Di Grassi, em segundo, iguala Pace e Boesel em Le Mans
Audi e Toyota celebram no pódio de Le Mans 2014 (Audi Motorsport) |
Audi vence
24 Horas de Le Mans ultra disputada. Lucas Di Grassi termina em segundo, Toyota
e Porsche também lideraram prova que teve dia, noite, sol, chuva e mais de 260
mil espectadores no circuito. Renault Mégane bate recorde em Nürburgring
Em uma das
edições mais espetaculares dos últimos tempos, a 24 Horas de Le Mans deste ano foi marcada pela disputa acirrada entre Audi, Porsche e Toyota, marcas que
se alternaram na liderança da tradicional competição. Nada menos de 263.300
pessoas acompanharam a corrida em torno do circuito francês, maior número dos
últimos 20 anos segundo os organizadores. Veja o ambiente da largada e os
primeiros momentos da prova.
Graças a um excelente
trabalho de promoção e exploração das mídias sociais, cerca de 203 mil pessoas
descarregaram o aplicativo para acompanhar a competição via dispositivos móveis
enquanto o canal de TV via internet registrou quase 6 milhões de acessos
durante a transmissão que acompanhou os preparativos para a largada, as 24
horas de prova e a cerimônia de encerramento. Em poucas palavras, um trabalho
bem feito.
Segundo o Automobile Club de L'Ouest (ACO), promotor e proprietário da corrida, o retorno da
Porsche foi um apelo importante para esse resultado, apelo que deve continuar
firme para 2015 mesmo com os dois carros LMP1 de Stuttgart enfrentando
problemas mecânicos.Todas as principais equipes sofreram prejuízos na primeira
fase da prova e neste
vídeo é possível relembrar alguns deles, em especial quando caiu uma forte
chuva. Nele também se pode ver alguns dos problemas criados pelo grande número de
pilotos estreantes na prova, o que ocasionou algumas situações dramáticas. Mesmo
durante a noite a transmissão não foi interrompida e usou e abusou das câmeras
onboard, como a instalada
neste Audi.
Para os
brasileiros o fim de semana foi de emoção mista: se os torcedores de Bruno
Senna amargaram o abandono do piloto (problemas na assistência hidráulica de direção do Aston Martin Vantage) quando
uma vitória na classe GTE Pro mostrava-se um resultado provável, Lucas Di
Grassi melhorou seu resultado de 2013 — quando foi terceiro —, e levou junto
com Tom Kristensen e Marc Gené o Audi nº 1 ao segundo lugar na classificação geral. Com isso ele iguala os resultados
de José Carlos Pace (1973, Ferrari 312 P) e Raul Boesel (1991, Jaguar XJR-9) e
certamente voltará em 2015 com mais força, como ele mesmo explicou:
Di Grassi igualou os resultados de José Carlos Pace e Raul Boesel (Audi Motorsport( |
“Todos nós
ficamos preocupados com o estado do Löic (Duval) após seu acidente nos treinos livres de quarta-feira, mas felizmente ele está bem.
Eu progredi do terceiro para o segundo lugar e espero retornar muitas outras
vezes. Afinal, a cada ano eu aprendo algo novo graças ao Tom (Kristensen) e ao
Löic.”
As
declarações de Wolfgang Ulrich, o todo-poderoso e imponente diretor da Audi,
descrevem muito bem o trabalho da equipe de Ingolstadt:
“Após as
primeiras duas provas da temporada nós não eramos favoritos, sensação que nós
já vivemos antes. Tivemos que buscar soluções para disputar esta 24 Horas
parando o menor tempo possível nos boxes, evitar problemas, batidas e
incidentes. Acompanhar o ritmo do Toyota número 7 na fase inicial estava
muito difícil e era impossível se aproximar desse carro. O que decidiu a corrida
foi o fato de que Le Mans tem imprevistos para todos…”
Mais uma vez a Toyota andou bem, novamente não venceu (Toyota Motorsports) |
Se a Toyota
ainda manteve-se na disputa e terminou em terceiro lugar com o carro número 8 —
tripulado por Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Sébastien Buemi —, à Porsche
só restou completar a prova de maneira simbólica com o Porsche nº 14, que ficou
parado nos boxes durante praticamente a hora final e voltou à pista para
receber a bandeirada, mesmo não entrando na classificação final da prova.
Na volta a Le Mans, problemas para os Porsche 919 Hybrid LMP1 (Porsche Media) |
Na classe
LMP2, o trio Simon Dolan, Harry Tincknell e Oiver Turvey foi confirmado apenas
na quarta-feira — quando Marc Gené foi requisitado pela Audi para subsituir
Löic Duval no carro nº 1 —, e no primeiro terço da prova a situação não parecia
promissora para o Zytek Z11SN-Nissan, que pouco a pouco foi ganhando posições.
