Há alguns dias escrevi um pouco sobre o Accord usado nas férias da família nesse final de 2010. Aquele foi o carro para apenas quatro pessoas, antes do restante da turma chegar.
Pois bem, o que fazer então com 11 pessoas, sendo nove adultos ? A resposta muita gente sabe. Uma perua grande, ou furgão de passageiros, chamada de wagon em inglês.
Nos Estados Unidos, van é um veículo comercial sem janelas, sendo que o carregador de gente é o wagon. Mais uma má adaptação do inglês para o português.
Quando o Arnaldo Keller relatou suas aventuras carregatórias com um Renault Master, me fez lembrar de quando utilizei um monstrão quase do mesmo tamanho, em umas férias muitos anos atrás, e a vontade de conduzir novamente um carro enorme e útil voltou a me consumir. Nesse final de 2010, chegou a hora.
Há opções de 7, 8, 11, 12, 14 e 15 passageiros no E-Series da Ford, que até alguns anos atrás se chamava Econoline. Olhar o catálogo disponível no site commtruckford.com, nos faz imaginar a incrível logística necessária para se fabricar esses carros.
Há opções de chassis de diferentes entreixos, van comercial sem janelas, wagon de passageiros (a nossa) , cabine fechada sem mais nada atrás, com o chassis descoberto, chassis rodantes sem carroceria, pacotes para ambulância, transporte escolar, tipos diferentes de bancos, fixos ou giratórios até para o motorista, chicotes elétricos com preparação para acessórios como pá para remoção de neve em ruas, prateleiras, armários e bancadas dobráveis nos modelos comerciais, janelas corrediças ou basculantes nos modelos de passageiros com comando manual ou elétrico, sistema de som especial, conjunto para reboque com sistema elétrico complementar, freios superdimensionados para esse caso, e três classes de peso de reboque. Além de mais um monte de coisas.
Não dá para detalhar tudo que há por trás de um produto como esses, sem olhar para o catálogo do fabricante. É informação até dizer chega.
Quem gosta de saber esse tipo de detalhe deve gastar um tempo nesse site. É diversão garantida.
Não existe nenhum tipo de dimensão pequena nesse carro. São 5,50 m de comprimento, largura de 2,43 m nos espelhos, altura de 2,11 m, com entre-eixos de 3,5 m. Um carro que faz o primo esportivo, o Mustang, ficar parecendo pequeno.
Um modelo como o que usamos pode puxar até 6.700 lbs., ou 3.042 kg. O peso em ordem de marcha é de 2.860 kg. Se contarmos nove adultos e duas crianças, tinha sob minha responsabilidade mais de 3500 kg.
A locadora que utilizamos tem os modelos da Ford, e fui devolver o Accord e pegar o E-350, novinho, com menos de 3.000 km, no aeroporto de Orlando, um dia antes do restante do pessoal chegar. Estranho dirigir um carro de doze lugares sem mais ninguém. Quase como Jack Nicholson no hotel do filme “O Iluminado”, me sentia só em um ambiente enorme. Mas não enlouqueci e nem vi nenhum fantasma.
É um choque deixar um carro de tamanho normal, e sair com um ônibus. Mas é o tipo de experiência que não me trás problemas, já que meu avô paterno ajudava a renda da família dirigindo caminhões desde os 16 anos, e depois de adulto teve um Dodge Kingsway 1947, usado como táxi.
Há coisas que afetam o DNA e passam para outras gerações, e meu gosto por direção e por carros grandes deve ter influência dele.
Há coisas que afetam o DNA e passam para outras gerações, e meu gosto por direção e por carros grandes deve ter influência dele.
Ao sair do aeroporto, tirei uma foto dirigindo. Notem abaixo a velocidade e rotação do motor. Pouco mais de 60 milhas por hora, ou seja, 100 km/h aproximados, e 2.000 rpm no conta-giros. E não estava na descida!
Seria fenomenal ter mais umas duas marchas, além das quatro nessa caixa acoplada com um motor V-8 com bloco de ferro e cabeçote de alumínio, duas válvulas por cilindro, de 330 polegadas cúbicas, ou 5,4 litros e 258,5 cv a 4.500rpm, para girar mais baixo ainda em estradas planas, afinal, é carro para transporte de pessoas com tranquilidade, não para corrida.
