool, e o álcool destrói o óleo, é muito prejudicial, por isso as trocas foram reduzidas.
ResponderExcluirEssa eu sei responder! Carro flex hoje é carro a álcool, e o álcool destrói o óleo, é muito prejudicial, por isso as trocas foram reduzidas.
ResponderExcluirOs motores VW refrigerados a ar não necessitavam periodo de amaciamento, por possuirem folgas razoáveis, exatamente para evitar aquecimento, já que não contavam com a refrigeração líquida. Por este motivo, o rendimento destes motores sempre foi abaixo dos motores refrigerados a água. Sem falar no consumo.
ResponderExcluirOutro ponto, é que a recomendação de se evitar acelerar ou forçar o motro ainda frio, é principalmente pelos diferentes coeficientes de dilatação dos componentes do motor, sofrendo principalmente, o cabeçote.
Box666
ResponderExcluirNão passar enviesado numa lombada, alegando que estraga, torce o monobloco, racha para-brisa, isso e aquilo, é outro grande mito. Mão acontece nada.
O blow-bye do álcool é muito mais limpo do que o da gasolina, oxida e suja menos o óleo. O prazo da troca de óleo deveria ser até aumentado.
ResponderExcluirLuiz Dränger
ResponderExcluirOs anéís teriam aberto o bico aos 35.000 km do mesmo jeito, tenha certeza disso.
Sobre o carro ficar engatado, acho recomendável mas não necessário. Não acredito também que uma pancada vá fazer o câmbio quebrar. Se fosse assim, ninguém daria tranco no motor.
ResponderExcluirO não necessidade de amaciamento, como disseram acima, não pode ser confundido com sentar a bota. Acho que um carro com motor zerado ainda tem, sobretudo nos anéis, algo a ser assentado. Todas as peças e até parafusos funcionam melhor depois de algum esforço. "É no tranco da carroça que a carga se ajeita".
Agora sobre funcionar a frio... sou mais cético ou até ignorante. Tenho muito cuidado com carga no acelerador e rotação do motor, quase nunca superando 2000 ou 2500 rpm.
ainda sobre exigir do motor frio, já tinha postado essa observação em outro artigo, observo que, independente de marca, configuração e idade do veículo, se pisar fundo com motor frio, sai fumaça azulada da descarga. pra mim isso já basta pra proceder como o Guilherme acima citou.
ResponderExcluirALGUMAS FÁBRICAS COLOCAM O AMACIAMENTO COMO REGRA POR CAUSA DOS ARTISTAS QUE PEGAM UM CARRO ZERADO,SAEM MOENDO E DEPOIS QUEREM GARANTIA SE O MOTOR ESTOURAR ..
ResponderExcluirISSO É UMA PROTEÇÃO PARA AS MONTADORAS E NÃO PARA O MOTOR EM SI...
De manhã, logo que saio de casa, procuro não forçar muito o carro, ainda mais que frio o motor tem uma resposta meio ruim (falo de um Corsa mod. 2011).
ResponderExcluirAgora, além de aquecer o motor, tem gente que fala que é bom aquecer a transmissão e demais componentes do carro, por isso é melhor andar de boa por uns 5~10 min do que deixar só o motor aquecer parado.
Aliás, lembro de uma visita que fiz à fabrica da Volkswagen em SBC, e lá eles testavam cada carro no dinamômetro. Lembro de um Gol 1.0 sendo acelerado até uns 160 km/h.
ResponderExcluirSendo acelerado a 160km/h depois do motor ser devidamente aquecido até a temperatura de trabalho!
ExcluirGuilherme, não é só questão de sentar a bota. Nos manuais ainda há práticas bem conservadoras, como num motor Nissan a gasolina, não ultrapassar os 2500RPM nos primeiros 500km... e são margens que vão sendo mais permissíveis até os 2mil km, se não me engano. Exatamente como no Gol.
ResponderExcluirSó uma observação relativa às folgas dos motores a ar:
ResponderExcluirA folga especificada para esses motores gira em torno de 45 micrômetros (ou 45 milésimos de milimetro, como dizem os profissionais nas retíficas) entre o cilindro e camisa, o que não é uma folga maior que a usada nos carros refrigerados a agua.O mesmo vale para outras folgas, só que com valores diferentes... usei a folga entre pistão e cilindro porque sei de cabeça. O que determina a folga dos motores são muitos fatores como faixa de rotações úteis, tamanho e peso das peças, esforço a que estão submetidos, etc.
