Há algumas coisas para as quais eu gostaria de ter explicação. Determinadas palavras, por exemplo. Tenho visto por aqui alguns textos automobilísticos nos quais, em vez de escrever motor, o autor escreve bloco, como se fossem sinônimos. A expressão bloco do motor já diz que não são. Bloco é a maior peça do desenho acima. Não é motor, mas parte dele.
Mas ontem me encaminharam um link de notícia sobre o Porsche GT3 que tem câmbio de dupla embreagem PDK, mas que pode ser comprado também com caixa manual de seis marchas, ou seja, o tradicionalismo fala alto na Porsche - ao contrário da Ferrari, que além de não ter mais câmbio manual nos modelos mais recentes, como o 458 Italia, ainda acabou com a alavanca seletora.
Acontece que a notícia estava no excelente site Motorlegend.com, que ao falar do GT3, fisse ter "bloc atmospherique" entre suas características principais. Bloco de aspiração atmosférica! Fique pasmo. Veja na matéria.
Comentei com o amigo que enviou o link, jornalista automobilístico dos bons, que me disse tratar-se de "licença poética", que não tem nada demais. Fique pasmo de novo, num intervalo de minutos.
Afinal, o que está acontecendo com a cabeça das pessoas? Tudo bem que a língua é dinâmica, mas, pera lá, bloco agora é a mesma coisa que motor? Muito esquisito.
Há tempos venho notando que a TAM trocou a palavra passageiro por cliente. "Lembramos que os pertences de mão são de responsabilidade do cliente" ou "Sabemos que a escolha da companhia aérea é uma decisão do cliente", soa pelos alto-falantes depois o avião deixa a pista e se dirige para a rampa de estacionamento. Cliente? Todo passageiro é cliente, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. Uma empresa que custeia a viagem de um funcionário é cliente, mas a pessoa que viajou por conta da empresa é passageiro, nao cliente. Muito estranho.
O Comandante Rolim, que nos seus aviões acabou com o termo comissária e voltou a usar aeromoça, deve estar rolando no túmulo com essa de "cliente".
Outra que acho curioso é nos quadros de previsão do tempo na tevê:
De uns tempo para cá as moças do tempo, independente da emissora, se esmeram em fornecer a previsão meteorológica e é até agradável assistir aos quadros, em especial os efeitos visuais cada vez melhores. Entretanto, surgiu uma condição de tempo nesses noticiários especializados que, ou não aprendi, ou faltei à aula de meteorologia para pilotos quando estava tirando o brevê: o tempo abafado.
O que será tempo abafado? Para mim, fora chover ou não, tempo sempre foi temperatura e sensação térmica (que aqui raramente se usa, ao contrário, por exemplo, da Argentina), que é influenciada pelo vento e pela umidade relativa do ar. Tempo abafado não me diz absolutamente nada.
Por fim, o ca'eme. Como é esquisito ouvir num noticiário de tráfego nas estradas que há na estrada tal há congestionamento do ca'eme x ao ca'eme y. Será preguiça de dizer quilômetro ou ensinaram à jornalista na faculdade que símbolo se pronuncia? "Por favor, me dê 1 ka'gê de batata e 1 e'le de leite".
Apenas palavras..
BS
Há tempos venho notando que a TAM trocou a palavra passageiro por cliente. "Lembramos que os pertences de mão são de responsabilidade do cliente" ou "Sabemos que a escolha da companhia aérea é uma decisão do cliente", soa pelos alto-falantes depois o avião deixa a pista e se dirige para a rampa de estacionamento. Cliente? Todo passageiro é cliente, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. Uma empresa que custeia a viagem de um funcionário é cliente, mas a pessoa que viajou por conta da empresa é passageiro, nao cliente. Muito estranho.
O Comandante Rolim, que nos seus aviões acabou com o termo comissária e voltou a usar aeromoça, deve estar rolando no túmulo com essa de "cliente".
Outra que acho curioso é nos quadros de previsão do tempo na tevê:
Um exemplo de moça do tempo (yidio.com) |
De uns tempo para cá as moças do tempo, independente da emissora, se esmeram em fornecer a previsão meteorológica e é até agradável assistir aos quadros, em especial os efeitos visuais cada vez melhores. Entretanto, surgiu uma condição de tempo nesses noticiários especializados que, ou não aprendi, ou faltei à aula de meteorologia para pilotos quando estava tirando o brevê: o tempo abafado.