Esse belo motor funciona com até 85% de etanol na gasolina, como atesta o emblema E85 na porta traseira direita.
Existe um botão de OD, ou overdrive na ponta da alavanca de mudanças, que deve ficar acionado para uso normal. Se for desligado, a quarta não é engatada, e as marchas são trocadas em rotações maiores, as acelerações se tornam bem mais rápidas, com o consumo sendo penalizado, claro. Mas o principal uso da sobremarcha é rebocar cargas sem forçar o motor.
O escapamento é de aço inoxidável, como todo carro que se preza deveria ter, e o som que sai dele é uma delícia, V-8 borbulhante, grave e sem excessos. Um toque entusiasta da melhor qualidade.
Para embarcar, sobe-se dois degraus e só depois se pisa no assoalho. Para quem acha que em um Crossfox ou Tucson você está "alto", deveria experimentar o E-350.
Dirigindo, a primeira coisa que preocupa num carro desse tamanho é a visibilidade. Porém, basta sentar no banco do motorista e começar a ajustar a posição correta de condução, para se notar que isso não é problema. Vidros enormes, espelhos mais ainda, até com um espelho menor dentro dos principais, para enxergar os carros que estão apenas um pouco atrás nas faixas ao lado de nosso carro, e importantíssimo, nada de vidros muito escuros ou películas perigosas.
Interessante a etiqueta no quebra-sol do motorista, avisando que o veículo é alto e apresenta risco de tombamento. Pensei ser um aviso exclusivo da Ford, mas depois descobri que o alerta é obrigatório para todo utilitário esportivo, picape e derivados, vendidos no mercado americano. Tão óbvia quanto uma encontrada nos secadores elétricos de cabelos, alertando que eles não devem ser usados em contato com água.
Realmente, o mundo está perdido.
Ajustes feitos, percebemos que o banco não tem regulagem de altura. Não que precise ser mais alto ainda. O caso é que o assento é pouco inclinado, e uma posição mais segura e confortável seria com a parte da frente do assento um pouco mais alta do que a de trás. Como está, parece que estamos sentados na beirada de um escorregador de parquinho de crianças. Não acostumei nem após duas semanas.
Na foto do painel, copiada do site da Ford, pode-se ver a grande variedade de porta-objetos existentes. Toda a parte inferior central é removível, pois é também uma das tampas do motor.
Esse carro tem três acessos ao trem de força: o capô dianteiro, por onde se verificam os fluidos, filtro de ar, bateria e central elétrica, a tampa interna que serve de porta-objetos, além da parte inferior do carro, quando ele está em um elevador. Não é muito fácil realizar alguns trabalhos mais complicados, tendo que trabalhar dentro e fora do carro. Mas esse problema não é dificuldade só desse Ford.
Para os passageiros das três filas de bancos há porta-objetos e porta-copos. Além disso, duas saídas de ar no teto para cada banco, num total de seis, e mais três luzes de cortesia, a última servindo também para iluminar o porta-malas, que não é nada grande nessa versão curta de 12 lugares.
Outro detalhe, e esse uma verdadeira chateação. As portas laterais que abrem normalmente para fora, e não são corrediças como seria desejável, com o cinto do banco exatamente em frente a essas portas laterais, sem a possibilidade de ser preso ao teto, ficando com o cadarço no caminho de quem vai sentar nos bancos traseiros. Uma economia das mais abomináveis. Um simples gancho ou presilha plástica resolveria um inconveniente grande. Notem a armadilha na foto abaixo.
O emblema RSC na porta traseira esquerda, anuncia um controle de estabilidade que funciona com sensores giroscópios que medem a taxa de curva, ou velocidade angular, e o ângulo de inclinação da carroceria. Se o motorista exagerar na velocidade de giro do volante, ou pressionar mais do que o necessário o acelerador, a potência é reduzida e os freio aplicados seletivamente em cada roda, comandado pelo módulo do ABS. Mesmo sendo difícil dirigir um veículo desse tipo esportivamente a ponto de derrapar e/ou patinar pneus, devemos sempre lembrar das condições de neve e gelo que ocorrem nos EUA. Nessas condições, devem proporcionar uma boa ajuda. Mas bom mesmo seria tração nas quatro rodas para esses casos.