Carros de competição, submetidos a altas rotações e esforços, usam folga de até 2 décimos de milimetro entre as partes sitadas, já um motor de 1 litro da Chevrolet usa apenas 2 milésimos de militro... 10 vezes menos folga!
Quanto maior a folga, maior a tendencia à durabilidade do motor a quente, pricipalmente porque o filme de óleo é mais grosso e evita o contato metal-metal. No caso do motor Chevrolet citado, as folgas são pequenas para evitar que o pistão vibre demais dentro do cilindro (se não engano, isso é a tal da "batia de saia", não tenho certeza), o que comprometeria a durabilidade mais do que as pequenas folgas desse motor já comprometem.
Motor com folgado trabalha com folga. Só não é maior do que é atualmente porque a frio o carro sofreria um pouco mais e geraria maior ruido e necessitaria de maior pressão da bomba de óleo, entre outros probleminhas.
Enfim... me desculpe pelo off-topic mas acho que o que vale é a intenção de tirar mitos! No caso o mito é de que os motores atuais trabalham com folgas menores, quando na verdade o que é menor é a tolerencia. Tolerancia sim, quanto menor, melhor... ou não, porque tudo tem seu custo! É... complicado esse negócio de engenharia!
Anônimo,
ResponderExcluirA razão para o baixo rendimento dos motores refrigerados a ar em relação aos motores atuais não são as folgas (como expliquei acima, estão na média atual) e tão pouco o fato de ser refrigerado a ar. Entre muitas pequenas coisas, o principal motivo para a baixa potência específica desses motores é o cabeçote como um todo, desde comando de válvulas até o tamanho das válvulas e as molas das mesmas. Para se ter idéia, usando um comando de válvulas que seria próximo do ideal, sem alterar mais nada além dos giclês, o motor já pula para uns 65 cv líquidos. E isso não é com um comando "bravo", não! É basicamente um comando comum em permanência, só que com maior levantamento de válvulas, ajudados pelo uso de balancins 1.25; O consumo até melhora! A durabilidade fica a mesma se for usada bomba de óleo com engrenagens de maior diâmetro.
Motores a ar rendem menos porque são feitos para render bem no Alasca e no Saara, tornando difícil projetar um motor com alto rendimento termico que não trabalhe muito frio no Alasca e nem fique muito quente no Saara. Por terem que trabalhar bem no frio, são mais sensíveis à detonação quando está quente. Por ter que trabalhar bem no calor, teem que usar uma taxa de compressão baixa (e consequentemente menor rendimento termico). Apenas por isso, pelo que eu sei. Menos um mito!
Em dias frios se o meu carro estiver com alcool, eu ligo o carro sinto a rotação do motor (não tem tacômetro) se estiver baixa a ponto de tremer o volante espero uns segundos até parar de tremer e vou saindo devagar até o ponteiro da temperatura começar a subir.
ResponderExcluirNa gasolina já não tem esta frescura, é só ligar e sair andando.
Querem um Mito ? Tomem Um mito
ResponderExcluirBoatos e fatos sobre dar partida "No TRANCO" em carros com injeção eletrónica.
Boatos e fatos sobre dar partida "No TRANCO" em carros com injeção eletrónica.
Existe uma "lenda" de que não se pode dar "TRANCO" em carros com injeção eletrónica.
A verdade é que devemos sempre evitar partidas no tranco, pois prejudica sim , prejudica a caixa de cambio , diferencial e embreagem e a dirigibilidade fica comprometida
E em carros com injeção eletrônica caso a bateria esteja abaixo de 10 Vollts , não adianta TRANCO , pois a bomba não vai fazer a pressão necessária nos bicos e muito menos no catalisador
Caso o defeito seja na parte da ignição , sim este fato pode ocorrer , mas ocorreria também dando partida normal e também Pode ocorrer em carros carburados.
EMFIM ! SE o defeito for na parte exclusiva do motor de partida , tais como : pião deslizando, coletor e escovas sujas , automático não conectando , defeito na chave etc. PODE SIM ! DE UM TRANCO e fique livre da extorsão dos donos de Guinchos.