Os dinamarqueses Nicki Thiim, Kristian Poulsen e David Heinemeier Hansson
conseguiram uma vitória simbólica com um Aston Martin Vantage GTE. O resultado
foi dedicado ao compatriota Allan Simonsen, que sofreu acidente fatal na edição
de 2013. O hoje veterano Giancarlo Fisichella, ao lado de Toni Villander e
Gianmaria Bruni repetiram a vitória de 2011, desta vez ao volante do Ferrari
458 Italia, na categoria LM GTE Pro. Veja o resultado completo da prova.
Renault Mégane bate recorde no Nordschleife
O Mégane R.S. 275 Trophy-R em ação (Renault Media) |
Um Renault
Mégane, na inédita especificação R.S. 275 Trophy-R, estabeleceu um novo recorde do Nordschleife (anel norte) de Nürburgring para carros de tração dianteira produzidos em série ao
percorrer os 20,8 km desse mítico traçado alemão em 7’54”36. Baseado no cupê
francês, esta versão tem acabamento e especificação voltadas ao alto desempeho: coletor de escapamento Akrapovic em titânio, molas de suspensão fabricadas
em material compósito, amortecedores reguláveis Öhlins , pneus Michelin Pilot
Sport Cup 2, motor de 275 cv, bateria de íons de lítio, discos de freio de aço e alumínio com 350 mm de diâmetro e 28 mm de espessura e
bancos Recaro de policarbonato. Tudo isso permitiu aliviar o modelo que
originou esta versão em 101 kg. A volta desse recorde pode ser vista neste vídeo,
no qual chega a espantar a suavidade de condução do piloto Laurent Hurgon.
Hurgon aponta o recorde alcançado no fim de semana (Renault Media) |
A coluna "Conversa de pista" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
Impressionante como estava andando forte aquele Toyota #7. Quase 12 horas depois do inicio ele ainda estava lá. Uma pena que tenha dado problemas, estava torcendo bastante para o TS040.
ResponderExcluirE o Megane provando que pode se fazer ótimos esportivos com tração dianteira.
Ótimo post Wagner!
A Toyota está sendo acusada de usar asa traseira flexível, tem um monte de fotos pela internet mostrando o movimento da asa.
ResponderExcluirO Porsche não convenceu nem em confiabilidade nem em desempenho. No final deu Audi, sendo que o carro #1 sofreu com pane em um injetor (pouco mais de 3 minutos para trocar) e tanto o #1 quanto o #2 tiveram que trocar o turbo. Foi engraçado que o especialista que estava narrando começou a falar que o turbo era uma peça muito quente e demorava muito para esfriar, que eles deveriam perder bastante tempo. Fiquei pensando "sabe de nada inocente", toda tropa de mecânicos tem um x-man com mãos de amianto... eheh! Não deu nem 10 minutos o #2 estava de volta na pista. O #1 perdeu 17 minutos, o turbo deu pane bem longe do box.
Asa móvel.....Apelaram feio é ?
ExcluirPelo menos é o que o Mike Fuller, do Mulsanse's Corner, tá falando. Se a Audi e a Porsche não tão reclamando eles devem estar usando também!
ExcluirAsa flexível
ExcluirImprovável, já que antes da corrida a própria Toyota (juntamente com Audi) esteve questionando se a parte traseira dos Porsche estava dentro do regulamento quanto à flexibilidade. No máximo fez igual a da Porsche ao saber que não estava irregular.
Mike Fuller e Sam Collins fizeram toda uma análise sobra asa móvel da Toyota.
ExcluirLink: http://www.mulsannescorner.com/RCELeMans2014.html
Como diria o Sílvio Santos: Muito bem bolado!
ExcluirMas não deixa de ser ilegal.
ExcluirAparentemente a TMG (TTE) não consegue ser competitiva sem extrapolar as regras.
Aos 5.13 da volta e uns 6.20 do vídeo o piloto do Renault quase perde totalmente o controle do carro. Barulho demais , parece válvula de alívio de Turbo soprando diretamente para a atmosfera. Pode isso em carro emplacável ?
ResponderExcluirVamos ver, o Seat Leon Cupra 280 virou antes 7:58
Excluir-Câmbio manual
-Pacote Performance que significa 15 cv mais que a versão normal de 26 5cv, com pressão de turbo 1,1 bar e vazão máxima de 765000 l/s, rodas de 19", freio Brembo, semi-slick Michelin Sport Cup 2 e blocante eletro-hidráulico de até 1600 Nm de torque, que consegue jogar até 100% do torque numa roda só. A volta foi feita num carro pré-série todo camuflado.
O Renault Mégane R.S. 275 Trophy-R é uma edição limitada em 250 carros dos 100 kg a menos que a versão sem o R de 1387 kg, 45 Kg economizaram nos bancos de policarbonato dianteiros e removendo o banco traseiro, ou seja, é um 2 lugares. Como na versão sem o R o escapamento é de titânio, o motor de 273 cv e o blocante mecânico (não sei mais detalhes). O pacote de freio é Brembo (como o Seat) e os pneus são exatamente os mesmos utilizados pelo Seat.