Fotos: autor, exceto onde indicado
|
Entrada do museu |
Há um lugar na Flórida
imperdível para quem gosta de máquinas voadoras. O estado americano é bem
conhecido por uma grande quantidade de brasileiros, mas não muitos conhecem este
museu, por ser de interesse específico e longe do eixo Miami–Orlando.
Se você tem uma queda
por aviões de uso naval, sempre procurou saber mais sobre eles, colecionar miniaturas, montou ou monta
kits plásticos deles, tem livros e discos com filmes e vídeos sobre o assunto,
se sentirá sem fôlego ao ir percorrendo os edifícios e encontrando tudo que
você já viu em fotos ou filmes. É uma verdadeira superdose de informação histórica, e uma realização emocionante.
Nesse museu de entrada
franca e estacionamento idem, a Marinha dos Estados Unidos (U.S. Navy), o Corpo de
Fuzileiros Navais (U.S. Marine Corps) e a Guarda Costeira (U.S. Coast Guard) mantêm um acervo
numeroso e de grande qualidade de conservação e de importância histórica. São cerca de 150 aeronaves inteiras, além de muitos outros itens.
O gate keeper, guardião da entrada do museu, é um Grumman F-14 Tomcat, colocado sobre um
pedestal. Há outro completo dentro, para melhor apreciação.
Logo no átrio de
entrada, algumas aeronaves dependuradas, como o McDonnell Douglas A-4 Skyhawk,
fabricado em dezenas de versões nas 2.960 unidades produzidas, e operado por
muitas nações ainda hoje, inclusive o Brasil. Foi projetado por Ed Heinemann
(1908–1991), um gênio da engenharia aeronáutica que não era engenheiro de
formação acadêmica, mas com um pensamento lógico e muito conhecimento teórico e
prático liderou o grupo de projetos da Douglas de 1936 a 1960. Heinemann era
desenhista-projetista e na sua primeira passagem pela empresa foi dispensado
depois de um ano, para retornar depois de algum tempo e chegar ao topo da
engenharia.
Note na foto que o avião está suspenso por apenas um cabo de aço.
Os aviões embarcados têm sempre locais para serem suspensos fácil e
rapidamente, para que sejam colocados e retirados dos porta-aviões por
guindastes em portos, sem terem que chegar voando.
|
McDonnell Douglas A-4 |
Há também um Grumman F9F
Panther usado na guerra da Coréia, e um Curtiss A-1 Triad, o primeiro avião da Marinha americana, que a partir de 1911 foi utilizado para várias experiências,
como lançamento por catapulta a partir de navio, pousos noturnos na água,
lançamento de bombas e tudo mais que fosse necessário para esse início da
aviação naval. O exemplar exposto é uma réplica construída em 1961, já que dos cerca de doze exemplares originais, nenhum restou. Voava a no máximo 100
km/h, impulsionado por um motor V-8 da fabricação da própria Curtiss Aeroplane and Motor Company.
|
Panther, caça e ataque ao solo |
|
O Triad está bem no meio do pavilhão de entrada |
|
Lugar de honra para a primeira aeronave da U.S. Navy |
Outro trabalho de
Heinemann está preso em uma parede, o avião de pesquisas Douglas D-558-1
Skystreak, que utilizava um motor General Electric J35, o primeiro motor a jato americano de fluxo
axial, com várias rodas de compressor em vez de apenas uma enorme, feito nos EUA em 1947. Uma das vantagens
desse tipo de jato é o menor diâmetro total, permitindo fuselagens ou naceles de
motores com menor área frontal, melhorando a aerodinâmica.
Tudo que há de mais
notável no assunto está no National Naval Aviation Museum, seja inteiro ou
parcialmente, como, por exemplo um dirigível da década de 1930, o USS Macon, usado para lançamento de bombas e torpedos, além de funcionar como porta-aviões aéreo. Decolava com aeronaves presas a ele que eram levadas até uma distância determinada do campo de batalha, para aí serem liberadas. Esses aviões eram usados para reconhecimento avançado do que estava acontecendo com tropas inimigas e também para defesa do dirigível e de navios da frota. A gôndola, ou
ponte de comando, está inteira, mas a estrutura é
apenas parcial, estando expostos uma seção do nariz e do leme de direção. Uma pena ele não ter sido exposto inteiro, mas seria problema, pois tinha 237 metros de comprimento.
|
Ponte de comando, com bomba e torpedo em amarelo, e um dos motores visível |
|
Ponte de comando do tamanho de um ônibus |
|
Estrutura do estabilizador vertical e do nariz do Macon |
|
Explicações fartas sobre as aeronaves são a regra nesse museu |
Um dos exemplares de avião dessa época pré-Segunda Guerra Mundial é o Goshawk, que foi usado como caça e bombardeiro, tendo por isso duas designações, BFC-2 e F11. Mais adiante, as forças armadas criaram a sigla FB para o caça-bombardeiro (fighter-bomber).