O que será tempo abafado? Para mim, fora chover ou não, tempo sempre foi temperatura e sensação térmica (que aqui raramente se usa, ao contrário, por exemplo, da Argentina), que é influenciada pelo vento e pela umidade relativa do ar. Tempo abafado não me diz absolutamente nada.
Por fim, o ca'eme. Como é esquisito ouvir num noticiário de tráfego nas estradas que há na estrada tal há congestionamento do ca'eme x ao ca'eme y. Será preguiça de dizer quilômetro ou ensinaram à jornalista na faculdade que símbolo se pronuncia? "Por favor, me dê 1 ka'gê de batata e 1 e'le de leite".
Apenas palavras..
BS
Essa de ouvir "ká eme" é de doer...
ResponderExcluirEu sou da opinião de que dizer que há congestionamento entre os quilômetros tal e tal acaba sendo uma informação meio inútil. Afinal quem de nós sabe exatamente de cabeça a qual trecho tais e tais quilômetros se referem? Muito poucos tenho certeza. Seria muito mais útil se dissessem uma referência como por exemplo: "transito parado entre o trevo de acesso à Santa Luzia e o inicio da subida da Serra de Caeté" ou então "transito lento na BR-381 entre o entroncamento com a BR-262 e o trevo de Juatuba". As pessoas não se referenciam por numero de quilômetro, mas por pontos como esses.
Concordo contigo!
ResponderExcluirQuem se presta a dar a notícia tem a obrigação de falar e escrever corretamente TODA a história.
Um erro crasso é achar que os sinônimos tem exatamente o mesmo significado num texto. A partir disso vale colocar a primeira coisa que vem à cabeça...
As emissoras de tv tinha assasssinado a expressão "fulano não corre risco de vida" pelo "fulano não corre risco de morrer." Parece que o fulano se recuperou, e as emissoras voltaram a falar "fulano não corre risco de vida." Que significa que a vida de fulano não está em risco - que tinha a clareza das coisas simples. Aí beltrano dentro da emissora houve por bem achar que era simples demais. Daí falou com sicrano que adotou o "risco de morrer." E agora desadotou. Só pra ficar na categoria telenotícia, antes dessa confusão toda no mundo árabe, Kadhafi era o presidente da Libia. Depois que o povo reclamou, o mesmo beltrano recuou e agora só falam "o ditador da Libia." É como dizem: a língua é dinâmica. Mas também é como não dizem: a burrice é dinâmica.Abraços, Fred.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirEsse é o progresso.
Acabou a cortesia, o tratamento individual... Hoje impera o modo mecânico de tratar os problemas, as pessoas, por ora denominado "atendimento personalizado", tudo papo furado.
Nós que acompanhamos diversas transições de diversos gêneros, olhamos isso e nos perguntamos exatamente o que você comentou acima: "o que está acontecendo com a cabeça das pessoas?"
Infelizmente o mundo é outro.
Para escrever corretamente é preciso pensar no significado das coisas e no mundo moderno o tempo para isso é cada vez menor, então é mais fácil sair repetindo que se ouve. Dá nisso. Sou a favor do dinamismo do idioma, assim como acontece no inglês, mas desde que seja preservado o bom senso.
ResponderExcluirBob, mas você já percebeu as perdas linguísticas que estamos presenciando? A mídia, especialmente o jornalismo, está fraca, carente do bom e velho manual de escrita - basta abrir qualquer sítio de notícias na Internet.
ResponderExcluirO povo então, me perdoe, mas cada vez mais alienado e diria até burro, pois não é possível que alguém que frequente pelo menos o primário escreva de forma tão precária como tenho visto diversas vezes.
Bob, esta aí do "bloco" é realmente um absurdo. Alguns jornalistas "especializados" de um grande site cuja seção de carros é coligada a uma revista "especializada" de grande circulação só se referem a motor como bloco. Aí fica aquele negócio estranho, tipo "o Punto agora vem com um novo bloco 1.8 que tem 132 cv de potência". Ora, se só o bloco é novo posso entender que todo o resto é do motor antigo, certo? Simplesmente ridículo. Há ainda um famoso blog (e esse até que é um bom blog) que só se refere a potência como "potência bruta", mesmo quando está tratando de um valor de potência líquida, como nos carros mais recentes. Por estas e por muitas outras eu tenho procurado selecionar melhor o que leio.
ResponderExcluiré legal ver a previsão do tempo pq a maior parte das 'moças do tempo' são gatas gostosas.....
ResponderExcluirflávia freire, ticiana villas bôas, michele loretto... só filé!!!
vamos fzr uma lista aí, galera!!!
