google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 SERVIÇO À MODA ANTIGA - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

SERVIÇO À MODA ANTIGA



Em 2001 escrevi minha coluna semanal "Do Banco do motorista" para o Best Cars intitulada "Uma (agradável) volta ao passado".

Tratou-se de uma experiência de serviço incrível que àquela altura fiz questão de compartilhar com os leitores e, por isso, recomendo lê-la antes de continuar esta leitura.

Ontem precisei ir a Resende, bate e volta, e o iniciar a viagem para São Paulo passei pela auto elétrica (por isso é que é bom ler a coluna no Best Cars antes), pois ela fica no caminho para pegar a Via Dutra. Eu quis dar um abraço no Toninho, que estava lá trabalhando, firme e forte. Foi uma alegria para ambos o breve encontro.

Depois, na viagem, pensei, "Que besteira a minha, poderia ter fotografado o Toninho, a oficina, e fazer um post a respeito", mas, paciência, ficaria para outra. "Não, espere, você pode escrever um post assim mesmo", e aqui está ele. É por isso que a foto da oficina auto elétrica, na abertura do post, foi reproduzida a partir do Street View do Google Maps (obrigado, Mr. Google!).

Agora vamos à "face oculta" da história, tal como a do nosso satélite.

O caso não foi comigo, mas com meu único irmão, o Rony, e o carro dele não era Escort GLX,1,8 (o meu carro), mas um Mille Electronic 1993. Tive usar o recurso de "outra identidade" porque meu irmão era funcionário da General Motors, em São Caetano do Sul, e na época achamos que poderia não ser bem visto pela chefia dele e pela empresa ele ter um Fiat e, pior, contar uma história envolvendo um carro de outra marca.

Ele havia sido contratado em 1998 especificamente para o Atendimento a Clientes por internet via e-mail, um serviço novo que o vice-presidente André Beer quis implantar assim que a internet começou a tomar corpo. A família não podia se mudar para São Paulo por causa do trabalho da esposa e da faculdade do filho, então ele alugou apartamento em São Caetano do Sul e ia a pé para o trabalho, caminhada de cinco minutos. A cada 15 dias o Mille pegava a estrada para o Rio, saindo sexta após o trabalho e retornando domingo à noite. Fez isso durante seis anos, até se aposentar por idade dentro das normas da fabricante, em que o limite é 65 anos.

O atendimento era imediato, com respostas aos clientes em curtíssimo tempo e meu irmão se orgulha de ter respondido a mais de 150.000 e-mails e de nenhum caso que ele atendeu ter chegado ao Procon ou à Justiça.

Meu irmão Rony Sharp no seu posto de trabalho na GM (foto GM)

Toda a seqüência da história é exatamente como está no Best Cars. Inclusive, dei ciência da "troca de identidade" ao Fabrício Samahá, dentro do princípio que o veículo de comunicação não tem responsabilidade pelo que os colunistas escrevem (como aqui no Ae).

Depois que a coluna foi publicada, imprimi-a e meu irmão, numa próxima viagem, passou na auto elétrica e deu-a ao Toninho. Desnecessário dizer, ele ficou encantado ao ver o fato publicado e ato contínuo afixou as duas páginas numa parede em local visível. Desnecessário dizer também que ontem continuavam lá.

Para o leitor entender, algum tempo depois indo ao Rio, dei uma chegada na auto elétrica para conhecer o Toninho, me apresentei, ele logo me reconheceu pela foto na página do Best Cars. Gostei logo dele, uma pessoa simples, educada e sobretudo competente na sua profissão-arte.

Como se passaram 13 anos desde que o conserto do alternador foi feito, ter visto o Toninho ontem com cerca de 63 anos, ativo, forte, foi uma alegria até maior.

Quanto ao Mille Electronic do mano, rodou mais 70.000 km até ser vendido com 236.000 km e nunca mais o alternador apresentou problema.

Que a Toninho Auto Elétrica possa ser um apoio notável para quem viaja entre São Paulo e Rio de Janeiro no caso da algum problema elétrico. No sentido São Paulo fica na pista lateral, acessada depois do retão de Resende, já bem próximo da cidade.


BS


Atualizado em 14/02/14 às 13h00.

76 comentários :

  1. "Ele havia sido contratado em 2008".
    Está certo?

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  2. Isso prova que ainda existe gente confiável em nosso país.

    Pena que são poucos!

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  3. Bob, você escreveu 2008 como o ano em que seu irmão foi contratado pela GM. Não teria sido em 1998?

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    1. Anônimo 14/02/14 12:29
      Mas é claro! Já vou acertar lá.

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  4. Muito legal !!!

    E que esse post vire um quadro na oficina do Toninho !!!

    Alexandre

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  5. Bons tempos quando os mecânicos realmente CONSERTAVAM as coisas, não eram meros trocadores de peças.
    Muitas coisas hoje em dia são passíveis de reparo, porém é mais lucrativo para o fabricante vender peças novas. Esta semana resolvi um problema na fechadura da tampa traseira de um Astra, estava travada, e como a mesma abre somente através do controle remoto, ficava difícil para o cliente acessar o compartimento. A princípio, pensamos em uma peça nova, que custa cerca de 120,00, mas no fim não foi necessário, pois a fechadura travou devido a um pedaço de tecido que se embrenhou para dentro da mesma. Custo zero de peças e mais um cliente satisfeito.

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    1. Exatamente. Os mecânicos de hoje são meros leitores de scanner e trocadores de peça.
      Dá uma olhada no fórum do Oficina Brasil. É só o que se vê, além do português sofrível.
      Quando o alternador do meu antigo carro pifou, rodei bastante atrás de um "toninho", mas só achei trocadores de peças, cobrando uma fortuna.
      Já conheci bons mecânicos, que sabiam consertar as coisas, mas eles já se aposentaram ou faleceram.

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  6. Rafael Ribeiro14/02/2014, 12:51

    Parabéns pelo post Bob. Numa época em tanta gente faz coisas erradas, temos mais é que divulgar os que trabalham bem.

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  7. Se houvessem mais Toninhos por aí, o mundo seria um local bem melhor para se viver...

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    1. Com certeza existem muitos outros "Toninhos" por aí. Por isso que ainda se consegue viver nesse mundo...