|
A cabine tinha cobertura deslizante apenas parcial, fase de transição do aberto para o fechado |
|
Bombas sob a fuselagem e asas |
|
Explicações sobre a aeronave, a divisão dos esquadrões e o símbolo do desta unidade |
Como o maior exemplo de
poder militar da Marinha de qualquer país são os porta-aviões, eles não
poderiam faltar nesse lugar, mas apenas em miniaturas. Há várias dessas
incríveis obras de modelistas do mais alto gabarito, cujos detalhes colocados
nas obras impressionam e nos fazem perceber como há gente com paciência e muito tempo disponível para realizar tarefas que poucos têm capacidade. Eles estão na entrada, junto de uma foto-gigante de uma
nave dessas, moderna, um painel com um
resumo da evolução desses aeroportos flutuantes, e ao longo do museu todo, em
diversos pontos. Para quem gosta, são horas de observação e descobertas.
|
Este navio é feito de material translúcido, e o hangar sob o deck está visível |
|
Toda estrutura pode ser entendida dessa forma |
|
Uma obra de arte bem protegida dentro de uma caixa |
|
O menino mostra a proporção dessa maquete |
|
Dedicação extrema para fazer algo admirável |
|
A foto na parede é grande à beça! |
|
Note o convés de decolagem apenas na dianteira do navio. Primórdios |
|
O próximo passo foi cobrir todo o navio com um convés para as aeronaves |
|
Até se chegar a uma configuração atual com ponte ao lado da pista |
|
Algumas miniaturas têm até os marinheiros-mirins |
|
Os conveses eram de madeira |
Numa
outra área há mais sobre os porta-aviões, inclusive com voluntários explicando
alguns sistemas do navio, notadamente as catapultas a vapor que lançam aviões
de mais de 30 toneladas de zero a 300 km/h em tempos ao redor de 3 segundos. A próxima classe de porta-aviões americanos que está sendo desenvolvida terá catapultas eletromagnéticas.
O Grumman F-14 Tomcat é
mundialmente famoso pelo filme "Top Gun" ("Ases indomáveis" no Brasil), e poucos acreditam que tal avião já
tenha sido retirado de serviço. Mas é bom saber que o primeiro vôo do Tomcat
ocorreu em 1970, quase meio século atrás, e aviões que operam de porta-aviões
sofrem demais em sua estrutura. O F-14 tem asas de geometria variável,
que se movem para trás em velocidades maiores e voltando à posição básica nos pousos e
decolagens. Durar mais de 30 anos em operação é algo notável, mesmo com todas
as extensas revisões e trocas de componentes que ocorrem em aviões
constantemente. O exemplar das fotos foi o último a ser retirado de serviço, e
fez o último vôo em 13 de abril de 2006.
Um Consolidated PBY Catalina está suspenso, com uma fuselagem do mesmo avião logo abaixo, inclinada
e com quase todos os painéis da fuselagem removidos. Para melhorar a
compreensão, manequins com uniformes de época ocupam os postos de trabalho. Esse
avião é um daqueles caminhões voadores, avião que serve para tudo. Na Segunda
Guerra Mundial foram nossos patrulheiros da costa brasileira, e afundaram dois
submarinos alemães. Muito depois disso, ainda voavam principalmente na
Amazônia, operando em pistas de terra ou em em rios, e quem chegou a assistir o
programa "Amaral Netto, o Repórter" via sempre matérias fantásticas das operações
do anfíbio, apelidado no Brasil de "pata-choca".
Pensacola é a cidade
dos Blue Angels, a esquadrilha de demonstração acrobática da Marinha. Pela
cidade há lembranças deles em vários lugares, como viadutos e pontes, além
de placas nos acessos à área urbana e até alguns aviões em pedestais. Até mesmo dentro de um supermercado vi uma
foto decorativa enorme dos Hornet em formação.
Fica evidente o orgulho
pela esquadrilha nos símbolos e logotipos de eventos na cidade, como esses dois
que encontrei, da maratona da cidade e de um torneio de tênis. Os aviõezinhos estão por
toda parte, muito legal.
|
A-4 ex-Blue Angels num dos acessos a Pensacola |
A base onde eles
treinam é justamente a mesma onde está o museu, Forrest Sherman Field. Voam desde
1986 com os F-18 Hornet, e um deles pode ser visto sem nada o cercando, na
passagem entre os dois edifícios principais. Não há cercas nem cordões de
isolamento, como praticamente tudo nesse
museu, não há restrições em se chegar perto e mesmo tocar nos aviões e outros
itens. Não vi placa “Do not touch” (não toque) em nenhum lugar, mas mesmo assim não há marcas
de mãos excessivas em nada. Respeito geral ao acervo e à História.
Vi esse avião primeiro
de dentro do edifício principal, através dos vidros do átrio que existe para
eventos. Lá ocorrem homenagens e apresentações freqüentemente, seja para
autoridades, estudantes ou veteranos de guerra, ou apenas ensaios da banda da Marinha e similares. Acima do salão estão quatro Skyhawks que voaram com
os Blue Angels antes desses adotarem o F-18. Esse era um lugar que eu queria
ver de perto desde que vi esse lugar pela primeira vez em fotos.
A área dedicada à
Segunda Guerra Mundial imita um convés de porta-aviões, formado por tábuas de
madeira similares às usadas nos navios reais. Estão ao redor várias aeronaves, algumas
com motores junto delas, além de bombas, torpedos, pás de hélice, torres de
tiro, armas e outros itens, para que se veja algo além do avião em si. Esta é
uma decisão inteligente da direção do museu, que vê como público todo tipo de
pessoa, não apenas os fanáticos por aviões.