Ultimamente tenho ouvido e lido com frequência "massivo", que me parece o mesmo que usar "printar" ao invés de imprimir. :-)
ResponderExcluirAo anônimo das 09:41
ResponderExcluirQuanto a expressão "risco de morte", tenho por mais correta que "risco de vida".
Afinal, não se corre risco de viver, pois que já se está vivo, o risco é de morrer.
Neste ponto, acredito que as emissoras corrigiram um vício de linguagem.
A expressão "Risco de vida" está correta porque está implícito que o risco ali é o de "perder" a vida.
ResponderExcluirFora o pessoal que se refere à quantidade de cilindros como CC nos foruns por aí. Essa sigla define cilindrada cúbica e não "canecos"!
ResponderExcluirA questão de chamar "motor" de "bloco", talvez tenha origens em uma interpretação ou tradução errada das expressões "big block" e "small block" que o pessoal usa nos EUA para certos motores V-8.
ResponderExcluirEssa do "ka eme" é de doer mesmo... e para piorar, é comum os reporteres falarem "velocidade de 50 quilômetros"... erro feio! Se é para falar curto e errado, que falassem "50 por hora", pelo menos não dói tanto nos ouvidos.
E essa do fulano "corre risco de vida" é clássica... Não sem quem inventou que isso era errado. Essa expressão significa que fulano "está com a vida em risco", e pronto. Qual o problema? Por causa do curto raciocinio de algum redator, temos agora que ficar ouvindo que fulano "corre risco de morte", e outros remendos.
Bob
ResponderExcluirO símbolo da potência deve ser pronunciado cavalo-vapor, sempre?
150 cavalos-vapor de potência?
É curioso falarem cá-eme e não usarem rpm, e sim "giros".
Outra coisa: costumo escrever "o bloco de três litros", o "bloco de alumínio", "o conjunto usa um bloco com 3000 cm³ de deslocamento". Não vejo nada equivocado nesse sentido.
Bob, conhece os peixes pokemóns?
ResponderExcluirO Estadão fez uma reportagem sobre eles:
http://img442.imageshack.us/img442/470/nivelsdoestadao.jpg
Será que são Magikarps virando Gyarados?
Sou seguidor fiel do Dicionário de Questões Vernáculas do prof. Napoleão Mendes de Almeida. Risco de vida, voo doméstico, versão brasileira, são termos altamente questionáveis.
ResponderExcluirOutra mania que temos é usar o doloroso "no aguardo". Primeiro que no é em+o. Segundo que não existe aguardo. Existe aguarda. Então seria na (em+a) aguarda. Mas para estar "na" aguarda, seria preciso ser integrante, estar sobre ela, ou dentro dela. Se o espadachim está em guarda, o remetente do email está em aguarda. Assim como o vigilante está em vigília, e o paciente está em espera.
Como diria meu filho .. sinistro ... com relação ao "tempo abafado", se trata de uma linguagem popular ... nós do interior, sempre falamos que o tempo está abafado, quando está muito quente e não tem vento ou brisa para refrescar ... lembre-se de como é preparada a "costela no bafo" ... muito calor e nada de vento ... só que é uma linguagem popular, usada no dia-a-dia ... e não fica bem uma emissora usar esta linguagem para prestar informações ...
ResponderExcluirGeraldo
ninfomaníaco, desculpas antecipadas ,mas vc está em blog errado, deveria frequentar o blog dos retardados sexuais, não acha ?
ResponderExcluirA palavra K'eme já ouvi até em eventos legais como "k'eme de arrancada". Ué? Não são 1/4 de milha ou 402 metros?
ResponderExcluirAlgumas coisas que muitas vezes passam batidas e nem percebemos.
GiovanniF
Ninfomaníaco,
ResponderExcluirVocê esqueceu da Rosana Jatobá!
Ahhh Rosana! Mas que Jatobá!
Assim o tempo fica mais abafado ainda!
Agora não fala da Flavinha, que eu não mexi na tua gaveta!
http://megatv1.blogspot.com/2009/08/cesar-tralli-perde-oportunidade-na.html
GiovanniF
ResponderExcluirExiste tanto o quarto de milha quanto o quilômetro de aceleração, este mais na Europa.
Jota,
ResponderExcluirPerfeito, a referência só pelas "ca-emes" é insuficiente.
Perneta,
ResponderExcluirExato! É como a palavra design, usada amplamente hoje, como se estilo não servisse mais.
Fred
ResponderExcluirGostei do "a burrice é dinâmica"!
Anônimo 22/2 10:17
ResponderExcluirTudo isso é preocupante, e a tendência é piorar. Escreve-se cada vez pior.
