Notícia triste: um 911, ainda protótipo, da engenharia da Porsche, acidentou-se na Autobahn 5, matando o engenheiro de 51 anos que o dirigia. Veja a notícia completa em http://www.globalmotors.net/911-prototype-testing-goes-wrong-fatal-accident-on-the-autobahn/
O motivo deste post é levantar a questão apontada pelo meu irmão: se a barreira fosse de concreto, como muitas que temos aqui, é quase certo que o acidente não teria essa consequência. Tudo bem que altura preveja impacto de veículos mais altos, mas nunca deveria haver esse vão entre a barreira propriamente dita e o solo.
BS
Não sei se é impressão minha, mas do lado oposto parece que é ainda mais alto. Essa solução também não se mostra boa para motocicletas.
ResponderExcluirImpressionante uma falha dessas em uma autoestrada projetada para andar-se acima dos 200 km/h. Sem dúvida alguma uma barreira de concreto seria muito mais eficiente e menos agressiva aos motoristas, em caso de acidentes.
ResponderExcluirmuito perigoso, o carro entrou embaixo... triste...
ResponderExcluirBob, sei que o que vou falar é sabido, mas o "guard-rail" é feito para deformar e amortecer o impacto, enquanto o concreto não.
ResponderExcluirTá certo que numa reta a deformação não seria tão importante, mas o concreto com certeza jogaria ao carro de volta para a pista.
De qualquer maneira não consigo acreditar que na Alemanha, num estrada para se andar rápido, tenham feito esse projeto ou execução deficiente.
Vamos ao pitaco do dia...
ResponderExcluirUm projeto de engenharia é feito para certas premissas de uso. É muito difícil fazer um projeto de “largo espectro”, isto não funciona nem para antibiótico – onde é uma solução de emergência quando não se consegue determinar o tipo de cepa a ser combatido ainda...
Colocando os pés no chão, cada caso é um caso.
Uma barreira de concreto bem feita tem uma curvatura projetada para devolver os veículos para o centro da pista, isto é calculado para determinadas condições de massa e velocidade dos tais veículos. Quem sabe no caso deste Porsche que devia estar testando sua velocidade máxima (>300 km/h?) tal barreira de concreto mudaria para rampa de lançamento de foguetes, não sei.
Well, continuando a falar do dilema dos engenheiros, sou um deles há 30 anos, uma defensa centra divisória de uma Autobahn é dimensionada para uma dada altura de pára-choques (ou bordo de ataque da carroceria de um veículo) que é definida pelas bordas superior e inferior da defensa, com resistência maior no centro, of course my horse... Se pintar um caminhão turbinado alto demais ele simplesmente passará sobre a defensa e talvez, dependendo do ângulo de choque, poderá até romper uma barreira central de concreto – pois esta será atingida num ponto mais fraco.
Nos casos de barreira central de concreto há quem diga que os carros que lá se chocam e são devolvidos para o centro da pista provocam acidentes seqüenciais graves com outros carros próximos. Já os defensores das defensas dizem que o amortecimento oferecido pela ação das defensas minimiza tais efeitos (Resta os veículos “acertarem a defensa e não passarem por baixo ou por cima delas).
Volto a dizer, cada caso é um caso.
Na verdade eu sou favorável à limitação de velocidade nas Autobahns, já morei na Alemanha por duas vezes e não reconheço nos motoristas alemães as habilidades mínimas necessárias para conduzir á velocidades extremas, e, na verdade isto é coisa para “pintacudas” no bom sentido, como o Bob – um grande piloto de sempre. Mas ele não se chama Hans Sharp ou Bob Schumacher...
Resumo da ópera: um projeto de uma estrada tem limitações impostas pela técnica (sem esquecer do custo de implantação de um dado projeto) aplicada e não há nada que possa ser feito para evitar esta realidade.
Saudações
Alexander Gromow
Puxa, que pena.
ResponderExcluirQual é o endereço para enviar o meu currículo?
A casa Porsche deve ter perdido um grande test driver.Em vinte e cinco anos de casa,imaginem o que ele testou e desenvolveu. Sobre a defensa,acredito de um modo ou outro , acidentes em altíssimas velocidades geralmente são letais...
ResponderExcluirAlexei, esse acidente não foi em altíssima velocidade. Se fosse, não sobrava nada do carro pra contar história. A batida deve ter sido entre 70 e 90 km/h no máximo, mais rápido que isso já deixa o carro irreconhecível.
ResponderExcluirabs
Deixando a discussão da proteção central da pista para depois fica a questão do uso de uma Autobahn, via pública, para teste de um protótipo por uma empresa do porte de uma Porsche. Não posso acreditar nesta alternativa, o horário do acidente é muito peculiar.
ResponderExcluirAo que tudo indica carro vinha em grande velocidade sim, como sugere a última frase da transposição parcial do texto original da notícia:
QUOTE
This one car accident happened early in the morning (2:24am), photos show us the car under the side barrier. Looks like the rail went through the car where driver was sitting. It sounds like an unusual time, but the driver was actually on a 10pm to 6am am shift.
According to Porsche the engineer was one of the most experienced test drivers. He had been with the company for 25 years.
There was no speed limits on that road and according to witnesses the car was going at a very high speed before the accident.
UNQUOTE
Ou seja, testemunhas informaram que o carro ia a uma velocidade muito alta antes do acidente num trecho sem limitação de velocidade. A foto indica também que o carro, um conversível, é de se entender que o sinistrado piloto de provas deve ter sido decapitado, ficou prensado abaixo do guard-rail. Entrando abaixo do guard-rail sem deixar marcas de frenagem visíveis na foto, num ponto onde esta defensa parte de um muro, ou seja, com uma fixação forte, tendo arrebentado uma das sustentações verticais da defensa depois de ter se arrastado por vários metros prensado entre a defensa e o solo.
Independente da discussão sobre o tipo de defensa, mas quando alguém está dirigindo por uma estrada onde a defensa está acima da sua orelha e o carro é conversível, não precisa lembrar-se da Revolução Francesa para saber que está ante uma guilhotina das grandes. Pior ainda quando é um experiente piloto de testes. Aliás, a hora do acidente 2h24 da manhã pode sugerir a saída de alguma festinha... A menos que a Porsche estava fazendo um teste de endurance do carro.
À parte o fato de ter-se usado uma pista pública para teste de protótipos, o que não é admissível é o fato do guard-rail ser alto para veículos do porte de um Porsche. A não ser que a altura do guard-rail tenha sido projetada justamente para isso, ou seja, se um superesportivo como o Porsche perder o controle em alta velocidade, já "crava" de vez na defensa e ninguém mais se fere (se o projeto foi direcionado nessa linha - que eu duvido -, é uma maneira muito simplista de se estudar segurança em pista de alta velocidade). A probabilidade de um caminhão ou mesmo picape/SUV bater em uma Autobahn é menor do que um superesportivo, como Porsche, Ferrari, Lamborghini, Lotus etc. (esses carros frequentam regularmente as Autobahns alemãs, por que será?!) Deixe que a fatalidade fique somente à cargo da velocidade elevada e um eventual erro do motorista.
ResponderExcluirA partir do momento que o governo alemão permite trafegar a qualquer velocidade em uma Autobahn, a pista tem que ser preparada para evitar ao máximo uma fatalidade em caso de acidentes. Se assim não for, a velocidade tem que ser limitada a um máximo razoável, de acordo com as condições da via como um todo.