Foto: desperateseller.com.uk |
Outro dia o Bob falou bem da tração dianteira. Depois, nos comentários, ele ressalvou que para competição a tração traseira era superior. Tudo bem, concordo com ele que os carros atuais de tração dianteira estão bem bons e atendem perfeitamente as necessidades do motorista em geral. Concordo que essa é a configuração que baixa custos de fabricação e consumo de combustível, além de aumentar o espaço interno. Fora o Lada Laika e o bugue que tenho na fazenda, todos os carros daqui da família têm tração dianteira. E eles vão bem, são estáveis, et cetera e tal.
Mas acontece que não gosto de tração dianteira e boa. Sinto falta daquele plus para me deixar totalmente satisfeito. Totalmente satisfeito significa ter ao menos uma gaminha, um tesãozinho saboroso inesquecível.
"Moça, você é uma beleza! Linda pacas, sorridente e tal. Atende perfeitamente os requisitos do dia a dia e, segundo o marketing atual do Departamento de Promoção das Mulheres, você preenche todos os requisitos aqui da tabela, mas te falta alguma coisa que ainda não sei definir. Não sei se é bunda ou cérebro. Talvez seja sal, sei lá. De qualquer modo, sou um cliente exigente. Sou pobre e feio, mas sou enjoado, portanto, isso aqui não dá namoro, só dá amizade e talvez um sexo banal. Volte a avise o pessoal do marketing que te orientou na vida que eles são tão chatos quanto uma unha encravada".
Caramba! Afinal, se um matungo que vai comprar um carro tem o direito de gostar ou não gostar de uma cor, por que raios ele tem que comprar um de outra, por mais lógica que ela seja?
Vejamos o caso da cor: moramos num país tropical e aqui o lógico seria ter um carro branco ou vermelho ou prata ou amarelo, em suma, cores que refletem as ondas de luz que esquentam. Nunca um preto ou azul marinho. Essa é a lógica. Então eu sou obrigado a escolher uma dessas cores reflexivas, gostando ou não?
Já estou pelos tampos de raciocinar com lógica estando metido num mundo onde a lógica clássica não se faz valer. Portanto, a lógica que impera não bate com a minha. Essa lógica do marketing atual, que propala que os meios são mais importantes que os fins, não bate com a minha. Não posso mudar, não posso venerar o Grande Irmão, não consigo, não engulo.
Sou, portanto, um óbice, um estorvo e se pudessem, me incinerariam.
Outro dia, andando de bike, passei por uma loja de carros usados. Nessas, vi um BMW hatch 1995, motor 4-cil, câmbio manual, teto solar. Na loja havia outros carros, mais potentes, mais velozes, mais bonitos, modernos, mais tudo, mas encanei com aquele BMWzinho. Imaginei o que eu poderia entortá-lo em curvas, colocá-lo de lado. Imaginei o carrinho na chuva, eu o acelerando na curva, contra-esterçando o volante e dosando a aceleração certinho pra que ele se alinhasse certinho na pegada da reta, ele dando umas rebeadinhas com a bunda e as laterais do banco escorando minhas costelas. Aquele carro simplesinho ali tem potencial pra isso, sim.
A gente imagina na chuva esses carros mais fracos porque eles não costumam ter potência bastante para destracionar no seco, porém, se ele tivesse pra lá de uns 200 ou 300 cv, eu o imaginaria no seco mesmo. Mas não é isso que quero, não. Não é um carro potentão não, um carro caro pra lazer de fim de semana. Estou falando de carro comum pro dia a dia.
Quando estou na fazenda e chove, me divirto pacas com o Laikinha na lama, só porque ele tem tração traseira. Tração dianteira na lama é totalmente sem graça.
Bom, anos atrás escrevi uma coluna no Superauto pedindo o mesmo que aqui volto a pedir, um carrinho normalzinho que tivesse tração traseira, e nessas, inspirado nela, um leitor, Leandro M. Cardoso, colocou uma petição online colhendo assinaturas: http://www.petitiononline.com/qttbr/petition.html
Pelo visto, ao menos tem outros 385 sujeitos que pensam igual a mim, e me conformo razoavelmente com isso.
AK
Arnaldo!
ResponderExcluirJunte mais lenha, e dê um espaço por favor, que tem mais um que merece a fogueira então.
Essas compacts são ótimas mesmo que debitando não mais do que 140 cavalos nas rodas de trás.
Ergonomia dez; volante rápido, alavanca que é a extensão natural da mão, um carrinho bão pra cacete para dirigir.
Faz tempo, mas ficou registrado como ele entrava bem nas curvas, giro rápido no volante e a traseira viva ali te cutucando...a ponta da manopla de câmbio pedindo; incitando em girar o carro no próprio eixo.
Uma "debreiada" com motor cheio nas elevações do calçamento para ele andar que nem caranguejo...
Um carrinho muito divertido, vivo, sorridente, genial em sua simplicidade. Dava mais diversão que qualquer Focus ou Golf Gti de hoje em dia, por melhor que esses sejam acertados.
Mister Fórmula Finesse
UM gurgel supermini tras traseira q tal muito bom de brincar com ele no barro fica muito divertido manobralo
ExcluirJá fiz minha boa ação, assinei e mandei o link da petição para meus amigos do orkut e facebook.
ResponderExcluirRealmente as montadoras aqui só querem lucro facil e rapido, somos um dos maiores fabricantes de automoveis do mundo, e só temos opções inssossas, insipidas e inodoras...
Abraços
Gustavo
Tração dianteira é o primeiro passo p/ a BMW virar chinesa...Cruel.
ResponderExcluirPor isso não dispenso meus Fuscas!
ResponderExcluirTenho 30 anos, dirijo desde os 12, aprendi e fiz minhas primeiras peripécias com carros de tração traseira, rural e fusca, quando completei 18 anos tive meu primeiro carro que era de tração dianteira e assim foram todos os outros até hoje.
ResponderExcluirMas confesso que sinto falta das saidas de traseira controladas que eu vivia fazendo nas estradinhas de terra antes de completas 18, graças a Deus todas elas bem controladas, nunca bati.
Coincidencia esse Tópico sobre esse assunto pois bem nessa semana estava comentando com um amigo sobre um carro barato, divertido e relativamente forte para brincar nos Trackdays e lembrei da 323Ti Compact Sport manual,e vendo o preço de tabela na casa dos 26 mil reais fiquei beeem tentado a comprar uma dessas, motor 6 canecos de 170 cavalos, manual, carroceria hatch deve ser muito divertido.
Aos 15 anos meu pai comprou um Opala. Um 4cc, 86 4p. Ele andou com ele um tempo e depois comprou um Tipo. O opala ficou como segundo carro da familia, jogado na garagem, tomando poeira e cimento.