Quanto a quebra de correia é a mesma besteira
Quando se DA partida normal o motor de partida gira o motor do veiculo A PARTIR do volante do Motor.
Quando É no tranco , a embreagem também gira o motor do veiculo A PARTIR do volante do motor.
Pior ainda é o mito de que se não amaciar o motor quando 0km, depois disso nunca mais irá ficar bom(Como se uma máquina ficasse com trauma...).
ResponderExcluirO que acontece é que em certas situações, como pouco uso, as peças engripem, e com o tempo elas vão se soltando de novo.
Sem contar que algumas injeções eletronicas percebem o ritmo do motorista e se adaptam ao modo de dirigir. Isso modifica inclusive a rotação máxima de corte.
Acredito que a partida pisando o pedal da embreagem alivie um pouco o esforço do motor de arranque. Tenho este hábito, aprendi com meu pai. No manual do Corsa 96 que tive, havia essa recomendação.
ResponderExcluirMarcelo
ResponderExcluirAcredite, ligue e saia mesmo com etanol no tanque.
Sabidão
ResponderExcluirNada do que você disse estraga ou danifica no carro ao fazê-lo pegar no tranco, é mito também. Só não se deve fazer o motor funcionar desse jeito caso se saiba que o problema é de ignição, pois aí pode ir combustível não queimado para o catalisador. Se por acaso o motor fucionar e ainda houver combustível lá, ele pode aquecer a ponto de derretr o núcleo de cerâmica. Você está certo, com menos de 10 volts a bombas de combustível não funcionará, não adianta tentar fazer o motor pegar, não irá combustível para a galeria dos injetores.
Raphael Hagi
ResponderExcluirDesacoplar a embreagem ao dar partida para deixar o câmbio fora só tem sentido em clima muito frio, de 5 °C para baixo, em que o óleo da caixa aumenta muito a viscosidade. Aqui no Brasil, pelo contrário, o esforço do rolamento de embreagem sobre o chapéu chinês pode ser até pior. O que vale no desacoplar a embreage, isso sim, é evitar que o carro vá para frente ou trás se alguém que não nós dirigiu e deixou marcha engatada.
Guilherme
ResponderExcluirComo ficam, então, os motores de combustão dos carros híbridos, especialmente em regiões muito frias?
Lutz
ResponderExcluirÉ exatamente esse o significado de motor amaciado, ganhou potência devido ao assentamento dos anéis.
Rodrigo Laranjo
ResponderExcluirEssa é mais uma das conversas para boi dormir. Isso nunca aconteceu com os carros a etanol, de carburador, nos anos 1980.
Bob.
ResponderExcluirTa escrito la em cima mas vou repetir:SE o defeito for na ignição tanto faz dar tranco ou partida normal o risco é o mesmo.
Por falar em mito, surgiu uma conversa essa semana numa comunidade que participo sobre peugeot sobre catalisadores. Eles têm ou não vida útil? Mesmo que ele não estupa ou quebre, ele perde eficiência?
ResponderExcluirKantynho
ResponderExcluirCatalisador não tem vida útil. O que muitos dizem para vender catalisador é que só dura 80.000 km ou 5 anos. Na verdade esses são os limites mínimos de quilometragem e tempo para que cumpram seu papel. Caso um catalisador deixe fazer as reduções químicas antes disso, tendo o veículo sido submetido à manutenção preconizada pelo fabricante, e se não houver evidência de dano externo, a peça tem que ser substituída em garantia.
Concordo com todos os mitos. A bomba de combustível queima mais por falta de troca do filtro de combustível do que andar com pouco combustível, principalmente nos carros flex. Conheço gente que só sabe andar no carro e só leva na oficina quando o carro dá algum problema e ele fica na mão. Não trocam um simples filtro de combustível (meu carro troco os filtros junto com a troca de óleo, sempre).
ResponderExcluirMeu carro eu notei uma melhora no consumo e desempenho após os 6 mil km rodados, mas no manual não tinha nenhuma recomendação para o amaciamento.
Pacheco, falou tudo! O que queima bomba de combustível é falta de manutenção, no caso a simples substituição do filtro.
