Muitos caminhos não têm volta. E não se trata de metáfora: você realmente pode se enfiar numa bela de uma encrenca se decidir empregar o veículo errado em caminhos difíceis. E nessa regra, cabe uma única exceção: você até volta para o seu lugar de origem, mas a pé. O carro costuma ficar onde parou.
Esse tipo de encrenca começa quando alguém conhecido (cunhado chato, primo chato etc.) tem a "brilhante" ideia de fazer algo diferente, algo que fuja da rotina sabática de pizza + DVD. Acredito que todos aqui já ouviram os tradicionais: "Vamos almoçar num hotel-fazenda?", "Vamos curtir o final de semana numa pousada?", "Vamos para a chácara do tio Nonô?" ou então "Vamos curtir um camping em uma praia isolada?".
Pronto, está dado o pontapé inicial da encrenca. Os otimistas costumam chamar encrencas de "aventuras", adotando uma filosofia que eu já tentei compreender. O máximo que pude abstrair desse conceito é que, por pior que seja a situação, teremos sempre uma história para contar depois, seja ela boa ou ruim.
Um sinal claro de que uma encrenca está próxima é perceber que o asfalto terminou. Estradinhas de terra batida como a da foto acima, quando bem conservadas, costumam ter uma qualidade de rodagem melhor do que a maioria das ruas asfaltadas de São Paulo. Se algum paulistano quiser contestar, que atire a primeira pedra.
O duro é quando elas não sofrem manutenção alguma: basta uma chuva para que elas fiquem repletas de buracos, costelas-de-vaca e voçorocas nos trechos mais íngremes. Suspensão indo ao fim de curso, roda suspensa no ar em fim de batente, assoalho raspando no chão e eventualmente dando "aquela" encostada numa pedrona que a enxurrada trouxe para o meio da rua.
Após as primeiras batidas e solavancos, surgem os ainda mais irritantes comentários cretinos de quem não gosta de carro: "Calma, já estamos chegando, fica logo ali...". 10, 15, 20 minutos se passam e nada do "logo ali" chegar, mas já que estamos com o pé na lama, melhor seguir em frente.
Mais uns 15 minutos e nada do "logo ali" aparecer. E quanto mais rodamos, piores as coisas vão ficando. A mata vai fechando e o visual começa a assustar: imediatamente me lembro do Camel Trophy 1981, quando Range Rovers chafurdavam na lama de Sumatra.
O cheiro de encrenca empesteia o ambiente: aquele mal estar geral dentro do carro (que a maioria dos entusiastas deve conhecer), um silêncio sepulcral que expressa com perfeição o senso comum, ainda que implícito: "que programa de índio nós fomos arrumar..."
Mata cada vez mais fechada e quase impossível de voltar de ré. O negócio é andar um pouquinho mais e ver se mais à frente encontramos um lugar mais aberto para fazer uma meia-volta.
E encontramos! Só não esperávamos que fosse tão ruim:
Outra frase clássica surge: "Ei Bitu, é por aqui mesmo! Agora lembrei, estamos na trilha certa!". Notem que não se fala mais em caminho: já fomos promovidos a trilheiros! Começo a sentir muita falta da minha saudosa Toyota Bandeirante: aquela topava qualquer parada.
O problema é que essas poças d´água costumam sem traiçoeiras, então o melhor a fazer é descer do carro e medir a profundidade antes de atravessar. Pezão na lama (literalmente), damos a volta e procuramos por alguma coisa no meio do mato para medir a profundidade: uma vassoura velha jogada, um galho caído, um vergalhão esquecido. Nada encontramos.
A presença de postes de luz indica que ainda há civilização por ali: energia elétrica que deve alimentar algumas lâmpadas, uma televisãozinha preto-e-branco ou um chuveiro elétrico. Ou seja, se alguma coisa der errada, ainda é possível pedir socorro a alguém nas redondezas.
O negócio é mesmo ir com a cara e com a coragem. Entro no carro, engato a primeira e venço a poça d´água. Rodamos mais um pouco para descobrir outras três poças d´água mais adiante, três vezes maiores que a primeira.
Palavrões impronunciáveis ecoam na mata. Sem poder "descer o braço" no cidadão ao meu lado, começo a verificar o estado das borrachas de vedação das portas, já prevendo o pior. Abro o capô e olho para o distribuidor: se a água subir, vai bater nele primeiro e não no filtro de ar, evitando assim um calço hidráulico.
Fecho o capô, entro no carro e dou a partida. A primeira poça é grande, mas fica para trás. A segunda também, mais rasa que a primeira, é de fácil transposição. Faltava apenas a última.
A frente do carro afunda, com aquele barulho típico da "barrigada" do assoalho contra terra úmida e fofa. O motor apaga, ou seja, o distribuidor recebeu um belo banho... Mais palavrões, com destaque para o mais popular deles: aquele que cita o filho bastardo de mulher que presta serviços em casa de tolerância.
Ainda é possível abrir a porta. Água para todos os lados, pezão encharcado, abro o capô. O distribuidor não está molhado, mas mesmo assim tiro sua tampa: há condensação de vapor no seu interior, o que o impediu de continuar funcionando.
Se o seu carro não possui ignição estática, saiba que uma latinha de WD-40 pode salvar a sua vida. Water displacement, faz todo o sentido. Tampa do distribuidor seca, uma simples borrifada e tudo volta a funcionar como antes. O carro traciona e consegue sair do meio da poça.
Nem preciso dizer que o tal passeio foi para o espaço. A missão agora seria chegar a outro ponto asfaltado, um pouco mais à frente. Era essa a garantia do "copiloto", o mesmo que não sabia mais localizar o "logo ali".