ResponderExcluirAproveitando que podia ir pra escola com ele (e liberado pelo cabo Aros, desde que não fizesse besteira) desenvolvi bastante os reflexos, pois podia dirigir quase que diariamente e de vez em quando pegava uma rodovia.
Altenando entre o Tipo e o Opala, o GM era mais divertido, justamente por causa da tração traseira. Na chuva, em baixa velocidade, fazia como vc AK faz no laika. Mas em estrada, ficava receoso em guiá-lo, pois ele não me transmitia a mesma segurança que o Tipo.
Enfim, para guiar um TT tem que saber, compreender a sua dinâmica e treinar os reflexos, coisa que num carro TD é mais simples e natural.
Apenas questão de treino. Só isso.
PS. Por conta disso, to amadurecendo a ideia de juntar um TT 6cc ao meu conversível...
Sr. Bob Sharp, com a devida licença, também prefiro traseira, acompanhando Arnaldo. A sensação sutil de ser empurrado é melhor do que a de ser puxado pelo conjunto motriz. Questão de gosto. Ja publiquei no meu facebook este post.
ResponderExcluirJosé Dutra
ResponderExcluirNão seja por isso. Pegue um TD e ande de ré. Sempre.
José Dutra
ResponderExcluirClaro, mera questão de gosto, nada tem a ver com técnica. Já passei há muito da fase de ficar brincando de derrapagem controlada, coisa que não tem nenhum mistério. Estou atrás é de aceleração lateral, velocidade em curva, fatores reais de desempenho.
Por coincidencioa estava hj mesmo lendo o Correio Tecnico do BCWS o assunto aceleração lateral de sua autoria, Bob. Acho que tem que ver o que o camarada gosta, se é andar rápido, TD, se é pra brincar de derrapar, TT. Não sou contra as brincadeiras não, rs.
ResponderExcluirArnaldo
ResponderExcluirPega um coupé de 900 kg, tamanho do Tigra e Puma mas com um tapa no visual...
Põe tração traseira e motor aspirado ou com compressor pra girar até 10000 rpm.
Escolhe se o motor fica na frente e coloca +2 lugares pra anões raquíticos ou motor central.
Põe um volante do Fiesta Sport
Coloca um câmbio manopla do NFocus e engate do Golf
Se tiver espaço, joga um Multilink lá atrás e pronto. Quer mais o que da vida?
Depois assino a petição. Agora me responda uma coisa: A coluna Superauto não está mais no ar né?
Teve uma época que eu tentei ler mas faltou uma parte. Dia desses fui procurar no site e não achei. Uma pena pois era muito boa!
Alessio Marinho,
ResponderExcluirNão há segredo algum num tração traseira, nem é mais difícil ou fácil e muito menos é menos estável que um tração dianteira. Você extrapolou uma experiência que não foi boa quanto à estabilidade.
Pra ficar fácil, pegue um Omega e veja se ele lhe dará insegurança na estrada.
Bob,
ResponderExcluirNo Brasil, infelizmente não há mais parâmetro. Não há mais carro de potência média ou baixa com tração traseira, fora o Smart e os BMW pequenos.
Daí que não temos com que comparar.
Para carros fortes, não há discussão, não é?
Reynaldo,
ResponderExcluirEu gosto dos dois e acho que a tração traseira é o melhor para os dois, e claro, estamos falando de carros igualmente bem projetados.
Tak
ResponderExcluirescrevi a coluna semanal Veneno por 7 anos e meio. Já chega, não é? Nem eu sei mais como acessar.
Carro esquisito esse aí que vc bolou, mas tô dentro.
Arnaldo Keller
ResponderExcluirO que você chama de forte? Estou um Audi A3 2-L turbo, 200 cv, 28,5 mkgf, câmbio 2-emb, tração dianteira, que é um demônio. Claro que há discussão. Você e os que advogam tração traseira precisam entender que powerslide é igual a Elixir Paregórico ou Gumex, é coisa do passado. Nem os mais potentes tração traseira conseguem fazer powerslide, tamanha a aderência dos pneus e a qualidade das suspensões. Andei num Alfa Romeo 8C em Balocco, do lado, e o piloto de testes da fábrica fazia das tripas coração para obter um powerslide, só para demonstrar, para show. Era totalmente fora de propósito. E isso numa curvinha de baixa. Acabou, carro hoje anda no trilho. Quem anda de lado é caranguejo.
A lista on line tá aumentando... rsrsrs
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ResponderExcluirTração traseira é tração traseira.
ResponderExcluirSe dianteira fosse bom, os novos Camaro, Mustang e Challenger teriam tração dianteira e perderiam a alma. Ainda bem que não foram por esse caminho (trilhado pela maioria) de carrinho-tração-dianteira-igual-todo-mundo.
Bom, tração dianteira é o futuro, certo? Então, por obséquio, permitam-me continuar sendo um fervoroso entusiasta pelo passado, uma época gloriosa em que o motorista dirigia o carro, e não o carro dirigia o motorista (como nos atuais Volvos). Nada tenho contra os tração dianteira. Como meios de transporte urbanos, para lhe levar do ponto A ao ponto B, perfeitos. Mas para viajar...
ResponderExcluirEstou muito satisfeito com meu Monza. Confortável, estável, bom porta malas, manutenção barata, um câmbio bem escalonado que permite que na estrada a 120km/h esteja a 3.200rpm, 300 abaixo do ponto de torque máximo (3.500rpm para o 2.0 gasolina)... mas era mais divertido viajar quando eu o fazia com a Variant 76. Ela exigia mais de mim ao volante, e eu acabava terminando a viagem mais satisfeito.
Ainda voltarei a ter uma dessas (ou melhor, uma Variant II) como segundo carro, já que não pretendo me desfazer do Monza.
Abraço, Arnaldo!
O Alexandre Garcia, Mr. V8, não escreve mais nesse site? Que pena...
ResponderExcluirNo Japão a Toyota está planejando um novo carro esporte pequeno de tração traseira, um sucessor do Toyota AE86 dos anos 80, que tinha sido o ultimo Toyota pequeno com tração traseira e é muito querido por lá até hoje, por ser muito divertido de dirigir, ainda mais lá que eles gostam muito de fazer "drift", ou curva derrapada.
ResponderExcluirProvavelmente esse carro de tração traseira será baseado nos atuais carros conceito FT-86.
Lilian, Paulo e Juju
ResponderExcluirQue lista, a da petição online pró-tração traseira? Essa eu queria ver chegar à mesa de um presidente de fábrica. Sou capaz de afirmar que seria emoldurada e pendurada na parede como curiosidade...