Há uns quinze anos fizemos uma viagem similar e alugamos o mesmo Ford, que se chamava Econoline na época. Aquele não tinha sistema de estabilidade e me lembro bem das brincadeiras responsáveis em áreas amplas e longe de carros e pessoas, onde dava para cantar um pouco de pneus, mesmo com nove a bordo. Realmente, perdemos algumas coisas boas com o dito progresso.
O tanque carrega 35 galões, ou 132 litros, para consumos da ordem de 9 km/l em avenidas tranquilas com semáforos, até uns 12 km/l em estrada, andando entre 110 a 120 km/h, com algumas incursões breves na faixa dos 130 ou pouco mais.
Se entrar em congestionamento ou trânsito mais travado, para-anda, essa média cai para uns 6 km/l. Alto, mas nada mal para mais de 3,5 toneladas com a turma a bordo.
O que não é lá muito bom, e se agrava com carga, é o comportamento da suspensão dianteira, a famosa e já bastante antiga Twin–I–Beam, ou vigas em forma de “I” gêmeas. O principal problema desse arranjo é a variação de câmber, ou ângulo de inclinação da rodas na vertical, com o movimento de sobe e desce da carroceria. Essa variação faz o carro puxar constantemente para algum lado, já que os pisos das ruas nunca são perfeitamente planos por grandes distâncias, e, no ambiente da Flórida ao menos, sempre há compensações de curvas, com inclinações para evitar os escapes para o lado de fora. O resultado é que o motorista tem que ficar atento a cada segundo, corrigindo as pequenas puxadas para um lado e outro.
Também a bitola varia com o mesmo sobe e desce da carroceria, provocando um arrastamento lateral dos pneus, diminuindo e aumentando a bitola dianteira, e acentuando o desgaste dos pneus. Não é um sistema moderno e já foi aceitável no passado. Hoje, a Ford poderia perfeitamente adotar outra solução.
foto: suspensionbible.com |
Mas apesar de parecer problemático pela minha descrição, o carro nos serviu perfeitamente durante duas semanas, sem nenhuma única chateação que nos fizesse detestá-lo.
E a combinação de toda uma família dentro do mesmo carro, motor V-8, transmissão suave, férias divertidas e porta-objetos que pode funcionar como porta-batata-frita e Coca-Cola, é algo memorável.
Além disso tudo, é muito carro para um preço de US$ 33.760.
JJ
É a Kombi deles...
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ResponderExcluirJJ, van de carga ou de passageiros é só van mesmo na Inglaterra. Não existe distinção.
ResponderExcluirQuanto a esses brinquedos, eu que dirijo uma Transit todos os dias, invejo os americanos com opções de V8.
o BAGULHO É MUITO DOIDO jUVENAL!
ResponderExcluirJJ, muito legal o post!
ResponderExcluirÉ a Transit - que aliás é uma delícia - dos americanos.
Me espantou muito, mas muito mesmo o consumo do carro...quer dizer então que nossa Captiva, deslocando metade de gente, dois litros "de motor" e 1000kg a menos cobra quase o dobro de gasolina??
Isso me deixou com a pulga...
De resto, que baita carrão hein!
Grande relato!
Mister Fórmula Finesse
JJ, odeio ao Auto Entusiastas. rsrsrs Numa época em que estou com saudades da viagem que fiz a America há 8 meses atrás, você posta a imagem do veículo que faz meu transporte entre aeroporto - hotel na chegada e na partida.
ResponderExcluirLembro muito bem dos confortáveis bancos, do silêncio a bordo, da baixíssima rotação em velocidade de cruzeiro e da vigorosa aceleração quando o motorista saiu da Wilshire e pegou a alça da 101 para nos deixar no aeroporto de LA. Lembro também dos 2500RPM a 80mph.
Os consumos que você trouxe são bem impressionantes a se considerar o porte do veículo e a sua péssima aerodinâmica.
Me impressiona também o uso dos lubrificantes 5w20 em toda linha de motores Ford. Desde os "Modular" até o pequeno Sigma que equipa o Fiesta Mexicano vendido aqui.
Não consigo deixar de procurar um atestado da eficiência destes óleos no combate do desgaste do motor em longo prazo.
