Propaganda do Maverick nos EUA, (acervo particular do autor)
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Lançado em 1969 nos Estados Unidos, o Ford Maverick foi posicionado no mercado como um veículo compacto, barato e econômico para os padrões do país.
Com disponibilidade de dois motores de 6 cilindros, de 2,8 e 3,3 litros, a propaganda o anunciava como uma veículo para os jovens e também como o segundo carro da família.
Somente em 1971, dois anos após seu lançamento, foi introduzido o motor V-8 de 302 polegadas cúbicas (4.942 cm³), dando um caráter mais esportivo ao veículo. Era o mesmo motor que equipava também algumas versões do Mustang,
Anúncios do Maverick nos Estados Unidos (acervo particular do autor) |
Aqui no Brasil, o programa para lançamento de um novo veículo médio-grande se iniciou em 1970, com uma pesquisa de mercado feita com aproximadamente 1.000 consumidores visando a escolha de um veículo entre vários apresentados, incluindo o próprio Maverick. Os veículos tinham todos os emblemas removidos para que a escolha não fosse influenciada pela marca (brand image)
O veículo que ganhou a pesquisa por larga vantagem de votos foi o alemão Ford Taunus, de muito sucesso também em seu país de origem.
Ford Taunus 1971 (foto wikipedia) |
Desprezando o resultado da pesquisa, a Ford brasileira escolheu o Maverick e entre as razões apontadas estava a "fácil" disponibilidade do motor de seis cilindros herança da Willys. Este mesmo motor já equipava o Aero-Willys, o Jeep Willys Universal, a Rural Willys e também a Willys Pick-Up na sua época. Com a absorção da Willys-Overland do Brasil pela Ford em 1968, em 1972 esses modelos perderam o nome Willys e ganharam Ford, sendo que a Pick-Up ganhou ainda a designação F-75.
Por que se fez a pesquisa de mercado e não se acatou o resultado da mesma continua sendo uma pergunta irrespondível. Teria sido muito mais fácil e econômico assumir o Maverick como o próximo veículo a ser produzido no Brasil, sem ter realizado pesquisa alguma.
Escolha feita, a primeira ação do departamento de marketing foi eliminar o chifre do touro da raça maverick estilizado sobre o "V" do logo Maverick. Diziam que o chifre do touro poderia resultar pejorativamente no termo "chifrudo", prejudicando a imagem do veículo. Não sei se esta foi uma decisão sábia, pois os touros maverick são sinal de força, raça valente e essa imagem poderia ter sido vinculada ao carro no Brasil.
Touro maverick (foto wikipedia) |
Comparação da capa do manual do proprietário brasileiro com o americano (acervo particular do autor) |
E dito e feito, a engenharia Ford começou a trabalhar na instalação do antigo motor 6-cilindros, 3-litros, o BF-184, no Maverick brasileiro. O que a diretoria da Ford do Brasil entendia como "fácil" foi na realidade uma complicação danada...
O motor era tão grande e pesado que tivemos que modificar inclusive os coletores de admissão e escapamento, para que pudesse entrar no cofre do Maverick. Todos os coxins tiveram que ser revistos, inclusive com novos suportes metálicos. Todo o sistema de arrefecimento teve que ser redesenhado para uma melhor eficiência.
Como a Ford ainda não tinha o Campo de Provas de Tatuí, os testes funcionais, incluindo consumo e dirigibilidade, foram feitos em sua maioria na região de Avaré, interior de São Paulo.
Foto vejasp.abril.com.br |
Na realidade se gastou uma infinidade de horas de trabalho com poucos resultados positivos a comemorar.
O Maverick foi apresentado pela primeira vez ao público no Salão do Automóvel de São Paulo de 1972.
O Maverick no Salão do Automóvel de São Paulo de 1972 (Foto estadao.com.br) |
E chegou o ano de 1973, a Ford lançando seu novo carro brasileiro em três versões, Super, Super Luxo e GT a 40 jornalistas especializados, incluindo o meu grande amigo Luiz Carlos Secco, que era o editor do Jornal da Tarde na época.
"O Maverick é silencioso, confortável e ágil," disse ele em sua reportagem.
Falando em conforto, o Maverick era um verdadeiro luxo. Os bancos anatômicos e com uma forração elegante chamavam a atenção. O quadro dos instrumentos com detalhes marcantes de grafismo e iluminação era um must! Realmente, o padrão Ford de acabamento que sempre foi o seu diferenciador, estava presente em seus mínimos detalhes.
O Maverick GT se destacava externamente pelas faixas laterais em cor preta, incluindo o capô e o painel traseiro, apresentando também grafismo em preto fosco. Tinha travas de segurança cromadas para evitar abertura indevida do capô, de inspiração nos carros de corrida, e internamente um conta-giros sobreposto à coluna de direção. De produção limitada, era equipado com o motorzão V-8 302-pol³ importado do México, incluindo câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho e direção assistida hidráulica.
Quadro de instrumentos mostrando o conta-giros sobreposto à coluna de direção (imagem do acervo particular do autor)
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O Maverick foi lançado oficialmente ao público em 20 de junho de 1973. E então começaram os problemas...
O motor Willys 6-cilindros tinha problemas de arrefecimento e de consumo exagerado de óleo lubrificante. Seu desempenho era sofrível e seu consumo de combustível, elevado. Diziam os jornais e revistas especializadas na época que "anda como um quatro-cilindros e bebe como um oito"
Outro apelido dado ao motor 6-cilindros foi "fogão de seis bocas" devido a seu baixo rendimento térmico, gerando muito calor e pouca potencia especifica.