ResponderExcluirAgora quanto aos outros mitos, eu não gosto de sair com o "pé embaixo" com o carro frio, independente disso estragar o carro ou não, mas tem dia, atrasado e talz... Dá dó! A rua de casa é literalmente uma pirambeira! E o carro ainda frio ainda não rende o que deveria, não adianta "enfiar o pé", gostei da analogia citada pelo Thiago, acho que faz sentido sim.
Quanto ao amaciamento, eu prefiro seguir o manual, exemplo da VW, até 500km não passar de 75% da rotação de potência máxima e até 1500km não manter o carro nesta faixa por longos períodos (aquela história, acelera e solta para não sobreaquecer o motor).
De acordo com o que li um perfeito assentamento dos anéis, que fará do motor um "consumidor de óleo" ou não... E tem a questão do ruído do motor também, né! Ahhh, motor bem amaciado é outra coisa!
E quanto ao espelhamento? Não acontece nos motores atuais?
Sds
Motoyuki
ResponderExcluirEsqueça. Use o motor como lhe apraz. Não há restrições.
Bruno de Toledo
ResponderExcluirTanto faz primeira ou ré, dewe-se escolher a mais curta. Essa recomendação de "inverter", subida, primeira e descida, ré, devia-se aos motores Diesel com estrangulador de parada, pois engrenado ao contráio (subida, ré e vice-versa) o motor poderia pegar se girasse por qualquer motivo. Como os motores quatro-tempos não pegam ao contrário (os dois-tempos, sim), criou-se essa sistemática de inverter.
Bob,
ResponderExcluirQuanto a fase fria do motor e força-lo ou não, lembrei-me de dois fatos: A BMW(acredito no M3 e talvez outros modelos) tem faixa vermelha a 4000Rpm quando frio e esta vai aumentando conforme o motor ganha temperatura. Outro é que já li na Car and Driver duas vezes que o Focus 2.0 Duratec e me parece o 1.6 Sigma também, ambos têm limite de giro em 4000rpm quando frio como forma de proteção. Vc tem conhecimento disso?Abraço
tem limite de giro no sigma para os câmbios automatizados em N ou P
ExcluirThiago,
ResponderExcluirNo BMW, certeza; nos outros, não sei. Excesso de zelo e/ou show para o motorista-dono, apenas isso. Volto a citar os motores dos híbridos, que já ligam no máximo.
Sabidão,
ResponderExcluirDe fato está lá, não vi. Desculpe.
Box666
ResponderExcluirVc pode ate ter razao qto ao freio de mao, mas crendo nisso 4rodas teve q parar um teste de longa duracao pq um Stilo em teste, desceu uma rampa ate afundar em um rio....
"nao creio em bruxas! mas q elas existe, existem!"
Bob 08/02/11 01:39
ResponderExcluirAcho que o caso dos hibridos em que o motor a combustão entra em funcionamento já em alta velocidade pode ser explicado pelo óleo usado nesses veículos, geralmente 0W20 até 0W30, que já são pouco viscosos mesmo a baixa temperatura. Tenho uma tabela com as viscosidades padrão para cada classificação de óleo e pelo que me lembro um óleo SAE 5 é menos viscoso a 40ºC do que um óleo 50 a 100ºC. Vou ver se acho essa tabela e posto aqui!
Continuando...
E também temos que considerar que o câmbio desses carros são quase todo, senão todos, automáticos. Automáticos como se sabe costumam ter relações bem longas a ponto de a 120Km/h esse carro híbrido estar por volta de 2500rpm. Não há grandes esforços nessa condição, já que o óleo é de baixo atrito dinâmico, o motor estará a menos da metade de sua rotação máxima e o motor estará gerando apenas uns 30 ou 35 cv a essa condição... muito pouco.
Acredito que por isso não haja problemas maiores desses motores entrarem em funcionamento já a altas velocidades. Ainda acredito que aquecendo em movimento mas com cuidado, o motor dure mais.
Abraço!
Aqui está a tabela!
ResponderExcluirOs valores são os padrões que, ao que me passaram, são usados para classificação pela norma SAE. Pesqueisei a algum tempo atrás e vi que os valores declarados pelos fabricantes de óleo era bem parecidos. Pelo que eu pude saber, os valores mudam de acordo com a carga e o tipo de aditivo empregados por cada fabricante.
http://img823.imageshack.us/i/viscosidadecstmonovisco.jpg/
Acho que tá certo. De qualquer modo, serve muito bem de referência.
