Meu amigo Enrico, algum tempo atrás, mandou seu belíssimo cupê Opala branco 78 para o AG. Como não poderia deixar de ser com o nosso Ogro do Cerrado, o objetivo dessa longa estadia em Brasília é o de trocar o anêmico 4-cilindros por um magnífico e compacto V-8 Chevrolet small-block de 350 polegadas cúbicas de deslocamento.
Como fui o culpado de colocar os dois em contato, e sendo amigo dos dois, acabo por acompanhar regularmente o progresso da obra. Outro dia, olhando uma foto de detalhes do compartimento do motor, o Enrico mencionou que só faltava soldar novamente o suporte da bateria.
Minha reação foi imediata: por que não relocá-la para o porta-malas?
Vejam bem, Deus todo-poderoso, quando gravou para Moisés os 10 mandamentos em pedra, mandou-o de volta para casa com um conselho final, que já ia se esquecendo:
- Ah, e não se esqueça: lugar de bateria é no porta-malas!
Moisés, sem saber o que era bateria e muito menos porta-malas, acabou por deixar perdidas estas sábias palavras. E o todo-poderoso deve estar embasbacado pela nossa ignorância desse fato, pois é uma verdade clara como água. Um peso concentrado como a bateria deve estar sempre na extremidade oposta do motor do veículo, junto com o estepe, o macaco e as ferramentas. Na verdade, se fosse minha decisão, o módulo de controle do motor (ECM) e todas as outras coisas que podem ser banidas para lá o seriam.
Mas tem gente que captou a esquecida mensagem divina. No porta-malas de todo BMW é onde você encontrará a bateria, parte da estratégia da empresa de conseguir sempre 50% do peso em cada eixo de seus veículos, mesmo usando o motor dianteiro.
E a Porsche, sempre ela, fez algo ainda mais legal: a partir do 911 de 1970, dividiu a usual bateria única em duas ligadas em paralelo, e colocou uma de cada lado em seu porta-malas dianteiro, para ajudar ainda mais a distribuição de peso em cada roda. Você tem que amar uma empresa que se dá esse trabalho...
O Enrico e o AG acabaram decidindo deixar a bateria lá na frente mesmo, para não complicar sobremaneira a brincadeira dos dois. Afinal, suporte novo teria que ser fabricado, cabos compridos teriam que atravessar o carro (que tem estofamento original intacto), e outras complicações e custos que não trariam retorno palpável no final.
É uma pena, porque uma das coisas mais interessantes do Opala V-8 é que, sendo o small-block Chevy mais baixo e curto que o seis-em-linha do opala, e pesando o mesmo que ele, o carro resultante tem uma distribuição de peso nos eixos bem mais favorável que o original. A bateria lá atrás ajudaria mais um pouco nesta nobre busca, e a posição do estepe/macaco do Opala, de pé no lado direito, praticamente implora que a bateria esteja do lado oposto no porta-malas.
Como fui o culpado de colocar os dois em contato, e sendo amigo dos dois, acabo por acompanhar regularmente o progresso da obra. Outro dia, olhando uma foto de detalhes do compartimento do motor, o Enrico mencionou que só faltava soldar novamente o suporte da bateria.
Minha reação foi imediata: por que não relocá-la para o porta-malas?
Vejam bem, Deus todo-poderoso, quando gravou para Moisés os 10 mandamentos em pedra, mandou-o de volta para casa com um conselho final, que já ia se esquecendo:
- Ah, e não se esqueça: lugar de bateria é no porta-malas!
Moisés, sem saber o que era bateria e muito menos porta-malas, acabou por deixar perdidas estas sábias palavras. E o todo-poderoso deve estar embasbacado pela nossa ignorância desse fato, pois é uma verdade clara como água. Um peso concentrado como a bateria deve estar sempre na extremidade oposta do motor do veículo, junto com o estepe, o macaco e as ferramentas. Na verdade, se fosse minha decisão, o módulo de controle do motor (ECM) e todas as outras coisas que podem ser banidas para lá o seriam.
Mas tem gente que captou a esquecida mensagem divina. No porta-malas de todo BMW é onde você encontrará a bateria, parte da estratégia da empresa de conseguir sempre 50% do peso em cada eixo de seus veículos, mesmo usando o motor dianteiro.
E a Porsche, sempre ela, fez algo ainda mais legal: a partir do 911 de 1970, dividiu a usual bateria única em duas ligadas em paralelo, e colocou uma de cada lado em seu porta-malas dianteiro, para ajudar ainda mais a distribuição de peso em cada roda. Você tem que amar uma empresa que se dá esse trabalho...
O Enrico e o AG acabaram decidindo deixar a bateria lá na frente mesmo, para não complicar sobremaneira a brincadeira dos dois. Afinal, suporte novo teria que ser fabricado, cabos compridos teriam que atravessar o carro (que tem estofamento original intacto), e outras complicações e custos que não trariam retorno palpável no final.
