Ao ler o post "PALAVRAS" do BS, imediatamente me lembrei de uma enorme distorção no vocabulário técnico que habitualmente usamos, e de tanto usarmos, virou jargão até entre técnicos e engenheiros, mas que está errado.
As distorções mais populares estão ligadas às unidades de medida.
Quando vamos ver um carro usado, a primeira pergunta que se faz é qual a "quilometragem" dele, como referência a quanto ele já foi utilizado. O termo "quilometragem" é bastante popular e já faz parte do nosso vocabulário, mas será que alguém pergunta qual a "litragem" do motor ou a "quilagem" de carga que ele pode carregar?
O erro neste caso é bastante sutil. Quilômetro não é distância, mas uma unidade de medida de distância. Quando dizemos que um carro foi muito usado, costumamos nos referir a ele como tendo "alta quilometragem", mas, apesar de popular, é um termo tão absurdo quanto dizer que o carro tem "alta metragem", "alta centimetagem" ou se preferirem medidas inglesas, "alta polegagem".
Outros dois exemplos coligados, semelhantes ao caso anterior: "voltagem" e "amperagem". Populares, mas tecnicamente errados. O correto é falar "tensão de tantos volts" e "corrente de tantos ampères".
Há também a formação de termos semelhantes, derivados de propriedades físicas. Quem aqui já não mandou fazer a "cambagem" durante o alinhamento das rodas? "Cambagem" se refere ao ângulo de câmber da roda. Tão importante quanto o ângulo de camber é o ângulo de cáster, que também é aferido nos sistemas mais sofisticados. Porém, quando este ângulo necessita de ajuste ninguém diz que fez a "castagem" ou coisa parecida.
Também está nesta categoria o termo "motor a explosão" em vez do correto "motor a combustão". Embora a combustão dentro do motor seja muito rápida, ela ocorre de forma progressiva.
A explosão da mistura ou parte dela pode ocorrer, mas é uma queima anômala e que danifica o motor. É a chamada "batida de pino", nome popular da detonação.
Um componente elétrico bastante injustiçado com esta distorção é o capacitor, injustamente chamado de "condensador". Quem não conhece carros antigos e nunca ouviu falar da dupla "platinado e condensador"?
Capacitor (esq) e platinado (dir) |
Na engenharia, condensador é um componente onde um fluido gasoso muda de estado e passa para o estado líquido. Esta transformação é chamada "condensação". Portanto, o condensador é um componente, geralmente de refrigeração, que nada tem de elétrico.
O verdadeiro condensador |
O capacitor apenas possui uma determinada capacidade de armazenamento de cargas elétricas. Estas cargas elétricas ficam apenas armazenas nele, não ficam condensadas, mudando de alguma forma seu estado físico.
O curioso sobre estas distorções é que a maioria delas tem origem nos Estados Unidos. Lá, há o hábito de se mencionar o uso de um veículo em "milhagem" (mileage), e também é de lá que vem o termo "condensador" (condenser).
O aviso errado: HIGH VOLTAGE, deveria ser HIGH TENSION |
Estes termos são tão comuns lá que os termos tecnicamente corretos soam completamente estranhos aos ouvidos mais experientes. Lá, por exemplo, não se usa o termo "capacitive mic" (microfone capacitivo), mas sim o "condenser mic".
Essa influência linguística americana sobre nosso português pode ter ocorrido ao longo de muito tempo, através do intercâmbio cultural que os Estados Unidos manteve com o resto do mundo durante todo o século 20. Entretanto, alguns linguistas e historiadores oferecem uma data precisa para esta influência.
Durante a 2ª Guerra Mundial, o Brasil se estabeleceu como um ponto estratégico para o esforço de guerra aliado. Era importante que os aviões produzidos nos EUA chegassem até a Inglaterra, último refúgio aliado na frente ocidental da guerra.
Entretanto, os bombardeiros de longo curso como os B-17 e B-24 eram grandes demais para seguirem semi-desmontados nos navios, mas também não tinham alcance suficiente para uma travessia direta pelo Atlântico Norte.