Alguém aqui assistiu Ronin (pareçe que não)? A BMW M5 enfiou o Peugeot 406 no bolso. No mesmo filme, a Mercedes 450 SEL 6.9 também guardou os Citröen no bolso, mesmo sendo mais modernos (quero dizer, excêntricos). Não há muito o que dizer.
ResponderExcluirps: Mas acho que um A3 de 200 cavalos se sairia muito bem.
Renan Veronezzi
Cortesia: Ronin
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=ITS5GkkqgEQ&feature=fvst
http://www.youtube.com/watch?v=2d4ej1RPkEI
Que dizer do S8!?
Ainda bem que há entusiasta como o Bob, práticos de objetivos. A mulecada das "páginas de relacionamentos" da vida adoram endeusar porcarias e bobagens.
ResponderExcluirBianchini
ResponderExcluirPor que a tração dianteira é o futuro, quem disse isso? As duas soluções são e serão sempre aplicáveis, tudo é questão de premissas de projeto, sempre levando a eficiência em consideração. Não estão produzindo híbridos e elétricos?
Esse negócio de powerslide é o pessoal que anda jogando muito video game, vendo muito drift, ou assistindo muito WRC em pista de baixa aderência.
ResponderExcluirBom, Bob, todo mundo que ainda não tinha feito carro com tração dianteira está dando um jeito de fazer o seu, não é? Em 10 anos poderemos ter um Porsche híbrido com tração dianteira, numa homenagem aos tempos da juventude de Herr Ferdinand Porsche (vide Lohner-Porsche). Tem também a questão que um tração dianteira é mais barato de produzir (não tem cardã, diferencial traseiro), mais fácil de montar "famílias" modulares de carros... empresarialmente a tração dianteira é um grande negócio quando se pensa em corte de custos, maximização dos lucros, etc., daí a afirmação da tração dianteira ser o futuro. Só que, para quem teve VWs de motor traseiro por mais de 10 anos e já teve Chevette, não dá tanto prazer de dirigir.
ResponderExcluirNão sei se conseguirei estar em sua palestra no ABC Old Cars, mas espero ao menos poder mandar-lhe um oi de longe.
Antonio Filho-
ResponderExcluirPessoal, sei lá, mas acho que oportunidades por ai, como a exemplo da 318 não faltam ! Partindo até de um Fusca, da para curtir um empurrão e umas escorregadas. Aprendi a dirigir em uma Caravan 1977 4.1 com cambio no volante, e vou lhes dizer que até hoje morro de saudades dela, pois andava bem, era muito confortável, tinha freios bons, boa potencia e torque. Mas euzinho aqui em Brasília dava meus pinotes por ai numa boa e nunca tive problemas nem acidentes mesmo sendo de menor, e olha que as vezes eu exigia bem da peruazona ! O interessante é que junto com o grande peso deslocado para frente, suspensão macia, grande altura do solo, pneus 195/70-15 e tração traseira, que em modo esportivo tinha que saber domar a danada ! Eu com meus 15 anos já até que tocava bem e já compreendia que a massa do carro tinha que ser projetada para apontar a curva, ou seja em alta velocidade temos que saber praticamente domar o peso do carro e a inclinação, conjunto com a aderência e aceleração lateral baixa. Resumindo: Para mim era um prazer imenso de aprender dirigir um TT e posteriormente domar um carro assim...Até hoje me lembro da baita zuada dos pneus uivando alto pelas ruas de Brasília...Que Saudades.
Meu pai que não é bobo, sempre emprestava seus carros, pois sabia que eu nunca iria lhe dar trabalho ou prejuízo, confia em tudo que faço, a única reclamação da erpoca era que as vezes os pneus não duravam 15 mil kms por causa das minhas idas ao autodromo...rs
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ResponderExcluirSinceramente, não esperava um comentário como o do Bob aqui... É simplesmente uma questão de opinião! Há aqui e em qualquer outro site de admiradores de carros divergências de gostos e vontades!!! Eu mesmo nunca teria uma Ferrari mas teria qualquer corvette! Gosto é gosto e eu concordo 100% com o Arnaldo!
ResponderExcluirFaltou Humildade... o colega acima falou bem!
ResponderExcluirE ressaltando que meu sonho de consumo são alguns carros, que são um M3 E36 Alemão ou superior bem preparada em quase tudo, um Opala SS Coupe 1978 com motor do omega 4.1 toda trabalhadinha e impecável, entre outros mais que estão minha lista da mega sena quando ganhar ou quem sabe quando passar num concurso publico que quero...rs
ResponderExcluir---
Não querendo defender ninguém, mas é claro que carros antigos com baixa aderência e aceleração lateral, independente do tipo de tração, tecnicamente são muito ruins do ponto de vista da eficiência dinâmica, pois perdem muito em quase tudo, onde um bom carro moderno e até com TD conseguem temporais nas pistas e nos resultados gerais.
Mas toda via e regra, dar trabalho e domar o bicho na mão, independente do que seja é que faz a graça e a diversão, e com uma TT então é uma dádiva divina terrena !!!
FATO: Num tração dianteira vc só dirige METADE do carro.
ResponderExcluirAh, Bob, realmente a tração traseira pode não ser tão eficiente feito a atual dianteira. Mas voce não acha bonito, embora saiba que se perde em rapidez, um carro fazendo um curva de lado?
ResponderExcluirE a derrapagem controlada só não tem mistérios para A elite do volante, na qual voce é incluído. Para os menos escolados, botar o carro de lado é baita desafio e, principalmente, uma deliciosa diversão.
Abraço
Lucas crf
Outro detalhe que temos de pôr na conta da tração traseira é o tal lance da distribuição de peso 50-50 dos modelos mais modernos.
ResponderExcluirMuita manolada por aí fica dizendo que carro de tração traseira é ruim por ainda associar a coisa a modelos com peso mal distribuído, na casa de 70-30, e suspensões de eixo rígido. E eram esses os carros desequilibrados que havia quando surgiu o Passat I por estas bandas e sua distribuição de peso 60-40, suspensão traseira de eixo de torção, raio negativo de rolagem e por aí vai, obviamente um conjunto mais equilibrado.
Porém, com o tempo, os carros de tração traseira foram melhorando e hoje em dia suspensão traseira independente e 50-50 é extremamente comum. E, claro, também foram acertados de uma forma que chegam a ser mais à prova de idiotas que um carro de tração dianteira, mesmo que não tenham toda aquela sorte de sopas de letrinhas controlando barbeiragens. Um Omega A, por exemplo, é carro dos mais civilizados, mesmo sem as frescuras eletrônicas. Sempre gosto de ver este vídeo com a barca:
http://www.youtube.com/watch?v=9GOzCCvEKrw
Lucas, sobre eficiência, pelo que vi nos últimos tempos, conseguiram reduzir bastante as perdas mecânicas na tração traseira. Um BMW 330i fazendo 11 km/l na estrada sem qualquer paranormalidade do motorista é mostra disso, assim como um Commodore com V6 de injeção direta fazendo 14 km/l também sem motorista de outro mundo mostra bem que hoje em dia não dá mais para falar que tração traseira acrescenta em consumo.
