Performance: Modo de avaliar e/ou mensurar a eficiência de determinado item para o qual ele foi projetado.
E a melhor referência para o termo é o lendário BMW M3, o ícone do carro esportivo moderno com base em modelo de produção regular, desde seu lançamento em 1986. O M3 é o carro projetado para ser a melhor combinação de eficiência dinâmica e harmonia com o seu condutor. Poucos carros no mundo conseguiram o carisma e o peso do nome que este modelo BMW conseguiu, e por isso, ainda é o benchmark da concorrência.
Atualmente na sua quarta geração (modelo E90), o M3 é a opção para quem quer um carro feito para um entusiasta. Com filosofia diferente dos rivais Audi e Mercedes-Benz, a BMW sempre deixou bem claro qual o propósito do M3, ou seja, ser um carro para ser dirigido e apreciado nos mínimos detalhes. A expressão inglesa "just drive" é perfeitamente aplicável ao carro, pois é isso que se espera fazer com um M3, apenas dirigir, por puro prazer.
O modelo em questão é a geração anterior à atual, conhecida como E46, que foi produzida de 2000 a 2006. É uma opção muito boa para quem procura um carro esportivo de nome e quer gastar algo perto dos R$ 150.000,00. Nada mau para ter um dos melhores motores de todos os tempos, eleito por diversas revistas internacionais. O motor de seis cilindros em linha de 3.246 cm³ pede para ser maltratado, sempre querendo alcançar mais e mais rotações, até chegar ao limitador eletrônico de 8.000 rpm, e logo antes disto, entrega de volta nada menos que 348 cv. Nada mal para um motor aspirado, que conta com um moderno sistema de variação de comando, denominado VANOS, e um corpo de borboleta individual por cilindro. Mas, como é preciso de elevada eficiência volumétrica em altas rotações, e não se pode ter tudo, o torque em baixas rotações é um pouco prejudicado. O motor acorda para a vida a partir dos 3.500 rpm, e a partir dos 6.000 rpm parece ser turboalimentado, comportamento semelhante ao Civic VTi antigo.
O carro das fotos é o modelo com a transmissão sequencial SMG (sequential manual gearbox) da Getrag, que é um dos destaques do carro. Trata-se da mesma transmissão aplicada ao modelo de trocas manuais, mas com atuadores que comandam os engates e a embreagem. As trocas de marcha, feitas por "borboletas" atrás do volante ou pela alavanca seletora no console central, são bem rápidas. A velocidade das trocas pode ser regulada por um botão no console, permitindo ao motorista dosar a ferocidade dos engates. Aliás, um ponto que deixa bem claro qual o propósito do carro, pois no trânsito, principalmente para sair da inércia, a transmissão não é suave e dá um tranco no carro, que com o tempo começa a perturbar. A transmissão SMG é o ponto fraco do conjunto mecânico, que costuma dar um pouco de manutenção. Muitos afirmam que o subchassi dianteiro também apresenta alguns problemas com o tempo, principalmente se o carro for muito usado em pistas. Com a transmissão SMG, o M3 acelera até os 100 km/h em 4,6 segundos, e atinge 250 km/h limitados eletronicamente. Há um botão Sport no painel, que quando ativado, deixa o acelerador mais sensível, bom para uma tocada rápida em um trecho de serra.
A suspensão e a direção do M3 reforçam ainda mais o fato de se ter nas mãos um carro acertado para a máxima performance. Bem firme, os amortecedores passam para o carro boa parte do relevo do piso, e pode-se sentir na direção precisa todas as ações e reações do carro. Sem dúvida, a escolha certa para uma serra ou um dia no autódromo, o melhor lugar para se explorar todo o potencial do carro, pois ele é claramente um carro para ser arremessado sem dó em curvas e retas, justamente o que fez toda a fama do M3.
