
Richard Teague foi um entusiasta do automóvel, nascido em 1923. Estudou no colégio com Ed Iskenderian, e também fez seus hot rods para correr nos lagos secos da Califórnia. Após estudar desenho no Art Center College, a mais importante escola de design automobilístico do mundo, passou por Kaiser, Packard, General Motors, Chrysler e American Motors.
Sua sequência de trabalhos é fabulosa e pode ser encontrada em vários sites , caso se tenha mais interesse.
Na Packard, foi o responsável pelo Predictor, um conceito de 1956 no qual ele tentou incorporar todos os elementos que se imaginava serem característicos do futuro.


O AMX conceito de 1966:




Mesmo com essa deficiência, conseguiu progredir nos estudos e mostrar ao mundo sua criatividade.
Os modelos que entraram em produção e que nasceram de suas idéias são o Marlin, o Javelin (este muito similar ao primeiro conceito AMX, de 1966), o Hornet, o Matador, o Gremlin e o mais estranho e criticado de todos, o Pacer. Mesmo não podendo ser rotulado de bonito, temos que concordar que é um carro que chama a atenção:


Um modelo muito diferente e inovador, com um desenho que se pode chamar de dinâmico, é o do conceito Cavalier, de 1968. Este carro parece estar se lançando para a frente, querendo correr, mesmo parado, e não parece, de forma alguma, ter as 4 portas que tem:Com apenas 61 anos de idade, Dick Teague se aposentou e, como entusiasta, não poderia ficar lendo jornal na varanda. Construiu uma casa próxima a San Diego, que ele se referia como "a garage with an attached house", onde restaurou vários carros, fazendo a maior parte do trabalho por si mesmo.
Faleceu em 1991 aos 68 anos.
Impressionante como a pessoa consegue superar dificuldades em busca daquilo que lhe agrada. Desenhar automóveis com uma apenas um dos olhos é tarefa bastante complicada, pois praticamente perde-se a noção de profundidade com visão única.
ResponderExcluirCreio nunca ter visto um desenho que transmitisse tanta sensação de movimento como o conceito Cavalier. A impressão é que o carro dará o "bote" a qualquer momento. E só percebi que o carro tinha 4 portas após ler o texto.
Quem veio primeiro, o bico do Mach Five ou o bico do AMX/3?
ResponderExcluirÓtimo, JJ,
ResponderExcluirEu não conhecia o Dick Teague. Foi bom você postar artigo sobre ele.
Esse AMX/2 se tivesse um bom motor e tivesse sido lançado, com certeza teria sido uma grande dor de cabeça para os Corvettes da época.
ResponderExcluirBem sacada essa postagem, JJ. Eu conhecia apenas pedaços, mas não a historia encadeada desta forma. Bacana!
ResponderExcluirO AMX/2 conseguiu ter certo aspecto futurista sem ser piegas, pois se achava que no futuro (hoje) todos andariam com aqueles carros estranhos e roupas prateadas. Bem, não as roupas, mas os carros sim são prateados neste "futuro" brasileiro, isso eles predisseram direito...
ResponderExcluirSobre o AMX/3, tive a mesma impressão que o Villa. Seria o resultado (muito feliz) de um Mach 5 com GT40 talvez.
Não conhecia este designer, mas fiquei perplexo com sua capacidade de superação. Um grande exemplo.
Acho o AMC Pacer o carro mais feio já feito. Porém é notave a superação de só poder enxergar com um só olho.
ResponderExcluirÓtima história.
Esses AMX lembram o suiço Montiverdi Hai.
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