Estendendo a área de
variedades, uma exposição de apetrechos das guerras mostra uniformes, medalhas,
condecorações, flâmulas, brasões de uniformes, grupos, esquadrilhas, pôsteres e
mais inumeráveis objetos, além de painéis marcando eventos e comemorações
importantes.
Pode-se inclusive
tocar um exemplar da bomba atômica apelidada de "Fat Man" (homem gordo) —
desarmada é claro—, idêntica à lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945. Capítulo terrível da
história da humanidade, mas de importância incomensurável, definidor de muito do que acontece hoje no
mundo.
|
Réplica da "Fat Man" |
|
Torre de tiro do Consolidated Liberator e Privateer, a versão naval do primeiro |
O grande monstro aqui é
o Consolidated PB2Y Coronado, um anfíbio de patrulha que foi restaurado no
museu, num trabalho que durou 13 anos. Mesmo assim, ainda há a falta de um
dos motores, e um dos quatro foi deixado em exposição no piso. É o único exemplar que restou dos 217 construídos a partir de 1937.
Outra atração especial nessa
área é um canhão antiaéreo Bofors de 40 mm que pode ser manipulado. Era usado em navios para defesa, operado por pedais para girar a base e manivela para subir e descer o canhão. Uma super-atração para crianças que curtem mecanismos, além dos
adultos, claro, e mesmo longe da realidade de um combate, você se imagina
defendendo seu navio dos ataques dos camicases.
Por falar nos inimigos,
há dois exemplares importantes, um do Japão e outro da Alemanha. O Mitsubishi A6M Zero e o Messerschmitt Me-262, primeiro avião a jato a entrar em operação no
mundo, em 1944. Mesmo não estando relacionado à aviação naval, o 262 é algo que todo museu de aviação quer ter em seu acervo. É uma máquina impressionante pelas linhas, mesmo nesse exemplar de dois lugares que não é o mais elegante, só sendo um pouco prejudicado visualmente pelas naceles (alojamento dos motores) gigantescas para o tamanho da aeronave. Normal, já que os motores eram jatos primitivos.
|
Mitsubishi Zero |
|
Me-262 biplace (dois lugares) |
Também ali, olhamos de perto três dos "gatos bravos" da Grumman, uma fábrica especialista em aviões de uso naval, com os caças sendo sempre batizados de "cat-alguma-coisa" O bimotor Tigercat (gato selvagem, o nosso gato do mato) e os caças leves Hellcat e Wildcat, os gatos do inferno e selvagem. Não dá para saber qual é mais legal, é magnífico virar a cabeça e ver tudo isso junto.
O Vought Corsair, com as asas em forma de gaivota invertida também é um show único. A forma dessas asas é explicada de maneira simples. O motor escolhido era muito potente, e precisava de uma hélice grande para ter a potência aproveitada. Para isso, a frente do avião precisava ser alta para a hélice não tocar o solo. Mas isso faz o trem de pouso ser muito comprido, um problema sempre, mas pior em aviões que operam em navios e habitualmente fazem pousos duros. Para encurtar a perna do trem, a asa foi desenhada dessa forma. Lindo! Temos um aqui no Brasil, no Museu da TAM em São Carlos,
que já visitei e postei no AUTOentusiastas.
O torpedeiro Grumman TBF Avenger (TBM para os fabricados pela General Motors) também está muito bem exposto e cuidado, ocupando o centro do convés de imitação que há nessa área, onde até mesmo uma ponte de comando réplica de um porta-aviões está montada.
|
Asa esquerda do Corsair com alojamento de munição aberto |
|
Esse desenho de asa é maravilhoso |
|
Grumman Wildcat |
|
Grumman Hellcat |
|
Grumman Tigercat |
|
Grumman Avenger |
|
A parte circular é a torre de tiro do Avenger |
|
Iluminação natural é fantástica |
|
Profundor de grande área para manobrabilidade (Avenger) |
|
Mais duas vistas do Avenger |
Um avião que não viu a guerra, pois ficou pronto no finalzinho dela, é o Martin AM-1 Mauler, avião de ataque que só entrou em operação em 1948, depois de mais de quatro anos de atraso do inicialmente planejado. O motor dele é um caso à parte. O R-4360 Wasp Major da Pratt & Whitney canadense é um motor radial de 4 fileiras, desenvolve 3.500 hp que são gerados por 28 cilindros deslocando um volume de 71,4 litros. Note os cilindros desalinhados, como se cada fileira de 7 cilindros tivesse sido torcida. Isso era para permitir refrigeração mais eficiente, tirando um cilindro de trás do anterior, e expondo-o ao fluxo de ar frio.