Viajando por quase 300 km a bordo do E46, a posição de dirigir é excepcional e não cansa, com todos os comando ao alcance. O espaço no banco traseiro é reduzido, e se os ocupantes dos bancos da frente forem altos, a viagem é apertada. Se comparada ao E30, o E46 é um luxo, pois há muitos recursos de conforto e entretenimento, até alguns desnecessários ao meu ver. Assim como os rivais, o M3 foi ficando mais pesado (1.549 kgf) e mais "comum" com o tempo. Não digo que perdeu o carisma, mas que poderia ser menos cheio de frescuras, poderia, e consequentemente mais leve. O E46 não possui o complicado sistema iDrive dos irmãos maiores M5 e M6, o que é bem mais prático, pois não se perde tempo mexendo em uma infinidade de regulagens eletrônicas do gerenciamento do motor e suspensão. Basta entrar no carro, ligar e sair andando.
Ao final, o M3 mostra porque ainda tem o título de "referência" entre os esportivos, pois basta acelerar e ouvir o ronco do seis-cilindros para esquecer os pequenos problemas de uso e praticidade do carro, pois ele nasceu para outra coisa, colocar um sorriso no rosto de quem o dirige.
E a melhor referência para o termo é o lendário BMW M3, o ícone do carro esportivo moderno com base em modelo de produção regular, desde seu lançamento em 1986. O M3 é o carro projetado para ser a melhor combinação de eficiência dinâmica e harmonia com o seu condutor. Poucos carros no mundo conseguiram o carisma e o peso do nome que este modelo BMW conseguiu, e por isso, ainda é o benchmark da concorrência.
Atualmente na sua quarta geração (modelo E90), o M3 é a opção para quem quer um carro feito para um entusiasta. Com filosofia diferente dos rivais Audi e Mercedes-Benz, a BMW sempre deixou bem claro qual o propósito do M3, ou seja, ser um carro para ser dirigido e apreciado nos mínimos detalhes. A expressão inglesa "just drive" é perfeitamente aplicável ao carro, pois é isso que se espera fazer com um M3, apenas dirigir, por puro prazer.
O modelo em questão é a geração anterior à atual, conhecida como E46, que foi produzida de 2000 a 2006. É uma opção muito boa para quem procura um carro esportivo de nome e quer gastar algo perto dos R$ 150.000,00. Nada mau para ter um dos melhores motores de todos os tempos, eleito por diversas revistas internacionais. O motor de seis cilindros em linha de 3.246 cm³ pede para ser maltratado, sempre querendo alcançar mais e mais rotações, até chegar ao limitador eletrônico de 8.000 rpm, e logo antes disto, entrega de volta nada menos que 348 cv. Nada mal para um motor aspirado, que conta com um moderno sistema de variação de comando, denominado VANOS, e um corpo de borboleta individual por cilindro. Mas, como é preciso de elevada eficiência volumétrica em altas rotações, e não se pode ter tudo, o torque em baixas rotações é um pouco prejudicado. O motor acorda para a vida a partir dos 3.500 rpm, e a partir dos 6.000 rpm parece ser turboalimentado, comportamento semelhante ao Civic VTi antigo.
O carro das fotos é o modelo com a transmissão sequencial SMG (sequential manual gearbox) da Getrag, que é um dos destaques do carro. Trata-se da mesma transmissão aplicada ao modelo de trocas manuais, mas com atuadores que comandam os engates e a embreagem. As trocas de marcha, feitas por "borboletas" atrás do volante ou pela alavanca seletora no console central, são bem rápidas. A velocidade das trocas pode ser regulada por um botão no console, permitindo ao motorista dosar a ferocidade dos engates. Aliás, um ponto que deixa bem claro qual o propósito do carro, pois no trânsito, principalmente para sair da inércia, a transmissão não é suave e dá um tranco no carro, que com o tempo começa a perturbar. A transmissão SMG é o ponto fraco do conjunto mecânico, que costuma dar um pouco de manutenção. Muitos afirmam que o subchassi dianteiro também apresenta alguns problemas com o tempo, principalmente se o carro for muito usado em pistas. Com a transmissão SMG, o M3 acelera até os 100 km/h em 4,6 segundos, e atinge 250 km/h limitados eletronicamente. Há um botão Sport no painel, que quando ativado, deixa o acelerador mais sensível, bom para uma tocada rápida em um trecho de serra.