Creditos à Marcelo Rodrigues, o Master Vader do Fusca4Ever.com.br
Guilherme
ResponderExcluirMenor viscosidade é uma tendência irreversível pelos benefícios que o menor atrito traz. Mas não é suficiente para explicar o funcionamento imediato possível dos motores dos híbridos. Há ainda o caso do Volt, cujo motor entra de imediato em alta rotação e carga.
Bob, em teoria, não há problema em usar tanque quase vazio, já que o pescador fica no fundo. Ok. Mas quando se faz uma curva e o combustível é jogado pro lado oposto, a bomba pode sim ficar a "ver navios" e puxar ar. Com isso ela dá uma aquecida. Uma vez só, não dá nada. Mas acelera o desgaste dela.
ResponderExcluirTudo depende do projeto de cada carro, deve ter carros em que isso não acontece, deve ter algum nivelamento especial no ponto do pescador. Mas que essa pane seca acontece em carros originais, mesmo novos, ou seja, sem ser por algum defeito ou mesmo peças incompatíveis colocadas durante um reparo, isso te garanto que acontece e é fácil de perceber. Portanto, esse mito não é totalmente furado.
Motores a reação (como os motores de turbina a gás de avião) jamais devem ser acionadas e imediatamente aplicar potência máxima. Isso pode literalmente destruir a turbina do motor, inutilizando o mesmo.
ResponderExcluirÉ necessário que o motor atinja uma estabilidade térmica antes de aplicar potência. O avião pode receber potência numa pequena faixa de operação sem riscos de danificar o avião.
Assim como após o pouso, o avião deve permanecer no mínimo alguns minutos dentro da mesma faixa que na partida para permitir ele atingir o equilíbrio térmico antes de desligar o motor.
No manual do polo 2012 diz que não é para ultrapassar um terço do giro até 1000 km. Se o fabricante recomenda amaciar não entendo porque as pessoas ficam fazendo deduções com base em informações parciais sobre os processos de produção. Hoje o amaciamento é mais leve, mas não é um mito. Existem carros mais caros em que o motor é realmente amaciado na fábrica, isto é, colocam ele em um dinamometro e rodam uns 1000 km no giro correto. Claro que não vão gastar este tempo com nossos populares. A diferença final é minima, mas com certeza o motor amaciado a força terá vida útil reduzida.
ResponderExcluirNão concordo em ligar o carro e sair logo de imediato, afinal o motor a combustão é uma máquina térmica, se não fosse, pra que serviria a válvula termostática?
ResponderExcluirDiscordo de não existir necessidade de cuidados nos Km iniciais (amaciamento). O manual do VW Jetta TSI 2013 informa que até 1000 km não deve ser atingido 2/3 da rotação máxima, não se deve tracionar reboque, e não atingir a rotação máxima. De 1000 a 1500 rotação e velocidade máxima devem ser atingidas gradualmente.
ResponderExcluirJam
ExcluirCom recomendações desse tipo os proprietários ficam felizes, "meu carro é novo, está amaciando"...
Caros Amigos: Trabalhei 11 anos na maravilhosa VOLKSWAGEN DO BRASIL/SBC, e vi no setor de testes de motores em 1990 que eles tinham um grande tanque de combustivel e colocavam dois motores AP e simulavam um teste equivalente a 200.000 kms e os motores AP giravam ininterruptamente por horas e dias a 7000 RPM. Depois este motor era todo desmontado e medido peça por peça e era rigorosamente comparado com os parametros da Matriz VOLKSWAGEN. Cada peça do motor VOLKSWAGEN é feito com o melhor material possivel e fruto de anos de estudos e Know How próprio da VOLKSWAGEN e PORSCHE. O maquinário existente na VWB é dos mais sofisticados existentes entre as montadoras deste País. Em 1992 vi na VWB na linha que os Fuscas ITAMAR eram regulados (por computador) quando a temperatura chegava a 72 C. O contato entre as partes cilindricas não chegam a 30%, o amaciamento recomendado pelo fabricante da VOLKSWAGEN é fruto de uma serie de incansaveis testes (ate mais de 1 milhão de Kilometros) e pesquisas entre Tecnicos, Peritos e Engenheiros e conta um imenso laboratorio para servir de parametro aos mesmos. Caso seguirmos o manual do Fabricante principalmente o da VOLKSWAGEN, vamos ter o maximo de desempenho e durabilidade dos componentes aplicados aos produtos VW. Só para ter uma ideia do ``poder de fogo da VW`` em 1990 ja tinha na Alemanha um VW (Aqui veio com o nome de TIGUAN, mas sem os acessorios que tinha lá) que tinha um sensor no carro que media a distancia entre os carros e aparecia no painel: OK (a vaga é suficiente para estacionar) o motorista saia do carro e o carro estacionava sozinho e travava as portas. No motor de combustão interna ha varias peças e conjuntos com materiais de dilatação diferente e o amaciamento é necessario para melhor assentamento de todas as peças moveis em contato de umas com outras.Grato. coutinhocarlos@ig.com.br
ResponderExcluirBob, já que mencionou este post no de hoje, li-o pela primeira vez. Há incorreções quanto ao exemplo do Fusion Hybrid. Primeiro, ele não roda 75 km com eletricidade. Roda bem pouco, talvez 5 km, e o que existe com o número 75 é a velocidade máxima aproximada em modo elétrico.