Rodamos com calma até o começo de um declive. Primeira marcha engatada, freio motor trabalhando e de repente me sinto como numa montanha russa: o carro começa a deslizar sobre a lama, como se fosse um quiabo ensaboado no gelo.
Pânico total: o carro vai ganhando velocidade, sem responder a nenhum comando de direção, freio, nada... No meio do caminho havia um barranco, havia um barranco no meio do caminho, no barranco havia uma vala e foi bem naquela vala que o carro foi parar, com o motor já desligado. Acho que bateu no barranco a uns 30 ou 40 km/h, judiação de dar dó mesmo para quem não liga muito para o carro.
Abro a porta e tento descer do carro: é impossível ficar em pé sobre a lama. Um barro pastoso, parecido com lama medicinal, que grudava em tudo como se fosse cola. Afundei o pé na lama com o sapato e quando tirei o pé, onde foi parar o sapato? Tive que enfiar metade do braço no chão pra poder achar. Não é brincadeira, parecia o "holiday on mud" de patinação.
Naquela altura do campeonato não adiantava mais procurar culpados, então o clima pesado logo deu lugar ao riso. Percebemos que para poder ficar em pé, só mesmo com os pés descalços. Conseguimos andar alguns metros e ali percebi que dos males eu havia sofrido o menor: se o carro tivesse descido mais um pouco ele teria embalado ainda mais e aí sim a batida seria bem feia numa outra parte do barranco.
O problema é que estava começando a anoitecer. E para piorar, pingos de chuva caíam do céu. Difícil imaginar um desconforto maior do que estar sujo de lama da cabeça aos pés, num fim de mundo, no escuro. Havia uma residência mais à frente, mas parecia desabitada, ninguém atendeu aos nossos chamados.
E logo escureceu. Depois de muito andar, encontramos uma casinha amiga, com um senhor que tinha um "Massey-Fergo". Ele disse que não tinha condições de nos ajudar, pois ali onde nosso carro foi parar a lama era "pastosa como doce de leite" e a probabilidade do "Massey-Fergo" ficar preso também era grande. A única solução seria ligar para um amigo, que tinha um trator "Máxio traçado", ou seja, com tração nas 4 rodas.
Conclusão: por causa de um almoço no campo ficamos sem jantar, pois só conseguimos sair do atoleiro por volta da meia-noite, com o tratorzão "Maxio" 4x4 nos rebocando de volta para o asfalto de onde nunca deveríamos ter saído.
E o valor do almoço eu paguei ao tratorista, para recompensar o diesel gasto e também em gratidão à boa vontade de sair da cama para socorrer um estranho. O número de pessoas dispostas a ajudar o próximo é cada vez menor, infelizmente.
Se eu topo uma aventura hoje? Só se for num 4x4 com bloqueio de diferencial nos dois eixos, pois até mesmo a velha picape Bandeirante teria ficado presa naquele barro. E também com um belo guincho, pneus lameiros e toda a sorte de equipamentos fora-de-estrada.
Do contrário fico em casa, peço uma pizza e alugo um DVD. De encrenca eu já estou cheio, alguns caminhos não tem volta. Ou quase!
FB
Esse tipo de encrenca começa quando alguém conhecido (cunhado chato, primo chato etc.) tem a "brilhante" ideia de fazer algo diferente, algo que fuja da rotina sabática de pizza + DVD. Acredito que todos aqui já ouviram os tradicionais: "Vamos almoçar num hotel-fazenda?", "Vamos curtir o final de semana numa pousada?", "Vamos para a chácara do tio Nonô?" ou então "Vamos curtir um camping em uma praia isolada?".
Pronto, está dado o pontapé inicial da encrenca. Os otimistas costumam chamar encrencas de "aventuras", adotando uma filosofia que eu já tentei compreender. O máximo que pude abstrair desse conceito é que, por pior que seja a situação, teremos sempre uma história para contar depois, seja ela boa ou ruim.
Um sinal claro de que uma encrenca está próxima é perceber que o asfalto terminou. Estradinhas de terra batida como a da foto acima, quando bem conservadas, costumam ter uma qualidade de rodagem melhor do que a maioria das ruas asfaltadas de São Paulo. Se algum paulistano quiser contestar, que atire a primeira pedra.
O duro é quando elas não sofrem manutenção alguma: basta uma chuva para que elas fiquem repletas de buracos, costelas-de-vaca e voçorocas nos trechos mais íngremes. Suspensão indo ao fim de curso, roda suspensa no ar em fim de batente, assoalho raspando no chão e eventualmente dando "aquela" encostada numa pedrona que a enxurrada trouxe para o meio da rua.
Após as primeiras batidas e solavancos, surgem os ainda mais irritantes comentários cretinos de quem não gosta de carro: "Calma, já estamos chegando, fica logo ali...". 10, 15, 20 minutos se passam e nada do "logo ali" chegar, mas já que estamos com o pé na lama, melhor seguir em frente.
Mais uns 15 minutos e nada do "logo ali" aparecer. E quanto mais rodamos, piores as coisas vão ficando. A mata vai fechando e o visual começa a assustar: imediatamente me lembro do Camel Trophy 1981, quando Range Rovers chafurdavam na lama de Sumatra.
O cheiro de encrenca empesteia o ambiente: aquele mal estar geral dentro do carro (que a maioria dos entusiastas deve conhecer), um silêncio sepulcral que expressa com perfeição o senso comum, ainda que implícito: "que programa de índio nós fomos arrumar..."