Outro muito mais
conhecido e que ficou pronto quando o conflito já havia terminado foi o F8F-2
Bearcat. Último exemplar a pistão na linha evolutiva dos caças navais da Grumman, o
Bearcat foi o mais potente deles, e para utilizar todos os 2.250 hp disponíveis
no Pratt & Whitney R-2800, dispunha de uma hélice gigante, com 3,83 m de
diâmetro. O avião é mais incrível ao vivo do que eu imaginava, com comprimento
diminuto pela potência disponível. Era mais leve em cerca de 800 kg que seu
antecessor, o F6F Hellcat, e chegava a 730 km/h. Disso surgiu a polêmica sobre qual o mais veloz caça da Segunda Guerra Mundial com motor a pistão, com muita gente dizendo que o Bearcat é o detentor dessa marca. Na verdade não é. O Republic P-51 Mustang usado pela USAF tem esse título, pois foi usado muito em missões. O Bearcat chegou tarde demais e nunca combateu nesse conflito. Foi usado posteriormente, na Coréia, pelos americanos e na Indochina, pela Armée de L'Air, a Força Aérea Francesa. Aí sim, passou a ser o mais veloz caça a pistão de todos os tempos, mas não na II Guerra Mundial.
Outro exemplar de alta importância é o McDonnell FH-1 Phantom, o primeiro avião a jato a descer em um porta-aviões. Também deveria ter ficado pronto para a Segunda Guerra Mundial, mas por acaso ela acabou antes. Depois de algum tempo um caça-bombardeiro notável viria a ser projetado pela mesma empresa e utilizado na guerra do Vietnã, e batizado como Phantom II.
|
FH-1 Phantom |
Depois de muito
circular pelo piso térreo, há um mezanino que contorna todo os edifício, e tudo
que foi visto do solo pode ser visualizado de um novo ângulo. Além disso, há mais
atrações lá, como uma réplica de cápsula Apollo, cabine de um helicóptero Apache, alguns
brinquedos para crianças pequenas, uma mini-vila americana da década de 1940 e outras atrações.
Falando em crianças,
elas adoram as cabines de aviões espalhadas por todo o museu. Bom, alguns adultos
também, claro. Há muitas, nem sei se são 15 ou mais, mas tem de tudo, aviões a
jato, a pistão, caças, aviões de transporte, helicópteros, e podem
ser visitadas. São itens de difícil
conservação, e a maioria precisa de uma limpeza mais cuidadosa. Mas não é nada
que acanhe a entrada e apreciação. O único detalhe que incomoda é que há um acrílico
transparente à frente dos instrumentos, para que eles não sejam facilmente
danificados pela manipulação constante. Assim, se imaginar um piloto fica
difícil.
|
Seção frontal de um F-4 que voou com os Blue Angels |
|
O painel do piloto do F-4 |
|
A cabine de um Intruder, com a tela de radar do navegador/bombardeador em laranja |
|
Cabine de um SeaHarrier |
Depois de algumas horas
que passam rápido demais (Time flies when you are having fun — O tempo voa quando você está se divertindo), hora de
encher o tanque pessoal com comida. Vejam a vista da mesa que utilizei no restaurante.
Realmente agradável.
|
Olhando para a frente, de onde sentei.... |
|
.... e girando a cabeça para a direita. Isso sim é vista! |
O restaurante tem a
parte aberta onde ficamos, com vista direta para os aviões, e uma outra área com
vista para os jardins externos. Neste último há decoração de brasões dos diversos esquadrões
dos US Marines e da US Navy, com placas marcando missões na Líbia, Granada, Afeganistão,
Irã-Iraque e outros conflitos onde os americanos intervieram.
Mas antes disso houve a
Coréia e o Vietnã, dois conflitos que drenaram dinheiro e vidas. Há um FJ-1
Fury, a versão dos Marines, em azul, do F-86 Sabre, aviões da empresa North
American Aviation que são praticamente a mesma coisa, e têm um dos mais puros
desenhos aerodinâmicos para aviões com tomada de ar no nariz, uma sempre
curiosa solução. Seu concorrente mais ferrenho pelo domínio aéreo, o Mig-15 também está presente. Assustador apesar de pequeno.
|
" Todo avião bonito voa bem" regra da aerodinâmica que não está nos livros |
|
Mikoyan-Gurevich 15, simplesmente Mig-15 |
|
O Fury em vista lateral a partir do mezanino |
Do Vietnã, o Grumman
A-6 Intruder é notável. Jato de bombardeio leve e ataque a baixa altura, é
bruto como um jipe. Levava o piloto, navegador e bombardeador, lado a lado. Se você não curte apenas a história de uma aeronave e seus
dados técnicos, recomendo o livro "Flight of the Intruder", um romance de Stephen
Coonts, um piloto desse avião que lutou no Vietnã e escreveu uma história muito bonita
baseada nas missões de que participou. Foi publicado em português com o título
Missão Intruder e é excelente. Baseado no livro, foi feito um filme com o mesmo
título, com orçamento de US$ 35 milhões, mas que deu prejuízo.
|
O Intruder é brutal |
O Intruder teve uma versão de quatro lugares, com dois oficiais de operação de equipamentos eletrônicos para atrapalhar, confundir e até neutralizar radares de localização e de guia de mísseis. É o que se chama de guerra eletrônica, e que existe desde muitos anos antes dos mais violentos hackers terem nascido. É o EA-6B Prowler, outro avião já não operacional, tendo sido substituído pelo F-18E.
|
E o Prowler, mais brutal ainda |
Nos jatos embarcados
residem boa parte da minha infância e adolescência. Eu gastei bastante tempo
dessa fase tentando saber mais sobre isso, com todas as limitações de estar
longe dos EUA e ainda não existir a internet, além da literatura ser apenas
para quem tinha verba sobrando em casa. Meu primeiro livro importado sobre
aviões foi comprado em 1979, o "Illustrated Encyclopedia of World’s Modern
Military Aircraft", de Bill Gunston (1927-2013), o condecorado piloto,
jornalista e escritor britânico. Nele,
mesmo sem saber inglês, comecei a me forçar a entender, pedi um dicionário a
meu pai e me matei de tanto virar aquelas folhas.