Esse Caio Ferrari é um bixona mesmo
ResponderExcluirEnquanto tinhamos até pouco tempo atrás a Kombi com motor a ar.Os americanos tem V8 debaixo do capo
ResponderExcluirÉ possível dirigir um desse com nossa carta de habilitação categoria B?
ResponderExcluirJJ,
ResponderExcluirOnde ficam os difusores do ar condicionado para os passageiros?
Aí no pais dos inventores do carro flex, a Ford recomenda um tanque de gasolina a cada intervalo de troca de óleo. E desse o pau no álcool em seus manuais, dizendo que estraga, empena, quebra todos os plásticos que entra em contato, assim como corroi os metais, ESPECIALMENTE QUANDO MISTURADO À GASOLINA, mas que nos flexíveis materiais foram reforçados para evitar isso.
ResponderExcluirPortanto soma-se à Toyota na recomendação de intercalar gasolina (no caso aditivada, já que lá só existe aditivada desde 95).
Vai entender...
Se um carro já é ruim de dirigir com espelho esquerdo plano, imagino um utilitário. É muito desconfortável.
ResponderExcluirEsse espelhindo pequeno é ideia da Ford e tem até para o New Fiesta, mas não vem para o Brasil.
Deve ser um passo no caminho de acabar com a proibição de convexo, pois já há até movimentos nesse sentido por lá, e com pessoal alterando o espelho por conta.
JJ,
ResponderExcluirbate com o que senti quando guiei uma em 2006. http://autoentusiastas.blogspot.com/2008/12/eu-s-quero-retas.html
AC
Marcelo, não sei se isso é "descer" o malho no Etanol.
ResponderExcluirConheço pessoas que já rodaram 100mil km só no Etanol e não tiveram problemas. Acho que a engenharia esta aí para isso, cada combustível tem suas particularidades e necessitam de certos cuidados. Gasolina também danifica diversos materiais, inclusive plasticos e borrachas...
Pode ser apenas uma medida conservadora. Lembrando que aqui, a Honda não recomenda gasolina aditivada (acho que mudaram isso). A nissan, idem: apenas gasolina comum... Vai entender.
Alexandre, 5,5km/L?
ResponderExcluirAcho que os dados do JJ realmente estão com algum problema... Será que não teve algum erro na hora de passar para km/L?
12km/L na estrada estão bom demais para ser verdade.
JJ, andei bem com um E-Series ano 98 ou algo assim, para viajar é excelente e cabe tudo e mais um pouco, além do conforto das poltronas, pois aquilo não tem bancos, tem poltronas. E V-8.
ResponderExcluirabs,
Andei em uma Econoline em 1995, no caso como passageiro. Surpreendi-me com o quão apertada é para aquele tamanhão todo. Prefiro os furgões de projeto europeu.
ResponderExcluirSurprendi-me também com o pouco espaço para consertar o motor. Dá para entender agora o porquê de a Nissan ter dotado de narigão os modelos NV1500/2500/3500:
http://www.caranddriver.com/news/car/10q1/2011_nissan_nv1500_nv2500_hd_nv3500_hd-car_news/gallery
JJ belo post!
ResponderExcluirComo os motores estao eficientes.
Um bichao com esse peso fazendo 9-12 km/l. Mas vamos lembrar que nao e com a nossa gasolina.. por aqui iria beber bem mais.
De qualquer forma eu dirigindo um desses iria bater em tudo e nao conseguiria parar nas ruas e shoppings.
Abracos
Caio,
ResponderExcluirIsso da Honda era confusão com chumbo ser sinônimo de aditivada, foi erro de tradução (tomara!). É por isso que tenho medo de certas engenharias brazucas, não recomendar/proibir gasolina aditivada é o fim da picada. Se for assim em outros mercados que só tem ela esses fabricantes não poderiam vender automóvel!
Essa de um tanque de gasolina a cada X quilômetros eu ainda não entendi, mas pelo menos não é coisa de brazuca, talvéz tenha algum crédito. Essa do álcool misturado na gasolina potencializar os efeitos nocivos do etanol é de se preocupar.
HAuAuHA, que dahora
ResponderExcluiré tipo a van do BangBros
sensacional !
Soares, também temos de lembrar que existe a opção de se equipar uma Econoline com motores a diesel V8.