ResponderExcluirSegundo e mais importante, nota-se claramente que o motor a combustão é ativado por mais tempo e com mais frequência na fase fria, justamente para se aquecer mais rápido. Na mesma condição de uso, consegue-se usar mais o modo elétrico se o motor a combustão estiver aquecido. Portanto, o exemplo não ajuda a corroborar sua teoria de que o motor não precisa ser aquecido.
E a faixa vermelha de alguns BMW "M" que cresce de rotação conforme o motor aquece? Está errada?
FS
ExcluirO motor é ativado por mais tempo na fase fria porque nem todo mundo mora no Vale do Paraíba e precisa de ar quente no interior o mais cedo possível. Quanto à faixa vermelha variável nos BMW M, mais um brinquedinho para surpreender e agradar seus felizes proprietários... No Fusion confundi mesmo, é 75 km/h elétrico durante a fantástica distância de 5 quilômetros...
A meu ver o sujeito tem que ser um completo idiota, ou saber pouquíssimo de mecânica, pra mau ligar o carro e já querer acelerar e sair imediatamente...se não quer deixar o carro atingir a temperatura operacional pelo menos deve dá um minuto pro óleo conseguir fazer muito bem seu trabalho...e deve amaciar sim...não vão na corda de certos engenheiros, ou vá caso tenha vontade de bem cedo estarem com o carro na oficina, retificando peças móveis. Quanto menos lubrificado e aquecido maior é o atrito, quando peças metalicas aquecem, aumentam de tamanho e reduzem folgas, folgas que causam batidas e que com o passar dos anos são bem ouvidas de longe...aqueçam um pouco antes de sair e sem acelerar, acelere gradativamente sem trancos se sejam felizes com um motor que não os deixará tão cedo no meio de uma estrada. Abraço!
ResponderExcluirIsso, sábio dos automóveis, continue a fazer parte do rebanho que perpetua mitos e aproveite sua "sabedoria". Vai lhe fazer bem.
ResponderExcluirPeças de motor que atritam umas com outras e de materiais diferentes tem dilatações diferentes. Todo e qualquer motor tem a temperatura normal de funcionamento em todas as rotações. Convem sim, esperar a temperatura normalde fucnionamento para exigir do motor a força necessaria em cada ocasião e o amaciamento é necessario para as peças de acomodarem umas as outras durante um certo periodo. Trabalhei na maravilhosa VWB/SBC e e via os motores serem testados a 7000 giros durante horas ininterruptas, e depois serem desmontados e analisados peça por peça.Os Engenheiros e Tecnicos da fabrica sabem muito mais que qualquer pessoa que não tenha o mesmo conhecimento e prinipalmente os mesmos equipamentos e know How que a Fabrica possui. O que está escrito no manual tem que ser levado a risca, porque está perfeito com o projeto. coutinhocarlos@ig.com.br
ResponderExcluirConcordo que carro nenhum deve ser "aquecido" - até os manuais de carros hoje (cito o exemplo do Fiat Uno, tanto Mille quanto Novo) instruem o motorista a aquecer o motor pondo o carro em movimento logo após ligá-lo, e não deixar o carro parado em marcha lenta por vários minutos. Mas não se deve exagerar na aceleração logo após ligar o carro pela manhã. Durante a noite, o óleo escorre para o fundo do cárter. O óleo mantém um filme sobre as partes móveis mesmo após escorrer (se escorresse como água seria impossível acionar o motor após uma noite inteira, obviamente), mas não custa nada pegar leve com o acelerador nos primeiros quilômetros de rodagem, até a lubrificação se restabelecer completamente.