ResponderExcluirAinda sobre tração traseira, não esqueçamos que em carros ultracompactos ela está servindo como forma de liberar espaço e aumentar a segurança.
ResponderExcluirQuem esteve no Salão do Automóvel e entrou no Mitsubishi i-MiEV deve ter se surpreendido sobre como aquele carrinho de 3,4 m consegue acomodar tão bem quatro adultos e ainda levar quantidade de bagagem maior que a de um Picanto. O i a combustão tem o mesmo espaço interno do i-MiEV, que ninguém se esqueça. O segredo foi um motor central-traseiro transversal com bloco inclinado 45º para trás, gerando plataforma de carga bem baixa. Com isso, a frente ficou livre de motor e deu para avançar o habitáculo, bem como ter uma zona de deformação bem decente. Vale lembrar que o motor do i é usado na atual geração do smart fortwo e também no por ora protótipo Gordon Murray T25, ambos carros bem espaçosos para seu tamanho.
Ainda mais radical no uso de motor central-traseiro com bloco inclinado é o Tata Nano, cujo motor é totalmente deitado e, com isso, conseguindo-se em 3,1 m espaço interno maior que o de um Maruti 800 (Suzuki Alto de velha geração). Alguns aqui devem ter visto que um Tata Nano de especificação indiana e airbag adaptado conseguiu marcar 4 estrelas no EuroNCAP, sendo de se esperar que o modelo Europa (que tem mais zona de deformação, entre outras coisas) se dê ainda melhor nisso.
Fora isso, há outros detalhes interessantes nesses carrinhos, como conseguirem diâmetros de giro extremamente reduzidos (9 m no i, 8 m no Nano) e a fórmula que eles utilizam permitir que passageiros estejam sempre entre os eixos e bagagens sempre sobre o eixo traseiro, evitando maiores alterações na distribuição de peso com o carro cheio ou vazio.
Box666
ResponderExcluirPode explicar sua teoria de que com tração dianteira só se dirige metade do carro? Isso é novidade para mim.
Lucas
ResponderExcluirEu seria louco de ser contra a tração traseira. Claro que é gostoso brincar de vez em quando de powerslide, mas isso não é motivo para malhar a tração dianteira, que também permite momentos agradáveis e emocionantes de condução rápida. Lembre-se de que no drifting o carro só assume a atitude de sair de traseira com um puxão no freio de estacionamento na entrada, para só depois a atitude de traseira para fora ser mantida dando potência. Sem o recurso do freio de estacionamento a traseira não descola.
No drift a traseira descola sem o uso do freio de estacionamento com o chamado "drift de inércia".
ResponderExcluirA questão aqui não é somente qual é melhor e sim qual mais agrada em determinadas ocasiões! É opinião Bob! O Arnaldo e você parecem ser bons amigos e por isso não entendi o tom que você usou. Eu mesmo não vejo diferença nos dois casos e não dirigi os carros que me fariam ter uma opinião formada nesse caso mas concordo com o sentimento colocado no texto.
Parece coisa de aborrescente esses comentários. E o Bob tem uma paciência de Jó!
ResponderExcluirMas para esquentar o tema e unir o útil ao agradável que é de uma formula matemática dificílima : TT + TD = 4WD ! rsrs
ResponderExcluirTração nas quatro rodas Bob, por que não usam em competições Tops como F1 ou turismo, deixando de lado a tradição ? Será que um carro de competição 4wd não seria mais rápido que um TT ?
Simples: Num TT se acelera as rodas traseiras e se direciona o veiculo com as da frente. Na TD está "tudo na frente" e as rodas traseiras só acompanham, sem influir no comportamento do veículo(a nao ser que estoure um pneu) Logo, se dirige apenas metade do carro. É mais ou menos isso....
ResponderExcluirOutra vantagem de que me lembrei para o motor dianteiro e a tração traseira é o fato de o propulsor ficar recuado em relação ao eixo dianteiro, o que facilita a manutenção do máximo possível do peso entre os eixos.
ResponderExcluirFora permitir o tal balanço curto e com a roda distante da parede corta-fogo (que também permite ângulo de ataque maior sem que se precise elevar a suspensão). Se bem aplicada tal característica, o carro de tração traseira inclusive pode rodar sem protetor de cárter nesta nossa terra de lombadas e valetas irregulares. Sempre me lembro do quão impossível era fazer a frente de uma Caravan que tive raspar em valetas. Tudo bem que ela era susceptível a raspar o escapamento (aqui culpa do vão livre baixo e do escape montado um pouco abaixo da altura do cardã, tornando na prática a altura livre ainda menor) e a traseira (por causa do balanço traseiro longo, mas algo que só acontecia após se passar por uma valeta seguida de uma rampa bem íngreme), mas a frente sempre passava incólume. Uma valeta perto de casa (dessas de circulação pluvial) que minha ex-barca passava ignorando seu ângulo (que é civilizado) passou a ter sua existência lembrada quando passei a dirigir carros de tração dianteira, salvo se esses tiverem suspensões elevadas a alturas não muito civilizadas. E sempre vejo nesse trecho outros tantos carros de tração dianteira raspando a frente.
E quando vejo os carro de tração traseira modernos, além da possibilidade de um ângulo de ataque maior para uma mesma altura de suspensão aplicada em um carro de tração dianteira, também pode haver ângulo de saída maior, uma vez que os tanques de combustível deixaram de habitar o balanço traseiro e passaram a ficar entre os eixos.
Por curiosidade, resolvi dar uma olhada em protetores de cárter para carros da BMW (que raspam a frente não por balanço dianteiro longo, mas por altura livre do solo muito baixa). O desenho desses protetores me pareceu diferente daquele que veria em carros de tração dianteira e motor longitudinal. É algo que me parece mais "protetor de balanço dianteiro curto vítima de altura livre de solo baixa" do que de cárter em si, justamente pela tal característica de o cárter não ser a primeira coisa que uma lombada encontraria em um carro de tração traseira (uma vez que o cárter tende a ficar na linha do eixo dianteiro, em vez de à sua frente).
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ResponderExcluirAK,
ResponderExcluirÓtima pedida, o tema "tração" é sempre interessante de ser discutido...