Fernando Müller
ResponderExcluirE o que dizer de potência em cv e torque em Nm? Até a informação das fábricas saem assim e outro dia um assessor de imprensa me disse ser imposição do marketing, já 150 Nm é uma grandeza maior que 15,3 mkgf...
O que eu gosto das moças do tempo é que a maioria delas é uma beleza, gostosas mesmo.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluir150 Nm não seria 150 * 0,10197 = 15,2955 Kgfm???
Abs
É verdade, o português por si só já é bem complexo e me contorço qdo escuto os canais por assinatura com documentários falando sobre os Xº CENTÍGRADOS!!!! Caramba,que escala é essa?????
ResponderExcluirBem, mas como a "GRANDE MAIORIA" nem se dá conta, passa batido... fico pensando se faço parte da "PEQUENA MAIORIA" então!
Márcio Santos.
Eu ri muito!
ResponderExcluirFabio
ResponderExcluirNo SI a unidade de torque ou momento torsor é N.m. O kg é massa e transformaram o kg em força adotando o f depois visando facilitar, pois temos uma melhor noção de massa do que de peso (força peso F=m*a). Para obternos kgf a partir de N é só dividir pela aceleração gravitacional (9,81m/s2). Ou multiplicar por 1/9,81=0,1019 que você citou.
Leonardo Andrade
ResponderExcluirLnguagem escrita e linguagem coloquial são diferentes. No caso de potência o correto é dizer cavalos-vapor, mas coloquialmente vale cavalos. Como quilos, prefixo que indica 1000, mas numa conversa pode-se usar quilos em vez de quilogramas. 'Giros' também é coloquial, são giros por minuto. Note que o medidor de rotação é o conta-giros ou tacômetro, que particularmente não uso apenas por achar feio. 'Giro'é rotação, volta, em espanhol dizem conta-vueltas, com em inglês há o termo revolution counter, abreviadamente rev counter. Quanto ao bloco, o que você escreve é totalmente errado, desculpe. A cilindrada é função do diâmetro dos cilindros - no bloco - e do curso dos pistões, que não nada a ver com o bloco.
Ao Perneta: "Risco de Vida" todos os seres vivos correm, não é mesmo?
ResponderExcluirAfinal, como diz meu avô: "Para morrer basta estar vivo."
Pois é Bob! Pior do que ouvir os "cá emes" é ouvir o famoso bordão do motivo da lentidão: o famigerado "EXCESSO DE VEÍCULOS".
ResponderExcluirSerá que os hospitais estão cheios por EXCESSO DE DOENTES?
Será que as escolas estão lotadas por EXCESSO DE ALUNOS?
Hotéis estariam lotados por EXCESSO DE HÓSPEDES?
Será que um veículo modelo tal tem fila de espera nas lojas porque há um EXCESSO DE COMPRADORES?
Motoyuki: O uso de "CC" para "cilindros" vem do uso de letras duplas para abreviar plurais. Isso é comum em espanhol, onde eles abreviam "Estados Unidos" como "EEUU", por exemplo. Não sei se em português isso é válido tambem, talvez sim.
ResponderExcluir"Cilindradas" é de doer.. Prefiro ouvir "canecos". Errado por errado, este último é mais simpático.
ResponderExcluirBob;
ResponderExcluirExcelente post sobre as palavras. Trouxe a mente algumas profissões: Consultor em telefonia móvel (=vendedor de linhas de celular), Consultor técnico (=chefe de oficina mecanica), Consultor de vendas (=vendedor).
E na FGV onde eu me formei, no café, tinha o caixa e os auxiliares de caixa (que eram os balconistas).
Saliento que não tenho preonceito algum a quaisquer uma das profissões acima citadas. Muito pelo contrário, sou um profundo admirador dos vendedores, mas sair dando nomes bonitos as profissões como forma de status...é meio ridiculo.
A reenhenharia das palavras chegou ao nome das profissões!
Um grande Abraço
BS,
ResponderExcluirMe preocupa a falta de cuidado em escrever, presente na imprensa em geral. Estão nivelando tudo por baixo, em busca de um tom mais popular, e até mesmo vulgar. Hoje as pessoas tem preguiça em compreender um texto, e se for um pouco mais extenso, criticam pela complexidade, pois simplesmente não entendem. Sei que não tem nada a ver com o tema, mas este exemplo cai como uma luva: A Rede Globo tirou o Casseta e Planeta do ar pois descobriram que muitas pessoas não entendiam as piadas. Não entendo como que uma pessoa não consiga rir de algo tão simples quanto uma piada. Mas fazer o que, as pessoas perderam o senso crítico de um tempo pra cá, pois é mais simples "googar" algo na internet e tomar qualquer asneira como verdade absoluta, só pq está na net... Triste.
ouvir q um carro tem mil cilindradas é d doer os 'timpo'*.