É uma pena, porque uma das coisas mais interessantes do Opala V-8 é que, sendo o small-block Chevy mais baixo e curto que o seis-em-linha do opala, e pesando o mesmo que ele, o carro resultante tem uma distribuição de peso nos eixos bem mais favorável que o original. A bateria lá atrás ajudaria mais um pouco nesta nobre busca, e a posição do estepe/macaco do Opala, de pé no lado direito, praticamente implora que a bateria esteja do lado oposto no porta-malas.
Isso sem contar o fato de que os dois correm sério risco de enfrentar a fúria divina...
MAO
No porta-malas, a bateria também ficaria mais acessível numa emergência, para retirá-la ou verificar o nível da água, tarefas um pouco mais complicadas nos carros onde não há muito espaço no cofre do motor.
ResponderExcluirSe tratando de distribuição de peso eu estou completamente ferrado mesmo: bateria e estepe na frente, junto ao motor. As rodas traseiras só estão a passeio...
A bateria exala gases tóxicos e o porta malas compartilha a mesma atmosfera do habitáculo do carro. Se colocar a bateria no porta malas, viajar numa noite fria com os vidros fechados ou entrar no carro abafado num dia de sol, pode representar risco de intoxicação, sem falar na oxidação que esses gases podem causar. Já o cofre do motor o lugar mais ventilado do carro e ainda assim é comum o ácido causar alguns transtornos. Na BMW ou outros que usam a bateria interna será que não usam baterias especiais, de gel por exemplo? E quanto ao fusca com sua bateria em baixo do banco?
ResponderExcluirEu pretendo fazer isso no meu Opala V8. Um amigo fez no Mustang dele e ficou ótimo. Uma coisa a menos pendurada lá na frente.
ResponderExcluirEu lembro de ter visto um Mercedes Classe C (90 e alguma coisa) com a bateria na mala. E que bateria: 101 amperes.
ResponderExcluirOpala V8, que tentação....é complicado conseguir um bloco desses amigos? O Vortec 4.300cm3, também acredito que seria uma ótima opção, fácil de conseguir material para manutenção e na última versão multiponto, conseguia bons 193 cavalos e muito torque, que é o que importa....claro, não moveria a massa de um SS6 com a desenvoltura de um 8 bocas, mas acredito que seria uma opção quase tão boa e de certa forma econômica. É "apenas" o mítico 350 com dois cilindros a menos. Que carro eu colocaria? nas primeiras versões do Opala SS.
ResponderExcluirPor falar em bateria, foi de cair o queixo ver o Nissan Tiida com bateria da época de "completar a água"...
ResponderExcluirMAO, essa foto me é perturbadora... já a imagino em azul no lugar do vermelho 'cereja'. kkkkkk
ResponderExcluirabs
Lugar de bateria é o mais perto possível do motor de arranque e do alternador.
ResponderExcluirSistemas de 12 volts a perda no cabeamento longo é incrível,afora a segurança do sistema e a já citada geração de gases no habitáculo-que aliás nem sei como era contornada nos Fuscas, boa a citação do mesmo.
Os Porsche decerto usavam duas baterias para abençoar a partida a frio no gélido inverno Europeu, com um cabo de 3 metros até o motor de arranque...rs
Foto pertubadora... No meu caso era só mudar o tom do vermelho... Ahh e aumentar a conta bancária também!
ResponderExcluirLuís F.
Anonimo,
ResponderExcluirVeja, por mais que me chamem de ogro, eu não sou verde, e eu consigo quantos motores desses chevy 350 quiser. Se eu os consigo as pencas e de forma 100% licita e documentada, qualquer um consegue. Veja que eu sou até um ogro bonzinho, pois não só consigo bem como repasso para meus prezados e diletos amigos. Imagina,além de ogro ser chamado de mesquinho e egoista, ia ser o fim, nem dormir a noite conseguiria mais, sabe?
Para que esquentar com apenas 193, 180, 185 quando voce tem um V8 maravilhoso que rende entre 275 e 350 e de quebra ainda pesa o mesmo que um 4100 normal?
Esse negócio de ficar vendo a facilidade que é instalar um GM350 V8 no lugar do GM250 L6 ainda vai gerar "problemas" para meu Caravan 88 recém inaugurado. Sem contar que um dos colaboradores deste post é O especialista nesse tipo de transformação...
ResponderExcluirAG, poderia parar de dizer que é facinho, facinho achar um chevy 350?! Isso não vai prestar, ainda vai me dar (maravilhosas) dores de cabeça futuras! rsss...
Esqueci de dizer que a bateria nem precisa ir para o porta-malas, fica lá frente mesmo, com o GM350!
ResponderExcluirNos Fuscas era "emoção pura" a bateria dentro do carro. Meu pai teve uns 4 Fuscas. De vez em quando, sempre batia um cheirinho de gases sulfurosos dentro do carro, pois na época as baterias seladas não existiam. Mas era "ótimo" para manter a bateria sempre em ordem, caso contrário alguém tinha que sair do carro (a bateria ou os ocupantes...)