ResponderExcluirE a gente aquí ainda produzindo a Kombi... Só gostaria que fosse confirmado o dado de consumo, pois achei meio baixo para essa área frontal toda.
ResponderExcluirO post me levou a época em que revezava dirigindo uma destas v6 ( E250)e uma silverado v8, eu e o gerente de onde trabalhava, qd pegavamos a estrada para algum job site, era pau dentro um contra o outro, sempre acima de 90mph, eita tempo bom! Realmente vc precisa ficar corrigindo a trajetória, fora isso é fácil d+ de guiar. Eu já estava procurando uma f250 agora com a saudade que bateu de carros big size é que eu vou atraz de uma msm.
ResponderExcluirAntonio FIlho -
ResponderExcluirTá louco, parece uma kitnete com um V8 sobre rodas !!!
Obs: Tá certo mesmo esse consumo excelente, para isso tudo de carro ?
Valeu pela ótima matéria e de extrema diferença para o que vemos por nossas tupiniquins !!!
Marcus,
ResponderExcluirminha CNH é categoria B, e no balcão da locadora, só quiseram meu passaporte e cartão de crédito.
Mister Formula Finesse,
ResponderExcluireu me utilizo da finesse ao acelerador. Se dirigirmos acelerando para valer, esses consumos devem piorar bastante.
Aléssio Marinho,
ResponderExcluiros difusores estão no teto, eles aparecem em uma foto.
Caio Ferrari,
ResponderExcluircomo brasileiro que paga uma das gasolinas mais caras do mundo, poupei meu pé direito para ver se o carro correspondia com um consumo bom. E foi o que aconteceu.
Soares,
ResponderExcluireu gostaria de ter um desses aqui em São Paulo, só para arrumar confusão em estacionamentos.
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ResponderExcluirCaio Ferrari, Bianchini, Antonio Filho, Mister Formula Finesse,
ResponderExcluirsobre consumo, a média geral em todos os dias foi de pouco mais de 8 km/l. E nisso tem um dia em que não fui eu quem dirigiu.
Mas é mais importante os números que o computador de bordo mostrava instantaneamente e em trechos em que eu o zerava, prosseguia dirigindo e depois, ao mudar as condições de tráfego, verificava a média e zerava novamente.
Assim consegui ver esse 12km/l em trechos de estrada livre, andando entre 110 e 130 km/h, sem nenhuma retomada acelerando forte.
Mesma coisa para avenidas com grande distância entre semáforos, por volta de 500 metros. Nessa condição, chega a 10 km/l.
E o para-anda com 6 km/l foi Na International Drive, a rua mais movimentada de Orlando, em cerca de 40 minutos de congestionamento.
Juvenal,
ResponderExcluirYou always were the caretaker.
JJ, imaginei que utilizou o acelerador com muito cuidado.
ResponderExcluirMas mesmo assim, para nós - acostumados com nossos carros - a economia global desse carro é surpreendemente bom. Se for andar como um monge em uma Captiva, mas mantendo esses 120, 130 que não são nada desprezíveis; creio que não conseguira de consumo real mais de 9 ou 9,5km por litro.
Sei lá, computador de bordo mentiroso, ótima gasolina...talvez sejam grandes coadjuvantes nesse consumo que me deixou espantado.
Mas que grande carro!
abraço
Mister Fórmula Finesse
Belo post JJ! Agora "O Iluminado" você foi longe heim... hehehe
ResponderExcluirEste adesivo de risco de capotamento saía nas primeiras Ecosport, acho que a Ford percebeu que isso poderia afetar as vendas.
Quanto ao consumo, realmente é o tipo de coisa que nem queremos acreditar, a qualidade da gasolina deve fazer uma boa diferença.
Este Mustang parece ter película refletiva no parabrisa (PAP)...
Sds
Fabio,
ResponderExcluirnão é película, é geada. Na hora dessa fot, a temperatura era de 2°C, umas 8 da manhã.
huuummm... Mas o efeito ficou bom no prata, não? Igualzinho ao PAP.
ResponderExcluirJJ, realmente você deve ter sido bem carinhoso com o acelerador. Rsrs.
ResponderExcluirEsses 12km/L a 120km/h é coisa de carro 2.0 rodando com E20 (nossa alcoolina)
De qualquer forma, se você explicou e confirmou que era isso mesmo, acredito em você.
