es.par.ta.noadj (top Esparta+ano2) 1 Relativo a Esparta (Grécia antiga). 2 Caracterizado por simplicidade, frugalidade, abstenção de conforto e luxo, autodisciplina, severidade de maneiras, brevidade no falar, imperturbabilidade perante a dor ou o perigo. 3 Austero, sóbrio. sm Natural ou habitante de Esparta. Var: esparciata, espartíaco, espartiata.
O post de Egan a respeito da despedida de seu Jeep CJ5 me fez pensar em duas coisas.
A primeira é que a rotatividade anda alta na casa dos Egan. Compraram, usaram e venderam o Jeep sem que eu visse o bicho!
A segunda diz respeito a palavra aí em cima. Espartano é a melhor definição para o CJ5. Sério, eficiente, frugal e avesso ao supérfulo. Na verdade, o verbete acima devia ser ilustrado pela foto abaixo:
Hoje em dia se diz que um carro é espartano quando é depenado de equipamentos opcionais; para mim um uso errado da forte palavra. Os espartanos, além de viver sem luxos, eram altamente disciplinados, fortes, sérios e eficientes em batalha. Sua duríssima educação os tirava de casa aos sete anos para efetivamente viverem sozinhos, e portanto suas vidas não tinham lugar para frivolidades. A palavra não cabe a um Mille ou a um Celta, mas é perfeita para o veterano de batalhas acima. Assim limpo, ascético, sem rodas enormes e bancos modernos e santantônios e pinturas berrantes, é como todo CJ5 devia ser.
Deve-se defenestrar também aquele monte de lonas que tentam fazer passar por teto nestes carros. Afinal de contas, se os espartanos viviam pelados e sem abrigo até os 18 anos de idade, nada mais justo.
O carro, pelado dessa maneira, exibe uma aura de desprezo a frivolidades e a modismos visuais, que temos que respeitar. Um jipe CJ5 vai levar você a qualquer lugar do mundo, em qualquer terreno, a qualquer hora, sem reclamar ou lhe dar trabalho. Não é veloz, não é confortável, mas é fiel como poucos à sua missão básica.
Só de olhar para essa foto nos faz imaginar como seria bom se nossa vida fosse tão simples como este carro. É quase uma sessão de terapia instantânea, e uma lição de que a vida não precisa ser refrigerada e isolada do que se passa lá fora, como nos acostumamos a vivê-la.
MAO
Andei de carona em um finado CBT, esse estava mais para romeiro que espartano. Era muito barulhento e vibrava demais por causa do motor MWM a diesel, fora que o banco disposto lateralmente não é o melhor exemplo de conforto, mesmo no Defender 110. O único opcional, acredito, era o teto de lona que debaixo do sol ribeirãopretano esquentaria mais que a sauna que matou o deputado. Mas jipes são assim.
ResponderExcluirO difícil é encontrar um à venda sem os bancos concha multicoloridos, adesivos sobre a prática de trilhas e os pneus de quase 50 cm de largura...
ResponderExcluirEste caro ainda tem o seu lugar, diante da precariedade de estradas em todo o nosso Brasil.
ResponderExcluirFora o fato de que servia de máquina agrícola pois tinha tomadas de força.
Uma oportunidade que as montadoras estão perdendo!
MAO
ResponderExcluirÉ importante lembrar da ilusão que um 4x4 traz aos não iniciados.
Um CJ5 (ou qualquer outro) não vai levar você a qualquer lugar do mundo, a menos que você tenha um BOM bloqueio de diferencial. Esqueça o bloqueio das F-75 e Rural, aquilo é uma idéia furada que jamais deveria ter sido criada.
Também com relação à capota, faço questão absoluta da capota francesa de inverno, difícil de se achar por essas terras. Os espartanos não tinham Jeeps, mas se tivessem não iriam aguentar o frio de um Jeep aberto a 60Km/h em uma manhã de inverno.
FB
Um aspecto interessante sobre o atemporal Jeep é que ele também pode ser definido como um carro esporte.
ResponderExcluir