Foi negociado com o governo brasileiro, nesta época de relações já cortadas com os países do Eixo, a instalação e o uso de uma base na cidade de Natal, ponto mais próximo das Américas da África. Os aviões viriam da Flórida, parariam em Natal, deixando as tripulações descansando enquanto os aviões passavam por revisões e reparos de rotina antes da travessia do Atlântico.
Natal, mais perto da África |
A base de Natal era tão importante para o esforço de guerra americano, que o presidente Franklin Delano Roosevelt veio conhecê-la junto com o então presidente brasileiro Getúlio Vargas.
No banco direito, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos EUA. Atrás dele, o presidente Getúlio Dornelles Vargas: boa vizinhança |
Entretanto, com todo esforço de guerra, não havia mão de obra qualificada americana para ficar estacionada em Natal. Muita da mão de obra necessária foi contratada por aqui mesmo.
Os técnicos brasileiros treinados pelos americanos aprenderam muito com eles, e também absorveram seus termos técnicos. E segundo os linguistas, absorveram e tropicalizaram seus vícios também.
Assim, como não usamos a milha como unidade de medida, "mileage" virou "quilometragem", e "condenser" virou "condensador".
Embora já sejam termos tradicionais e absorvidos no jargão popular, são termos tecnicamente errados e seu uso deve ser minimizado tanto quanto possível.
AAD
O termo abaixo está correto?!
ResponderExcluir"Baixa resistência à rolagem..." - Retirado da revista 4Rodas
Perneta,
ResponderExcluirSim, vem de low rolling resistance.
Acho engraçado quando escuto na TV o locutor dizendo que o "balanço" do carro está ruim.
ResponderExcluir- não seria "equilibrio" ?
[]'s
Jorge
Ahhh, eu acho que estas ponderações não tem muito a ver, não...
ResponderExcluirÉ legal pela curiosidade dos fatos, mas daí achar que isto tenha qualquer importância ao ponto de sugerir seu desuso, me parece um pouco exagerado.
Bom, se me permitem fazer um comentário sobre o comentário do colega Perneta, eu li um termo parecido ao citado no site da michelin ( descrição do pneu xm-1, linhas miúdas, bem abaixo na página). Não sei se eles utilizaram rolagem ( talvez seja rodagem ), mas acho que dá no mesmo, né?...ou não?!
Certamente existem assuntos mais interessantes e objetivos para Auto Entusiastas. Já que o que importa é se comunicar de um jeito que todos entendam e que não seja muito vago, por min está valendo usar termos mais populares. E certamente os termos citados acima como errados nunca deixarão de ser usados. O" Baú do André Dantas dos Grandes Posts" está ficando minguado?
ResponderExcluirAndré e Bob, esta é uma humilde opinião, mas prefiro ler sobre suspensão e pneus.
A opinião acima é do Renan Veronezzi
ResponderExcluirJá que estamos neste assunto, vou aproveitar para perguntar para os colegas se alguém conhece a origem da palavra "paiol", que sempre me intrigou [talvez eu tivesse pouca coisa pra fazer na época( brincadeira ), mas mesmo assim, a preguiça me impediu de pesquisar...ah ah ah].
ResponderExcluirSei que não tem nada a ver com carro, mas não custa perguntar, certo?
Será que veio de "pay all"?!
Concordo com o post. Mas tenho que admitir que acho 'voltagem' muito mais fácil, intuitivo e bonito do que 'tensão'. Sem falar que tensão pra mim não é nada - acho que deveria ser falado sempre 'tensão elétrica'. É complicação demais para indicar uma simples diferença de potencial... Mas mesmo assim eu sempre falo "tensão".
ResponderExcluirAgora, chamar capacitor de condensador dói nos ouvidos. Felizmente acho que isso não é muito comum no Brasil.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGalo Cego e Renan Veronezzi,
ResponderExcluirConcordo com ambos. Aliás, soa até meio pedante e pretensioso querer que expressões tão arraigadas e que todos entendem o significado não seja usado.