Conforme teste da revista Quatro Rodas em julho de 1973, o Maverick 6-cilindros atingiu a velocidade máxima de 150 km/h e fez de 0 a 100 km/h em longos 21 segundos. Qualquer carro de 1 litro de hoje anda mais que este Maverick de seis cilindros.
Ainda bem que em 1974/1975 os modernos motores de 4 cilindros, 2,3 litros OHC do programa Georgia começaram a ser produzidos na fabrica Ford em Taubaté. Motor econômico e com bom rendimento térmico e volumétrico, foi instalado no Maverick no lugar do antigo 6 cilindros.
O motor 2,3-litros melhorou muito a imagem do carro que já estava alavancada pelo desempenho do motor V-8 302, com sua instalação opcional oferecida para todos os modelos.
Na realidade, o icônico motor V8 302 empurrava o Maverick de uma maneira invejável, acelerando de 0 a 100 km/h em aproximadamente 10 segundos. Então a sua imagem de muscle car começou a ser vinculada na mídia.
Fotos revista Quatro Rodas |
A Ford começou a investir mais nesta imagem esportiva do carro, chegando a lançar inclusive uma versão com o "veoitão" incrementado com carburação quadrijet, na realidade um carburador de corpo quádruplo Holley..
Além do carburador, outras modificações como a taxa de compressão aumentada de 7,3:1 para 8,5:1, comando de válvulas 282° e novo coletor de admissão, aumentavam sua potência em aproximadamente 40 cv.
Para se ter uma idéia, em teste realizado pela revista Autoesporte, o Maverick Quadrijet (esse era seu nome) acelerou de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, atingindo a velocidade máxima de 205 km/h, um verdadeiro feito para a época. Essa versão, homologada pela Confederação Brasileira de Automobilismo, foi utilizada em competições em 1974 e 1975, no Campeonato Brasileiro de Turismo Divisão 1, tanto pela equipe oficial Ford chamada Mercantil Finasa-Motorcraft, quanto por diversos pilotos particulares.
Maverick Quadrijet da equipe oficial da Ford no treino de classificação da 12 Horas de Goiânia, julho de 1974, inauguração do autódromo, vencida pelo nosso Bob Sharp (pilotando) e Marivaldo Fernandes |
No final de 1976, como modelo 1977, o Maverick recebeu algumas modificações estéticas e mecânicas:
- Introduzida a versão LDO (Luxury Decor Option) como sendo a mais cara da linha.
- Interior monocromático na cor marrom e poucas versões em azul.
- Câmbio automático de três marchas com alavanca no assoalho específica para o motor 2,3-litros.
- Nova grade dianteira e novas lanternas traseiras.
- Aumento do espaço no banco traseiro
- Sistema de freios mais eficiente
- Suspensão recalibrada para melhor compromisso de conforto e estabilidade
- O modelo GT passou a ser oferecido com o motor 2-3 litros de série, ficando o V-8 302 como opcional, gerando a desaprovação de muitos consumidores.
- O GT ganhou também duas entradas de ar falsas no capô do motor.
Minha particular opinião é que o Ford Maverick nunca fez o sucesso que merecia no Brasil. Patinou e foi descontinuado em 1979 com aproximadamente 100.000 unidades produzidas.
Na realidade, pode-se afirmar que o sucesso do Ford Maverick foi post mortem,só depois de encerrada sua produção foi apreciado.
Fotos www.ford.com.br |
Hoje em dia o Maverick V-8 302 é um cobiçado carro de coleção e virou um verdadeiro símbolo para os admiradores de veículos antigos brasileiros.
Com todo o orgulho e fazendo-se justiça, o Ford Maverick foi o verdadeiro muscle car brasileiro, ao lado do Dodge Charger/Charger R/T, também icônico.
Com este post, completo minha décima participação no AUTOentusiastas Espero continuar com mais histórias
CM
Muito legal este post.
ResponderExcluirHoje diríamos que o maverick deveria ter sido um "carro de nicho", só existindo nas versões esportivas, por exemplo. Mas na época, que não vivi, creio que isso não era praxe nem talvez possível.
Sou mais um dos que acham que a decisão da ford foi incompreensível sob todos os aspectos;
Matéria publicada na revista Veja, em 1979, quando da descontinuação do Maverick, disse que o carro "não agradou às mulheres". Pudera, poucos desses carros tinham direção hidráulica, e eram pesados.
ResponderExcluirSei de uma mulher,bem altinha por sinal, que interessada em um Maverick, desistiu antes mesmo de fazer teste de rodagem, simplesmente pela dificuldade que ela teve de entrar e sair do mesmo.
ExcluirExcelente Post. Dá cada vez mais sede estes relatos da criação dos carros. Que venham os próximos 100 Carlos.
ResponderExcluirEm 1989, então com 18 anos, dirigi o de um amigo. Não sei qual era o motor e nem qual era o ano, só sei que era aquele laranja típico. Lembro o quanto fiquei decepcionado, achava que era um carro potente e estável mas a aceleração, a suspensão mole, o câmbio bobão e o freio que fazia o carro dar uma guinada me desanimaram. Verdade é que o carro provavelmente estava desalinhado, mas a guinada vinha seguida de uma afundada na frente assustadora. Esse carro tomava pau do 147 1050 em reta e em curva!!
Mas sempre achei lindo. E continuo achando.
Nesse caso provavelmente o motor estava no fim, porque naquela época, o Fiat nem chegava perto do Maverick quatro cilindros.