Mata cada vez mais fechada e quase impossível de voltar de ré. O negócio é andar um pouquinho mais e ver se mais à frente encontramos um lugar mais aberto para fazer uma meia-volta.
E encontramos! Só não esperávamos que fosse tão ruim:
Outra frase clássica surge: "Ei Bitu, é por aqui mesmo! Agora lembrei, estamos na trilha certa!". Notem que não se fala mais em caminho: já fomos promovidos a trilheiros! Começo a sentir muita falta da minha saudosa Toyota Bandeirante: aquela topava qualquer parada.
O problema é que essas poças d´água costumam sem traiçoeiras, então o melhor a fazer é descer do carro e medir a profundidade antes de atravessar. Pezão na lama (literalmente), damos a volta e procuramos por alguma coisa no meio do mato para medir a profundidade: uma vassoura velha jogada, um galho caído, um vergalhão esquecido. Nada encontramos.
A presença de postes de luz indica que ainda há civilização por ali: energia elétrica que deve alimentar algumas lâmpadas, uma televisãozinha preto-e-branco ou um chuveiro elétrico. Ou seja, se alguma coisa der errada, ainda é possível pedir socorro a alguém nas redondezas.
O negócio é mesmo ir com a cara e com a coragem. Entro no carro, engato a primeira e venço a poça d´água. Rodamos mais um pouco para descobrir outras três poças d´água mais adiante, três vezes maiores que a primeira.
Palavrões impronunciáveis ecoam na mata. Sem poder "descer o braço" no cidadão ao meu lado, começo a verificar o estado das borrachas de vedação das portas, já prevendo o pior. Abro o capô e olho para o distribuidor: se a água subir, vai bater nele primeiro e não no filtro de ar, evitando assim um calço hidráulico.
Fecho o capô, entro no carro e dou a partida. A primeira poça é grande, mas fica para trás. A segunda também, mais rasa que a primeira, é de fácil transposição. Faltava apenas a última.
A frente do carro afunda, com aquele barulho típico da "barrigada" do assoalho contra terra úmida e fofa. O motor apaga, ou seja, o distribuidor recebeu um belo banho... Mais palavrões, com destaque para o mais popular deles: aquele que cita o filho bastardo de mulher que presta serviços em casa de tolerância.
Ainda é possível abrir a porta. Água para todos os lados, pezão encharcado, abro o capô. O distribuidor não está molhado, mas mesmo assim tiro sua tampa: há condensação de vapor no seu interior, o que o impediu de continuar funcionando.
Se o seu carro não possui ignição estática, saiba que uma latinha de WD-40 pode salvar a sua vida. Water displacement, faz todo o sentido. Tampa do distribuidor seca, uma simples borrifada e tudo volta a funcionar como antes. O carro traciona e consegue sair do meio da poça.
Nem preciso dizer que o tal passeio foi para o espaço. A missão agora seria chegar a outro ponto asfaltado, um pouco mais à frente. Era essa a garantia do "copiloto", o mesmo que não sabia mais localizar o "logo ali".
Rodamos com calma até o começo de um declive. Primeira marcha engatada, freio motor trabalhando e de repente me sinto como numa montanha russa: o carro começa a deslizar sobre a lama, como se fosse um quiabo ensaboado no gelo.
Pânico total: o carro vai ganhando velocidade, sem responder a nenhum comando de direção, freio, nada... No meio do caminho havia um barranco, havia um barranco no meio do caminho, no barranco havia uma vala e foi bem naquela vala que o carro foi parar, com o motor já desligado. Acho que bateu no barranco a uns 30 ou 40 km/h, judiação de dar dó mesmo para quem não liga muito para o carro.
Abro a porta e tento descer do carro: é impossível ficar em pé sobre a lama. Um barro pastoso, parecido com lama medicinal, que grudava em tudo como se fosse cola. Afundei o pé na lama com o sapato e quando tirei o pé, onde foi parar o sapato? Tive que enfiar metade do braço no chão pra poder achar. Não é brincadeira, parecia o "holiday on mud" de patinação.
Naquela altura do campeonato não adiantava mais procurar culpados, então o clima pesado logo deu lugar ao riso. Percebemos que para poder ficar em pé, só mesmo com os pés descalços. Conseguimos andar alguns metros e ali percebi que dos males eu havia sofrido o menor: se o carro tivesse descido mais um pouco ele teria embalado ainda mais e aí sim a batida seria bem feia numa outra parte do barranco.
O problema é que estava começando a anoitecer. E para piorar, pingos de chuva caíam do céu. Difícil imaginar um desconforto maior do que estar sujo de lama da cabeça aos pés, num fim de mundo, no escuro. Havia uma residência mais à frente, mas parecia desabitada, ninguém atendeu aos nossos chamados.
E logo escureceu. Depois de muito andar, encontramos uma casinha amiga, com um senhor que tinha um "Massey-Fergo". Ele disse que não tinha condições de nos ajudar, pois ali onde nosso carro foi parar a lama era "pastosa como doce de leite" e a probabilidade do "Massey-Fergo" ficar preso também era grande. A única solução seria ligar para um amigo, que tinha um trator "Máxio traçado", ou seja, com tração nas 4 rodas.
Conclusão: por causa de um almoço no campo ficamos sem jantar, pois só conseguimos sair do atoleiro por volta da meia-noite, com o tratorzão "Maxio" 4x4 nos rebocando de volta para o asfalto de onde nunca deveríamos ter saído.
E o valor do almoço eu paguei ao tratorista, para recompensar o diesel gasto e também em gratidão à boa vontade de sair da cama para socorrer um estranho. O número de pessoas dispostas a ajudar o próximo é cada vez menor, infelizmente.