Por mais que seja semanticamente "errado" utilizá-las, elas são eficientes em passar a mensagem para o ouvinte, independente de escolaridade, e eu sinceramente duvido que caiam em desuso.
A língua é viva, é perfeitamente normal ocorrerem mudanças ao longo do tempo. Se for ver, falar "você" está errado, usar um anglicanismo como "OK" também seria abominável e não deveria ser usado.
Entendo que algumas expressões são realmente ruins, não caíram no jargão popular e não deveriam ser utilizadas. Mas daí a crucificar todas, não concordo.
O blog é muito mais interessante quando não se atém a essas picuinhas gramaticais.
P.S.: já ouvi a palavra "litragem" várias vezes tanto para capacidade volumétrica de motores quanto para cálculos de volume e sintonia de caixas acústicas. Em nenhuma das vezes achei isso estranho ou fique corrigindo o interlocutor.
Patrick,
ResponderExcluirTensão pode ser de um monte de coisas: tensão de uma corda de violão esticada; tensão no ambiente político da Líbia; tensão de uma mola de válvulas sendo pressionada por um comando de válvulas com 13mm de levante; até mesmo tensão elétrica, ou diferença de potencial elétrico.
É...voltagem é muito mais simples e eficiente.
Ótimo post! Vou cortar a palavra cambagem do meu vocabulário!
ResponderExcluirO termo mais absurdo que já ouvi foi, de longe, "motor mecânico".
Estava eu, engenheiro mecânico, conversando com dois amigos também engenheiros porém elétricistas. Estava falando sobre motores a combustão interna serem muito mais viáveis do que motores elétricos. Talves eles tenham achado que eu estava falando isso para menosprezar a área de eletricidade em favor da mecânica, mas fato foi que derrepente começaram a falar das vantagens do motor elétrico em relação ao "motor mecânico"!!
Na hora eu perguntei pra eles qual motor que não era mecânico e eles ficaram sem resposta, claro! O dai que existir um motor que transmita força sem componentes mecânicos eu truco!
Gostei desse post do André Dantas. Não porque eu seja partidário de um purismo etimológico difícil de sustentar diante da evolução natural da linguagem, mas porque o post faz pensar sobre esses termos que usamos diariamente sem maiores questionamentos.
ResponderExcluirQuanto à influência americana, é claro que ela existe. Mas também há que se considerar que os franceses, sempre ciosos da pureza de seu idioma, usam palavras como "ampérage" e "voltige".
Na minha opinião, um dos estrangeirismos mais bizarros é o que os mexicanos usam com o significado de roda: "rin". A influência americana aí é claríssima, já que existe em inglês a palavra "rim" significando aro ou roda. Mas o mais curioso é que os mexicanos chamam pneu de "llanta", palavra que na maioria dos países de lingua espanhola significa roda. E "llanta" com este sentido, por sua vez, deriva do francês "jante" - palavra que acabou se incorporando, com casca e tudo, ao vocabulário dos nossos irmãos portugueses. Como se vê, a torre de babel continua de pé...
Há uma tênue linha entre o pedante "tecnochato" e "inapropriação de conceitos". O jornalista tem que estudar sobre o que está escrevendo, e não apenas ficar analisando tabela de vendas pra escrever aquilo que todo mundo vê.
ResponderExcluirO jornalista tem que pôr o dedo na ferida, mostrar de forma compreensível aquilo que os não especialistas não enxergam.
Mas muito jornalista assim como outras profissões tem preguiça de estudar e pesquisar, de tentar entender de fato. Vive só de press release e é incapaz de extrair alguma conclusão dali. Fora os que trabalham como vitrine...
Estamos num blog sobre carros. Imagine um blog sobre finanças e economia usando termos pedantes, ou mesmo uma publicação médica, alguém aqui entenderia?
O que não podem é "em nome do entendimento de Hommer Simpson" falar que banana é abacaxi.
Esse blog é especializado, e muito bem usa termos com precisão. A linguagem da 4rodas diria que deve mesmo ser um pouco "amaciada".
- Osmar Fipi
Guilherme,
ResponderExcluir"Motor mecânico" é digno do Guiness hein? Mamãe...