ExcluirCarlos Meccia, no texto você disse que os motores V8 eram importados do México. Sempre ouvi dizer (só ouvi dizer, porque ninguém com seu conhecimento de causa como você se manifestou sobre a procedência do motorzão. Confere essa informação?
ResponderExcluirJonas,
ExcluirEram importados do México
Lembro de nos anos 90 vários Mavericks muito baratos... Ahh se eu tivese mais idade na época...
ResponderExcluirBem, não só os mavericks... QUase todos os carros disputados pelos colecionadores hoje eram baratos, basta lembrar dos dodges largados nas ruas, ou os KG, que eu lembro de ver alguns muito bons no começo dos anos 2000 por algo como 10 a 15mil...
ExcluirMas não é tudo assim? Quantos carros "baratos" hoje serão clássicos daqui a vinte anos? Difícil dizer!
É difícil de apontar, mas aí vai o meu palpite: Chevrolet Omega 4.1 e 3.0. A Suprema, por ser mais rara, vai ser cobiçadíssima. Tenho certeza de que a linha Omega se tornará um clássico. Eram carros que reuniam a qualidade de manufatura dos Landau/Galaxie ao avanço tecnológico dos Alfa 2.300 (exceto quanto ao motor seis em linha de concepção antiga).
ExcluirAntônio do Sul
Barato? Comprava juntando dinheiro dos moleques da rua. E ainda ia no posto para pegar óleo usado. Claro, não estavam bem cuidados. Mas esses motores devem estar puxando barco até hoje.
ExcluirA nova febre agora é Kombi. Qualquer uma encostada o dono pede R$5 mil
ExcluirA Kombi também é uma boa aposta, Daniel. Daqui a uns dez anos, as últimas unidades comuns fabricadas (não as Last Edition) já estarão bem maltratadas pela lida, e as um pouco mais velhas, de cinco anos p/ trás ou mais, se já não estiverem nos desmanches, já vão ser procuradas por quem quer restaurar. As de para-brisa dividido, então, vão valer uma fortuna, isso se já não valerem.
ExcluirAntônio do Sul
Antônio do Sul
Santana de primeira geração...aquele quadradão vai valer alguma coisa daqui um tempo.
ExcluirMas naquela época tudo era mais difícil.
ExcluirEm 78 eu comprei uma Rural Willys impecável, ano 66 ou 67, que o proprietário utilizava apenas para ir à missa aos domingos.
A quilometragem era baixíssima, não tenho muita certeza se era 15 ou 25 mil quilômetros.
Como a empresa onde eu trabalhava ficava distante do centro da cidade, passei a levar alguns colegas de trabalho desde que colaborassem com o combustível. Mas então certo dia, com o tanque cheio para mais uma empreitada, seu precioso líquido foi todo roubado à noite e como os colegas me pagavam antecipadamente, quase fali para cumprir o trato.
O resultado foi vender a preciosidade para um pinto de paredes que acabou com a dita em pouco tempo.
Eis aqui o post que eu esperava!!
ResponderExcluirDizer que admiro o Maverick é muito clichê. Qualquer entusiasta brasileiro adora este carro.
E sinceramente: foi acertada a decisão do depto. de marketing da Ford de desvincular a imagem do carro à imagem do touro. Em se tratando de brasil, talvez o carro sofresse ainda mais com essa associação - vide o Fusca com teto solar.
Eu penso sempre que fossem usados os motores 6 cilindros americano, o Maverick estaria concorrendo de igual para igual em vendas com o Opala anos 80 a dentro. Uma pena a decisão da Ford de optar pelo motor Willys.
Eu tenho certeza que se a Ford quisesse fazer uso das guampas, as vendas seriam ainda menores.
ExcluirSr. Carlos Meccia,
ResponderExcluirPor favor continue com suas histórias da Ford.
É muito bom saber o que acontecia no desenvolvimento dos carros da Ford, por quem la trabalhou.
É de se perguntar também se aquele jeitão de Opala do Taunus não foi um dos motivos de terem dispensado o resultado da pesquisa. Se bem que teria que ser muito burro não pensar em redesenhar o carro como fizeram com o Corcel. Meccia, você poderia nos contar por que a Ford teve tanto apego pelo CHT e preteriu o OHC? Ninguém pensou em colocá-lo pelo menos no Del Rey?
ResponderExcluirUber,
ExcluirTudo indica que foi uma decisão comercial creio eu
Na Europa, tanto o Taunus quanto o Opala foram contemporâneos, seguindo as tendências de estilo da época. Ambos não eram tão chamativos quanto o Maverick, mas eram mais leves, o que lhes permitia ter um desempenho equivalente com motores menores e um pouco mais econômicos, e os projetos europeus eram mais racionais também no aproveitamento do espaço interno, que foi o grande problema do Maveco, principalmente no banco traseiro. Como aqui ele era o primeiro ou o único carro da família, tinha que carregar 4 ou 5 pessoas, mais a bagagem.
ExcluirAntônio do Sul
Eu tive a oportunidade de ver alguns Taunus naquela época, todos verdes como na foto e procedentes da Argentina.
ExcluirMuitos proprietários de Opala diziam que se a Ford tivesse lançado esse carro no lugar do Maverick, teria sido sua opção.