ResponderExcluirdá vtd d perguntar: 'mas tem quantas potências?!?' rsrsrs
*timpo é aquele negóço q fica no zovido, drento da zoreia....
E nos programinhas policiais, como dói ouvir que "...fulano acabou de chegar ao 72 (em número cardinal) DP..."
ResponderExcluirEi, por falar nas "cilindradas", uma vez antes de uma excursão da escola uma professora nos mandou comprar para as fotos um filme de 36 poses e "400 asas".
ResponderExcluirO que me dói são aquelas pessoas que enchem a boca para falar " cátchup " pois são brasileiras e não americanas, mas falam " beicon " e " chéddar " e tantas outras .
ResponderExcluirPor favor, sejam coerentes e peçam um hamburguer com toucinho fatiado e queijo, ou então um " X hamburguer bácon com chêddar " ...
ptz ... q fome .... ;)
O que me dói são aquelas pessoas que enchem a boca para falar " cátchup " pois são brasileiras e não americanas, mas falam " beicon " e " chéddar " e tantas outras .
ResponderExcluirPor favor, sejam coerentes e peçam um hamburguer com toucinho fatiado e queijo, ou então um " X hamburguer bácon com chêddar " ...
ptz ... q fome .... ;)
Bob
ResponderExcluirNão há por que você pedir desculpas por me corrigir! Assim aprendo e agradeço.
Quem usa "bloco" quando o correto seria "motor" quer demonstrar uma intimidade com o assunto que de fato não tem.
ResponderExcluirBob
ResponderExcluirAbuso línguístico.
Excelente.Pior que a moda esta pegando neste paíz, em que a Presidente exige que seja chamada de presidenta.So falta expandir o tratamento às pacientas e estudantas. Se a nossa presidente viajasse de Tam as aeromoças iriam tratá-la como clienta.Também em nosso mundo automotivo a moda existe. As Astras,Vectras,Elbas e etc. Embora não seja fato novo dar nomes femininos aos carros italianos.Será que a nossa presidenta vai comprar uma Fiat ou uma Masserati?
Bob,
ResponderExcluirPost pertinente.
Mas discordo completamente do seu comentário quanto à palavra design. Design não é estilo. Estilo é uma das atribuições de um designer.
Na área automotiva há muito trabalho de estilo na atividade do designer, talvez mais que em outras áreas (produtos, embalagens, mobiliário, etc.), mas um estilista nem sempre é designer. Um designer via de regra também é estilista.
Parece que há uma tendência de reduzir o repertório de palavras e generalização de conceitos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirUsando sua comparação, estilo está para bloco, assim como design está para motor.
Não há na língua portuguesa uma palavra que traduza fielmente "design". A atividade de design engloba desenho (técnica), estilo (estética), ergonomia, projeto, materiais, acabamentos, protótipos e modelos, mercado, etc.
Um designer repensa o objeto em função do homem em diferentes níveis. Um estilista refaz a "casca", que é umas das atividades apenas.
O pior é ter que ouvir de minha mana, médica, que o paciente " fez uma pneumonia" ou " fez um AVC "
ResponderExcluirO Rodrigo Ciossani só não informou que a profissão de designer está no congresso para ser reconhecida como tal, e permitir o registro no Crea, a mais de 20 anos... Para que serviu 4 anos de desenho industrial em uma "facú"? Enrolar o canudo e.... bem, deixa pra lá...
ResponderExcluirMelhor ir mexer no motor pois o bloco é muito pesado e raramente precisa de algum ajuste.
A pouco tempo, deixei no sitio eletrônico CARSALE, a dúvida se a VM MOTORI era um mero fabricante de "blocos" ou fabricava "motores". Dêem uma olhada nas respostas ao meu comentário, lamentável.
ResponderExcluirhttp://carsale.uol.com.br/Novosite/revista/noticias/materia.asp?idnoticia=6883
Regi Nat Rock,
ResponderExcluirDe fato. Quem acaba reconhecendo é o mercado. Mas o processo ainda é lento... e não tenho muita esperança que isso ocorra, na verdade.
Países onde o processo industrial é mais antigo a profissão de designer já é "estabelecida", assim como engenharias.