Se eu topo uma aventura hoje? Só se for num 4x4 com bloqueio de diferencial nos dois eixos, pois até mesmo a velha picape Bandeirante teria ficado presa naquele barro. E também com um belo guincho, pneus lameiros e toda a sorte de equipamentos fora-de-estrada.
Do contrário fico em casa, peço uma pizza e alugo um DVD. De encrenca eu já estou cheio, alguns caminhos não tem volta. Ou quase!
FB
Nem fale isso pra algum funcionário do IBGE de SC (não sei como é nos outros estados).
ResponderExcluirAqui os 4x4 são só para "viagens". Pra subir na lama, temos que ir de Mille com embreagem patinando.
Pneus com 10 libras e muita fé!
Que texto bacana!!! Para Benz!!
ResponderExcluirBom, aqui neste blog todo mundo bate palmas pra tudo que é escrito...
ResponderExcluirMas foi infeliz a forma como o autor se referiu às marcas "Massey fergo e maxio" com um tom bem perjorativo...
Pra que isto?
Você gosta de "tirar um sarrinho" do homem do campo caipira , humilde, e que enfrenta esta mesma rotina descrita por você com a cabeça erguida e sem reclamar?
Se está se achando mais esperto que eles, saiba que voçoroca é um termo utilizado para descrever erosões gigantescas que podem alcançar centenas de metros de comprimento, e que provavelmente você só seria capaz de transpor se estivesse sobre uma retro escavadeira.
Jose H. S.
Sempre dá muita dó de colocar um carro "urbano" numa estrada de terra mal-conservada, ainda mais com barro... Mas esse é um cenário comum na ida para os clássicos "churrascos de fim de ano". E pior é que o dono do local, ou o cara que arrumou o local, sempre fala que "tem que passar por um trechinho de terra, mas é tranquilo"... Só depois vc vai descobrir que provavelmente ele disse isso porque não se importa em judiar do carro, ou porque já tem um 4x4!
ResponderExcluirE por falar em "aventuras", não podia deixar de lembrar daquelas versões "aventureiras" dos carros de passeio, tão em moda atualmente... Será que tem gente que pensa que aqueles carros estão realmente aptos a encarar um off-road de verdade?
Então caram eu não vi nenhum "tom pejorativo" no modo que ele escreveu não. Agora é proibido colocar apelidos nas máquinas? Faça-me o favor!!
ResponderExcluirSe ele tivesse dito coisas como "o manézão" "o ignorante e seu tratorzinho" vc podia ficar irritado, mas passou longe disso, ele se referiu com respeito as pessoas que o ajudaram. Be Cool!!
Jose H. S.
ResponderExcluirSe você tivesse lido o texto com um pouco de calma, teria percebido que o Bitu apenas reproduziu a fala do camponês samaritano. Não há nada de pejorativo e garanto que o Bitu tem educação mais que suficiente pra ser grato aos 2 que o tiraram da enrascada.
B2: o máximo desas encrencas pra mim eu fiz no sábado, que foi colocar na estrada um carro com quase 15 anos de uso, recém comprado, pra encarar 1300 km de estrada. Como o carro estava excepcionalmente bem conservado (ainda mais considerando que é um esportivo) e com a manutenção em dia, a viagem foi tranquila e não teve sustos!
Bitu,
ResponderExcluirEssa de perder totalmente o controle é de lascar. Dá um frio na barriga medonho. Êta lasqueira!
Lendo, me aventurei junto nessa aí.
José H S,
Conheço o Bitu e sei perfeitamente que ele tem uma educação exemplar, além de respeito a todos com que se relaciona, o que não parece ser o seu caso. Além do mais, morei na roça por quase 30 anos e é assim memo que a gente falamos, Maxio e Fergo, que, se for pequeno, é Ferguinho. Que chatice, sô!
O cara queria que ele escrevesse algo com "o bravo interiorano e sua retroescavadeira" e em vez de voçoroca "erosões intransponíveis"
ResponderExcluirVá ser politicamente correto assim no inferno!!
Bitu
ResponderExcluirIsso aí que você contou era a grande certeza de que iria passar toda a vêz que eu fosse pro litoral norte paulista, e eram dezenas de vezes ao ano. O negócio já começava logo após a travessia da balsa de Bertioga - e olhe que nem mencionei o tempo que a gente perdia na fila dessa bendita balsa - e, no meu caso, se estendia por 50 quilometros de um troço que se pretendia estrada e, quando a coisa pegava pra valer, pela areia da praia. Já vi muito infeliz perder o carro no areião tentando atravessar os riachinhos que desembocam no mar, provavelmente, por inexperiência, tentar atravessá-los na hora errada - tinha-se de esperar a vazante para passar e, para isso, nunca ficar com o carro parado sobre a areia, andava-se em círculos até a água descer de volta para o mar e mandar ver. Foi assim, em parte, até 1982, quando da inauguração da Mogi-Bertioga e, totalmente, até final de 1984, quando da inauguração do asfalto da Rio-Santos. Hoje, a aventura consiste em se perder o menor tempo possível nos engarrafamentos dessa estrada. Bons tempos, pode acreditar.
Antigamente, poder-se-ia imitar um caipira, sem problema algum. Hoje, até cantigas de ninar são censuradas. Onde vamos parar com esta onda do Politicamente correto ?
ResponderExcluirRecebo muita gozação por não colocar o meu carro nestas circustâncias...quem me sacaneia que meta o seu carro nestas roubadas !!!!
Eu tenho um pouco desse espírito de me enfiar no meio do mato e "ver onde vai dar", mas também não faço a menor cerimônia para dar meia volta antes que o caminho fique sem volta de verdade!