Antes de mais nada, por tudo que é sagrado, Meccia: vê se consegue publicar uma foto do interior em azul do LDO 1977 . Eu imploro, he, he! Tenho uma vaga lembrança (ou impressão) de que era azul escuro, mas posso estar fazendo confusão com outro carro. O de interior marrom como você disse, era o padrão neles, e era maravilhoso. E ao contrário de quase todo mundo, que baba por um GT V-8, e que só saiu na carroceria cupê, meu Maverick preferido disparado, o que eu adoraria ter, é um quatro portas, de preferência com o banco dianteiro inteiriço e alavanca de câmbio na coluna de direção. Ainda sobre o Maveco: não posso ouvir falar nele sem me lembrar daquele espetacular vídeo do graaaaaaaande Emerson Fittipaldi sentado a bota em um deles no autódromo de Interlagos, em 1973. Aqueles pneus finos, um carro que nunca foi referência em estabilidade, e o "Rato" mandando ver, ainda por cima sem nenhum equipamento de proteção (gaiola, macacão, capacete). Antológico! Um risco que seria impensável hoje em dia, por força de cláusulas contratuais.
ResponderExcluirMr.Car vou tentar encontrar o interior azul
ExcluirO vídeo do Emerson tocando o Meveco é antologico
Mr. Car,
ExcluirO interior era azul "corporate blue"....a cor do oval Ford
No aguardo então, Meccia. Se conseguir encontrar para o pessoal ver, vai ser ótimo. Dos interiores marrons, creio que todos se lembram. Em tempo: também o Corcel e Belina II tiveram interior em azul, embora muito raros os que saíram assim. Você confirma? Tenho a nítida impressão de ter visto um Corcel II standard 0km desta forma em uma concessionária Ford em Lins-SP, em 1978, a menos que minha memória esteja me traindo, afinal, lá se vão 36 anos. O prédio ainda existe, e é hoje um supermercado, a concessionária Ford da cidade mudou de lugar. A Belina vi em um anúncio no "Mercado Livre", há cerca de um ou dois anos.
ExcluirAbraço.
Abraço.
Mr.Car meu Avô materno teve por cerca de 15 anos um Maverick vermelho 4 portas,com o motor 2.3 OHC,porém com câmbio no assoalho.
ExcluirEu ia todos os dias para a escola de carona com ele,era um barato chegar e todo mundo parar para olhar o carro,ainda mais em uma cidade do interior como Avaré (nunca imaginei que aqui tivessem sido testados os Mavericks,irei dizer isto ao meu avô com toda certeza).
Era o carro do dia-dia dele,não era impecável,mais absolutamente confiável,infelizmente ele jamais conseguiu deixa-lo impecável como ele sempre sonhou e a 1 ano atrás em frente ao trabalho dele uma mulher bateu na traseira do Maverick decretando o fim dele ao menos para meu Avô,que o vendeu para um restaurador de Botucatu que prometeu a ele que quando terminasse o carro o convidaria para dar uma volta e realizar o sonho de ver o Maverick como saiu de fábrica.
Carlos,
ResponderExcluirSeus textos são um deleite. Obrigado!
Boni.
Bela matéria! Penso que a Ford não acatou o resultado da pesquisa devido a grande semelhança do Ford Taunus 1971(foto) com o GM Opala. Pelo menos na foto publicada me lembrou muito o Opala. Como na pesquisa, foi dito, não pareciam as marcas, poderia ter sido assim confundido.
ResponderExcluirAbraço,
Marcelo Dias
Minha infância......
ResponderExcluirCarlos Meccia, "Com este post, completo minha décima participação no AUTOentusiastas Espero continuar com mais histórias". Nós seguidores do blog acreditamos que há muitas histórias ainda. Em relação aos V8 existia dois tipos de motores, um canadense e o outro brasileiro, era isto mesmo.Parabéns pelos posts, tenho lido todos, nutro uma simpatia grande pela Ford, inclusive tive dois Ka (2004 e 2007). O primeiro carro do meu pai foi um corcel 72, 4 portas, na época ele foi criticado por ter comprado o 4 portas, depois virou uma febre em transformar o 4 portas em pick-up, todos os dias aparecia alguém com propostas de compra, o veículo foi comprado por um cigano e transformado em pick-up.
ResponderExcluirO motor "canadense" é esse importado do México. Ele provavelmente tem esse nome por pertencer à família "Windsor" de motores (de Windsor, Ontário, Canadá, onde ficava a fundição). O V8 "brasileiro" era o que equipava os Galaxie até 1975. Era uma tranqueira dos anos 50 que originalmente equipava os caminhões Ford, e foi adaptado para o Galaxie em 1967, tal qual o motor Willys foi adaptado para o Maverick. Era "fundido em Taubaté", mesmo.
ExcluirLorenzo agradeço a informação. Por acaso existiu de fábrica, Maverick V8 com motor brasileiro e com motor importado. Já li que somente com motor V8 canadense (importado) é que tem valor comercial, devido a qualidade das peças, isto procede?
ExcluirMaverick V8, só com o motor 302, sempre importado. Os V8 nacionais só equiparam Galaxie, Landau e F-100.
ExcluirAntônio do Sul
Lorenzo
ExcluirEsse V8 nacional era o 4.800 ?
Os componentes do 302 importado ao Brasil eram de má qualidade, e o bloco sofria de "core shift" (os moldes cediam durante a fundição, resultando num mau bloco). O 302 foi produzido em larga quantidade nos Estados Unidos, para equipar sedans familiares. Em geral, depois dos 50.000 km já começava a apresentar problemas. Por isso, alguns galaxeiros, como o Portuga Tavares, gostam mais do velho bloco Y.
ExcluirAnônimo das 12:35, os V8 nacionais tinham deslocamento de 272 e 292 pol. cúbicas, salvo engano. Acho que os dois saíram nos Galaxie, mas não sei dizer em que ano entrou o 292, nem se entrou p/ toda a linha ou só p/ o LTD e o Landau, ficando o 272 só p/ o 500. Também não sei se a F-100 chegou a ter o 292.