Como livros fazem parte da vida de quem gosta de aviões que estão longe de nossas casas, não poderia deixar de mostrar ao menos a entrada da biblioteca que também é uma galeria de arte. Não a visitei, pois já não havia mais tempo hábil, mas um quadro estava do lado de fora e está mostrado abaixo. Se na foto já é uma bela obra, ao vivo é simplesmente fantástica.
O centro do museu tem
uma cobertura de vidro, e bem abaixo dela está o Douglas F3 Demon, imponente e
belo. A iluminação natural proporciona belas fotos, e tirei muitas na busca
pela perfeição. Ao redor, outros incríveis exemplos do que a fase da Guerra
Fria foi capaz de impingir à criatividade da engenharia aeronáutica, desde que
houvesse dinheiro, que era o que mais havia lá nessa época, pois os militares conseguiam aprovações de orçamento gigantescas com a ameaça soviética permanente.
O Chance Vought Cutlass
é um dos mais saudosos para mim. Sempre achei de uma elegância sem par, e
finalmente pude vê-lo de perto. Há anos havia visto um kit montado de um deles, e disse para mim que precisava ter um. Comprei-o finalmente há alguns
meses. Só falta tempo, o mais difícil, para montar e pintar.
|
Cutlass com as asas dobradas |
Para registrar a vista de um dos mais espetaculares aviões de todos os tempos, o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, tirei várias fotos, até mesmo de um dos motores, que está junto do avião. Poder tocar uma máquina dessas é fabuloso, e não deixei de fazer isso, claro. Foi muito usado no Vietnã, onde combateu principalmente os Mig-17, 19 e 21 russos, menores e mais ágeis, mas mesmo assim conseguiu muitas vitórias graças ao desempenho que lhe dava vantagem. O F-4 bateu recordes de velocidade e altitude nos anos 1960, com mais de 2.300 km/h de velocidade absoluta em percurso curto.
|
Misseis ar-ar Sparrow sob a fuselagem e as asas, além de um enorme tanque extra |
|
Gancho de cauda entre as saídas dos motores.
O metal sem pintura nessa região é liga de titânio |
O Martin Marlin é o
último anfíbio da Marinha americana, incrível nas dimensões e difícil de
fotografar justamente por isso. Parece um navio voador, coisa impressionante.
Ao lado deste gigante está algo muito pequeno em tamanho mas de importância enorme. O primeiro helicóptero
a operar na força naval americana é o HNS Hoverfly, absolutamente simples e
primitivo para os dias de hoje, mas era o que se tinha. Note a junta universal na árvore para acionar o rotor da cauda.
Para quem for, reserve o dia todo
e chegue quando estiver abrindo, às 9 horas da manhã. Mas não faça como eu, que entrei
como um lunático no edifício. Veja bem na entrada a hora da próxima partida do
ônibus jardineira que leva os visitantes para trás dos prédios principais, onde
estão expostos aviões ainda não restaurados ou sem espaço nas áreas cobertas.
Faça isso antes de entrar no prédio e se perder no paraíso. Eu fui deixar para
mais tarde e perdi a última saída da
jardineira, ficando sem ver o que tem lá
fora.
A única foto que consegui tirar
dessa área externa mostra um A-3D Skywarrior que consegui fotografar de longe,
com um poste atrapalhando. Esse avião foi o primeiro bombardeiro médio a jato da US
Navy e o maior a operar até então. Também é projeto de Ed Heinemann. Muitas coisas foram alteradas nos
porta-aviões para acomodar um avião desse tamanho, 23,3 m de comprimento, 7 m
de altura e 22 m de envergadura, com peso máximo de decolagem de 37 toneladas.
Tinha o apelido de whale (baleia), e mais um outro, bem no linha humor negro,
que foi o mais usado pelas equipes. Por ter
três tripulantes, piloto, navegador e bombardeador e não dispor de assentos
ejetáveis, o A3D era chamado de “All three dead” (todos os três mortos), já que para
abandonar o avião em emergências era necessário abrir uma portinhola no
assoalho da cabine e escorregar para fora, um por vez, usando o pára-quedas,
claro. A sorte tinha que estar de mãos dadas com os anjos da guarda.
No site do museu você
pode saber mais e se programar para uma feliz visita, além de ver fotos do que eu não pude ver de perto. Há muito mais do que
mostrei, e, dica de fanático, fique até
depois que fechar. Deixe a segurança lhe caçar para fazer você sair. Se você se esconder no banheiro, poderá
passar a noite por lá. Aproveite.