ResponderExcluirFelipe, dei boas risadas desse lado do computador!
ResponderExcluirGeralmente sou eu mesmo que me meto nessas aventuras e os passageiros é que passam os apuros! Hehehe...
Segue um cartão postal para você também rir de mim! Nesse caso o meu próprio ego de principiante me colocou nessa situação.
http://img21.imageshack.us/img21/7255/img8775editededited.jpg
Sds
Esse post me lembra a minha rotina de adolescência morando no interior... A maior encrenca da família foi num local parecido mas com inclinação lateral para o barranco.
ResponderExcluirPrimeiro atolou um fusca, luz amarela.
Foi um Niva resgatar o fusca, atolou também, luz laranja.
Uma Hilux foi tentar resgatar o niva, atolou, luz vermelha.
Um Massey Ferguson 4x2, veio tentar ajudar a Hilux, atolou também, aviso de buraco negro.
No dia seguinte veio um Valmet 4x4 e pescou todo mundo com um longo cabo de aço e a estrada foi desativada, virou pasto, afinal de contas não era de muita serventia hehehe.
Podem me chamar de louco mas adoro essas presepadas. Não vejo a hora de colocar meu mille way na terra de novo. No barro é só um pouco melhor que os carros comuns devido ao vão livre maior, na terra seca, é imbatível, duvido que alguém consiga me acompanhar em uma estrada de canavial no seco, é quase um carro de rally, pode saltar sem medo e as irregularidades são muito bem absorvidas pela suspensão. O protetor de cárter é virgem. Abraço!
Só quem já passou por uma dessas sabe o quanto vale a experiência, e principalmente o alívio quando vc se livra do problema.
ResponderExcluirPassei por algom assim ano passado, tentando chegar em Visconde de Mauá vindo de Minas Gerais, passando por cidadezinhas ligadas por estradas de terra, que a medida que ia avançando pioravam mais e mais, tudo debaixo de uma garoa insistente que aos poucos ia tirando a consistência do solo.
E eu estava de Fusca, chegou uma subida que o carro não ia de jeito nenhum tive que retornar e procurar algum lugar para dormir porque já eram 5 da tarde e não me agradava a idéia de dirigir à noite numa estrada totalmente enlameada que eu nem saiba que chegaria a algum lugar.
No dia seguinte, seguindo o (díficil) caminho correto, consegui chegar ao asfalto da dutra, e alguns meses depois, com a ex-trada parque totalmente desabada por conta das chuvas fez com que a experiência adquirida fosse valiosa, usando o mesmo caminho pra descer a serra.
poxa, adoro isso viu cara!
ResponderExcluirqnto pior e mais complicado, mais legal!
O ápice da experiência na minha opinião são os 1.0!
sério, a sensação de conseguir cumprir um trecho com um carro porqueira desses é indescritivel, o que me faz pensar na real função dos automóveis! eheh
Como disse o Jose H S, tudo que se escreve aqui logo abaixo vêm 300 "entusiastas" endossar. Mas essa Quantum tunada é muito cafona, com adesivo no vidro dianteiro com película, e conta giros de acessório, é estragar o carro.
ResponderExcluirEla deve chorar na garagem.
http://www.youtube.com/watch?v=zsgPGMrouE8
Galera discordando de praticamente todos, eu adoro esse tipo de aventura! Sou representante de produtos farmaceuticos e constantemente viajo pelo interiorzao bravo de MG. Nao tenho nenhum 4x4, mas Uno Economy Way "pago em 36 prestações" (voces adoram falar mal), que enfrenta muito bem trechos de lama, estradas esburacadas, poças e já atravessei até pequenos corregos com ele. Antes dele tive um Gol caixa 1.8 por 20 anos que sempre se aventurou...
ResponderExcluirCreio que uma das melhores partes do meu trabalho é a hora de ir visitar os clientes lá dos Cafundós do Judas, hehehe...
Essas aventurazinhas de vez enquando nos ajudandam a fugir da monotonia das grandes cidades.
Carlos Eduardo Resende.
Meu pai, apesar de bancário a vida toda, sempre teve umas terrinhas boas por ai pelo Brasil, mas depois de se aposentar encarnou em comprar uma chácara próximo a Brasília e Planaltina DF para morar definitivamente. Comprou tudo que tinha direito, está plantando maracujá, e eu sempre tenho que atravessar o Distrito federal inteiro só para velos, acontece que são 87km de pista boa e o inferno nesta epoca de chuvais diárias de 7 km de chão batido e lama digno de WRC, eu de Fiesta 1.6 sempre voltando cheio de coisa e brigando pra cassete com o volante e pedais, mais sempre saímos vivos de la com mais 5000kg de lama presa no carro...Coitado do meu carro ! Eu sempre peço desculpa a ele, pois é novinho, mas sempre passa por uma lavagem geral profissional depois, até com polimento para seu vermelho sorridente.
ResponderExcluirFrancisco V. G.
ResponderExcluirVocê descreveu perfeitamente o que era essa viagem. Em 74 fiz um barraco de 5 x 5,5 m em Cambury, só pra ir e pegar onda, e era exatamente isso aí.
E quando chovia e os riachos engrossavam? E com maré alta, à noite e chovendo pacas? Só meu Fuscão e a Brasília do meu irmão mesmo.
Em compensação, quando lá chegávamos, era um paraíso.