Penso que se você andar tomando pouco cuidado com o pé direito, como um motorista comum, certamente fará algo na casa de 3km/L na cidade e 6 ou 7 na estrada.
Um carro DESTE tamanho com um V8 a gasolina é puro desperdício. Até mesmo de motor, que seria melhor aproveitado em algo mais leve.
ResponderExcluirIsso aí implora por um turbo diesel.
Esses veículos de trabalho deveriam ser todos assim, de caixa automática. Essas Ducatos escolares andando 300 metros e parandom, com caixa manual, pra economizar 300 metros por litro, é o cúmulo da idiotice.
ResponderExcluirNão vejo desperdício diante da matemática apresentada e digo mais, acredito que todos os entusiastas aqui ficaram com vontade de fazer o test drive.
ResponderExcluirCom certeza Fábio!
ResponderExcluirAquele corpanzil civil gerido pelo volante, mas um V8 "cleveland" no meio dos bancos dianteiros é para atiçar a imaginação de qualquer louco por carros.
Mister Fórmula Finesse
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ResponderExcluirMas é veículo de serviço; logo é pesado,e sem a menor pretensão "esportiva" Tá certo que a gasosa no Tio Sam é mais barata, mas um diesel turbo, como eses MWM novos, seria muito mais lógico num monstro desses.
ResponderExcluirEsqueceram tem V8 a diesel também?
Ai dá pra pegar esse V8 Cleveland e meter num Mustang antigo ou numa caminhonete tipo F-1000 e acelerar.
EITA !! O CONSUMO QUE O BITU MENCIONOU É REAL PORQUE ESTIVE POR LÁ TAMBÉM E VI QUE ORLANDO É UM LUGAR TÃO PLANO QUE CHEGA A DAR DESGOSTO.. QUE VOCÊ EMBALA A BARCA SÓ PÁRA EM SEMÁFOROS.... ( FORA OS LIMITES TOSCOS PARA AQUELAS RODOVIAS DE TROCENTAS PISTAS) . . .
ResponderExcluirRealmente dois vacilos da FORD. A posição daquele cinto é uma das coisas mais tolas que já se cometeu em termos de segurança, ainda mais num país que alega se perocupar tanto com ela...
ResponderExcluirQuanto à suspensão dianteira "Twin-I-Beam", pensei que já não era usada há muioto tempo, e que seu uso pela FORD do Brasil fosse um raproveitamento de ferramental, mas estava enganado.
Pelo que parece, "em terras de Tio Sam" também se fazem barbaridades...
Caio,
ResponderExcluiro JJ é conhecido entre a gente como 'chofer de Cometa', aquele cara que guia com categoria ímpar. Deve ter travado em 55 mph (tacógrafo imaginário) e não ultrapassou nem a porrete. Já eu e meu irmão fizemos uma viagem mais longa, de Miami a Tampa, e onde deu sentamos a bota, inclusive descobrimos a que velocidade a injeção corta (140 km/h), isso com 10 a bordo e um mundo de equipamentos da banda. Ainda pegamos um trecho engarrafado na estrada. Achei 5,5 km/l muito bom.
Alexandre, imaginei que não seria qualquer um que conseguiria uma média tão boa.
ResponderExcluirEu estou tentando me aperfeiçoar no "Zen e a Arte de economizar combustível".
Estou conseguindo 12km/L com um Mille rodando com E85. Antes fazia 10,5km/L. Meu pai, ficava nos 9, tudo no mesmo trajeto.
Cruvinel,
ResponderExcluirvocê é sempre engraçado.
Abraço.
Na minha última viagem aos USA a trabalho tinha uma wagon destas nos transportando, mas GM com um V8 396. Como andava aquilo, acelerando com vontade nas entradas de avenidas, lotada e com ar ligado à toda. Mas à velocidades de cruzeiro ronronava a 2.000 rpm. Daí o consumo excelente, ainda mais com a gasolina boa deles. E aqui no Brasil se compra uma Kombi com câmbio curto (pra arrancar melhor...) por quase o mesmo preço... Também acho que os veículos comerciais deveriam ter todos câmbio automático. Aqui em Porto Alegre a maioria dos ônibus que andam em corredores são automáticos. O custo de manutenção é menor que ficar trocando embreagem a cada seis meses...
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