P.S.: Pensacola tem praias aos montes. Abaixo apenas uma lembrança de um lugar delicioso.
|
Foto: Juvenal Jorge Jr. |
JJ
Só um comentário sobre o caça mais veloz da Segunda Guerra com motor a pistão: esse título vai para os exemplares que lutaram do Ta-152, que é uma versão do famoso Fw-190. No lado americano, esse título vai para o P-47N, que era pouca coisa mais lento que o Ta-152. O P-51N, que era mais veloz que ambos, não chegou à linha de frente. O P-51D, que foi o modelo mais numeroso do Mustang, era muito mais lento que o P-47N e o Ta-152.
ResponderExcluirClésio,
Excluirsim, é verdade, mas o fato é que o Ta-152 era raríssimo e foi pouco usado,
Nada de grande produção e uso normalíssimo foi mais veloz que o P-51D.
Sem contar o raio de ação.
Ao contrário do meu pai, que era louco por aviões (montou mais de cem miniaturas da Revell), tinha uma centena de livros escritos por ex-pilotos da Segunda Guerra, e que de vez em quando, depois de uma biritas, ia ao Santos Dumont, pegava um Electra para São Paulo, descia lá, e imediatamente pegava outro para o Rio só pelo prazer de voar, isso sem falar nas incontáveis tardes de Domingo que passei no restaurante do aeroporto (ele tomando birita, e eu e minha irmã tomando sorvete), onde ele ia para ver decolagens e aterrisagens, não tenho nenhuma paixão pelas máquinas voadoras. Ainda assim, há um tipo de avião em que eu adoraria voar: um caça da Segunda Guerra. Qualquer um. Além disso, vamos combinar: esse Corsair é de uma beleza ímpar! O velho ia pirar se fosse neste museu, he, he!
ResponderExcluirMr. Car,
Excluircurioso. Eu posso lhe dizer que sou mais Aeroentusiasta do que autoentusiasta, e digo isso sem vergonha.
Mr. Car
ExcluirPois então faca uma forcimha e leve o teu velho para visitar esse museu!
Uma viagem como essa nao tem Preco !
Sensacional museu!
ResponderExcluirIncrível como os americanos preservam sua história, e como faz falta não termos este costume também aqui no Brasil...
Vendo aqueles aviões com motores à explosão, deu saudades do passado, aquele delicioso barulho dos motores radiais despertando, o cheiro de combustível, e, por regra, um funcionário sempre com um extintor nas mãos, apontando para o motor, durante a partida.
Quando eu era criança, passava horas no terraço superior do aeroporto de Congonhas, vendo aqueles DC-3, Convairs e mesmo alguns raros Constellations - para mim um dos mais belos aviões já fabricados - aterrisarem e decolarem.
Na memória ficou também um velho avião anfíbio, Republic Seabee, que fazia passeios com pousos e decolagens na areia da praia de Santos lá pelos anos 60. Nunca consegui que minha mãe me deixasse fazer um daqueles voos, ela morria de medo que o avião caísse...
BlueGopher,
Excluirhá coisas boas no Brasil, muito menos do que lá fora, infelizmente.
O mais triste de tudo foi ver o museu de aeronáutica do parque Ibirapuera ser desalojado no ano 2000 para as comemorações pífias dos 500 anos do descobrimento.
JJ
ExcluirVc se lembra do gigantesco Jahu exposto lá
Etária bons tempos de infância !
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAnônimo,
Excluirlembro sim , claro !
Ao menos os mais notáveis que estavam no Ibirapuera foram salvos. O Jahú e o Cessna da Ada Rogato estão no Museu da TAM, o P-47 Thunderbolt no Campo dos Afonsos.
Museu da TAM, muito bem lembrado. Acervo de respeito. Quando visitei o museu, um P-47 estava exposto.
ExcluirElvys
Post épico. Fenomenal. Parabéns.
ResponderExcluirMarlon José,
Excluirobrigado, Foi um prazer fazê-lo.
JJ,
ResponderExcluirObrigado por compartilhar esta visita. Post sensasional!
Uma dúvida: você sabe por que deixaram de usar hidroaviões? Parecem ser tão versáteis...
AAM
Antonio,
Excluirnão precisa agradecer.
Pelo meu conhecimento, o maior problema foi a velocidade dos jatos, que não permitiu que nenhum hidroavião fosse parelho. Apesar de existirem alguns aviões anfíbios a jato, da fábrica russa Beriev, mas não com grande capacidade a ponto de poderem ser usados em linhas aéreas regulares.
No Japão a marinha ainda usa bastante os turboélices Shin Meiwa US-1 e US-2, para transporte e salvamento. Muito úteis para prestar assistência às centenas de pequenas ilhas remotas sem pista de pouso que o país possui. A India tem interesse em fabricá-los sob licença.
ExcluirJJ, que postagem maravilhosa! A profusão de fotos, muito bem tiradas, nos proporciona a sensação de estarmos lá, vendo tudo ao vivo. Vou ler (e ver) tudo com calma depois, porque hoje é segunda-feira, mas não pude me conter em agradecer-lhe de imediato esta maravilha; sou louco por aviões.
ResponderExcluirLuiz Leitão,
Excluirmuito obrigado pelo elogio.
