A moda dos supercarros com fontes de energia alternativa está chegando para ficar. Depois do Porsche 918, a Jaguar mostrou o conceito C-X75, um novo carro-conceito de alto desempenho e motorização sem o tradicional ciclo Otto e pistões.
O 75 do nome é uma referência ao aniversário da fábrica que completa três quartos de século. Para a celebração, criaram este conceito esportivo com características de design que remetem a modelos clássicos da Jaguar, como o XJ-13 e o D-Type.
Com uma construção baseada no conceito de leveza e resistência, o alumínio foi largamente utilizado na carroceria e estrutura principal do carro, tanto para aprimorar o desempenho como a economia. A Jaguar também bate na tecla da boa capacidade de reciclagem do material. Assim como no novo Pagani, o Jaguar se utiliza da aerodinâmica ativa, com dutos de ar que são liberados ou bloqueados de acordo com a necessidade, bem como o extrator que interage com o duto de escape dos gases.
Além do estilo bem extravagante e que anda muito bem comentado na mídia, o C-X75 é um Jaguar único também pela sua motorização. Cada roda possui um motor elétrico que atua tanto como fonte de tração como de frenagem, assim utilizando esta energia para recarregar as baterias. O Jaguar é tido como um veículo elétrico de autonomia estendida, pois além dos motores elétricos há uma quinta unidade localizada na posição central-traseira. A surpresa é que não é um motor convencional, mas sim um par de pequenas turbinas de 70 kW (95 cv) cada, funcionando a 80.000 rpm. Estas turbinas são usadas apenas para gerar eletricidade para os quatro motores elétricos de 147 kW (200 cv) cada.
A boa sacada da Jaguar em utilizar turbinas de fluxo axial é que estas trabalham em rotação constante, sempre na sua faixa ótima de rendimento, o que é o recomendado para um conjunto gerador de eletricidade.
A boa sacada da Jaguar em utilizar turbinas de fluxo axial é que estas trabalham em rotação constante, sempre na sua faixa ótima de rendimento, o que é o recomendado para um conjunto gerador de eletricidade.
Essa combinação inovadora leva o C-X75 de zero a 100 km/h em aproximadamente 3,5 segundos e à velocidade máxima de 330 km/h. A autonomia, de acordo com a Jaguar, pode chegar a 900 km teóricos. Se considerada apenas a energia elétrica armazenada nas baterias, proveniente de carga externa (uma tomada convencional), a autonomia limita-se a 110 km.
A Jaguar afirma que este é o primeiro modelo que possui um conjunto de turbinas de fluxo axial com custo viável no mercado, mesmo sem dizer o que eles consideram viável. Sabemos que ainda é muito incerto afirmar que os veículos elétricos são o futuro da mobilidade, bem como os híbridos, pois cada um apresenta seu ponto fraco. O que fazer com todas as baterias de todos os carros elétricos quando forem substituídas?
Ainda não houve uma boa explicação. Sabemos que um carro elétrico consome combustível e gera poluição, mas indiretamente, pois a energia elétrica teve que ser gerada em algum lugar e com algum combustível, pois poucos são os lugares privilegiados como nós que temos grandes hidrelétricas.
Provavelmente este não é o salvador da pátria dos supercarros, mas é um excelente estudo de engenharia e bem ousado, merece mesmo um elogio.
MB
Que lindo carro! Este design remete a carros que não são da marca também, alguém arriscaria?
ResponderExcluirQuanto seria a potência total? Pode-se considerar 800cv mesmo?
Sds
Espero que a Jaguar o coloque em produção, com o mesmo desenho e potência, mas com o propulsor sendo talvez um V10 de ronco bem agudo. Seria bem melhor, não acham?
ResponderExcluirRenan Veronezzi
Infelizmente estamos vivendo a era do tem parecer e não do ser. O carro tem elétrico tem que parecer ecológico e não ser...
ResponderExcluirSds,
Cristiano Zank.
O mais belo desenho interno e externo da Jaguar nos últimos anos, talvez décadas...
ResponderExcluirSegue antiga receita dos anos 60 com desenho menos apoiado em linhas e mais em volumes, sombra e luz. Pequeno e muito bem feito.
Bem legal, porem achei mais parecido com uma evolução do XJ-220, que muito bem vinda por sinal.
ResponderExcluirPerdoe-me pela ignorância, mas o que move as turbinas?
ResponderExcluirSandro
ResponderExcluirDe acordo com o Top Gear (programa de tv inglês) Ele se move com qualquer líquido inflamável.
Pena que o petróleo vai acabar ! Justo quando os cientistas estão produzindo as máquinas mais fantásticas dos últimos tempos ...
como sugestão, que tal um post sobre turbinas com aplicação automotiva?
ResponderExcluiraquele cara que atravessou o Canal da Mancha com uma asa e turbinas do tamanho de uma lata de óleo... e aquele mano argentino que instala turbinas em automoveis?Com sistema de tração e caixa de marchas mesmo?Abraço, Henrique