ResponderExcluirum tio meu,tem um gol 99 ligou o carro cedo e pisando no acelerador,o que aconteceu ?kkkk estourou o motor,nao esperou o tempo para o oleo trabalhar no motor,mito ou verdade nao sei mais eu tenho um fox 2005 flex mais só ando no alcool,ligo a chave até a metade escuto o estalinho da partida a frio ai sim faco funcionar sem pisar no acelerador,vou até o portao e é só sair de boa,esse é o meu costume,prefiro perder 1 minuto do que perder o motor
ResponderExcluirKauan
ExcluirTenha certeza de que não foi esse o motivo de o motor ter estourado.
Manual do new fiesta 2014. Nao exigir muito do motor ate os 1500km
ResponderExcluirE o feliz proprietário tem a sua felicidade aumentada por estar de carro novo "amaciando"...
ExcluirDepois que fiz ranger um motor com menos de 500km indo nessa que não existe mais amaciamento... Ainda bem que não danificou nada... Mas no manual da VW também fala para não exceder os 75% da rotação útil, ou seja se a potência máxima é 6000, não passar dos 4500 rpm, nos primeiros 500 ou 1500 km, não lembro precisamente.
ResponderExcluirTenho um fiesta sedan 2013 1.6 completo. Nos primeiros 10 mil km puxamos muito ele em viagens para que ele ficasse mais forte ainda e deu certo. Após esses 10mil km o carro mudou da água para o vinho, ficando muito mais esperto mesmo, usando o ar condicionado em morros ele nem sente mais como no início...
ResponderExcluirAgora, gostaria de saber se devo agir da mesma forma, pisando fundo, com o meu Pegeout 408 automático de 6 marchas 2014 2.0 16V.... Ele já é bem forte, mas depois dos 10 mil ele fica melhor ainda se eu acelerar forte, mesmo sendo automático isso pode acontecer?
Mesma coisa, independe da marca do carro.
ExcluirMeus carros sempre atingem o auge entre os 25 e 30k. Se já passou dos 10k o uso é à vontade. Eu só tomo mais cuidado nos primeiros 1000, independente de ser mito ou não.
ResponderExcluirEstou com um Pegeout 408 2014 2.0 de 6 marchas automático e como é a primeira vez q tenho carro automático estou ainda me adaptando...
ResponderExcluirEu gostaria de saber como poço agir para que o carro, que esteja já em alta velocidade e com uma marcha alta, reduza a marcha se eu não tiver mais como pisar fundo no acelerador pq ele já se encontra encostado?
Estava com 130 e de quinta marcha subindo, mas gostaria que ele tivesse reduzido para fazer um teste e chegar até 150km, mas não tinha como mais pisar no acelerador que já estava encostado até o fim, mas sei que o carro poderia reduzir para uma marcha mais forte, já que estava de quinta ou sexta...
Tirei o pé do acelerador e tornei a pisar e nada do carro reduzir... Eu ainda estou me adaptando com o carro automático, mas não sei como fazer nessa situação... Alguma solução?
Obrigada
Letícia
ExcluirNesse caso basta usar o modo Manual e escolher a marcha.
Bob, alguma recomendação diferente para os novos motores 3 cilindros, como no meu vw up? Eles vibram um pouco mais que o normal na fase fria. O virabrequim gira 120 graus a cada ciclo de cilindro. Obrigado.
ResponderExcluirCaio Azevedo
ExcluirCada ciclo ocorre a 720/3 = 240º. Não há vibração, apenas leve oscilação em marcha-lenta. Nenhum cuidado especial é necessário na fase fria.
Comprei um Toyota Etios e no manual do proprietário, é informado que não se deve ultrapassar 3.500RPM até os primeiros 1600KM. Isso pode ter alguma relação com o bloco em alumínio?
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