Temos um Gol LS 1982 na família desde zero que ajudou a desbravar alguns lugares de Rondônia no início dos anos 80. Quando meu pai e minha mãe contam essas histórias é difícil acreditar que fosse daquele jeito, mas era. Não havia estradas, eram picadas abertas com facão e motosserra, cortando árvores e arrancando os tocos, tudo isso para poder chegar até a fazenda. Os toreiros jogavam pedras nos atoleiros para poder sair, mas essas pedras ficavam lá e arrebentavam o assoalho dos carros que vinham depois. Não havia ponte sobre o Ji-Paraná e esperava-se a balsa em um certo ponto. Nos rios menores era possível sentir a ponte - de madeira - balançando de acordo com o fluxo da água.
ResponderExcluirHoje está bem melhor, segundo eles, mesmo sabendo que da última vez que fomos lá a BR-429 estava em processo de pavimentação (antes tarde que nunca) e que uma chuva fez com que atolássemos em um certo ponto. Algumas pontes de madeira continuam, mesmo como um descarado superfaturamento da obra.
E é dessa forma que os produtores precisam escoar a produção e conseguir insumos, esquecidos pelo resto do Brasil que tanto necessita deles. Só mesmo gostando muito do que se faz para ser produtor rural nesse país.
Bitu, já entrei em muitas roubadas desse tipo. Uma vez saí de BH com a família rumo a Diamantina. O normal é ir pela BR-040 e pegar uma MG. Decidi variar e ir pela estrada do Serro. Conhecidos disseram que a estrada já tinha sido toda asfaltada. No meio do caminho, descobrimos que daí pra frente era só barro, com carros atolados e tudo.
ResponderExcluirE eu com um Brava novinho. Sabe o que eu fiz? Acelerei várias vezes na lama pra não atolar, manobras rápidas no volante no melhor estilo rallye, e cheguei ao Serro sem problemas. Depois, sim, tinha asfalto até Diamantina.
Cara, isso me fez lembrar um "passeio" que inventei,onde reolvi ir com mina ex (que pena que é minha ex, gostava tanto dela...) de Sapucaí-Mirim para Monte Verde. Eu já sabia que era encrenca só de olhar no mapa e ler algumas informações. Mas o besta aqui foi. Sabe o que é colocar um Verona com aquele tanque criminosamente baixo numa estrada que só não deve ser pior que a Transamazônica? Pois é. Sua descrição se encaixa perfeitamente: quase 90km de subidas, descidas, valetas e mais valetas. isso porque o carro estava com a (famosa)longarina rachada. Pensei que a frente fosse cair de vez. Até que escuto um barulho de ferro batento. Por sorte era só o protetor de cárter encostando na caixa de câmbio. Pra piorar, tinha uns bacanas e seus jipes tipo Troller que quase me jogaram pro barranco. Até que chegei em um trevo onde, ainda, tinha que rodar mais uns 14km pra chegar à "Suíça de Minas" Decidi tomar o caminho para Camanducaia e dar uma p%@#ta volta pela Fernão Dias, passando por Pouso Alegre até voltar a Santaninha (S. Mirim).
ResponderExcluirJoão Paulo
Fiz uma ótima leitura.
ResponderExcluirRi sozinho e lembrei de alguns geladas que entrei.
Para alguns leitores: Radicalismo ataca o fígado! Simancol é a solução.
Cara...dei muita risada lendo o texto... E se estivesse nesta situação teria falado os mesmos palavrões e xingado o infeliz que me convenceu a me enfiar lá. Só que para que eu coloque meu carro em uma estrada de chão seca já é muito difícil, pra não dizer impossível, imagina após uma chuva. Também já me zoaram por causa disto...que se explodam...coloquem seus carros no lodo. Já fiquei nesta situação, como passageiro do carro por causa do lodo fino (com o carro de outra pessoa) e é o fim mesmo...tu vê aquela valeta e tu indo na direção dela sem ter o que fazer...
ResponderExcluirCadê o Bob! Para de joga bingo e faz um tópico ai véio!
ResponderExcluirA Quantum do Bizu tem peliculas bem escurecedoras e rodas aro 16.
ResponderExcluirAonde vai chegar esse mundo hein?
Tenho medoooo!!!!!
ResponderExcluirUiiiiii!
Barro + pai chato de palio adventure +uno 1.6R mpi= BARRO NUNCA MAIS.
ResponderExcluirJose H. S.
ResponderExcluirCom a devida vênia, o mundo está se tornando um lugar muito chato para se viver, graças à procura incansável pela maldade nas falas e nos gestos dos outros.
Vivo no meio rural desde criança, ambiente em que chamávamos os Massey-Ferguson de "Massey", "Massey-Fergo" ou qualquer denominação que nosso juizo julgasse conveniente. Não é agora que vou deixar de me referir a eles desta forma.
Meu avô não era latifundiário, mas era um homem de posses, que almoçava e jantava na mesma mesa em que seus empregados comiam. Meu pai tinha o mesmo hábito, e graças a Deus mantive esse costume, não admitindo qualquer segregação.
Boa sorte na sua procura pela maldade. Não deve ser fácil essa vida de quem patrulha tudo o que os outros fazem.
FB
Perneta
ResponderExcluirCom carro 4x4 é ainda pior, porque sua confiança aumenta e você diz a todos que "nada consegue parar esse carro".
Aí quando você acha que vai passar, ele atola. Já aconteceu comigo, por isso que eu citei os bloqueios de diferencial, 100% necessários para um fora-de-estrada realmente sério.
FB
Bitu,
ResponderExcluirMinha viagem ao Serro e Diamantina no Brava confirma a teoria do Bob: tração dianteira é melhor no barro. Você consegue guiar as rodas dianteiras tracionando.