ExcluirAntônio do Sul
O 4800 era o 292. Ele substituiu o 272 a partir de 1969. O 272 é considerado mais durável. Como a F-100 V8 foi fabricada ainda na primeira metade dos anos 70, é de se supor que tivesse o 292. Nos EUA, esses motores chegaram a 312 pol. cúbicas, com quadrijet (no Thunder 57), mas foram substituídos pelo motor "FE", vastamente superior, a partir de 1958. Portanto, quando foi colocado no Galaxie brasileiro, em 1967, o 272 já era "refugo". Lá, esses carros começavam com o 289, e muitos saíram com o 390 "FE".
ExcluirRecém 10 participações? E parece que nos conhecemos há muito tempo...
ResponderExcluirAbração!
Carlos
Porto Alegre
Incrível a semelhança desse ford Taunus com o nosso Opala...
ResponderExcluirMr. Car indo ao delírio com a reportagem, em 3... 2... 1...
ResponderExcluirMas vc gosta mesmo do Mr. Car eim....
Excluirmas ó, creio que a fila dele não ande mais não, tá?
Eu também gosto do Mr. Car
ExcluirEle entende muito de carros, escreve bem , esta sempre participando e comentando do blog, gosta de trocar informações com os outros leitores.
Sem contar que e muito inteligente e educado
Mas nao se engane, ele nao e homem de meia palavras.
Se tiver que falar algumas verdades ele fala mesmo e muito sincero e honesto nesse sentido
Mr. Car
ExcluirHoje um nome ; Amanha um mito ; Depois uma lenda!
Ah vá !!!!
ExcluirTambém nao exagera !
A frente desse Ford Taunus, assim como o porte - lembram muito o Opala. Talvez tivesse sido um sucesso mesmo por aqui.
ResponderExcluir"Com este post, completo minha décima participação no AUTOentusiastas Espero continuar com mais histórias"
SIM!!!!!!!
Carlos, tem que continuar, não pode parar! Estou curioso para saber das histórias de outros Fords, coisas que só quem estava lá dentro sabe.
ResponderExcluirEspero que o AE consiga colocar em seu time antigos funcionários dos outros fabricantes também.
Realmente um grande carro. Agora, tá na cara que que se tivessem mantido os chifres no nome os donos seriam alvo de zoação. Basta lembrar do cornowagen.
ResponderExcluirFabiano,
ExcluirTenho que concordar com você...melhor tirar o chifre
Obrigado
Seria mais um pro grupo: fuscão preto, Cornowagen, Camaro amarelo e por pouco o Mercedes CLA leke leke.
ExcluirQuem faz o carro é o dono. Defeco andando pra essas bobagens...
ExcluirMaverick, grande carro; apesar de ter um poderosíssimo motor de seis cilindros que produz bastante calor, mas, potência, que é bom, nada!
ResponderExcluirAs coisas ficam boas mesmo com o V8! Apesar de ter sido um fracasso, é um carro de que gosto muito, um carro bem especial!
E belo post, como sempre, Carlos Meccia!
Miss Dammit
ExcluirConcordo eu também gosto do V8 ou o 2.3, ambos na versão Coupe
Descarto o 4 portas , mas respeito quem goste
Parabéns, Meccia. Que o Maverick era e é muito bonito, não resta a menor dúvida, mas acho que o Taunus seria mais adequado às necessidades do nosso mercado, comportando inclusive mais reestilizações. A Ford argentina produziu o Taunus até a década de 80, pelo menos, agraciando-o com uma "maquiagem" que o deixou parecido com o Granada europeu, e foram usados os motores 2.3 feitos no Brasil e o 3.0 seis em linha da versão de entrada do Falcon.
ResponderExcluirAgora, estamos aguardando um post sobre o projeto do Maverick II.
Antônio do Sul
Eu também vi muitos Ford Falcon e acredito que eles seriam a grande pedida para o Brasil.
ExcluirQual o significado "comando de válvulas 282°" ?
ResponderExcluirSignifica que o processo de abertura e fechamento da válvula é de 282 graus, determinado pelo ressalto do comando.
ExcluirTempo, em graus, de duração da abertura de válvulas. A duração de um comando refere-se ao tempo em que as válvulas permanecem abertas, medida em graus, tendo a árvore de manivelas como referência. Há bastante material sobre isso na internet, basta procurar, e é de fácil compreensão.
ExcluirComplementando a perfeita definição dos colegas, quanto maior abertura melhor o motor "respira" melhor em alta rotação. Mas pelo princípio de Venturi, em baixa rotação o ar perde velocidade, enchendo menos os cilindros. Se o intervalo da abertura for muito grande, o motor "embaralha" (falha) em baixa. Por isso carros preparados para desempenho embaralham em baixa rotação, até a mistura ar-combustível ganhar velocidade suficiente para preencher o cilindro em cada ciclo, mas melhorando o desempenho em alta rotação. Por isso muitos carros como o VTEC da honda possui dois cames de comando, um para baixa rotação outro para alta. Mais moderno ainda é o motor multiair da fiat, que controla a abertura automaticamente, dispensando inclusive a borboleta de admissão.