- Osmar Fipi
Paulo e eu acho q jante é usado no português de Portugal para se referir à roda...
ResponderExcluirE eu tabém acho interessante à titulo de curiosidade e nos faz pensar mais antes de falar. Mas o os nologismos são ineviáveis.
Imagina como deve estar o inglêa agora? Pessoas de todo canto do mundo o utilizam de qualquer forma.
Anônimo 24/02/11 18:12
ResponderExcluirPior é que eles estavam falando isso só pra me cutucar e acabaram tomando!
O golpe final foi eu perguntar qual engenheiro que construia o motor elétrico!
Há alguns termos que são até consideráveis, caso da cambagem que citei, mas outros não dá!
É engraçado, mas é até mais fácil e compreensível dizer apenas "corrente" ou "corrente elétrica" ao invés de "amperagem". Acho feio.
André Dantas,
ResponderExcluirQuando muito garoto e iniciante no mundo dos carros, o termo "motor a explosão" me fez ter uma concepção errado sobre seu funcionamento: levei ao pé da letra e achei que ocorria uma explosão. Somente mais tarde, aprimorando meus conhecimentos, aprendi o correto.
Histórias como essa mostram como o uso de termos populares pode levar a equívocos.
Um grande abraço
Obrigado a todos pelos comentários.
ResponderExcluirVamos devagar.
Este caso de nomenclatura técnica é um caso tão sério que faz parte do anedotário popular através do termo "rebimboca da parafuseta".
Os cientistas demoraram mais de 200 anos para estabelecer nomenclaturas e unidades de medidas universais, porque antes disso cada um usava termos e unidades próprias, e era muitas vezes difícil até perceber que dois cientistas estavam trabalhando sobre o mesmo fenômeno, quanto mais poder comparar resultados.
Hoje, aprender que existe o rigor da nomenclatura e que ela precisa ser respeitada é uma das primeiras lições que qualquer estudante de qualquer área tem.
Quando se permite que a linguagem coloquial evolua à parte da linguagem técnica, se permite que a mesma torre de babel do passado se restabeleça.
E, para piorar, muitas dessas evolução são regionais, piorando a confusão.
Um erro aparentado é o motor de "mil cilindradas". Culturalmente compreendemos que é um motor de um litro, mas e quem não tem a mesma sensibilidade ao termo? Pode entender que "cilindrada" refere-se a metro cúbico? Até pode, mas aí a referência seria a um motor descomunal.
Cuidado ao defenderem a liberdade total de termos.
Depois não vão reclamar quando o mecânico explicar que o defeito do carro era a "rebinboca da parafuseta remontando na princeleta da grampola".
Patrick, o termo "tensão" cai num caso especial, justamente por ser dúbio. É um termo que só se explica completamente pela condição em que é empregada.
ResponderExcluirTensão pode ser elétrica ou mecânica.
No caso de tensão mecânica, ela pode ser de tração, de compressão, de torção ou de cisalhamento.
Se estamos falando de um circuito elétrico, o termo "tensão" sempre se refere a tensão elétrica. Se não for, o tipo de tensão precisa ser especificado.
Confuso? Talvez, no começo. Quando nos habituamos, se usa o termo certamente com naturalidade.
A questão de usar "voltagem" parecer mais natural que usar "tensão" é uma questão de hábito.
Quando comecei a estudar eletrônica, lá pelos 12 anos, usava muito uns fascículos editados em Portugal. Lá eles usam condensador no lugar de capacitor.
ResponderExcluirOutra que dói: "Vou trocar a resistência do chuveiro"
AD, Danniel,
ResponderExcluirNão seria o uso do termo "condensador" relacionado à compactação física de uma mesma quantidade de matéria/energia? Adicionar densidade - reduzir volume?
- Osmar Fipi
Jorge
ResponderExcluirBalanço é o espaço entre o centro do eixo e a extremidade do carro.
O que eu ainda não entendo é o "handling" - dirigibilidade ou manobrabilidade ou simplesmente o literal "manejo"?