Road Runner,
ResponderExcluirMentir é pecado, papai do céo num gosta. Facinho facinho é pouco, á facil para caramba a bessa de montão as pampas. Tá melhor agora?
Muito bem observado!
ResponderExcluirAG, como é perturbadora a ideia, cê sabe disso. Mas MAO, teremos eu e o AG, que enfrentar mesmo a furia divina...hahaha
ResponderExcluirEZ,
ResponderExcluirA furia do opaloito já é apavorante o suficiente, não se preocupe. Voce vai amar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLugar de bateria é sim na mala. Na Europa e nos USA é normal esse "upgrade" e existem diversos kits de transferência para os carros que não a possuem originalmente naquele lugar.Só há vantagens: transferência de peso,cofre do motor menos apertado o que melhora a ventilação, facilidade de limpeza e manutenção e a melhora na estética do compartimento. Para o pessoal que gosta de som também há vantagem na facilidade de conexão com amplificadores e Etc. Quanto ao gases da bateria no interior do veículo , mesmo aquela sendo selada , deve ser disposta dentro de uma caixa de plástico ou alumínio e através de uma mangueira entre a caixa e o assoalho do porta malas, realizar o respiro/ventilação dos gases ácidos.Lembrando que a fixação do conjunto ao assoalho é muito importante. Em relação a distância da bateria do motor de partida e alternador , deve ser analisado o calibre do cabo de força , devendo o de aterramento acompanhar a mesma seção em mm²(geralmente um cabo de 35mm² de seção é suficiente para um sistema de 135A)e ser aterrado em um local da carroceria ou chassi que permita uma baixa resistência elétrica (tudo deve ser medido e analisado).O cabo de força deve sair da caixa de fusíveis/força no cofre em direção a traseira, ou do motor de partida para a traseira (caso em que é necessário a utilização de fusível ou disjuntor) .A razão pela qual as montadoras não transferem as baterias para o porta malas é exclusivamente por questão de custos (cabos mais longos e mais grossos e outros componentes)e por causa do espaço para bagagem.
ResponderExcluirBruxo.
AG,
ResponderExcluirSe tá melhor agora?! Graças a essas insinuações obscenas de V8 nos Opala/Caravan, quando me dei conta estava googlando atrás de um GM350 nesta terra brasilis. Havia até um, provavelmente de um Olds 1972, por R$5000, completo, com carburador e demais periféricos. Daqui a pouco, quando eu ver, já estarei planejando uma viagem até Brasília, indo de "seis boca" e voltando de V8... O pior vai ser o divórcio depois! rsss...
RR,
ResponderExcluirNão cate o 350 errado. O 350 que vc quer é o chevy, buick, olds e pontiac não servem aos seus propositos.
Road Runner
ResponderExcluirConfie no AG. Aliás, aqui em SP os meus amigos enfiam a faca na hora de cotar o preço de um 350 Chevrolet, o AG sempre me ofereceu os 350 por preços módicos, sempre pensei que fosse uma coisa inacessível, mas o ogro do cerrado não enfia a faca não.
Não é barato, mas graças ao AG descobri que um 350 é acessível, muito mais "down to Earth".
AG e FB,
ResponderExcluirValeu pelas dicas, pois desconhecia que os motores chevy eram diferentes dos demais. Mas não se preocupem que, quando for instalar um chevy 350 em meu Caravan, não farei isso sozinho ou em qualquer lugar. Muito provavelmente será feito em Brasília ou então por alguém mais próximo que o AG indicar. Se meu Passat com motor 2000 de Santana já foi encrencado de ajustar por não ter sido feito por um especialista, imaginem trocar um L6 por V8 em uma oficina qualquer. E isso não é para já (infelizmente...), pois preciso arrecadar os fundos antes (fora o motor, vem câmbio e diferencial junto para ficar perfeito - o câmbio original 4 marchas ré para frente e o Braseixos lá trás já reclamam do 250 original, o que dizer de um V8 torcudo desses...)
Road Runner
ResponderExcluirRedigido pelo próprio AG:
http://www2.uol.com.br/bestcars/cp2/caravan-1.htm
Está tão bem explicado que é quase um "do it yourself". Ainda assim, recomendo deixar aos cuidados do AG, experiência é tudo quando se fala em adaptações.
FB
dava para fazer como se fazem nos bons projetos de som automotivo...cabo de bitola larga, passando por baixo do veículo em tubulação apropriada. Passa-se facilmente um cabo de 35MM², suficiente para qualquer sistema automotivo sem som.
ResponderExcluirNo meu Fiesta, tenho um de 35mm² passando perfeitamente, junto da tubulação que interliga as caixa de fusivel, depois, por baixo do acabamento e vai até a mala, para alimentar meus 2 MTX Audio do sistema de som...