A palavra "estilo" ainda é muito usada pelos italianos, principalmente em moda e automotivo, mas foram os próprios norte-americanos que fundaram o "styling" e acabaram reconhecendo a profissão como sendo "design" mesmo, seguindo os moldes germânicos.
O nome pouco importa na verdade, mas como a profissão ainda é "nova" no Brasil, serve para se entenda as fronteiras de cada atividade.
Uniblab
ResponderExcluirEssa da falta do ordinal é outra antológica. Ou então "foi produzido o carro de número 100.000".
Rodrigo Ciossani
ResponderExcluirDependendo do contexto,design pode ser estilo, como não? "A new front end design". Nos livros mais antigos lia-se stylist. Mos novos, designer. O que não é possível é se ler, por exemplo, "o design do painel". Essa mudança de sentido é a mesma de carnavalesco. Antes era quem brincava Carnaval. Hoje é chefe, diretor ou coisa que o valha de escola de samba. Nos meus textos não uso designer ou design jamais.
O termo "ABAFADO" para adjetivar tempo, estação, não é excesso de imaginação ou de criatividade. Pode consultar o Houaiss: está lá.
ResponderExcluirPaulo Levi
ResponderExcluirBoa! Isso mesmo.
regi nat rock
ResponderExcluirVamos então lutar para a regulamentação da profissão de expert...
Olhem, aqui no RS tem um programa muito bom que da na rádio Atlântida bem nos horários de Pico, o Pretinho Básico. É um programa basicamente de humor para falar a verdade, mas os caras são muito inteligentes, enfim, é um humor que te faz pensar. Seja por uma piada, seja por uma informação. E no meio do programa vão citando algumas notícias do dia, e informações sobre o transito.
ResponderExcluirE justamente pelo formato mais descontraido do programa, eles não costumam falar que há lentidão entre o "ca-eme" 18 e o "ca-eme" 26 da BR-116, ou que ocorreu um acidente no "ca-eme" 35 da BR290. Eles costumam falar que há um engarrafamento entre o quilômetro X e Y, bem entre o Canoas Shopping e o acesso á avenida Boqueirão, por exemplo. Ou que ocorreu um acidente na entrada de Santo Antônio no sentido Porto-Alegre Litoral da BR 290.
Quanto á termos imprecisos, infelizmente o "esperto" quer se fazer de inteligente e usa termos totalmente errados. Estou trabalhando no setor financeiro de uma loja de departamentos aqui no RS, e geralmente os clientes vem fazer um cartão da loja comigo. E na hora de encontrar a profissão do coitado no nosso sistema.
O que ja apareceram de operadores de televendas, colaborador de relações com o cliente, que entram no nosso sistema simplesmente como "atendente". Isso tirando vários que eu não consigo lembrar, simplesmente por terem nomes muito complicados para funções simples como caixa, atendente, secretária.
E Bob, no caso do passageiro que virou cliente. É que muitas empresas entendem que a partir do momento em que os funcionários trabalham uns para os outros, como as peças de um relógio, então o funcionário é chamado de Cliente Interno, e os consumidores, de Cliente Externo. Pessoalmente, acho desnecessária tal definição.
Ja quanto ao Desinger eu não vejo problema, ja que é uma palavra usada internacionalmente. Errado, são os verbos teclar, blogar, tuitar, geralmente derivados de palavras em inglês.
GuilhermeM
ResponderExcluirPerfeito, nada de ca'eme no programa.
Sobre designer, o que me preocupa é o uso do termo, pois segundo o contexto pode ser projetista, desenhista ou estilista. Não há motivo para empregar designer.
Felix
ResponderExcluirNão é excesso de imaginação ou de criatividade, é falta de precisão, é usar o termo no lugar errado. Ali é um quadro de previsão do tempo e não comentário de elevador. Repare no quadro de informação meteorológica que aparece na tela instantes antes da largada de um GP de F-1 e que não é gerado pela Globo: temperatura, velocidade do vento e umidade relativa do ar.
Bob, quanto ao exemplo do motor, acho que é mais ou menos aquela história da parte valendo pelo todo. Vejamos alguns casos atuais. O contribuinte paga uma cacetada de impostos (o TODO) pra legalizar seu carro, mas só uma PARTE da estrada superfaturada será concluída. Outro: O sujeito contrata um plano de saúde (o TODO), mas só uma PARTE vai funcionar. Ex: O plano autoriza a consulta (que ultimamente demora meses), mas não vai autorizar o exame, por considerá-lo supérfluo. Outro: Tá na moda as fábricas reduzirem a quantidade do produto. Ex: O cara compra um rolo de papel higiênico. A fábrica reduziu a metragem, mas não o preço. Pagou pelo TODO, mas só levou PARTE. E ainda vai faltar na hora H...