Deus é norte-americano
ResponderExcluirO que eu sei, é que brasileiro, Ele não é. Mas não sei se é norte-americano. Aposto minhas fichas na trinca Dinamarca, Finlândia, Noruega. 1/3 de chance para cada.
ExcluirO que porta e que temos semi-deuses Lulopetistas que sao brasileiros e estão diariamente zelando por nos e nossas famílias
ExcluirSim podemos dormir em paz!
He he he
Anônimo,
Excluirsua ironia foi bem entendida, fique tranquilo. Recomendo "Assassinato de Reputações" de Romeu Tuma Jr.
Valeu a viagem Juvenal. Para quem cresceu olhando a segunda guerra em Seleções, falta um P38 Airacobra e outros por exemplo este. Mas so ter um Zero e um Messersmith inteiros ali, é muito notável, assim como a pericia e coragem de quem pilotava os aviôes, nos dois lados. Voltando aos turbo hélices, o monomotor "pai" dos Tucanos nacionais, bombardeiro e explorador caça, usado bem no vietnan, está lá? Claudio
ResponderExcluirClazios,
ExcluirObrigado.
Eu não entendi sobre qual avião você mencionou. Seria o Skyraider ? se for, está sim, tem dois por lá.
O P-38 é o Lockheed Lightning, caça bimotor, famoso 'diabo de dois rabos' conforme os pilotos da Luftwaffe. O Airacobra vem a ser o Bell P-39, curioso por ter o motor atrás da nacele, e o piloto convivendo com a arvore da helice a conduzir mais de 1 000 cavalos entre suas pernas,,, Inspirador e preocupante...
ExcluirEm Pensacola a GE tem sua maior fábrica mundial de aerogeradores, considerados os melhores do mundo.
ResponderExcluirEspetacular.Conheço o museu aeroespacial de Washington DC mas não é tão completo como esse.
ResponderExcluirmayc,
Excluiro de Washington não conheço, mas pretendo ir um dia, bem como o museu da USAF em Dayton, Ohio.
Existe um outro espaço do museu de Washington fora da cidade, perto do Aeroporto Dulles, onde ficam um SR-71 e o "Dash 80" (protótipo do 707).
ExcluirO SBT exibiu alguns episódios de uma série chamada Pensacola: Wings of Gold, com o James Brolin no papel principal.
ResponderExcluirQuando eu era garoto eu gostava de uma outra série, chamada Lendas do Macaco Dourado, onde o cara pilotava um Grumann G-21 Goose.
E ainda haverei de ver ao vivo o Spruce Goose!
Leonardo Mendes,
Excluirme lembro do seriado, mas nunca consegui assistir um episódio inteiro. Durou pouco, não é ?
Aqui no Brasil sim... nos EUA durou 3 temporadas.
ExcluirO Universal Channel chegou a exibir também.
Show show e show........... agradeço este Post, respeitar a história e proporcionar um futuro mais amplo. JJ agradecido pelo Post, como sempre.
ResponderExcluirAMC,
Excluirobrigado, não precisa agradecer, eu é que me divirto fazendo esses textos.
Simplesmente SENSACIONAL !!!!!!
ResponderExcluirGraças aos recursos que dispomos atualmente é possível guardar para sempre no computador esta fantástica matéria.
Lembrei-me dos primeiros anos da saudosa revista "MOTOR 3".
O filme citado sobre o A-6 chamava-se "A-6 o vôo do Intruder".
Carlos Miguez,
Excluircorreto, o filme é razoável, mas o livro é bem melhor e mais detalhado para entender as operações do Intruder.
Caro Juvenal,
ResponderExcluirParabéns pelo excelente relato, o que me atiçou ainda mais a ir conhecer esse museu que, junto com o Smithsonian em Washington DC e o USS Intrepid em Nova York estão na minha lista de prioridades!
Um museu que gostaria de sugerir é o da USAF, que fica na base aérea de Wright Patterson, em Dayton, OH e que possui a maior coleção de aviões militares do mundo e é algo realmente impressionante, cobrindo toda a história desde o início até os dias atuais, passando pelos clássicos da Primeira e Segunda Guerra, além dos ícones da Guerra Fria como o U2 e o SR-71 e o impressionante pelo seu tamanho, o "Big Stick" o B-36 Peacemaker... esse sim é um bixo grande!
Garanto que irá gostar!
Roberto,
Excluirestá na lista de lugares para ir, não tenha dúvida !
Visitei ambos e recomendo fortemente. Fantásticos os 2. Confesso que fiquei igual criança em loja de brinquedos, principalmente ao ver o SR-71 (meu avião favorito) e a Enterprise (não a do star trek, mas o protótipo utilizado para testes do programa space shuttle) no Intrepid e o Bell X1 o X-15, o avião original dos irmãos Wright dentre vários outros em DC.
ExcluirEu gosto muitos de carros, acesso mais que diariamente o presente site, mas confesso que a aviação me tira as palavras. Carros são máquinas magnificas, mas aviões são aviões e nem mesmo tenho palavras para descrevê-los! Sempre tive uma certa dúvida do que gostava mais, quando criança, carros ou aviões. Até o dia que pude começar a pilotar. Hoje, se eu tiver que escolher entre pilotar uma Ferrari 0Km ou um Cessninha "enferrujado", com certeza prefiro o Cessna.
