google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Cheap thrills - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Cheap thrills

Muita gente vive se perguntando, até hoje, o que há de especial no Opala, visto que o carro tem uma legião de fãs assustadoramente grande. Um exemplo fácil é a turma que faz este blog: o Opala é o carro mais recorrente em nossas garagens, e mais recorrente ainda em nossos corações.

Muitas teorias já foram publicadas sobre isso, que colocam motivos como longevidade, desempenho, tamanho, opção de 4 cil. e 6 cil.

Eu tenho a minha própria teoria. And I think is a killer:

Opalas sempre foram uma maneira extremamente fácil e barata de andar rápido.

Durante a minha limpeza recente de início de ano, me deparei com uma pilha de encartes "Mercado de automóveis" da revista Quatro Patas. I mean, Quatro Rodas. Para quem era muito novo, a revista colocava tabelas de preço de novos e usados, e números de produção e venda, neste encarte separado durante os anos 80.

Pois bem, em abril de 1985 você podia comprar um Opala standard, 2 portas cupê e com o potente (para a época) 6-em-linha de pouco mais de quatro litros por apenas 32.425.506,00 dinheiros (sabe-se lá a moeda de plantão nesse dia, o encarte não diz...). A lista dos carros mais caros é impressionante:

Escort GL: 33M
Escort XR3: 42M
Corcel GL: 33M
Pampa 4x4: 36M
Belina 4x4: 43M

Monza básico: 32.516.352,00

Voyage Super: 34M
Santana básico: 33M

Como consequência, o carro era ainda mais barato no mercado de usados. O mais veloz e rápido carro nacional não era nem de longe o mais caro (que por sinal era o Alfa Romeo 2300, a absurdos 85 milhões de dinheiros). E nem vamos falar do Opala 4 cil., que custava o mesmo que Uno!

Mesmo hoje em dia ainda é perfeitamente possível achar um Opala decente por menos de 10 mil reais. E tem muita gente por aí, que por módicas quantias, pode fazer esse carro andar realmente bem. Seis-em-linha mexido, V8 small block...As opções são várias.

Folheando esse encarte, me lembrei de um Opala que me foi oferecido em 2002 por 7 mil reaizinhos, que pode ser visto aí embaixo. Básico, 1982, 250-S sem nenhum acessório, nem direção hidráulica. Certamente especificado por um entusiasta. Só não comprei porque gosto mesmo dos Opalas de antes de 1980, e já tinha um cupê 1975 em vista. Fora que estava muito original e perfeito para ser mexido (o que acabou acontecendo com aquele '75), e preferi deixá-lo para algúem que preservasse seu incrível estado.

Imaginem a satisfação do sujeito que o encomendou em 1982. Sabia que tinha o carro mais veloz do país, e que tinha pago um preço justo nele, bem mais barato que o letárgico Del-Rey de seu orgulhoso vizinho.

Isto é a essência do Opaleiro. Saber de algo que a a maioria dos não-iniciados nem imagina.

5 comentários :

  1. Em 1985 a moeda era o cruzeiro. Os preços mudavam da noite para o dia. Um terror.

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  2. Além do bom desempenho e baixo preço, os Opala tinham ainda mecânica robusta (exceto os câmbios 4 marchas "ré para frente" e diferencial Braseixos...) e manutenção muito simples, perdendo somente para os motores VW a ar, na minha opinião.

    Meu Caravan 6 cilindros é capaz de "proezas" incríveis, como rodar normalmente com o distribuidor literalmente pingando água...

    Mas não restam dúvidas de que os Opala até 1979 são os que têm o desenho mais bonito, principalmente o modelo cupê.

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  3. Me lembro que sempre curti muito opala e eu sempre quis ter um com sbc. O dia que consegui fazer o primeiro opaloito, por acaso fiz outra coisa legal, que na minha mente era mais legal ainda, um dart com motor 383.Depois de ambos prontos, descobri que o opala, mesmo menor, com menos motor, etc...e´muito mais prático e eficaz que o bigblockdart. Que é fantástico e maravilhoso, mas infinitamente menos pratico de usar e infinitamente mais caro de se fazer.

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  4. Pra mim alguns dos carros nacionais da dos anos 70 e porque não do início dos 80 são carros maravilhosos, com personalidade, e em vias gerais com mecânicas simples e eficiêntes. Em 2002 quanto consegui guardar uma grana pra comprar um carro desses estava procurando por um Corcel até 77. Achava que era o melhor carro pra mim, pois com uma troca de motor já planejada e pra alguém sem muita experiência seria o melhor a se fazer. No meio dessa busca me aparece um Comodoro 1979 marron, com o interior de mesma cor. Comprei o carro... Hoje, após várias e várias horas de dedicação suor dinheiro e muita raiva não consigo imaginar o que teria sido se fosse o Corcel. A uns dois anos, apesar da preferência pelos Opalas pré 79 comprei um 80 de um amigo. 6 cilindros 250-S e pelado. Com a mecânica original o carro anda bem até pra se comparar com os carro de hoje. Bebe? Claro! Balança muito(original)? Claro!! Freia bem?? Razoável... Mas é um carro extremamente instigante e isso que faz minha alegria ao dar umas aceleradas de vez em quando com um deles. Pra experiência ficar completa acho que agora só me falta a sonhada verba pra mim parar de vez de ficar apurrinhando o AG!!!


    Luís F.

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  5. Por aqui na Baixada/RJ é complicado encontrar um Opala em bom estado por preço razoável. Uma pena é ver muitos em péssimo estado pois foram adquiridos por pessoas que não têm a mínima condição de manter o carro, apenas surram o pobre GM. O mesmo "fenômeno" ocorre com o Omega, Tempra, Marea, etc, pois são carros que podem ser adquiridos por um valor relativamente baixo e são deteriorados por pessoas que não dão manutenção aos mesmos.

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