A suspensão e a direção do M3 reforçam ainda mais o fato de se ter nas mãos um carro acertado para a máxima performance. Bem firme, os amortecedores passam para o carro boa parte do relevo do piso, e pode-se sentir na direção precisa todas as ações e reações do carro. Sem dúvida, a escolha certa para uma serra ou um dia no autódromo, o melhor lugar para se explorar todo o potencial do carro, pois ele é claramente um carro para ser arremessado sem dó em curvas e retas, justamente o que fez toda a fama do M3.
Viajando por quase 300 km a bordo do E46, a posição de dirigir é excepcional e não cansa, com todos os comando ao alcance. O espaço no banco traseiro é reduzido, e se os ocupantes dos bancos da frente forem altos, a viagem é apertada. Se comparada ao E30, o E46 é um luxo, pois há muitos recursos de conforto e entretenimento, até alguns desnecessários ao meu ver. Assim como os rivais, o M3 foi ficando mais pesado (1.549 kgf) e mais "comum" com o tempo. Não digo que perdeu o carisma, mas que poderia ser menos cheio de frescuras, poderia, e consequentemente mais leve. O E46 não possui o complicado sistema iDrive dos irmãos maiores M5 e M6, o que é bem mais prático, pois não se perde tempo mexendo em uma infinidade de regulagens eletrônicas do gerenciamento do motor e suspensão. Basta entrar no carro, ligar e sair andando.
Ao final, o M3 mostra porque ainda tem o título de "referência" entre os esportivos, pois basta acelerar e ouvir o ronco do seis-cilindros para esquecer os pequenos problemas de uso e praticidade do carro, pois ele nasceu para outra coisa, colocar um sorriso no rosto de quem o dirige.
Pergunta fácil: Você tirou o limitador de Vel Final? Quanto dá?
ResponderExcluirEsse carro tem o limitador original, sem limitador afirmam chegar a 290 km/h, mas seria necessário uma fonte mais confiável.
ResponderExcluirabs
Obrigado pela responta, Milton. Acredito que a final seja mesmo acima de 280.
ResponderExcluirA locação das fotos, Autódromo de Interlagos, mostra que o BMW já se divertiu por lá. Vc tem aí o tempo de volta conseguido com o M3 E46 lá na pista?
Outra coisa : O duplo VANOS adianta e atrasa a posição relativa dos comandos, correto? Mas o levantamento de válvulas é sempre o mesmo( diverso do i-Vtec Honda)? Se assim for, é por isso que o torque em baixa poderia ser ainda melhor?
Belli,
ResponderExcluirDentre o M3 atual e seu V8 e o M3 anterior com o 6-em-linha, com qual você ficaria? É claro, procurando não dar tanta “importância” a maior potência do atual.
Apesar de nunca ter dirigido nenhum dos dois, acho que eu ficaria com o M3 anterior, sem contar que o ronco daquele motor é belíssimo.
Um abraço.
Alexei, o VANOS e o Double-VANOS são variadores de fase, e não alteram o levante da válvula, exatamente como você descreveu. Se fosse um sistema de alteração do levante, como o i-VTEC da Honda, o torque em rotações menore poderia ser melhorado sim.
ResponderExcluirNão tenho informação do tempo de volta, vou procurar saber se notifico aqui.
abs
Marlos, não conheço o novo modelo (E90) de perto, mas pelas críticas mundo afora, o E90 é bem superior tecnicamente e dinamicamente em relação ao E46.
ResponderExcluirEu ficaria com o E46, pois o design do atual não me agrada como o antigo, e o desempenho do seis cilindros já é de bom tamanho, no mundo real do uso destes carros não faz muita diferença, e eu não tenho habilidade de pilotagem suficiente para realmente extrair o máximo de um carro destes.
abraço
Desde o tempo que Piquet corria de Brabhan-BMW, eu ja admiro esses carros.Mas,especificamente, em relacao ao Serie 3, o E46 e o mais belo de todos (ate agora).Nunca tive a oportunidade de dirigir um M3, mas num 328 que apenas entrei,parece que nem precisava de regulagem nos bancos, que me acomodaram "automaticamente" e bem.Quem sabe um dia possa ter um modelo desses.Belo post.E poderia ser estendido aos AMG tambem,para termos uma bela comparacao.