ExcluirVeja o vídeo institucional da fiat, muito bom:
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=T2cxQTjhaSE
282 graus para um motor 302 é demais. É uma modificação para pista, que eleva a rotação de potência máxima para uns 7000 rpm. Para funcionar, é necessário aumentar as válvulas, colocar escape dimensionado, encurtar o diferencial, sem esquecer de aumentar a taxa de compressão para pelo menos 10:1. E usar componentes que suportem essas rotações. Se o motor receber um comando roletado retrofit, funcionará melhor com esses números; aliás, poderá trabalhar com um pouco menos de duração, e mais levante, o que melhorará a dirigibilidade.
ExcluirJosé Carlos Pace, eterno Moco, venceu o Torneio dos Campeões em 75.
ResponderExcluirE li numa seção de cartas, há muitos anos atrás, um carinha contando que viu o Vittorio Brambilla, nesse mesmo evento, engatar a ré num Maverick antes do carro parar por completo durante uma demonstração... o carro seguiu em frente com as rodas girando em sentido contrário durante alguns segundos.
Leonardo Mendes, ao ler seu comentário lembrei-me deste episódio, com o Brambilla pilotando um Maverick marrom, fazendo estas estrepolias. E surpresa maior, fui olhar fotos que tirei no dia, e lá estão duas delas com o italiano, que era conhecido como O Troglodita. Vou postá-las agora no Facebook :Edison Guerra Sr.
ExcluirPS. Primeira vez que tirei fotos coloridas, pois o salário do moleque aqui, na época não permitia maiores vôos.
Leonardo Mendes, lembrei-me através do seu comentário, deste episódio com o Brambilla, que neste torneio pilotava um Maverick marrom. E surpresa maior...fui procurar fotos que tirei do evento, e está lá, o Troglodita esmerilhando o carro. Vou publicá-las agora no Facebook : Edison Guerra Sr.
ExcluirDetalhe: primeiras fotos coloridas que tirei, pois o salário do moleque aqui na época, não permitia maiores vôos.
Carlos,
ResponderExcluirParabéns pelo post! Excelente, como sempre. Aguardo, ansiosamente, um post sobre a Belina e a Pampa, ambas 4x4.
Um abraço!
Parabéns pelo post. Um deleite pra mim que adquiri esse ano o meu exemplar.
ResponderExcluirUm Super Luxo que foi transformado por completo em GT. Mecânica 302 V8, com quadrijet Edelbrock, comando CompCam, bielas, pistões e etc. forjados.
Estou trocando o câmbio automático C4 por um original 4 marchas manuais do GT. Semana que vem fica pronta essa parte mecânica e depois, em julho, parte para a repintura, na mesma cor atual, laranja Mirassol.
Depois, um jogo de rodas iguais ao Mustang Bullit. Hoje ele está com rodas de época e pneus Cooper Cobra. Aí vai ser só curtir.
Um abraço e parabéns pelo post,
Marcelo Schwan
Parabéns por resgatar estas páginas de nossa história (pelo menos para os Autoentusiastas). Gostaria de fazer uma pequena observação: salvo engano foi na linha 71 ( e não 72 ) que os produtos Willys passaram a ter o logotipo Ford. Incluindo o Aero ( 2600 ??? ) e Itamaraty.
ResponderExcluirNunca engoli direito essa história de que era fácil adaptar o seis em linha da Willys num Ford. Se fosse verdade, teria ocorrido uma febre no sentido inverso, instalando motores V-8 nos sedãs da Willys - afinal, lá pelos anos 70 a gasolina e os Aero eram mais ou menos baratos e tinha gente doida o bastante para tentar esse tipo de coisa.
ResponderExcluirAgora que ele fosse pesado achei estranho. Como deslocava relativamente pouco volume (2,6 a 3 litros) achei que fosse leve comparado com os motores da época, especialmente o seis-cilindros da Chevrolet.
Quanto aos chifres, sem dúvida foi um acerto da Ford. Mesmo sem o problema do cara ser zoado, no Brasil a raça de bovinos Maverick era absolutamente desconhecida. Para aproveitar a decoração, o nome do carro precisaria ser trocado para algo como "Zebu", "Nelore", ou similar, ou então a fábrica de carros acabaria tendo mais trabalho para divulgar a raça de gado que o próprio produto.
Do jeito que ficou está ótimo: Ao ouvir Maverick a única associação possível é aquele carro de linhas marcantes (talvez até exageradas, mas sem dúvida marcantes) com um som maravilhoso (serve de consolo saber que o retrabalho nos coletores de admissão e escape do seis cilindros deixou o som tão bom quanto o do V-8?) e a sensação de bolsos leves ao sair do posto de gasolina. Embora cultura seja uma coisa bastante pessoal: Ao ouvir falar de Galaxie sempre lembro de um carro enorme. Adolescentes já pensam em celular (se bem que a grafia é diferente, "galaxy"). Estranho que, algumas vezes comento algo sobre conforto de uso, tamanho, consumo, opcionais, etc. para só depois perceber que estamos falando de coisas diferentes...
Essa de colocar o seis em linha Willys no Maverick foi mais uma "brilhante" decisão da diretoria da Ford, tomada, só p/ variar, sem ouvir a engenharia ou não levando em conta as ponderações dos engenheiros. Lançaram um carro bonito, mas errado p/ o nosso mercado, como atestou a própria pesquisa feita pela fábrica com os consumidores, em razão de uma suposta compatibilidade com um motor também errado p/ o carro.
ExcluirComercialmente, não tinha como dar certo. Ao invés de se adequarem às necessidades do mercado, acharam que o mercado iria se adequar às necessidades da Ford do Brasil...