Sabe, há um tempo, quando eu era novo (hoje tenho 24 anos), eu achava que o barato era um carro com motorzão, tração traseira, etc. Hoje tenho uma visão mais simplista, continuo gostando de motores grandes, mas gosto mais ainda dos pequenos que debitam uma potência considerável, como o do Abarth 1000 TC, tão citado pelo MAO. Quanto à tração, hoje já não tenho preconceitos quanto ao eixo que a realiza, acho que essa característica acaba ficando em segundo plano em relação às características dinâmicas do carro. É claro, em carros de elevado desempenho a tração traseira é interessante, mas acho que a AWD é ainda mais... Muitos podem achar que estou nivelando por baixo, mas ninguém precisa de mais de 200 cv pra se divertir (em uso em rua), o que importa é a relação peso/potência; atualmente um Clio 1.6 16v, um Ka XR ou um Citroën AX Gti entregariam boas doses de diversão, com simplicidade e baixo custo. Que me desculpem os apreciadores, mas coisas como powerslide não são tão divertidas quanto guiar um carrinho de comportamento bem acertado e bom desempenho. Certa vez ouvi um cidadão citar que um carro para ele deve ser bom de cavalo-de-pau; só não entendi em qual situação ele emprega esse tipo de manobra... Sei lá, AK, acho que estou ficando velho, não vejo graça em determinadas coisas, rs.
Por outro lado, seria interessante que a indústria oferecesse uma opção acessível aos entusiastas da tração traseira, para que tivessem um modelo 0 km “normal” como opção e não apenas caros esportivos e veículos de carga. Concordo com o que você disse na sua antiga coluna no BCWS, algo como um “Chevettinho moderno”. Seria o ideal: um carro médio, com um motor de uns 2 litros e com padrões de conforto adequados aos modelos de tamanho semelhante, sem muita frescura pra não encarecer...
Ainda se tratando de modelos de tração traseira, estou namorando um M3 (E30) sedã, modelo 90 de um amigo. Como aquele carrinho é legal! Feito antes dos Série 3 engordarem e se encherem de frescuras, calçando simples rodas de 14 polegadas, algo hoje impensável até mesmo em carros de motor “mil”...
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ResponderExcluirApenas com um detalhe: O primeiro veículo auto-propelido construido e cuja operação foi documentada foi o Fardier de Cugnot, que tinha motor e tração dianteiras e um deseho bem estranho. Coisas que são tradição entre os carros franceses até hoje.
ResponderExcluirMas considera-se que, apenas 116 anos depois, com o Mercedes patent-motorwagen, de tração traseira foi construído o primeiro automóvel DE VERDADE! (por curiosidade, o ano era 1886, o mesmo em que a primeira motocicleta foi patenteada).
Tração dianteira ou propulsão traseira podem ser pontos de partida de excelentes projetos, a única coisa que acho injusta é que as planilhas de custo são mais ouvidas que o gosto e a liberdade de escolha do consumidor nesse aspecto da construção de um automóvel.
box666
ResponderExcluirEntendi. Se TD é meio carro, TT é carro inteiro; logo, 4x4 é 1,5 carro. Legal, aprendi mais uma...
Antonio
ResponderExcluirUsa-se tração integral quando há problema de aderência da tração em duas rodas. O F-1 não precisa porque não tem esse problema devido aos pneus e à enorme força vertical descendente. Já se tentou, como o Lotus 63, mas o resultado foi pífio. É mais complexidade mecânica e peso. Mas nos carros normais funciona, como nos Audi quattro e Subaru.
Anônimo 12/2 15:46
ResponderExcluirNada a ver, desculpe. A decisão de recuar o motor é de cada fabricante, qualquer que seja a tração. Veja o caso dos Citröen 11 e DS 19/21. ângulo de entrada e saída nada tem a ver com tração. Um Corvette mal pode ser usado em São Paulo. O Escort tinha balanço dianteiro bem menor que o Focus, por exemplo.
brauliostafora
ResponderExcluirSeria meio dificil motor e tração dianteira num triciclo como o Benz, embora tenha existdo furgões e picapes Tempo alemães assim.
Não fui eu quem inventou essa "teoria" do meio carro, e sim o JLV, (ou seria o Paulo Facin?) Li isso numa Motor3 há varios anos e nunca esqueci (desnecessário dizer que concordo)
ResponderExcluirUm 4x4 não deixa de ser um carro "e meio" em certas situações extremas....
Bob, claro que há exceções na tração dianteira em que o motor fica antes do eixo dianteiro, como o DS, o Traction o DKW e, mais recentemente, o iQ, mas a regra de tal configuração é a de o propulsor ultrapassar o eixo dianteiro, de maneira que o cárter fica à frente à linha do eixo e, portanto, mais exposto a raspadas da frente. Hoje em dia, tirando o iQ, que outro carro de série com tração dianteira tem o motor antes do eixo dianteiro? Nenhum.
ResponderExcluirSobre o exemplo da Caravan, observe-se que falei de carros de tração traseira com altura de rodagem normal, não de esportivos ou veículos pensados para autobahn. Se eu constatava que ela nunca raspava a frente em valetas e que um carro de tração dianteira em disposição convencional (motor à frente do eixo, independente se transversal ou longitudinal) raspava a frente no mesmo tipo de valeta que minha ex-perua passava bem (e isso se pensarmos que a altura de rodagem de carros da linha Opala é menor que a de boa parte dos carros de hoje e isso deixava o silencioso central bem susceptível a raspadas em lombadas, até porque este é montado um pouco abaixo da altura do cardã), é o tal sinal de que se consegue ângulo de ataque superior para uma mesma altura livre de solo. Tanto que fora o tal lance do silencioso central susceptível a raspada em lombadas, maior atenção ao se rodar com a Caravan era em valeta seguida de rampa íngreme, que expunha a raspadas o longo balanço traseiro (cujo ângulo de saída piorava ainda mais por lá estar o tanque de gasolina).
Observe-se que falei dos carros da BMW e sua susceptibilidade de ter a frente raspando em valetas justamente por causa da pouca altura livre do solo. Porém, não me surpreenderia se um carro de tração dianteira com mesma altura livre que um BMW se ferrasse ainda mais por causa do balanço dianteiro longo e o motor à frente do eixo dianteiro. Você deu o exemplo do balanço do Escort ser mais curto que o do Focus, mas reconhece que em ambos os carros o motor está à frente da linha do eixo dianteiro, de maneira que há o risco de o cárter atingir uma valeta antes das rodas. Aqui estamos falando justamente de dois carros de tração dianteira que usam a configuração mais arraigada para tal solução.