É interessante saber a origem das palavras, mesmo à título de curiosidade.
ResponderExcluirDá pra procurar usar sempre os termos corretos, sem ser taxado de chato. Agora, chato mesmo é o sujeito que corrige o outro quando este usa esses termos errados, desviando o foco do diálogo. Por exemplo, se fulano me fala que prefere câmbio "mecânico" ao automático, o que importa é que entendi a preferência dele, não preciso "ensiná-lo" que todo câmbio é mecânico, não é esse o foco do diálogo.
Excelente! Acho imprescindível a utilização correta das palavras. Na minha opinião o mais difícil de "digerir" é o "motor de 300 cilindradas" como apareceu há um tempo atrás num comercial de TV no lançamento de uma moto da Honda. Lamentável uma fábrica que produz motocicletas disseminar algo tão errado.
ResponderExcluirJackie Chan: acho que é por aí mesmo.
ResponderExcluirCurioso que as "cilindradas" são mais utilizadas quando falam sobre motos, para carros esse modismo não tem tanta força.
ResponderExcluirO grande defeito do nerd, e o que o distancia do público comum, é corrigir em frente a todos um colega.
ResponderExcluirÉ muito, muito chato quando alguém corrige outro, especialmente erros e vícios linguísticos, mesmo que seja de boa fé, ainda mais se a pessoa que levou a "correção" é simples e sem estudos - e portanto nunca entenderá a correção.
Renan Veronezzi
ResponderExcluirEm qualquer publicação, até blogs, as pautas vão surgindo conforme a vida vai se descortinando diante de nós. Cada assunto tem seu lugar e momento e muitas vezes surgem inesperadamente. Por exemplo, o post "Palavras" foi gerado por um assunto que conversei com um amigo, em que ele me passou o link do motorlegend.com, quando então li o pavoroso "bloc atmospherique". Fica muito complicado falar apenas sobre determinado tema, tão rico que é o assunto automóvel. Entendemos você e esperamos que vocês nos entenda também.
Jackie Chan
ResponderExcluirE o que dizer de "direção mecânica", só porque não é hidráulica? Ou que o disco é sólido por não ser ventilado? Que dizer que ventilado não é sólido, é todo molengo?
Bob Sharp,
ResponderExcluirTalvez a utilização de "sólido" para o disco do freio venha da influência do Inglês, onde a palavra "solid" pode significar, entre outras coisas, algo uniforme, contínuo, sem "buracos".
Parabéns pela iniciativa desse tipo de post.
Anônimo 24/2 22:20
ResponderExcluirConcordo, nunca se deve corrigir alguém diante de outros. Isso magoa e humilha. Tem de ser uma conversa reservada.
André Mondino
ResponderExcluirVocê deve estar certo, mas nunca li "solid discs" na imprensa estrangeira ou em literatura de fábrica.
Leo
ResponderExcluirO termo handling não tem correspondente exato em português. Equivale a dizer que um carro tem bom comportamento, é bom de dirigir, "the car handles well".
André Mondino
ResponderExcluirPois você vê, nos eventos de imprensa da Honda o Alfredo Guedes Jr., que profere as palestras técnicas, sempre diz "centímetros cúbicos", "árvore de comando de válvulas", "árvore de manivelas" e outros temos corretos. Quem põe tudo a perder é a área de marketing. Poderiam pôr no texto "Honda trezentos" que todos entenderiam.
Bob Sharp,
ResponderExcluirEm recente visita à minha irmã que reside nos EUA, ajudei meu cunhado americano no processo de troca dos discos de freio traseiros de seu Audi A4. Sempre que eu me referia a eles como "brake discs", meu cunhado e o pessoal da concessionária Audi onde ele comprou as peças insistiam em usar o termo "brake rotors". Intrigado, pesquisei sobre o assunto e aprendi que o termo "rotor" é muito difundido popularmente nos EUA para se referir à tal peça. No entanto, é comum ler "disc" em sites oficiais ou materiais de divulgação. Mas, pesquisando em sites americanos de venda de peças, encontra-se em alguns deles o termo "solid brake rotor(s)". Porém, como você observou, nunca li em material de nenhum fabricante o termo "solid" para essas peças.