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  8. Prosissionais como esse são rarissímos hoje em dia! Parabéns ao Toninho!

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  9. Está aí uma coisa que merece ser divulgada e propagandeada: profissionais competentes e honestos. Milhares de proprietários, a cada vez que se deparam com a necessidade de levar seu carro para uma oficina, seja por problemas elétricos ou mecânicos, sentem, como diz um amigo meu, "dez tipos diferentes de medo", notadamente os que não possuem conhecimento na área, tornando-se alvos fáceis para enganações e/ou explorações, de forma que um problema simples e barato de resolver, se torna um defeito complicado e caríssimo.

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  10. Enquanto isso tem oficina retificando motor completo que só queimou junta de cabeçote. Honestidade e caráter é um dom que poucos possuem. Parabéns e obrigado pelo relato Bob!

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    1. Retificando?? Recentemente meu mecânico de confiança pegou uma Ford Currier que, segundo o dono, havia sido feito motor completo recentemente. Ela era das mais antigas, com aquele motor Endura se não me engano. Tu era pra ver a meia-sola q tinha sido feito. Deram uma brunidinha meia-boca nos cilindros, botaram aneis novos dos mais vagabundos e uma junta de cabeçote tbm da mais xinfrim. E esfolaram o coitado do veinho dono da Currier no preço.

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    2. Anônimo,
      provavelmente a mesma pilantragem que fizeram com nosso Clio. O carro teve o motor completamente retificado aos 100 mil kms e desde então NUNCA foi para a oficina para resolver um problema sem que outro aparecesse. Até que, enfim, meu pai resolveu usar a cabeça e me escutar, finalmente tirando o carro daquele calabouço...

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    3. Esse golpe da retífica está sendo comum nos últimos tempos. Você orça e paga parte de baixo e de cima e fazem só a de cima, etc. Acontece em muitos lugares, da oficininha "de confiança" do precinho "bom" a mecânicas de renome. E tem dono de oficina que até se orgulha disso aí e cobra caro mesmo, afinal é "retífica".

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  11. Duros os dias de hoje, não devíamos nos emocionar ao ler relatos sobre um trabalho honesto, deveria ser o “normal”, pena que não é.

    Meio off topic, mas lá vai. Fui agraciado por um ato de generosidade alguns anos atrás que me marcou bastante. Guiava por uma estrada de terra com bastante lama apenas para explorar a região e acabei ficando atolado em uma poça que subestimei (jovem, inexperiente, corajoso, combinação que gera boas enrascadas). Tentei calçar os pneus com pedras, pedaços de pau e o que mais encontrei pela frente e nada, plantei meu carro naquela meleca. Depois de algum tempo já preso ali e sem o menor sinal de conseguir sair sozinho (e nem de celular para chamar ajuda), um velho Voyage bem mal tratado e com uma família dentro parou para me oferecer ajuda. Por sorte o proprietário tinha uma corda e tentou me rebocar para fora do atoleiro. A corda devia ser tão velha quanto o carro e partiu-se várias vezes durante as tentativas, sem contar o cheiro de embreagem queimada e a gasolina toda que o rapaz desperdiçava forçando o pobre sedan. Conseguimos tirar meu carro daquela situação depois de certa insistência e quando fui tentar recompensar o proprietário pela ajuda, pela corda, pela gasolina, pelo tempo que gasto, etc, ele simplesmente se recusou a receber qualquer quantia que fosse, algo que por si só me deixou meio sem jeito pois tratava-se de uma família visivelmente muito simples, imaginei que aqueles pequenos prejuízos pudessem fazer alguma falta a eles. Insisti por alguns momentos que ele pelo menos me deixasse encher o tanque do carro, mas ele me calou com a seguinte frase: “Fique tranquilo meu jovem, ajude alguém que estiver precisando como eu te ajudei hoje e eu estarei pago.” Agradeci e peguei o caminho de volta para casa ainda perplexo.

    Coisa de dez minutos depois, me deparo com uma Saveiro carrega de tambores de leite e um senhor já de certa idade pedindo ajuda ao lado de fora do carro. Tinham acabado de salvar minha pele, não dava para deixar passar batido. Parei e o senhor me mostrou o problema, alguma manutenção mal feita e o pivot (Ball joint) que prende o braço de controle da suspensão dianteira simplesmente soltou-se da manga de eixo em algum dos buracos da estrada, ainda bem que ele dirigia devagar. Trancamos a Saveiro e levei o senhor até a cidade mais próxima onde ele conhecia um mecânico que poderia ajudar. Pegamos o mecânico e voltamos ao carro, quando fui “liberado” para seguir viagem já que o profissional foi munido de uma senhora caixa de ferramentas e me disse só de olhar, “isso é fácil, dou um jeito em 15 minutos, não precisa esperar não”. Me despedi e o proprietário da Saveiro queria de qualquer forma me dar algum dinheiro para compensar o combustível gasto, no que imediatamente respondi: “Fica tranquilo, quando topar com alguém precisando de ajuda, ajude-o e está tudo certo.”

    Foi uma bela lição de como uma boa ação gera outra, e no meu caso bem rápida, poucos minutos depois apenas.
    Como é bom topar com gente como o rapaz do Voyage que me ajudou, o mundo seria bem melhor se mais gente fosse assim.

    Leandro Gallo Spolon

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    1. Bela história, Leandro. A máxima "gentileza gera gentileza" aplica-se bem. Que pena tudo isso ser tão raro nesse mundo louco em que vivemos.

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  12. Ainda existem mecânicos confiáveis..... Engraçado que nos meus tempos de estagiário de curso técnico de mecânica nos idos de 1990, tive que levar meu velho fiat 147 1982 a uma destas auto-elétricas de bairro, lá em Belo Horizonte..(Batermec)... Quanta lembrança... de cliente virei amigo.... saudades daqueles tempos....