Ainda sobre essa característica de motor recuado com o eixo dianteiro servindo de proteção contra raspadas no chão, que se note que não há protetores de cárter para linha Opala, justamente pelo fato de o cárter estar na linha do eixo dianteiro e, gerando redundância segura, a tal travessa que faz vezes de um subchassi rudimentar:
http://www.opala.com/forum/viewtopic.php?f=8&t=16545
Que em um DS e em um Traction primeiro as rodas atingem a valeta e isso por si só protege o cárter, disso ninguém duvida. Mas fora DKW, que outro carro nacional de tração dianteira tem motor antes da linha do eixo dianteiro? Nenhum. Fora isso, são pouquíssimos os DS e Tractíon em circulação atualmente.
BOX666
ResponderExcluirEstá explicado, obrigado.
Anônimo 12/2 23:04
ResponderExcluirNo Traction e no DS o motor fica para trás do eixo dianteiro. No DKW 3-cil e na maioria dos tração dianteira, para frente. No DKW Front de dois cilindros transversal para trás. Mas que tal parar por aqui? Não estou disposto a ficar discutindo o sexo dos anjos ad infinitum, está bem? Quem não quer tração dianteira, que não compre, há escolha. Assim poder-se-a fazer powerslides à vontade. Tema encerrado.
klayton martins
ResponderExcluirAmigos também discutem e brigam. Drift de inércia no seco? Gostaria de ver um. Em rali na terra carros de tração dianteira e traseira "driftam".
http://www.youtube.com/watch?v=_AIk2kiaFMg
ResponderExcluirBob, um vídeo mostrando o tal drift de inércia no seco e com explicações do mesmo. Acredito que você e o Arnaldo se entendam bem mesmo assim. Se essa é sua opinião e se a dele diferem que bom que temos duas grandes mentes nos ensinando certos porques! Caso veja o vídeo poste um comentário sobre o mesmo aqui. Obrigado!
Arnaldo Keller;
ResponderExcluirMinha experiência com TT se resume a Chevette e Opala, e muitas picapes que dirigi no trabalho.
O que nunca gostei do Opala era a sensação da "traseira solta", com o eixo transmitindo movimentos para a carroceria, como se estivessem trabalhando em desarmonia, coisa do eixo rígido e característica que um TD não transmite. Essa sensação ficou muito viva na minha memória, e ainda me lembro dela quando vejo um Opala.
Sei que quanto a segurança não existe diferença, pois todos tracionam da mesma maneira, resaltando que quando guio um TT, nas saídas das curvas eu acelero o motor para melhorar a aderencia (me corrija se estiver errado, por favor) pois sinto que com isso ele "agarra" melhor ao piso, e me transmite maior segurança.
Comparar o comportamento dinâmico de um Opala, projetado na decada de 60 com um Omega ou mesmo um Tipo é muito injusto, mas reações e sensações ficam muito vivas na memória e isso influi nas nossas avaliações, não é mesmo?
Para mim, não importa onde traciona, mas o prazer que proporciona, seja num Fusca, 147 ou Omega. É apreciar o melhor deles.
klayton martins
ResponderExcluirParece um carro acertado para esse comportamento. A traseira vem quando o pé é tirado do acelerador, freiando as rodas traseiras por efeito de freio-motor. Nos tração dianteira se consegue o mesmo efeito tirando o pé do acelerador, em que a dianteira ganha aderência. Mas estamos fugindo da discussão, que é o carro normal de rua dirigindo-o normalmente, não para esse tipo de uso. A minha crítica é para a defesa da tração traseira só porque se pode fazer powerslides, algo que é do passado e só feito quando se quer brincar.
Arnaldo,
ResponderExcluirContinue nos brindando com esses textos incríveis. Vai descarregando que a gente vai lendo com muito prazer!
Independente do mérito da questão, que se dane se é melhor tração traseira, dianteira, etc...
O melhor esquema de tração quando se pensa em desempenho vai ser sempre tracionando todas... Com muita inteligência e tecnologia distribuindo a energia entre os diversos sistemas do carro.
Voltando, um pouco de atitude e opinição sincera, romântica e independente não mata ninguém! Se for crime, reserva outro lugar no sistema carcerário para mim... KKK
O mundo está muito "cinza", muito "padronizado", muito sem graça... Já que não podemos fazer uns power-slides (com a devida responsabilidade) com carros nacionais ou importados a custos descentes adequados, que pelo menos possamos ler a respeito, já é um alento!
Abraços
Carros para drift são acertados para terem tal comportamento. Fazem mudanças em cambagem e outros detalhes, mas que são mais para facilitar algo intrínseco à tração traseira do que para deliberadamente induzir um comportamento inexistente, tanto que o Top Gear deu um Vauxhall Monaro para um desses japoneses fantásticos e, em que pese a ajuda do piso molhado, o cara fez exatamente o que faria com um carro acertado para fazer curva de lado:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=2FBCGMnCsOc
Entusiasta de powerslide é o fim da picada. Se isso é ser entusiasta para o trem que eu quero descer!
ResponderExcluirPessoal, como disse o Sr. Bob, a tração traseira é fundamental quando se quer aproveitar o máximo de tração que o conjunto dispõe, antes do escorregamento dos pneus (patinar, destracionar). É o caso dos carros de corrida.
ResponderExcluirDe nada adianta um carro de tração dianteira ter 600cv se mal consegue acelerar sem destracionar. Nos carros mais luxuosos, o controle de tração libera gradativamente a potência "entregue" pelo motor ao solo, por limitações de aderência dos pneus. Não patina, mas não aproveita toda a potência do motor...
Por isso, o Audi R8, de tração integral, distribui aproximadamente 85% da tração para o eixo traseiro, e somente 15% no eixo dianteiro. Foi a melhor configuração que eles conseguiram, mesmo tendo controle de tração e de estabilidade, para um veículo superesportivo (não deve dar 2% do volume de carros no mundo).
Por outro lado, soube que o Ford Fusion AWD (integral) mantém praticamente o tempo todo a tração no eixo dianteiro (mais eficiente em termos de engrenamento - menor consumo). Somente distribui torque para o eixo traseiro em condições de baixa aderência de pista.
Sendo assim, em veículos de baixa e média potência (até 200cv), e para uso em vias pavimentadas, a tração dianteira se mostra adequada. Numa questão comercial, vemos que a maioria dos consumidores sequer sabe se o carro tem tração dianteira ou traseira. Obviamente, não saberão aproveitar as vantagens das configurações, e portanto os fabricantes partem para o arranjo mais compacto e barato: tração dianteira. A tração traseira seria ainda mais cara que os nossos "impopulares".
Mas como é divertido um "tração traseira", numa estradinha de interior! Aprendi a dirigir no interior, com terra batida e lama, e obviamente alguns powerslides.