ResponderExcluirPor Asgard!!!!Os deuses da linguística ( sem a trema, não me corrijam! )baixaram em peso no blog!!!
ResponderExcluirAliás, o peso é a massa multiplicada pela aceleração. Um objeto que apresenta grande massa é denominado um objeto massivo...portanto, massivo é uma palavra tecnicamente correta, e usualmente utilizada em astronomia e cosmologia para tratar de objetos de alta densidade, como estrelas de nêutrons, por exemplo.
Outra coisa, tenho uma pergunta: Quantos de vocês param para olhar a lição de seus filhos e fiscalizar sua caligrafia e seu aprendizado? Os maus escritores, ignorantes e destruidores da língua portuguesa e do conhecimento específico de hoje, são frutos desta negligência dos pais e responsáveis, sabiam?
Talvez "perder" um "tiquinho" de tempo com esta tarefa tão "árdua" possa corrigir as falhas descritas aqui num futuro não muito distante.
Sei não, Anômimo das 8:47, pra mim massivo ainda é má tradução de massive, de quem esqueceu que maciço já existia, mas aceito o argumento, tal qual o Paulinho da Viola. :-)
ResponderExcluirSobre noticiário com previsões e informação do tempo. O que me dizem de "sensação térmica"?
ResponderExcluirSensações são mensuráveis e expressas numericamente? Como se MEDE isso? Qual a unidade?
Ainda não consegui explicação razoável, no entanto são apresentadas como afirmação categórica até por reporteres de rua.
A presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para ser nomeada representanta.
ResponderExcluirEsperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar a tão empobrecida Língua Portuguesa, só para ficar contenta.
Anônimo sabichão é mato no AE também!!!
ResponderExcluirMassivo? Não seria simplesmente denso?
Melhor definição que encontrei...
kkkkkkkkkk
A palavra "massivo" deriva do adjetivo "massa" usado para caracterizar algo que é MUITO legal, bom ou interessante. Algo muito mais forte que "massa", daí "massivo".
Nossa, o show ontem foi massivo demais!
Ah ah ah...este blog tá ficando cada vez melhor!!!
ResponderExcluirassinado: Anônimo das 8:47
Ciossani,
ResponderExcluirVocê parece o personagem Julius do seriado "Everybody hates Chris" com tantos exemplos... hahaha
"E quando o designer X...?"
ok ok... Nós concordamos com você!
http://kamywinehouse.blogspot.com/2010/08/todo-mundo-odeia-rochelle-rock-rsrsrs.html
Conversa Fiada!
ResponderExcluirSabidão fala:Ho! Bob me empresta 500 pratas?
Bob reponde; Sim ! vou emprestar , aguarde ai e some.
OU
Sabidão fala: Bob ! me empreta a chave de fenda?
Bob responde : pois Não vou pegar.
Ainda sobre "abafado": sempre tenho receio de tentar aplicar a tecnicidade em tudo. Tudo bem, não é questão de se utilizar a palavra errada (tipo bloco X motor), mas deve se ter mente quem vai receber a mensagem, um técnico ou leigo. Se a intenção é comunicação de massa, logo a linguagem deve se manter precisa mas coloquial. Simples, direto e comunicativo. Senão fica como um médico que me disse que tomou 1 grama de ácido acetilsalicílico porque estava com dor-de-cabeça...
ResponderExcluircomplementando meu comentário acima, "1 grama de ácido acetilsalicílico" é um termo PRECISO, mas PEDANTE.
ResponderExcluirJustameeeeeente!
ResponderExcluirOlhe, Sr. Félix! Eu já disse, não é pedante! É PEDANTA!
ResponderExcluirCaro Bob Sharp, adoro Opala e estou cansado de ler "opaleiros" pé-de-chinelo escreverem que o nosso mito possui motores de 4cc e de 6cc. Isso seria o mesmo que dizer que um motor tem "2500 cilindros" ou "3800 cilindros" ou "4100 cilindros". Ou seja, é simplesmente ridículo. Seria bom esclarecer aos "sabidões" que centímetro cúbico refere-se à cilindrada (espero ter usado a palavra "cilindrada" corretamente!).
ResponderExcluirAh, e ainda em tempo... Está duro de ouvir os meus professores na faculdade de administração que faço falarem de "montadoras" pra cá, "montadoras" pra lá... Assim esse país vai longe, muito longe...