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  13. Bob que história legal!! Chega a ser lindo isso, pessoa decente que faz um serviço decente.
    Estes tempos precisei mexer no alternador de um... Escort Zetec 1.8 GLX.
    Foi trocado o regulador inteiro, ok.
    Dai que começou a dar problemas no meu som, não ligava um módulo amplificador quando ligava o carro, somente desligado, além de o meu rádio que possui função de voltímetro incorporado, indicar 14,4V, o que para tal veículo é muito alto.
    Falei com o profissional, que é meu amigo inclusive e ele estranhou mas ficou nisso.
    Dai que fiquei indignado e eu mesmo tirei o alternador e vi lá o regulador da marca GAUSS.
    Vi que as pernas do transistor dele eram extremamente finas, meia boca mesmo em comparação ao Bosch.
    Que eu fiz?
    Tirei as escovas do GAUSS e montei no velho regulador BOSCH.
    O carro ficou novamente com 13,8V, o som normal e tudo tranquilo.
    Preço do regulador GAUSS: coisa de 40,00
    Preco do regulador BOSCH: mais de 200,00

    Fica a dica, caso precisem solicite que troque as escovas do seu regulador original, assim como o Sr. Toninho o fez. Evitem o GAUSS.

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    1. A faixa de tensão para o sistema de carga é de 13,8V a 14,7V. Com vantagens e desvantagens tanto para o extremo mínimo quanto para o máximo.

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    2. Isso faz lembrar que além de mecânico bom falta peça de reposição boa também. Manter um carro com um pouco mais de idade no Brasil às vezes parece até loucura, tem que ter vontade mesmo.

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    3. Tenho certeza que neste caso não, porque o transistor Bosch marca especificamente 13,8V.
      Outra coisa, se um veículo que trabalha na faixa superior usar um amplificador da marca Rockford Fosgate (dos clássico, não dos xing ling de hoje) não vai conseguir. Fiquei quase louco com isso.

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  14. "O atendimento era imediato, com respostas aos clientes em curtíssimo tempo e meu irmão se orgulha de ter respondido a mais de 150.000 e-mails e de nenhum caso que ele atendeu ter chegado ao Procon ou à Justiça."
    Isso em 98, a internet ainda era um feto, velocidade de processamento era a mesma do Veloster e notebook era sonho.
    Hoje em dia nego leva N dias pra responder, QUANDO RESPONDE, e fatalmente cai tudo pro PROCON e pra Justiça... vai entender, parece que quanto mais as coisas mudam mais se regride.


    Esse causo do Toninho me lembrou uma matéria na finada QRClássicos sobre um funileiro chamado seu Matinha... o homem tinha um currículo invejável quando o assunto era reforma em carro antigo.
    Um dos clientes encomendou com ele um aro de buzina para um carro... ficou tão bom que ele preferiu pendurar na parede ao invés de usar no carro.
    Profissionais como esse, que metem a mão na massa, estão cada vez mais raros... gente que mete a mão na massa, que não confia cegamente nos Kaptors 2000 e DIAGs da vida.
    Aconteceu isso onde trabalho... veículo perdendo carga de bateria frequentemente, testes e mais testes e nada... acabou que o cunhado do dono do carro resolveu a parada: a fiação da luz do porta-malas estava invertida, a lâmpada ficava acesa com ele fechado e não o contrário.

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    1. Dica: hoje use atendimento via carta. Dão muito mais atenção que qualquer outro. Infelizmente a internet é outro meio que já está sobrecarregado e colocam qualquer um para atender. Na época, em 1998, poucos usavam internet no Brasil (era quase um clube) e menos gente ainda usava para coisas sérias (na época era levado como uma brincadeira pela maioria). Infelizmente também tem a questão de que o poder aquisitivo e instrução de quem usava internet nessa época era bem grande e assim davam tratamento muito diferente para essas pessoas.

      Não que não concorde em nada com isso, o triste é ver a disparidade de tratamento entre quem liga num SAC e passa horas para ouvir respostas padrão e nada de ajuda e quem tem acesso a um meio especial como esse.

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  15. Esses profissionais merecem mesmo muito respeito. Por serem honestos e por serem verdadeiros conhecedores da mecânica automotiva.

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  16. Esses tempos tive problema com o chip da BIOS de um notebook, que se corrompeu após acabar a energia no meio de uma atualização..Pesquisei em algumas lojas o custo do reparo, algumas queriam trocar a placa mãe toda, uns R$500,00 , outras faziam a troca do chip por módicos R$250,00..Pesquisei na internet e o chip gravado custava R$25,00 , levei em um técnico de eletrônica na cidade e perguntei o preço da substituição do pequeno componente, no qual ele me respondeu que seria um serviço caro pois a placa é delicada. Na hora esperei um valor elevado, e ele me passa o preço de R$30,00... Notebook funcionando perfeitamente por R$55,00, serviço onde alguém menos instruído teria gasto os 250 ou 500 reais da placa nova..

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    1. Deu sorte, alguns hoje somente envolvendo procedimento de solda (arriscado e caro) ou nem assim. Tive o mesmo problema e, infelizmente, as assistências querem apenas trocar a placa. Nenhuma se dispõe a soldar, o que de qualquer forma nem valeria a pena pela idade do equipamento.

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    2. Cuidado com esses técnicos, não é incomum eles queimarem outras peças do sistema caso você não queira fazer o serviço com eles. Um amigo passou por isso, de uma placa-mãe queimada, só restou a placa de video e o HD, o resto deu PT "por alguma razão desconhecida"...

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  17. Os parabéns ao Toninho. Honestidade e competência são melhores que qualquer nome de grife na fachada, e a melhor das propagandas.
    Garantia de muitos anos de bons serviços e propaganda boca a boca confiável.

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  18. Também tenho meu Toninho. Se chama Carlinhos e atende na garagem de sua casa aqui em Guarulhos. Conheci por indicação há uns 12 anos e, a partir daí, só fiz serviços de parte elétrica com ele, inclusive indicando para parentes e amigos.
    Cerca de 1 ano atrás, foi a Corsa Wagon do meu sogro que pediu socorro. Pediram R$ 700,00 por um alternador novo! Eu rapidamente falei do Carlinhos pra ele e levei sua peruinha para uma avaliação. Ele abriu a peça e trocou só o que precisava, num total de pouco mais de R$ 100,00. Como podem perceber, um caso muito parecido com o do Rony.
    Dificilmente vou em um centro automotivo, prefiro deixar meu carro na mão dos honestos que realmente entendem do negócio.