Antônio do Sul
Minha lembrança da época é que o modelo submetido à apreciação do público seria um Ford P7 (1969-71) e não o TaunusTC (70-76) da foto. O P7 concorria diretamente com o Opel Rekord, com entre-eixos de 2,70 m. Suas linhas eram bastante agradáveis mas superadas pela moda "coke bottle" vigente na ocasião. Alem disso, seria substituído em 72 pela série Consul/Granada, muito mais moderna porem de custo inviável para o Brasil. Recordo também que a Ford quis importar da Argentina o motor 6 cilindros do Falcon (3,0 e 3,6 litros), perfeitamente adequado ao Maverick, mas não conseguiu redução de tarifas (200%...). O Taunus TC era um carro menor (entre-eixos de 2,57 m), equivalente ao Corcel e portanto desinteressante do ponto de vista econômico.
ResponderExcluir6 canecos do Falcon que equipava as F1000 a gasolina dos anos 90, bom motor, bem superior ao nosso Hurricane.
ExcluirAnônimo da 01:12, você foi uma daquelas mil pessoas que participaram daquela pesquisa ou, naquela época, trabalhou na Ford, em algum fornecedor de autopeças ou na imprensa especializada? Se puder e não lhe for criar problemas, conte mais coisas p/ nós, por favor.
ExcluirAntônio do Sul
Interessante notar algumas coisas: nos EUA um 6cil beberrão era carro comum, familiar, pacato, do povão. Algo como os 1.6 nossos. Por aqui o Maverick era "esportivo". Nós éramos pobres desgraçados demais ou eram eles que esbanjavam demais??
ResponderExcluirAcho que as duas observações sao validas
ExcluirEles gastavam demais...
Nos éramos e continuamos pobres e desgraçados
Nossa maior desgraça e esse bendito governo PeTralha!
He he he
Se você continua pobre e desgraçado, procure trabalhar mais. Nem todos são como você He he he he.
ExcluirÔ mania de ficar pondo a culpa em partido A ou B pela sua própria incompetência.
CM, muitos dos motores V8 não tem numeração no bloco, o que dificulta a documentação. Sabes porque?
ResponderExcluirÓtimo post, Meccia.
ResponderExcluirSó gostaria de deixar uma opinião pessoal: faltou mencionar que o carro é adorado pelos entusiastas HOJE. E, aliás, não sei por qual razão. É um carro completamente inócuo.
Na época em que foi produzido, era um automóvel em muitos aspectos rejeitado pelo mercado. Em tudo, foi certamente superado pelo Opala.
" faltou mencionar que o carro é adorado pelos entusiastas HOJE. E, aliás, não sei por qual razão. É um carro completamente inócuo. "
ExcluirJá na minha opinião, inócuo é todo e qualquer carro com tração dianteira, transmissão automática, motor subquadrado, perfumarias digitais/eletrônicas, conectividades e futilidades não inerentes à condução ativa.
"Em tudo, foi certamente superado pelo Opala." Esta é uma opinião sua e não um fato.
Opiniões a parte, você é o primeiro que vejo a não admirar o glamour e romance de um Maverick. Ainda, foi um dos poucos carros que quebrou a barreira dos 200 CV em nosso país, marca que demorou décadas para ser repetida.
O Ford Maverick é tão inócuo que você apareceu por aqui para dar seu palpite sobre ele...
ExcluirE não foi superado em tudo pelo Opala não, principalmente nas corridas em que participava, onde papava o Opala com a maior facilidade. Aliás, Opala nunca sonhou em ter um V8 debaixo do capô.
Ainda bem que existe a Ford. Caso contrário, contra quem os adoradores de Chevy, Mopar e VW iriam destilar o seu veneno???
Ace
ExcluirÉ preciso considerar que naquela época a potência declarada pelos fabricantes era SAE bruta, que resulta em números totalmente diferentes dos de hoje. O Maverick 302, por exemplo, desenvolvia 135 cv pelo padrão atual de potência líquida, a mesmo potência do Focus 1,6. Isso gera muita confusão quando se escreve sobre carros mais antigos. O Maverick Quadrijet, por exemplo, motor desenvolvido para corrida, desenvolvia 180 cv.
O Opala já tinha vários anos de mercado quando surgiu o Maverick; a maioria de seus problemas já estava resolvida. Como típico GM, era um carro "no-nonsense", e se beneficiou do enorme baú de peças da empresa. Carroceria européia, motor americano, tudo para não dar problema ao usuário. Era um verdadeiro "Corolla" da época. E não seria com suas economias porcas que a Ford conseguiria tirar a primazia dele. Como de costume, achava que estava "abafando"... da mesma forma que nos anos 50, com o Edsel. Mesmo assim, o Maverick não foi considerado um fracasso, nem ocasionou perdas à empresa. Da minha parte, o Opala SS tem que comer muito feijão para alcançar o visual e a aura do Maverick GT. Da mesma forma que "Corolla" e "esportivo" não podem coexistir numa mesma frase.
ExcluirEm tempo Bob, não posso retirar o que eu disse, mas posso sempre lembrar da diferença de potência bruta nos antigos, para a atual potência líquida, em futuras citações e comparações. Realmente atropelamos as coisas por falta de atenção quando ficamos com o ego ferido, pois tenho apreço enorme pelos autos que fazem parte do nosso passado. Obrigado pela correção Bob.
ExcluirTão inócuo que é preciso vender dois SS para comprar um GT.
ExcluirInócua são essas comparações de aluno de 5ª série entre dois ícones da nossa indústria.