ResponderExcluirBMW é uma marca fantástica, consegue fazer carros com mecânicas próximas da perfeição, e na parte de design, variam do sublime ao ridículo, do arroz-com-feijão ao inovador. O série 3 do post é feio de doer, ao passo que o série 1 é algo que me faz pensar em BMW usado para o futuro.
ResponderExcluirE M3 tem que ser 6 em linha, os V-8atuais são de conceito ridículo como o Nissan GT-R sem 6 em linha. Não gosto de mudanças conceituais em carros históricos.
Boa noite Juvenal, acredito que a beleza do carro possa ser considerado como algo bem pessoal, porém concordo contigo que mudar de 6 em linha para 8 cilindros um carro como M3 é algo que não me agrade tambem. Para mim é igual a porsche com motor dianteiro. Mas isso é outro assunto.
ResponderExcluirExcelente post Milton.
Abraco
O M3 E46 deixou saudades. Tive uma 2002 SMG preta. Vendi porque precisava de um carro AWD devido a neve do lugar que moro. Hoje uso como carro diario um E46 325xi AWD 2005 e tambem temos um X5 novo da familia. Sou grande fan da marca BMW e ja tive alguns. Acredito que no Brasil a Audi se de melhor devido a maior rede de assistencia, mas aqui na America nada se compara a BMW em termos de assitencia tecnica. Basta dizer que nos primeiros anos do carro nem oleo, revisao, pastilhas, rotores, etc se paga, apenas se paga a gasolina o resto fica por conta da BMW.
ResponderExcluirO pessoal da Autocar inglesa achou que o novo M3 perdeu prazer ao dirigir em relação ao modelo anterior.
ResponderExcluirRealmente, o carro é excepcional. A versão comum já é bastante voltada para as pistas e ainda hoje surpreende no "modo de ataque", com o controle de tração desligado, Sport ligado e o SMG regulado para as trocas mais rápidas (Sports Purist).
ResponderExcluirA BMW lançou uma versão ainda mais voltada para as pistas, que contava com 30 hp a mais, era mais leve e tinha bancos inteiriços, volante alcantara e teto de fibra de carbono: o CSL. O preço era quase o dobro da versão "stock" e a produção bem limitada. É o sonho de todo entuisiasta de M3. Para a versão atual e90, a BMW já anunciou que não haverá produção destas jóias. What a shame...
Realmente o CSL foi o supra-sumo do E46... Sonho!
ResponderExcluirRealmente o seis-em-linha BMW é único, uma obra prima da engenharia alemã.
ResponderExcluirA BMW tentou justificar a substituição pelo V8 de diversas maneiras: o seis em linha já estava no limite da cilindrada unitária para permitir uma boa suavidade, de forma que o V8 seria uma solução natural.
Só que muitos dizem que a substituição foi obra de algum marketeiro, para fazer frente aos V8 Audi e Mercedes instalados nos S4 e Classe C, respectivamente.
Eu acho que o seis em linha ainda tinha bastante futuro. Se fosse para optar pelo V8, que fizessem igual a Hartge: V8 de 4,9 litros da M5 antiga e não esse 4 litros atual.
Viva de Portugal
ResponderExcluirTenho um M3 E46 Coupé, e a velocidade máxima, até o limitador actuar, passava dos 280 Km/h. Sei q a velocidade real é menor, mas nunca 250 Km/h...
Em todos os aspectos o carro é fantástico, excepto no consumo de óleo, que tem de ser especial e.. bem caro!
Mas... não se pode ter tudo
Abraços
Viva de Portugal
ResponderExcluirTenho um M3 E46 Coupé, e a velocidade máxima, até o limitador actuar, passava dos 280 Km/h. Sei q a velocidade real é menor, mas nunca 250 Km/h...
Em todos os aspectos o carro é fantástico, excepto no consumo de óleo, que tem de ser especial e.. bem caro!
Mas... não se pode ter tudo
Abraços
sou fã do M3, tenho um e36 americana azul. é um ótimo esportivo, botei a final de 260km/h !!!
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