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  19. jt - mplafer.net14/02/2014, 15:51

    O primeiro carro que comprei (o segundo a constar como meu nos documentos pois o primeiro foi um presente dos meus pais) foi um MP Lafer, que um amigo de Resende não estava vendendo, estava sublimando.
    Vi o anúncio da Internet e liguei para ele, perguntando se o valor estava em dólares ou em reais. Esta em reais e fechei a compra em menos de dois minutos de conversa. Moro na região de Campinas e pedi para o meu pai me "dar uma carona" para buscar o carro.
    Chegando lá, acertei tudo no cartório, mas percebi que o MP estava com o motor fora do ponto e só um dos dois carburadores estava funcionando. O ex-dono do carro me levou para o mecânico de confiança dele, cuja oficina ficava próxima a um barranco, também paralelamente à Dutra, mas no sentido Rio de Janeiro.
    O senhor que nos atendeu era de cor. Tinha um gingado e uma maneira tão educada de falar que parecia um diplomata estudado em Sorbonne, mas os únicos formados em sua família eram os filhos.
    Com uma chave de fenda e um ouvido de tuberculoso ele regulou o motor do conversível, e os carburadores passaram a chupar tanto ar que dava para ouvir os filtros trabalhando mesmo dirigindo.
    Resende deve ser a terra dos bons mecânicos.

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  20. O pior de tudo é que esse Toninho deve ganhar bem menos que um "trocador de peças" vigarista que tem "cursos" em tudo que é lugar. Que bom seria se o brasileiro valorizasse o trabalho, aí sim seríamos um país de primeiro mundo.

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  21. Bob
    Post emocionante. Parabéns ao sr. Toninho e aos raros competentes e honestos profissionais desse Brasil afora.
    MAF

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  22. Já parei em um auto elétrico por problema de falta de injeção de gasolina da partida a frio em um C3, comprovado pelo fato do reservatório não baixar o nível nunca e a partida somente ser difícil em dias frios. Problema diagnosticado, tivemos uma conversa rápida sobre as possibilidades, relê, bombinha de injeção, deixei o carro lá e a auto elétrica ficou de ligar para passar um orçamento...nenhuma ligação de retorno...no dia seguinte eu ligo e o carro já estava pronto, podia ir buscar! Chegando lá apresentou-se a conta de cabos de vela, velas, filtro de combustível, e mais alguns itens...de acordo com ele o carro (com apenas 35M Km) estava todo detonado! A situação esquentou. Pedi para ver as peças retiradas e ele não as tinha - havia jogado fora segundo ele, conversa baixando de nível, quando soltei a seguinte frase "já que estou sendo roubado vou chamar a polícia", como a conversa rolava em voz alta aparece o gerente ou dono da loja, situação explicada, este se desculpa e diz "está tudo certo, não precisa pagar nada não" - até hoje não sei se o funcionário tentava enganar nas costas ou se resolveram deixar de lado esta oportunidade de enganar mais um cliente.

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  23. Louváveis os elogios para o Toninho e para os outros tantos que lemos nos comentários.

    Mas vejam bem. Ser honesto é ser normal. Nada tem de especial em sê-lo. O anormalsim, que é não ser honesto, mas que ultimamente está a ganhar todas as paradas. Já nos desacostumamos tanto desses atos de honestidade, que os consideramos algo de outro mundo. Pudera! O que mais vemos nos dias de hoje, são pessoas a querer levar vantagem em tudo.

    Quimera um dia isso mude, mas sinceramente, não vejo luz no final do túnel.

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  24. Têm gente honesta sim ainda. Estes dias fiquei de a pé no centro, jurava que teria sido o plato e tal e já imaginando a paulada apesar de ser um vw quadrado espartano. Mas não, era apenas a alavanca de acionamento que correu na estria. Custo do reparo 30 contos.
    Talvez outro se aproveitasse ia arrastar o carro e trocar embreagem e tal e lá se ia a 500~600 contos...

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  25. Obrigado por dividir conosco essa história Bob, é um alento saber que ainda temos bons profissionais (e honestos) nesse país.

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  26. Felizmente eu tenho a sorte e felicidade de ser amigo e conhecer dois excepcionais mecânicos old school, estão beirando os 70 anos.... honestos, conhecedores e com muitas histórias. . . O que mais eu posso querer?

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    1. Ah, uma propagandinha básica: são os Srs Edison e Luiz, trabalham na região de interlagos, eram especialistas nos Renault na década de 60, são parentes direitos dos Manzini da escola de pilotagem Interlagos, foram preparadores de pista na década de 70. Sr. EDISON no início da década de 80 trabalhou em uma oficina na vila mariana, especialista em esportivos importados como Ferrari, Porsche, Alfa, etc... Grande conhecedor de Detroit 2T...

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  27. Com relação à funilaria e funileiros, no local onde eu trabalho, nós não temos funileiros e sim verdadeiros artistas.... simplesmente indescritível. ... mas isso fica para uma outra ocasião
    Abraços

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  28. Bob, eu fui um dos atendidos pelo seu irmão via e-mail. Fiz uma pergunta mais técnica e detalhada sobre um carro, e, meio sem esperança, fui atendido. Isso data de 13/08/2004, acabei de conferir. Anos mais tarde - já com a saída de seu irmão - percebi que o padrão de respostas automáticas e padronizadas, como em quase todas as fábricas, foi instalado na GM, uma pena.

    Fora do assunto, preciso tirar umas fotos e lhe enviar, sobre aquela questão dos tachões que você fez o post. Entre dezembro/janeiro, ao invés de os retirarem, instalaram novos!

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    1. Lembro da matéria

      Passei por lá, passaram por cima da lei na cara de pau.