Abraço, Ivo Junior.
Carros gosto tanto dos de tração dianteira como traseira.
ResponderExcluirJá as motos, gosto só das de tração traseira.
Bem Bob, eu realmente não gosto de maltratar os pneus no seco, a ponto do carro - independente da tração - começar a escapar de frente ou de traseira, acho um esforço inútil aos pneus e suspensão do veículo. Neste caso, opto por andar nos trilhos eficientmente...
ResponderExcluirMas com pouco atrito, asfalto molhado (local seguro), ou na terra; aprecio escorregar e botar o carro de lado sempre que considero as circustâncias adequadas. Numa simples rotatória molhada, não é preciso se matar para com um bom tração traseira
percorrer toda ela de lado com apenas a segunda marcha espetadinha...é um tipo de prazer ao volante, variante de um elenco de coisas que fazem do dirigir, SEMPRE uma grande experiência.
abraço
Mister Fórmula Finesse
Estive na praia, sem internet, e agora, voltando, vejo que meu post gerou batante discussão. Legal!
ResponderExcluirBom, vamos lá, primeiro o Bob.
Esse Audi aí que está com você tem 200 cv?, grande bosta. Isso já não é mais potência alta mesmo. Qualquer carrinho hoje tem 150 cv. 200 cv dá pra despejar na frente que tudo bem, já resolveram isso. Lembro de uma Volvo turbo T70 que tinha 240 cv e passarinhava a frente nas aceleradas, uma droga, e isso creio que uns 10 anos atrás. Hoje resolveram isso, mas deu trabalho, engenharia.
Potência é, por exemplo, um Camaro novo V-8 com 420 cv. Ele solta a traseira, sim, mesmo no seco, e é bem gostoso fazer isso. No molhado, então, nem se fala. Guiei um Challenger novo de uns 425 cv e fiz um power-slide fumacento dos demônios. O PK pode confirmar, que viu. E foi gostoso pacas. Eu gosto, e daí?
De qualquer modo, acho que leram meu post e não fui claro o bastante - peço que me perdoem, e da próxima vez enfatizarei mais o que penso. Eu só queria UM CARRO PEQUENO, COM POTÊNCIA NORMALZINHA E COM A TRAÇÃO TRASEIRA, CARAMBA! UM SÓ!. POSSO PEDIR? ESTOU INCOMADANDO ALGUÉM COM ISSO? Não falei que todos deveriam tê-la. e PEÇO JUSTAMENTE PARA QUE NÃO HAJA MAIS DISCUSSÕES A RESPEITO. QUEM QUER TRAÇÃO DIANTEIRA, COMPRA, QUE QUER TRASEIRA, COMPRA. e BOA!
Quem tiver alguma dúvida, por favor, releia o que escrevi, sem preconceitos e sem ter o cão da pistola engatilhado a fim de me tascar um pipoco.
Solta unzinho com tração traseira aí pra mim que eu agradeço.
Quem fala que Opala é ruim, é porque ainda não guiou um nos trinques, com pneus e tudo bom.
Arnaldo; pra falar a verdade, acho que a maioria concorda com você e entendeu o teor do post!
ResponderExcluirEu também, como primeiro comentarista do post, sublinho que também adoraria ter um carrinho barato e franco como uma Compact, para brincar quando dá na telha (no molhado evidentemente), sentindo todas as benesses que só um tração traseira pode proporcionar.
Abraço e muito axé (rs)
P.s: ainda quero dirigir um opala 4100
Mister Fórmula Finesse
Arnaldo, esqueça as grandes montadoras...
ResponderExcluirFica de olho no MUSA KCC, espero que o projeto dê certo, aí vc vai ter uma opção para trackdays; melhor que nada...
Ou compre um antigo e coloque nos trinques como vc gosta...
Tem um Corvette 1991 para restaurar a venda no blog Corvette Brasil, pena q é automático. Mas é conversível, um Sheik podia comprar um projeto meu hj né... Rs... Eu babei!
http://corvettebrasil.blogspot.com/2011/02/conversivel-1991-venda-para-ser.html
Arnaldo Keller
ResponderExcluirVocê está que nem os pilotos da Indy, que veneravam o que chamavam de roadsters, os monopostos com motor Offenhauser dianteiro, até aparacer a dupla Jim Clark-Colin Chapman com o Lotus-Ford em 1963 e mudar história da 500 Milhas. Analogamente, não há mais lugar para o que você quer, um novo carro pequeno com arquitetura de Chevette ou Dodge 1800, só por não gostar de tração dianteira. Gosto tanto de uma quanto de outra (só tem de ser bem feita), e eu sempre disse que foi um grande erro da Alfa Romeo lançar o 164 de tração dianteira que, embora excelente, abandonou o espírito da marca. Quanto a gostar ou não de fazer powerslides por aí na via pública, cada um é livre para fazê-los, embora o powerslide útil pertença a um passado de pneus de seção estreita e nada de carga aerodinâmica, além de ser hoje infração gravíssima, com suspensão do direito de dirigir (Art 175 do CTB: Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus). Ou você acha que a indústria produziria um carro assim só para divertimento em fazendas ou track days?
Eu sempre comento com meus amigos: precisamos de opção.
ResponderExcluirHoje no Brasil, carro nacional, a maioria é motor 4 cilindros e tração dianteira.
Acho que isso resume bem o post.
Pronto!
ResponderExcluirSó porque eu pedi um carrinho maneiro de tração traseira já estão me chamando de démodée e de irresponsável cometedor de infrações gravíssimas em via pública, artigo tal, número tal...
Tenho que ser incinerado em praça pública mesmo.
AK, mais um baita post!!! Valeu!
ResponderExcluirBob, seu carro preferido não é mais o Miata?
Abs
Caramba AK !
ResponderExcluirVc ta rasgando nota de 100 USS !!
A3 com 200cv adoraria ter um ! Os antigos de 180cv ja estavam de bom tamanho ...
Hum.. "Eu so queria UM CARRO PEQUENO, COM POTÊNCIA NORMALZINHA E COM A TRAÇÃO TRASEIRA, CARAMBA! UM SÓ!. POSSO PEDIR? ESTOU INCOMADANDO ALGUÉM COM ISSO?"
Cuidado ! Ouvindo o pedido acima o "Genio da Lampada" vai lhe dar um um Chevette !
Boa sorte!
E qual o problema de fazer um carro assim? Como todos os carros hoje São confiáveis as empresas não procuram criar produtos com personalidade diferenciada?
ResponderExcluirE a tração traseira não é um grande diferencial em personalidade?