ExcluirA GM pretendia colocar o V8 Chevrolet de bloco pequeno no Opala, para competir com o Maverick. Contudo a crise do petróleo nos anos 70 acabou com esse projeto. Ao final das contas, foi uma decisão acertada. AGB
ResponderExcluirO GM 4100 sempre foi um motor muito bom e se tornou um Ivone no mercado
ExcluirJa o 6 em linha da Ford era uma tranqueira obsoleta e antiquado
Assim acho que o Opala nao se ressentiu por nao ater um V8
Se bem que hoje em dia ha alguns Opalas c small block debaixo do capo dando muitas alegrias a seus donos!
He he
Eita vontade de ter um V8 debaixo do capô! Coisa que alguns Mavericks tinham de fábrica e o Opala infelizmente nunca teve...
ExcluirSó adaptado mesmo. He he he
Anônimo 15/06/14 14:21
ExcluirA questão da superioridade do Maverick não era o número e a configuração dos cilindros, mas a cilindrada de 4.942 cm³, contra 4.093 cm³ do Opala.
Meu pai teve dois mavericks V8, um Luxo verde água com teto de vinil bege e um GT vermelho. Segundo ele andava mais que os Dodge dos primos dele, pois viviam viajando juntos e meu pai sempre os deixava para trás. Anos interessantes os '70!
ResponderExcluirDouglas
Excelente post! Bem retratada a historia do veiculo. Eu não consigo ter certeza sobre o fato que se ao invés do maverick tivessem trazido o Taunus, teria sido muito diferente o resultado.
ResponderExcluirDo moesmo jeito que a Ford nunca nos ofereceu um galaxie coupe, numa época em que esta carroceria era claramente uma preferencia nacional. Dos mavericks, 20 mil 4 portas, o resto coupe, dos dodges cerca de 20 mil sedans e o resto coupes tambem em quase 100.000 produzidos. Mas entendo que a miopia e a meddiocridade da nossa industria sempre nos fez ter o minimo necessário e com isso muitas oportunidades se perderam.
Pegando um gancho no comentario do AGB, opala V8 com small block chevy seria algo natural, na medida em que na alaemnha foi feito isto, ainda que não exatamente num opala.
Não fizeram porque não precisava, na medida em que o opala, muito mais leve que o dodge e o maverick fazia o mesmo que eles com um motor menor.
Mas já que os manezinhos da GM não fizeram, EU, o Ogro, fiz. Muito que não se contentam com o mesmo, com o pouco, com o minimo, hoje tem algo mais legal que o feijão com arroz original.
Uma vez, no site de um dos clubes do Galaxie, tinha uma informação de que, em 72, foi feita uma única carroceria sedan duas portas p/ uso de um dos diretores da Ford e que, infelizmente, hoje estaria em um ferro-velho em Recife.
ExcluirQuanto à carroceria coupé, foi uma pena não termos visto por aqui. Era muito bonita. A coluna C lembrava muito as do Dodge Dart coupé.
Antônio do Sul
Não seria necessário "fazer um Galaxie cupê para um diretor da Ford". Na época, as importações estavam abertas.
ExcluirLorenzo, só repassei uma informação a que tive acesso. Talvez alguém pudesse confirmar se isso realmente ocorreu ou não, e esse é o meu objetivo. Também acho que não faz muito sentido fabricar uma só unidade numa linha de produção em série, a não ser que fosse algum protótipo ou p/ um estudo de mercado. Outra coisa: em 72, a linha Galaxie americana já tinha uma outra carroceria, bem diferente da que era fabricada aqui.
ExcluirAntônio do Sul
Carlos,
ResponderExcluirParabéns pelo post. O Maverick sempre será meu carro favorito. Meu pai teve 3 (73, 75 e 77), todos cupê Super.
Você teria algum material sobre a proposta do que seria o novo Maverick, que teria as linhas que acabaram sendo usadas no Del Rey? Sabe qual o estágio de desenvolvimento a que chegou este projeto?
Grande abraço!
Meccia, este é um comentário um tanto tardio, mas seria legal você falar sobre o carro mais legal que a Ford Brasil jamais fabricou, o Sierra, e até que ponto se cogitou fabricá-lo aqui.
ResponderExcluirPalmas para o Opala pelo seu sucesso, mas naqueles tempos, o meu sonho de consumo era um Maverick azul duas portas.
ResponderExcluirSe hoje a Ford o relançasse e por um preço justo, com mecânica atual e com o interior também na cor azul, eu faria de tudo para ter um.
Como era a suspensão do Maverik? Tenho duas lembranças de infância: uma viagem de Ipatinga e Belo Horizonte em um emprestado (a variant bateu o motor, na viagem de Joaima a BH). Nos surpreendeu a maciez da suspensão dianteira, o desempenho e o balanço nas curvas em João Monlevade. A outra que não entendi até hoje era a suspensão traseira que parecia ter um inusitado par de feixe de molas como jipe e pick up.
ResponderExcluirNa foto que mostra um Maverick no Salão de 72, ainda vê- se a grade com os faroletes utilizados nos EEUU. Em 74, entre outras coisas, como carburador de 4 venturis, coloquei uma grade de Grabber no meu GT brasileiro. Afora um imprevisto em má hora, qd perdeu os freios n'uma pegada com um Torino argentino, soh deu alegrias e deixou saudades. Ab LSampayo
ResponderExcluirExcelente post, é sempre bom ler sobre esses carros incriveis, queria conheçer um pouco mais sobre a historia do Bob Sharp, seria possivel alguem me indicar algo ?
ResponderExcluirAtt,
Helton Oliveira
ExcluirNão existe (ainda) a minha história. Há alguma coisa no site bandeiraquadriculada.com.br na seção Pilotos e Preparadores e também no Google, procure pelo meu nome.