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  29. Tem muita gente que tem como regra trocar de carro a cada dois anos. É o limite pra começarem os defeitos e ninguém quer ir ao mecânico. Porque os preços são altos, não são confiáveis, não respeitam cronograma etc. Durante dois anos leva-se o carro a concessionaria e boa: Revisões programadas, valores tabelados... Mas a verdade é que não conheci ate hoje uma concessionaria honesta, comprometida. Depois que acabou a garantia do meu Focus passei a fazer a manutenção preventiva por conta própria (conta própria mesmo, mão na massa). E a medida que vai chegando a hora de fazer trocas vou vendo que na garantia não fizeram nada. Filtro de A/C era ainda de fabrica na época. Os parafusos ainda tinha o selo. Filtro de ar do motor, idem. Agora prox. dos 80mil km fui trocar as velas e pra minha surpresa (não tão surpresa), pelo aspecto ainda eram as de fabrica. O serviço de troca programado aos 40 mil km não foi feito, com certeza. Sempre questionei em garantia um problema de pré-detonaçao, as famigeradas batidas de pino, que só sumiram agora depois de que EU troquei as velas. Culpavam sempre gasolina batizada. Que passavam Scanner e não acusava nada.
    Se tivéssemos Toninho em todo lugar, muita coisa no mercado de automóvel em geral seria diferente.

    ASS: Thiago Teixeira

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    1. Comigo foi semelhante. Depois que meu carro saiu da garantia, passei a fazer as revisões eu mesmo (a garagem de casa tem mais ferramentas que muitas oficinas por aí, hehe), e constatei que a concessionária GM não havia feito a substituição do fluído do radiador, nem do filtro de ar de cabine, como o previsto pelo manual. Pelo menos os demais filtros e velas haviam sido devidamente substituiídos...

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    2. Também por isso que muitos nem consideram carro com mais de 3 anos. Mesmo pagando mais caro numa mecanica com nome ou numa autorizada, ainda não é garantia de bom serviço. Apesar que devo dizer que essas atitudes criminosas de cobrar por peças e não trocar já é coisa mais reservada a certas marcas ou a certos grupos de autorizadas (alguns inclusive bem grandes e famosos).

      Eu pessoalmente prefiro acompanhar tudo e há muito já adotei algumas regrinhas. A primeira delas é que carro usado é bom, mas só se for meu. Se não for meu desde zero, só compro depois de muita pesquisa e ainda assim fico na dúvida. A realidade é que a maioria não cuida ou só "cuida" já pensando em vender, o que dá quase sempre serviço ruim feito no carro. Depois que independente de onde levo, sempre acompanho o serviço e também já aprendi a não querer economizar demais. Outra regra é que depois de um tempo, mesmo o carro sendo seu desde zero, começa a complicar mesmo a manutenção. Naturalmente o carro desgasta e mesmo indo em bons lugares e procurando bons serviços ainda assim o normal no Brasil é sempre pagar caro por algo mais ou menos. Ou pagar bem barato em algo ruim que vai te dar dor de cabeça. E se quiser manter tudo em ordem, às vezes só pagando muito.

      Por isso que se acaba trocando o carro de tempos em tempos mesmo. Nosso mercado não ajuda e se a pessoa não for entusiasta é até melhor fazer isso do que a dor de cabeça de manter um carro por mais de 3 ou 4 anos. Depois, ainda por cima, por melhor estado que esteja o carro a desvalorização é grande porque o carro "é velho". Coisas do Brasil...

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  30. Bom profissional. Executa serviço com maestria, definindo quando um reparo no componente pode ser vantajoso ou não: balancear hora-homem, confiabilidade e custo de um novo componente. Em alguns casos o reparo não compensa o tempo perdido presente e futuro, e a longevidade do reparo frente ao custo do novo componente.
    Parabéns para estes e os que esforçam-se para os seguir em semelhança, almejando serem ainda melhores.

    Existe também o mau cliente: está ciente que o valor cobrado é honesto, reconhece a boa execução do serviço, mas mesmo assim ainda pede (chora) desconto, pede para executar "gambiarras" com funcionalidade extremamente delicada para não ter que arcar com o mínimo custo de qualquer componente (e irá visitar a oficina com aquela cara-de-pau quando a validade indeterminada da gambiarra chegar e fingir que não sabe o porquê). - Arruma isto, aquilo não, já gastei demais. E logo após está ao telefone combinando a cervejinha da tarde com os amigos, pois para esta o dinheiro nunca falta, nunca é demais. E ao final do dia, ou da noite, temos a inebriada combinação
    do motorista manco e do carro aleijado.
    Ah, aparece cada coisa, nem precisa trabalhar no ramo para saber, basta ser bom observador por alguns momentos. Honestidade e boa vontade de um lado, cara-de-pau e malandragem (genericamente tratada como esperteza) doutro, e vice-verça. São estes os "traços culturais" que verdadeiramente marcam um povo. Uns mais, outros menos, uns por conta das rédeas, curtas, outros por conta do entendimento e prazer na prática de nobres valores morais.

    E realmente existe um declínio na qualidade no mercado de reposição, até mesmo em componentes fornecidos pelo concessionário (ao longo do tempo o fornecedor vai "ajustando a qualidade" ou até mesmo o fabricante do veículo troca por um fornecedor que tenha valor mais "ajustado"). A depender da peça, pode realmente ser vantajoso comprar um novo para este ceder somente o necessário para a peça antiga ficar em boas condições ao invés da troca simples e rápida pelo novo produto.
    O automóvel usado, mesmo com troca dos desgastados componentes, parece não ter mais o comportamento próximo do novo, tão pouco o espaço entre reparos dos mesmos componentes parece corresponder ao programado.
    E o automóvel "velho" - tem mais de 2 anos ou 40.000km? é velho, assim dizem a ti... - fica ainda mais velho, com reparos cada vez mais constantes dos mesmos componentes (e com lista crescente a cada vez que se retira algo que veio de fábrica e é substituído por um novo), seja pela baixa qualidade do componente, seja pela baixa qualidade do reparo, pois também existem os componentes que são montados de forma inadequada (e que confunde o cliente em saber se o fulano não sabe o que está fazendo ou finge não o saber - se é desonesto em fazer o que não sabe fingindo saber, ou se faz o errado com o propósito de obter ainda mais lucro); e quando ambos operam juntos - ou melhor, obram, no sentido de... vocês bem sabem... - a vontade é acionar a descarga e tentar a sorte em uma nova compra, um novo produto, o tal "zero quilômetro", e tentar um novo ciclo.