No seu caso, a coisa tava muito difícil, não deu. Só 4x4 com bloqueio.
Hehehe, deu para dar ótimas risadas Bitu!
ResponderExcluirQue atire o primeiro pneu quem nunca levou um amigo a se meter em tal encrenca? Pior quando entramos por vontade própria nessas frias já prevendo que não vai acabar bem.
Grande post Bitu, têm alguma maldade escondida no bloco dessa valora panzerwagen?
Mister Fórmula Finesse
Bem; eu literalmente ADORO esse tipo de aventura. É uma roubada para quem prefere o asfalto e tals. Mais de 20 anos desbravando no Mato Grosso, em caminhos que de estrada nem mereciam o nome. De fusca, depois de 147, era imbatível e superava qualquer obstáculo. Eventualmente algum pedaço ficava pelo caminho mas, e daí? Uma delícia o desafio e muitas (muitas mesmo) histórias pra contar. Alguns dos coments retratam bem a dificuldade no interiorzão do pais ainda hoje. E a ligação Bertioga - São Sebastião nos anos 70 era exatamente isso. Outra aventura espetacular pelas praias.E o politicamente correto aí de cima, devia se mancar e cair fora. Aqui é lugar de entusiasta. De parasitas estamos até as tampas...
ResponderExcluirMas o texto é de rolar de rir Bitú. Não abra mão de uma aventura parecida. Vale bem mais que a modorrenta pizza e o DVD que podem ficar pra outro sábado qualquer...
:-) Já caí nessa de "logo ali" e quase entrei em roubada também! Mas confesse, que é engraçado lá isso é!! hehehehehehe
ResponderExcluirNo ano novo de 2006 estava com minha esposa em Paraty e vi no mapa do Guia 4 Rodas que existia esta estrada ligando Paraty à Dutra. Vi também que que um pequeno trecho não era pavimentado mas mesmo assim pensei "como é um trecho pequeno, não vai doer nada...".
ResponderExcluirSegui no meu ex-Golzinho 1.0 subindo a serra, sempre cuidei dele muito bem, logo fui ficando preocupado, comecei a perguntar para os motorista que vinham no sentido oposto (Fuscas, só tem Fuscas nesta estrada) se faltava muito, eles sempre diziam que faltavam 7 km, perguntei umas quatro vezes e nada de terminar a subida na terra, pedras gigantesca soltas, buracos, erosões e o abismo ao nosso lado, minha esposa começou a chorar e ficar desesperada.
Subi muito lentamente para não ocorrer nenhum dano e depois de um longo periodo de sofrimento (Gol 1000 sem ar-condicionado) chegamos ao asfalto, graças a Deus nada foi danificado mas só volto lá se souber que asfaltaram esta estrada.
Vou resumir a história. Fim dos anos 70, resolvi ir a Santos pela Rio Santos - ainda não completamente asfaltada. Anoitecendo, de repente a estrada terminou e continuou pela praia - não me perguntem qual. Resolvi deixar passar um caminhão Mercedes azul com um fusca verde na carroceria (ou o contrário) e cheio de gente dentro. Deus ajuda os prudentes. De repente o Mercedes sumiu. Parei. O caminhão caiu num canal que ia para o mar, ou vinha do mar. O farol iluminando a cena, gente berrando dentro do fusca, o caminhão afundando pela correnteza, consegui pescar duas senhoras e uma criança que ficaram não sei aonde para arrumar um guincho. Os homens ficaram lá fazendo sei lá o que. Cheguei em Santos tarde da noite sem conseguir reabastecer - e no dia seguinte não havia gasolina.
ResponderExcluirMaior roubada só a do meu primo do Pará, ultrapassando um caminhão, se perdeu no meio da poeira e quando viu estava tombado dentro da mata, sem conseguir abrir a porta da Hillux por causa do peso. E finalmente nunca podemos esquecer:o maior inimigo do 4X4 é o barro tabatinga. Abs, Fred.
FB,
ResponderExcluirJá passei por algo parecido! Muito foda!
O bacana é que apesar do humor da galera ter piorado, quando a merda aconteceu mesmo, vcs não deram o braço a torcer e cairam no riso. Acabou virando uma boa historia pra se contar.
Grande abraço
Bitu, texto maravilhoso e o melhor de tudo , foi que consegui produzir um filme em minha mente ,que com certeza ficará gravado para que eu possa contar para os netos, grato.
ResponderExcluirHoje em dia não tem mais graça com essa de história de celular. O risco das "aventuras" de antigamente era maior, pois ficar enguiçado numa estrada vicinal significava andar vários quilômetros à pé para pedir socorro. Hoje basta um telefonema para qualquer amigo.
ResponderExcluirCerta vez fui visitar minha namorada. Fui de MP Lafer (tá certo: se eu entendesse algo de carros, eu nem teria um...). Íamos dar uma voltinha sem compromisso para tomar um café. No meio do caminho inventei de levar a moça até o Observatório de Capricórnio em Campinas. Passeio legal, passando por Souzas e pelas casas coloniais de Joaquim Egídio. A Estrada das Cabras é deliciosa. Troca-se de marcha constantemente para manter o bichinho com velocidade média nas curvas bem sinuosas, entre copas frondosas e fazendas históricas.
Mas uma hora o asfalto acaba. Na minha cabeça era só um trechinho de terra, mas ele se estendeu por várias milhas. Pior: a Serra das Cabras é bem acentuada. Leito "carroçável" erodido e cheio de pedras batucando no assoalho. Parecia desenho animado: o MP Lafer debruçado sobre as rochas, galgando metros com o cotovelos - no caso, as rodas dianteiras.