Abraço!
Gosto destes post´s " não automotivos " .
ResponderExcluirAs vezes não concordo, ou até acho de um preciosismo muito grande determinadas "recomendações", mas eles vem sempre recheados de curiosidades e fatos / momentos históricos que tornam a leitura e o aprendizado de outros assuntos leve e interessante .
Minha opnião é que continuem ! ;)
Bob falou no uso de "bloco" como se fosse sinônimo de motor. Também já vi muito disso aqui mesmo, na "imprensa" brasileira. E até aberrações como "bloco de 16 válvulas", algo que só seria possível em um velho V-8 com válvulas laterais... :o)
ResponderExcluiro Danniel (com 2 "enes", já daria outra discussão) se não é "resistência" a do chuveiro, é o que então?
ResponderExcluir"Resistor do chuveiro"?
francamente, vão chover no molhado lá em São Paulo!
Sim, o correto é resistor. Resistência é a característica elétrica de um resistor.
ResponderExcluirSe quiser chamar de resistência, resistor, diabo a quatro, eu não tenho nada a ver com isso. Só estou mostrando o termo correto.
Não tem a ver com carro, mas odeio alguns termos do ramo hoteleiro, do tipo: hostes, flat, resorts, riviera...
ResponderExcluirJoão Paulo
Danniel,
ResponderExcluirpensa que sabe tudo..
não existe resistência como característica elétrica. A característica é impedância, e esta pode ser resistiva, capacitiva, ou indutiva. essas discussão inócuas não levam a nada.
Como não existe resistência? então não existe capacitância nem indutância...
ResponderExcluirEu acho que essa moçada do staff AE precisa fazer mais sexo.
ResponderExcluirVelho de 101 anos.
moçada
ResponderExcluirQue é que vocês acham de : ANEL O ring ?
Parece um pouco com meu cão dog?
sabidão,
ResponderExcluirmesmo caso de mamão papaya...
o ring tem muito a ver com patente e marca, como gillete, bombril, etc.
FS
ResponderExcluirAí fica tudo certo...Realmente, essa de chamar motor de bloco não dá para entender.
André Mondino
ResponderExcluirEste tipo de raciocínio é o mesmo de achar que se uma direção é assistida, a não assistida tem que ter um nome, daí "direção mecânica", como se vê em especificação de fábrica. Não vejo dificuldade alguma em dizer "disco" e "disco ventilado".
Carlos Eduardo
ResponderExcluirClaro que tensão tem vários sentidos, mas em eletricidade geralmente a palavra é acompanhada de tanto volts. Ou seria correto dizer que "a voltagem é de tantos volts"? Fora que é comum ler-se ou ouvir-se cabos de alta tensão, como os das velas.
Faltou ao Bob Sharp e ao André Dantas citarem casos como: o povo chamar a terceira luz de freio de "brake-light"; o povo chamar farol de neblina de "milha" (milha não é o de longo alcance, oras?); o povo chamar tudo quanto é lanterna lateral ou dianteira de pisca, mesmo que essas sejam luzes-de-posição (ou seja, não piscam)... Isso tudo só para citar a ignorância relacionada aos nomes do ítens do sistema de iluminação. Mas eu também poderia citar o caso de o povo chamar de "nova geração" um carro que foi apenas reestilizado. O caso mais famoso para nós é o do VW Gol. O correto não seria chamar de "nova fase" (ou de "fase 2", "fase 3", etc) quando há uma reestilização?
ResponderExcluirGalo cego!
ResponderExcluirDo dicionário Houaiss:
Etimologia
cat. pallol (sXIII) 'compartimento ou despensa de um navio onde se guardavam víveres e munições', orig. 'soalho do fundo de um navio', prov. do lat. pallìolum,i, dim. de pallìum,ìi 'manta, coberta', que, de 'pequena manta', passou a designar o próprio 'leito'; f.hist. sXV payoll, 1553 payoes, 1720 paiol