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    1. Perfeito, é comum com o tempo ser difícil de achar peças de qualidade mesmo compradas originais em concessionária. Também noto que vão diminuindo a qualidade das peças de reposição com o tempo. Acho que tanto para empurrar a pessoa para um novo como para conseguir abaixar o preço e agradar o biotipo que você bem falou, o zé que faz gambiarra e usa peça sempre da mais baratinha mas que sempre tem algum para a farra.

      É coisa de mercado. O fabricante óbviamente quer te vender o novo e quando ele olha para seus consumidores, enxerga pessoas que na verdade nem queriam gastar nada com manutenção. Nisso fica difícil esperar peças boas.

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  31. Bob, esse Uno do seu irmão foi um que certa vez você citou em uma coluna como tendo 190.000 kms e com pastilhas de freio originais? Na época vi sua coluna e achei meio absurdo ler aquilo, um exagero. Passou um tempo, comprei um Kia Picanto que uso quase que exclusivamente em viagens, e com uma maneira de dirigir bem calma, como você "me ensinou". Hoje ele tem 154.000 kms e ainda tem perto de 40% das pastilhas dianteiras.

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  32. Muito melhor uma boa oficina independente, e de confiança do que a concessionária... Sou obrigado a ser refém delas, por conta da tal garantia... e algumas situações é melhor abrir mão dela, como nos casos em que eximem de assumir a responsabilidade por um defeito grave, alegando "características normais do veículo" até o prazo de garantia expirar... Tive essa infeliz experiência com rede Chevrolet, mas sei que todas as marcas usam deste mesmo "procedimento". Caberia a mim, consumidor, provar o defeito no motor, com laudos emitidos por institutos oficiais (não é o laudo de qualquer oficina) e providenciar a devida ordem judicial...como resultado dessa experiência, o 206 semi novo, que tive adquiri depois passou longe das concessionárias da marca, que tem péssima reputação.. Abri mão da garantia e só fiz as manutenções necessárias na oficina que eu conheço e sou cliente há muito tempo. chegou aos 140.000 como novo, e todos os reparos, me custaram, no máximo, 1/4 daquilo que seria cobrado na rede oficial. Agora com Palio, novinho, serei obrigado a ser refém da Fiat... Vamos ver... As revisões do Novo Palio, não tem preço fixo. Conforme o orçamento... tchau para eles...

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    1. Algumas concessionárias atendem muito bem e existem certas vantagens em relação a oficinas independentes como certas peças e ferramentas que se encontram exclusivamente nelas. Essas costumam terem preço justo também, embora seja impossível de comparar com um serviço feito com peças paralelas e em oficinas mais simples por motivos óbvios.

      Certas marcas e redes que realmente servem só para te manter refém durante a garantia e ainda por cima fazem as revisões nas coxas. Questão de concorrência também, afinal o cliente desse tipo de lugar costuma ser o mesmo que leva o carro na boca de porco, então as exigências não são muitas. Nem se preocupam em fidelizar o cliente, claro.

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  33. Adriano
    Esse mesmo. O carro foi vendido com 236.000 km, pastilhas ainda originais. Como pastilhas têm em geral 10 mm de espessura do material de atrito, mas 8 são utilizáveis (deve-se trocar pastilhas quando chegarem a 2 mm de material de atrito), significa que se tem 40% é porque gastou 60%, portanto 0,6 x 8 = 4,8 mm. Se gastou 4,8 mm para rodar 154.000, são 154.000 ÷ 4,8 = 32.000/mm. Logo, considerando 8 mm para usar no total, nessa razão de consumo as pastilhas do seu Kia Picanto podem chegar a 8 x 32.000 = 256.000 km. Parabéns!

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    1. Eu também não precisei trocar as pastilhas de freio do meu 206... Negligência? não ainda estavam boas, mesmo com 140.000 km, e muitas viagens em trecho de serra - quem atravessa Minas de ponta a ponta, sabe como é... Nunca vi o estado das lonas de freio traseiro, mas como ele ancorava muito bem no freio de mão, creio que ainda tinha muito material ali...Penso em nunca superaquecer o sistema, usando o freio de forma contínua, numa descida de serra. melhor ir controlando a velocidade com pequenas e firmes freadas... Aprendi isso observando os caminhoneiros... cujo superaquecimento dos freios de seus brutos, pode resultar em incêndios incontroláveis...A única manutenção que fiz, foi a troca do fluido, aos 100.000 Km, pois não sei se é fato, mas aprendi que tal fluido pode adquirir propriedades corrosivas com o tempo... Outra questão do 206, foram os pneus originais Pirelli P 4000 atingirem os limites de segurança aos 80.000 Km. Embreagem também, ia longe... vendi sem nunca ter precisado desacoplado o câmbio do motor. Mais estranho ainda, não sei o que ocorria naquele carro... O líquido de arrefecimento nunca precisou ser nivelado, e unica vez que forcei a barra, passou do máximo, e o sistema incubiu de expulsar o excesso., o motor esquentava rápido e mantinha sua temperatua ideal, com precisão. Perfeito! E o óleo do motor quando insistiam em colocar 3 litros e meio nas trocas, e o nível ficava acima do máximo, podia pedir para tirar meio litro, por que baixar, não ia baixar uma gota.

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    2. Não recomendo usar pastilha por tanto tempo. Dura bastante mesmo dependendo da direção, embora pra chegar a tudo isso pode esquecer direção entusiasta. Mas depois de muito tempo de uso e com a pastilha mais gasta, ela fica dura e quando trocar a pastilha terá a supresa nada legal que os discos (mesmo se fossem novos) precisam ser trocados.

      É uma economia que não compensa. A pessoa pode pensar que não tem nada de errado e realmente usar a pastilha até o fim não tem tecnicamente nenhum problema, mas é comum isso levar o disco de freio junto. Melhor trocar bem antes de acabar ou se estiverem com mais idade e usar o freio sem muito dó.

      Fluido de freio é geralmente por tempo mesmo, cada 3 ou 4 anos dependendo do carro.

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    3. Desculpe, mas sua informação não procede. O material de atrito da pastilha não endurece com o tempo ou quilometragem. A troca do fluido de freio não deve passar de três anos, ideal dois anos. E direção entusiasta é muito mais do que usar plenamente mais potência de frenagem.