Para mim, este é um diferencial na base de um automóvel. A essência está no motor, trasmissão, sistema de tração e como tudo isso está interligado. Daí surgem carros com tração traseira, motor dianteiro e cambio traseiro; motor na dianteira, cambio central e tração integral etc...
As mudanças no resto do carro seriam mais superficiais. São mais baratas e mais fáceis de promover. Porque é difícil explicar para um cidadão comum que ele está pagando mais por algo que ele não vê. Principalmente na nossa organização social que priorisa o nosso sentido visual.
Mas torço muito para produzirem o FT-86!
Caro Arnaldo,
ResponderExcluirentendo perfeitamente esse seu sentimento. Penso como você há muito tempo. Sou fã de Chevrolet, além de ser a única que produziu no Brasil um carro assim que pude ter e guiar (o Omega). Vejo um Vectra de hoje e fico imaginando como seria um com tração traseira, sedã ou hatch, motor 2,0 8v, 16v ou 2,4 16v, peso relativamente baixo, agradável visualmente e com bom espaço, sem parafernalha eletrônica (um BMW série 1 pelado seria ótimo e relativamente barato). Nós somos incompreendidos. Como sou entusiasta de baixo poder aquisitivo e muitos donos de BMW série 1 pouco ligam onde é a tração, o futuro é tenebroso... Mas assinei o "requerimento" com esperança pueril.
Grande abaço e um futuro melhor, com mais escolhas para os meros mortais.
AlemãoSS
Ah, a GMB também é a única que tem essa base mecânica na mão: o conjunto motor/câmbio da S10. Com suspensões do Omega com menor bitola, daria ou não um médio de respeito?
ResponderExcluirAlemãoSS
AlemãoSS,
ResponderExcluiré isso aí.
Tem tanto carro diferente aí, pra tudo quanto é gosto esdrúxulo, e porque não fazem unzinho só pra gente?
Acho que estão marcando bobeira, isso sim.
Talvez não o façam porque isso mostraria pra mais gente que tração dianteira é insosso.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAK,
ResponderExcluirVocê já testou a CLC? Tenho sondado um amigo para que me empreste para um teste drive... hehehe...
Ele tem pensado em vendê-la, comprou o carro 0km no início do ano passado, vou tentar convencê-lo do contrário.
Abs
Fabio,
ResponderExcluirNão andei não. Mas esses Mercedes novos não tem erro.
Além do mais, esse CLC é muito lindinho.
Mas não adianta nada ficar tentando convencer seu amigo. Dê sua opinião e boa. Ele que resolva. Gosto é gosto.
AK,
ResponderExcluirEle adorou o carro, mas ele está no vacilo de vender o carro para levantar uma grana, sem pensar no quanto ele vai perder nesta venda. Tirar um carro 0km de 100k, usar um ano e vender? É coisa pra quem está picando dinheiro e acho que não é o caso. Acho que vale o esforço, segurar uma máquina que ele pode ficar 10 anos ou mais de boa, não?
Abs
hahaha... Agora entendi o cara! Olhei na Webmotors, o cara pagou 100k na CLC 0km e o preço mais baixo desse carro na webmotors é 90k! O carro praticamente não desvalorizou.
ResponderExcluirCaro Bob, guardo com saudades uma experiência que exigia responsabilidade extrema, mas proporcionava prazer idem: opala 74, 4100, devorando as curvas do Riacho Grande, SBC/SP. ATENÇÃO: sem sair, sem derrapar. Apenas controlando o EXATO LIMITE, anunciado pela traseira, que virava uma extensão do próprio corpo, para endireitar a tempo e engolir as ladeiras (torque, meus caros, torque) sem enxergar mais ninguém no retrovisor. Não tem sensação igual no mundo. Com fusca também ia bem, embora mais fácil.
ResponderExcluir"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
ResponderExcluirIII - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50%: Infração gravíssima;
Penalidade: multa, suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação."
Nem por isso deixaram de fabricar carros que podem ultrapassar 180 km por hora. O audi citado é um deles.
Carro de competição 'puro' é tração traseira, É uma questão técnica. Tração dianteira é para carro familiar. Aí Bob Sharp, que tal um F1 com tração dianteira? hehe
ResponderExcluirDentro da sua categoria e classe, todos os carros de corrida são puros, proporcionam emoção ao dirigir e desempenho. Onde é a tração não tem nada a ver com "pureza". Num monoposto como o F-1 de nada valeria a tração traseira se o motor fosse dianteiro. Isso ficou mais do que provado quando apareceu o Cooper T51 F-1 de motor central-traseiro em 1959, carro que deu a Jack Brabham o título mundial naquele ano. A diferença para os de motor dianteiro era gritante e logo todos os construtores passaram a essa configuração. Pouco depois, em 1963, o Lotus 34, revolucionou a Fórmula Indy, mostrando a superioridade da configuração central-traseira. Essa discussão de qual a melhor tração é totalmente estéril hoje. Com o desenvolvimento da técnica automobilística acabou todo e qualquer efeito negativo da tração dianteira.
ResponderExcluirPrezado Bob Sharp, seus argumentos são bons e estão bem fundamentados mas me parece contraditório quando cita a técnica. Ora, se é necessário o emprego de tecnologia para compensar o efeito negativo - que vc mesmo admite - da tração dianteira, considere a mesma tecnologia otimizando a tração traseira. De qualquer forma, acho que é gerar muita polêmica sobre um tema. Gostei muito do Blog como um todo, estou colocando entre meus favoritos e vou acompanhar.
ExcluirAmbas as trações estão totalmente otimizadas; não há mais o que evoluir.
ExcluirCuriosamente, como seria um carro com tração dianteira e motor traseira com distribuição peso 50/50 ou próximo ... uma espécie de porschewagen, hehehe ?
ResponderExcluirSó para esclarecer, o anônimo acima (3x hehehe) não sou eu sou o (2x hehe)... com respeito. Eu não faria uma colocação deste nível.
ExcluirFicaria péssimo, com problemas sérios de tração.
ResponderExcluirReconheço os méritos da tração dianteira mas... Andando numa estrada sinuosa, meu velhinho Omega impressiona ao fazer curvas com a mesma maestria que muito carro de projeto atual com todos os controles eletrônicos acessórios possíveis, algumas vezes ele se sai até melhor que esses modernos...
ResponderExcluirE lembre que, comparado aos projetos novos com eletrônica auxiliar, a suspensão do Omega é bem arcaica... Mas faz milagre!! E sim, é bem divertido! E custa baratinho! Com 500 reais tá tudo novo por pelo menos 5 anos!
Cabe aqui mais uma vantagem da tração traseira... A durabilidade infinitamente maior das juntas homocinéticas, já que elas não tem o movimento do esterço.
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