ResponderExcluirBruno
Bruno,
Excluirconheço o sentimento.
Post Épico!!! Comecei a ler e de uma parte em diante corri a tela, mais tarde lerei inteiro com calma.
ResponderExcluirEu como Técnico em Manutenção de Aeronaves, recem formado, não vejo a hora de ter a oportunidade de conviver diariamente com estas máquinas fantásticas.
Abraço, parabéns!
Grechejr
Excluireu quase, mas quase mesmo fiz o curso que você fez. Boa sorte, e tenho certeza que o Brasil ganhou um técnico de aeronaves diferenciado, afinal, é leitor do Ae !
Fabuloso post !!!
ResponderExcluirUau !!! Amei !!!
Pretendo viajar em breve pra essa região e agora tenho um motivo pra desviar umas milhas para Oeste no meu intinerário ! Obrigado, obrigado mesmo !!
Xracer,
Excluirobrigado pelo elogio. Pode ir, vale a pena, e fico feliz que você tenha gostado da dica.
Bela matéria, Sr. Juvenal, lendo, me senti no próprio museu...Aliás, além de autoentusiasta, sou um aeroentusiasta, e juro que se um dia o dinheiro sobrar, vou dar um jeito de aprender a pilotar nem que seja um ultraleve. O sonho da minha vida era de ser piloto, mas é algo nunca esteve ao meu alcance financeiro, é profissão para os abastados... A aviação militar era outro caminho, mas me orientaram de forma equivocada, me disseram que o desafio era grande demais, e acabei desanimando, agora passei da idade. Agora só me resta a condição de passageiro de vôos comerciais ou de piloto virtual no Fly Simulator, e olha que sou bom no joguinho. Outro dia, estava passando perto do aeroporto de Brasília e parei o carro, só para ver um velho 727 decolando, não ira perder esse show por nada. E quando morava lá na capital, fazia questão de ir nos desfiles de 7 de setembro, só por causa do show aéreo. Jesus do Nascimento.
ResponderExcluirJesus no Nascimento,
Excluirentão sua estória na aviação é bem parecida com a minha.
Grato pela leitura e pelo comentário.
O Van Halen tem um vídeo da música "dreams"com os Blue Angels,muito legal,para quem já conhece vale a pena rever.
ResponderExcluirParabéns pelo post Juvenal.
Carlos,
Excluirsim, bem lembrado. Dreams, do Van Halen.
Grato.
Conheço esse vídeo há mais de 25 anos. Foi o que me inspirou a ir ver e filmar os Red Arrows, quando estava morando na inglaterra.
ExcluirTem câmbio manual?
ResponderExcluirAnônimo,
Excluirvocê deve ter lido um post e comentado em outro.
FANTÁSTICO . MUITA SENSIBILIDADE EN CADA FOTO.
ResponderExcluirJose Rafael,
Excluirobrigado, foram tiradas com o coração. Era um lugar que eu sonhava visitar há mais de dez anos.
Post fantástico, talvez a melhor coleção militar que já vi na internet (o que é aquele ME262?? O caça sabotado pelo próprio Hitler!!)...e escrita e explicada por um entusiasta.
ResponderExcluirMuito bom!
Mister Formula Finesse,
ExcluirObrigadão !!!!
De que eu saiba, a maioria dos ME-262 foi destruída no solo num ataque aliado à base de Peenemunde, de onde eram lançadas as V1 e V2.
ExcluirExato, os nazis estavam sem combustível até para as decolagens, e um ME 262 foi derrubado quando estava saindo do solo, e outro...em combate direto com um avião à pistão, feito incrível!
ExcluirO avião deveria ter entrado 3 meses antes na Guerra, mas Hitler queria que ele fosse bombardeio e não caça...
JJ, como o artigo é sobre aviação naval, achei estranho você falar no P-51 Mustang e não mencionar que ele originalmente era equipado com motor Allison sem supercharger, por especificação da própria Marinha. O P-51 só é famoso hoje porque alguém se ligou que seria possível montar nele o motor Rolls Royce Marlin, do Spitfire, que tinha supercharger. O resto é História.
ResponderExcluirLorenzo Frigério,
ResponderExcluirnum post desse tipo, abrangente, muitos assuntos, não iria detalhar algo como isso.
Grato por lembrar desse fato.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu gosto tanto de aeronáutica que, em um período de 3 meses visitei 3 museus aeronáuticos. A dona patroa não aguentava mais ver avião, motor, hélice, etc.
ResponderExcluirJuvenal Jorge, recomendo fortemente a você, quando voltar à terra do Tio Sam, em Nova Iorque visitar o porta-aviões Intrepid, tratado pelos ianques como herói de guerra (P.S.: lá vi o meu avião favorito, SR-71 Blackbird e seu famoso carrinho/sistema de partida e a Enterprise - protótipo dos ônibus espaciais); e em Washington visitar o Smithsonian air-and-space museum (dentre outros, lá tem o avião original dos irmãos Wright e uma réplica aberta da sonda Apolo que levou os astronautas à lua).
Esses 2 passeios é coisa de ficar 1 dia em cada e vale muito a pena!