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    4. Bob,

      Já que estão comentando sobre freios, quero apenas registrar o susto que levei quinta-feira passada.
      Ao retornar de uma pequena viagem e já bem próximo de casa, precisei usar os freios rapidamente. Mas ao acionar o pedal, senti muita trepidação e também escutei um barulho forte vindo debaixo do carro. Isso ocorreu em rua com paralelepípedos e com desnível para à direita.
      Bem, o freio simplesmente falhou e tive que reduzir o carro através do câmbio, engrenando uma marcha inferior.
      Meu carro tem ABS e apenas um ano de uso.
      Isso é
      normal?

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    5. CCN 1410
      Pode ter sido caso que já comentei muito aqui a respeito de ABS não atuar em determinadas condições de piso. O sistema sempre "grita" quando está atuando, imagino que tenha sido esse o barulho que você escutou. Calçamento de paralelepípedos não é mesmo superfície boa para se frear. Depois desse evento o freio lhe pareceu estar normal?

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    6. Bob Sharp,
      Sim, o freio está normal e bom, mas o susto foi grande.
      Nunca tinha me acontecido algo assim com freios sem ABS.
      Será que é melhor mesmo ter esse sistema?
      Obrigado pela resposta.

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    7. CCN 1410
      É o que sempre questiono, se ABS onde não neva e não se forma gelo nas vias é mesmo essencial. De qualquer modo, creio que você não será surpreendido na próxima vez em que o efeito ocorrer.

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    8. Bob Sharp,

      Certamente, hehehe...

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    9. Bob, pergunte a qualquer oficina que mexa com freios. Especialmente se a pastilha tiver muita idade ou estiver muito próxima dos 2mm, é comum ter que trocar discos virgens por estarem gastos além do limite. Materiais ficam ressecados com o tempo, o que também acontece com pneus e mangueiras. As pastilhas sofrem do mesmo mal, fora que (assim como em pneus) é comum que os fabricantes usem compostos que sejam mais macios quando no começo e, conforme vão chegando em níveis mais profundos, sejam duros.

      Embreagem é outro item com o mesmo comportamento. É comum, mesmo com tendo material de sobra e tudo em ordem, o endurecimento dela com o tempo. Quando não é o próprio material dos discos que endurece é algum outro componente como rolamento ou platô que por algum motivo deixa o acionamento mais duro.

      Por esse motivo não vejo mais qualquer vantagem em chegar até o fim das pastilhas. É um item barato e fácil de trocar, em comparação aos discos que são peças caras em muitos carros. E com isso se usa o freio com menos parcimônia. Ok, dirigir de forma entusiasta não precisa de abuso dos freios o tempo todo, mas também não combina com ficar apenas encostando de leve o pé no pedal do meio toda santa frenagem para economizar pastilhas.

      Quanto ao ABS, esse "problema" é comum em alguns carros e não acontece em outros. Provável que seja do ajuste do sistema e talvez de quanto seja bom. Já tive carro como do CCN 1410 que em paralelepípedo ou em buracos, acionava o sistema sem necessidade. Mas é só susto, o carro freia normalmente apesar do barulho e da ativação do sistema. E tem o benefício de evitar uma rodada em caso de frenagem forte numa superfície irregular.

      Houve casos de carros com ABS que eram tão sensíveis que, nesses casos, o carro realmente "não freava", o sistema atuava demais e prolongava muito o tempo de frenagem. Chegaram a fazer recall branco nesses casos, se não me falha a memória eram Hondas e faz muito tempo.

      Sobre ABS na neve, afirmo de experiência que esse sistema não foi feito pensando na neve e sim para diminuir a distância de frenagem ao evitar o travamento das rodas como é divulgado. Na neve, em casos onde simplesmente não há atrito suficiente, o ABS tem efeito quase nulo. Na tentativa de não travar as rodas, o ABS simplesmente deixa as frenagens muito longas. Tudo o que ele faz é evitar que o carro rode e bata de lado, situação pior que bater de frente.

      No entanto, nessas situações o freio sem ABS também não pararia o carro e ainda teria chances de provocar uma rodada. São situações em que simplesmente não há atrito suficiente.

      Nos países com neve, existia uma situação onde o ABS era realmente inconveniente. Com acumulo de neve na pista atingindo alguns centímetros, o melhor mesmo é que as rodas travem até atingirem o asfalto por baixo da neve. Por esse motivo, eram comuns os botões para desligar o ABS nesses locais. Hoje simplesmente programam o ABS para não agir em velocidades baixas, o que resolve o problema. Dirigir em velocidades altas nessas condições, com ou sem qualquer auxílio, resulta em perda de controle de qualquer maneira.

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    10. Meu carro é 2009, e mesmo em paralelepípedo ou piso muito ondulado não dá falta de frenagem nem atuação antecipada do ABS. Não sei qual a geração do ABS, mas os amortecedores são bem fortes, talves isso ajude a menos perda de contato.

      Minhas pastilhas chegaram a 2 mm com 22800 km. Deve variar de carro pra carro, já vendi carro com 70 mil com 50% de pastilha.Talvez por ser automático e não usar nem 50% da quilometragem em estradas, acabou mais cedo. Mas confesso que ando rápido (seja por necessidade, ajudar na fluides (vi que o Juvenal tem a mesma filosofia) e por prazer) e não penso em economia de material de atrito.

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    11. Anônimo 17.02,14 00:00
      Não só não vou perguntar a nenhuma oficina que mexe com freios, com vou me coloco a disposição delas para lhes explicar como funciona essa questão de espessura de pastilha. Pastilha é para ir até o fim, o que se vê é troca sem necessidade. Tenho experiência própria disso como concessionário Volkswagen que fui, clientes acho estranho não terem sido trocadas pastilhas na revisão, eu lhes explicando por quê. Tanto que carros com aviso de pastilha gasta objetivam exatamente isso. Como você explica o Mille do meu irmão chegar a 236.000 km com o jogo de pastilhas original de fábrica e o carro continuar a frear como devia? / Dirigir à autoentusiasta usando o mínimo de freio existe, haja vista o modo de frear leve em corridas longas, usando a primeira dissipação de velocidade pelo tirar o pé do acelerador, depois frear.. / ABS: até hoje só vi um carro de rua que tinha interruptor para desligar, o Ferrari 355 que testei na Itália.