No fim das contas deu tudo certo. O destino tinha uma visão muito privilegiada do entorno. Mesmo com a noite caindo, não foi tão difícil descer a ribanceira e tudo ficou bem melhor quando chegamos no asfalto de novo. Pizza e DVD? Não, obrigado.
Você contou o milagre, mas não contou o santo ... de onde sairam e para onde pretendiam ir, qual estrada pegaram, etc ... viajo com frequência para locais "sem asfalto" .. e ando sempre com correntes no carro (nunca precisei, mas estão lá) ... não chamo meus amigos para estas "aventuras", porque acabaria perdendo-os (como são meus amigos, eu sei seus gostos e "desgostos") ... nunca aconteceu comigo, de uma "roubada destas", num simples passeio de domingo ... mas em feriado prolongado já ... em 2002 ou 2003, a estrada para São Thomé das Letras não estava asfaltada integalmente ... e para chegar na cidade, foi preciso ser rebocado por um trator ... minha Blazer (com pneus já bem gastos), não conseguiu subir (foi aí que comprei as correntes) tentei duas vezes e "quase, mas foi só quase" ... uma D20, encheu a caçamba de passageiros de um ônibus (que ficou pelo caminho, este ônibus não conseguiu ser puxado por um trator) e conseguiu subir ... tinha um ##@@%%$$ de um fusquinha, que "fazia troça" conosco, pois subia e descia toda hora ...
ResponderExcluirGeraldo
Caramba FB! Que perrengue heim irmão!
ResponderExcluirCarlos Eduardo, conta ae, qual foi a aquisição???
Francisco, minha tia costuma falar dessa época, só a rapaziada do surf, época boa! Maresias sem playbozada e sem aquela bandidagem que está tudo escondida no sertãozinho...
Kiko, ouvi falar que seu Uno anda como um caranguejo... hehehe
João Paulo, você falou de Sapucaí-Mirim, lembrei da infância, quando ía para o Nosso Recanto no fim do ano, momento mais esperado do ano, sem dúvida.
MFF, eu ía perguntar sobre também... ao menos um comandinho, tendo em vista a polia regulável... passa a capivara ae Bitu!
Ahhh Bitu... e o anônimo tem razão, ranca esse filme azulado horrível da Quantum pooo... Coitada da barca!
Abs
Olha, Bitu...eu não sou de rir da desgraça alheia, mas eu não pude segurar as gargalhadas à medida que lia o texto, a forma como vc explica, faz parecer cômico rsrs
ResponderExcluirMas eu sei que a situação é braba, já passei por algo assim, mas foi na ida a Trindade, perto de Paraty-RJ...embora a estrada fosse asfaltada [até certo ponto], havia um declive tão íngreme que achei que não conseguiríamos subir...
agora, imagine vc colocar um Golf GLX [carro de estrada, até um pouquinho baixo na frente, por causa do spoiler; o Corsa que também tivemos era bem melhor nesse quesito]...pra cruzar um rio!
Ok, não era exatamente um rio, mas um riacho...mas tinha umas pedras bem grandes...no final a gente deu a volta e ficou em Paraty mesmo, era muita aventura arriscada pro nosso carrinho :P
Se estivessemos pelo menos com um carro mais alto, talvez...
Enfim, ao menos essas situações viram boas histórias pra se contar depois :)
Eu adoro e amo meus carros,
ResponderExcluirmas ao mesmo tempo adoro fazer essas aventuras, já fiz de tudo, e quanto mais lama e agua melhor, lendo esse post me deu vontade fazer novamente, pois faz muito tempo que nao faco isso, ja passei com agua no capo varias vezes, fiquei preso na argila com o assoalho todo preso, ja dei alguns voos à la WRC, e tudo com carros 4x2, Santana, Fiesta mk4, Golf,
Palio week, sempre me divirto muito.
*O problema do POLITICAMENTE CORRETO é que ele é baseado na HIPOCRISIA...
ResponderExcluir**Essas furadas são as melhores para virem à tona momentos de zoação em família!!! rs
Márcio Santos
Bitu.
ResponderExcluirHum , deu para ver que vc esconde alguns segredinhos no Ap dessa belissima Quantum ... e ainda tem um contagiros de competicao no painel..
Conta pra gente o que tem nesse motor ...
Para quem acha que celular ajuda nessas horas, acredite, tem lugares onde mesmo no meio de uma BR não há sinal de celular. Você rodando no meio de uma rodovia federal e tudo que aparece é "sem cobertura de rede" ou "sem sinal".
ResponderExcluirPor causa disso já decidi: vou instalar um PX no GTS, é apenas questão de tempo.
Putz! Jamais eu colocaria meu carro num lodaçal desses. Sem chance...
ResponderExcluirQuando parentes e amigos vem com essas idéias malucas de passeio (programa de índio), desejo boa sorte e reservo a pizza para a noite, de preferência no sofá e com uma coca bem gelada para acompanhar.
Já fiz de São Joaquim-SC a Cambará do Sul-RS em 5 horas com um Xsara VTS originalmente rente ao chão. São apenas 120km de pedras!
ResponderExcluirNão vejo a hora de fazer de novo... talvez agora com um Unimog!
Dei boas risadas! Seu relato, independente das demais opiniões foi muito comico!
ResponderExcluirDeixa de ser APzeiro homem!
ResponderExcluirNão tem nada pior do que encarar "aventuras" como esta !!!
ResponderExcluirEsse texto resumiu o que, acredito eu, muitos daqui já deve tem passado.
Parabens pela história, e por ter voltado "vivo" pra poder contar pra gente :D
Abraços
ass
Kiko Molinari