Anônimo 15:19
ResponderExcluirO leitor Alexandre, em comentário ontem às 14:35, explicou a origem de "4cc" que me parece plausível. Em espanhol e aqui faz muitos anos usava-se a letra repetida para indicar plural. Até hoje nos países de língua hispânica se escreve EEUU em vez de EUA, significando Estados Unidos. Alguém deve ter usado a mesma regra para cilidros, daí o 4cc, 6cc. Sim, você uso cilindrada corretamente. Já montadora, não dá mais. Piora cada vez mais.
Félix
ResponderExcluirPode-se até comentar "Como está abafado hoje!", mas jamais dar tal informação na previsão do tempo. Não devemos perpetuar a ignorância, mas combatê-la. Quem mora num região de temperatura média 28 °C sabe que 38 °C é um calor infernal.
Dilma Rouscouff: LOL foi engraçado, mas aí vamos entrar em assunto polêmico demais... hehe
ResponderExcluirOlá Bob Sharp, sou o mesmo que postou o comentário às 15:19 de 23/02 e quero agradecê-lo pelo exclarecimento tão coerente que ajudou a ampliar os meus conhecimentos. Essa foi mais uma que aprendi na vida. Mas também preciso dizer que se aceitarmos a influência esponhola em nossa língua, nós teríamos de aceitar também a influência italiana que se refere a carro tratando-o no feminino. Agora eu lhe faço uma pergunta: Tem coisa mais irritante do que ouvir alguém falando, por exemplo, "uma Puma" ao invés de UM PUMA? Já pensou em alguém falando "uma Maverick" ou "uma Camaro"? Fazer uma defesa parcial do nosso idioma não é o caminho. Ele deve ser defendido em sua totalidade. Porém, particularmente eu detesto chamar picape no masculino, como prega o (ótimo) site Best Cars Web Site. É o melhor órgão da imprensa automotiva brasileira! Mas dizer "o Saveiro" ou "o Dakota" não dá.
ResponderExcluirNa citação feita por Uniblab em 22/02 às 16:54 (sobre numeração cardinal/ordinal) há mais um equívoco,que passou despercebido: "...fulano acabou de chegar...". O certo, s.m.j., seria "acaba de chegar", no presente.
ResponderExcluirFabio J.M. Drummond Maldonado.
Anônimo 23/2 23:36
ResponderExcluirPicape é caminhonete, conforme definição do Código de Trânsito Brasileiro. É um substantivo feminino. Portanto, a picape.
s.m.j.?
ResponderExcluirshiiiiiii...
exclarecimento?
ResponderExcluiraiaiaiuiui!!!
Faz parte do carioquês?
"...
ResponderExcluirA vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
..."
Qualquer um com mínimo de estudo sabe de onde tirei a passagem acima. Na formalidade cabe a precisão da palavra, mas no dia-a-dia é muito chato!
Anônimo de 24/02, 10:19: s.m.j. é "salvo melhor juízo" (quem sabe, o seu, que achou tanta graça na expressão).
ResponderExcluirFélix, concordo - em parte, para não irmos do M. Bandeira para o outro extremo, que vimos aguentando (sem trema) há muito tempo.
Fabio J.M. Drummond Maldonado.
onde está a graça no termo "shiii", dotô?
ResponderExcluirBob, isso me lembrou um anexo do Livro 1984, do Orwell, que se chama Novilíngua. O exercício do Grande Irmão era o seguinte: elimina-se toda polissemia das palavras e com ela todos os sinônimos. Cria-se uma linguagem sem gradações, sem variações. Ele tentava matar a palavra? Não! Tentava mesmo matar o pensamento...
ResponderExcluirFabio, "smj" é "salvo MAIOR juízo", smj.
ResponderExcluirSacco, Ricardo : digite s.m.j no Google (para ficar no mais simples), e verá que tenho razão, s.m.j.,.....rs.
ResponderExcluirFabio JMD Maldonado.
Bob, "tempo abafado" virou sinônimo de calor e umidade relativa alta. Acontece muito aqui no nosso litoral catarinense. Em 2009 ou 2010, não lembro ao certo, a temperatura do ar chegou a 37, 38 Celsius e a sensação térmica foi a 55 Celsius.
ResponderExcluirGustavo
ResponderExcluirIsso de "virou" é que está errado. Que se informe temperatura, umidade relativa do ar e sensação térmica, o seu exemplo é perfeito. Abafado só serve para conversa fiada de elevador. A missão dos veículos de comunicação é informar e formar.