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    12. Correção: clientes achando estranho.

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    13. Bob, concordo, existe a famosa empurroterapia. E, como disse, não há problema em usar as pastilhas até o fim (nos dois milimetros). Mas simplesmente não vale a pena. Primeiro que, ao trocar para pastilhas novas a diferença na frenagem é bem nítida (depois do assentamento, claro). A peça vai perdendo suas características com o tempo pouco a pouco e não percebemos, embora não seja muita diferença ela existe. É parecido com pneus e se deve ter em mente que os compostos das pastilhas são porosos e sofrem muita variação de temperatura.

      Depois que, como dito, os discos vão embora muito mais facilmente mesmo originais e nunca retificados. Vale mais a pena trocar as pastilhas com uns 4 milimetros, onde ainda estão bem macias. O Uno do seu irmão provávelmente teria que trocar além das pastilhas os discos quando finalmente atingisse os 2 milimetros. Considerando que uma pastilha de Uno custa pouquíssimo, basta comparar a diferença de custo no final para ver que vale a pena trocar esse item antes do tempo, com a vantagem de se manter os discos originais.

      O tempo de vida da pastilha, além da espessura, conta muito também. Pastilha com muitos anos e menos de 4 milímetros é uma boa maneira de jogar os discos fora (pois se gastam a ponto de nem pegarem mais retífica). Vivi essa experiência ao vivo e nunca mais faço isso. E algumas das pastilhas estavam com 3 milímetros ainda, mesmo assim danificando os discos.

      Também concordo quanto a poupar os freios numa direção entusiasta e faço o mesmo no dia a dia, a maioria dos meus carros vendi com as pastilhas originais. Mas querer faze-las durar tanto assim leva a nunca poder frear explorando os limites, fora o problema mencionado do disco (bem ingrato por só ser descoberto na hora da troca).

      Finalmente, o interruptor do ABS esteve disponível em vários carros. Além da 355, a F50 também tinha. Os Passats motor transversal tinham em alguns anos/modelos e houveram outros VW (Golf III) com esse interruptor. Sei que outros usaram também, não lembro exatamento quais. Todos carros de certa idade e que ou não chegaram aqui ou chegaram em poucos números como esses Passats. Justamente porque esse problema foi logo resolvido com a adoção da medida de desligar o sistema em baixas velocidades (até 20 km/h). Alguns modelos chegam a citar isso no manual, mas é raro.

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    14. Desculpe, mas você está errado ao dizer que pastilhas novas freiam melhor e que pastilhas velhas levam a maior desgaste do disco. Trocar pastilha antes de chegaram a 2 mm é apenas jogar dinheiro fora. Não há nenhum benefício nisso. Por favor, assunto encerrado, próximo eventual comentário a respeito não será publicado. E, leitores, por favor considerem o que digo, em seu próprio benefício.

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    15. Ok Bob, não sei porque a atitude tão defensiva dada a discussão de um assunto tão normal e de forma educada, mas tudo bem. Apenas escrevi coisas que presenciei ao vivo e que qualquer um pode pesquisar e confirmar ou não.

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    16. Anônimo 18/02/14 01:58
      Não foi atitude defensiva, mas interromper, também educadamente, uma discussão que continuaria sem cessar. e, pior, poderia levar os leitores a erro caso seguissem seus conselhos. De resto, você continua bem-vindo.

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    17. A Fras-le vende umas pastilhas de cerâmica - como as americanas. Vale o custo benefício, e não suja as rodas!

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  34. Nossa! Em 2001 eu lembro de ter lido esta matéria no BC. Eu tinha 17 anos. Não imaginava que fazia tanto tempo.

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  35. A ventoinha do meu Civic 2001 pifou. Preço de uma nova: R$ 1500,00 na concessionária completa com hélice, motor e estrutura. Um motor retificado: R$ 300,00 no mercado livre. Resolvi desmontar para descobrir o que era: escovas gastas. Levei a escova original e descobri que a do motor Arno de limpador encaixa perfeitamente. Resultado: uma manhã de trabalho (até aprender a desmontar tudo, comprar as escovas e montar de volta) e um custo de R$ 5,00.

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    1. Seria recomendável levar num auto-elétrico ou num tec. eletrônico para colocar escovas mais apropriadas. Peças de eletrodomésticos costumam ter qualidade incomparávelmente inferior a peças de carros, pelo simples fato da exigência da peça ser muito menor.

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  36. OFF-TOPIC
    Cara , não acredito em quase nada que outras publicações automotivas publicam. Matérias pagas, reportagens "comerciais" que não informam a realidade ao consumidor etc...
    Mas digo uma coisa: Nunca mais compro um carro sem verificar as opiniões do AE. Parabéns pela isenção e pela informação qualificada.

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  37. D.A.R.Y.L.
    Agradeço a referência ao Ae, mas com relação às revistas mais conhecidas – Carro, Quatro Rodas, Autoesporte, Car and Driver, Motorshow e Auto & Técnica – e aos jornalistas que nelas trabalham, que conheço, asseguro-lhe que não acontece o que você diz.

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  38. opa , sei cara , me retificando aqui : Vc que conhece o pessoal pode até saber quem é quem, mas nós leitores temos o dever de desconfiar . O que quis dizer é que o que é escrito na AE realmente é a realidade, embasado tecnicamente e na experiência dos jornalistas. Não podemos acreditar cegamente em uma publicação elogiosa a respeito de algum lançamento quando no meio da matéria tem uma página de anuncio do lançamento/carro avaliado. Continuem assim. Valeu.

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  39. aquiem são paulo tem um cidadão comnhecido como alemão ou bruno na lourenço cabreira,perto do sesc interlagos,ele mora perto do autórdormo de interlagos oficina a mais simles possível,quase imperceptivel ao passar mas ele restaura a parte eletrica,esses mecanicos de hoje parecem representantes de concessionários,metidos,cheios de posse,preços caros e computador sendo que precisa e entender o funcionamento não apenas ligar em scanners.Eles são preguiçosos,querem moleza e ser trocadores e montadores de peças apenas!

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