Há poucos dias começou a circular pelo mundo a notícia de que a japonesa Mazda, única fabricante que produz um veículo com motor Wankel, o cupê esportivo RX8, tirará o modelo de linha no fim do ano, em definitivo. Para quem, como eu, é autoentusiasta, uma notícia muito triste. É o fim de um ciclo de quase 50 anos em que um motor fora do convencional por não ter peças móveis de movimento recíproco, só rotativas, foi o astro.
O primeiro carro do mundo com motor rotativo foi o NSU Spider, apresentado no Salão de Frankfurt de 1964. Mas a NSU não ficaria sozinha muito tempo, três anos depois a Mazda lançava o Cosmo. Também em 1967 a NSU apresentava outro modelo com motor Wankel, o Ro80, um sedã de porte grande que foi produzido até 1977.
A primeira vez que dirigi um carro com esse motor foi em 1974, em Los Angeles. Uma família amiga tinha um em casa, um RX2, 105 cv. Gostei, o motor era muito suave e girador, mas tinha pouca potência em baixa rotação que me lembrou os DKW mexidos para andar na rua. Anos mais tarde, em 1992, quando eu estava na Quatro Rodas, guiei um RX7 de teste, já era outra história. Tinha 250 cv e como andava!
O Mazda 787B foi o único carro japonês que venceu a 24 horas de Le Mans, em 1991. Na década anterior a Daimler-Benz fez diversos estudos de um GT com motor Wankel, o C111, que chegou a ter motor de quatro rotores e mais de 300 cv..Mas nunca entrou em produção.
Mas nem tudo foi flores para o motor Wankel, tanto nos Mazda quanto nos NSU. Havia problema sérios de durabilidade e sempre consumiram muito combustível. Para se ter uma idéia, enquanto um Jetta 2.0 turbo de 211 cv roda em média 13 km com 1 litro de gasolina, o RX8 de 212 cv fica em 9,7 km/l. E consumo, como se sabe, está intimamente relacionado às emissões de CO2, para muita gente o inimigo público n° 1 do mundo.
O curioso no Wankel é não haver válvulas para controle de admissão e escapamento, mas janelas na carcaça do rotor que abrem e fecham pelo próprio movimento deste, como nos motores de dois tempos.
Como os motores de dois tempos, que saíram de cena para sempre por não haver como controlar suas emissões de óxidos de nitrogênio devido às altas temperaturaa de câmara de combustão, o Wankel sai das ruas e entra para a História por consumir muito combustível.
Mas se depender de Kiyoshi Fujiwara, executivo-chefe de planejamento de produto e trens de força da Mazda, o desenvolvimento do motor rotativo continua e, quem sabe, se tenha a volta do motor de Felix Wankel.
Mas este motor merece um post amplo e detalhado. Cuidaremos disso.
BS
Mais uma vez os economistas tentam tornar o mundo mais chato.
ResponderExcluirO que virá depois?
Porsche e Subaru anunciarem o fim de seus motores boxer?
É a seleção natural de Darwin em ação.
ResponderExcluirMotores com características desfavoráveis tem menos chance de serem reproduzidos e acabam não sobrevivendo.
Já os motores com características favoráveis são repassados às futuras gerações.
Mas não se preocupem, só porque ele não será mais produzido não significa que ele não será usado novamente no futuro.
O importante agora é tratar de manter esses RX7 muito bem cuidados.
eu costumo brincar dizendo que esse é um motor 3 tempos.. haha
ResponderExcluirSe a preocupação é com o consumo, esqueçam. Confio plenamente na atual engenharia em resolver a questão. O motor Wankel não vai morrer.
ResponderExcluirCertamente essa decisão foi forçada pela atual grave crise econômica que eles atravessam, mas também é certo que eles (Mazda) não vão simplesmente jogar fora tantos anos de pesquisa e desenvolvimento, já que foram os únicos capazes de tornar esse motor comercialmente viável, tendo feito muito sucesso por décadas. Ao contrário dos demais que tentaram, mas sequer conseguiram resolver a questão da pouca durabilidade.
ResponderExcluirDarwin o caramba!
ResponderExcluirÉ a profetização do filme Idiocracy, quem não viu, é uma boa pedida.
Os imbecis vão vencer.
Uma pena, um motor altamente interessante, compacto e eficiente, perdendo lugar para os "normais".
ResponderExcluirDepois lemos discursos de executivos falando em inovação, fala sério! Abraço.
O Audi A1 E-Tron parece que terá um Wankel para alimentar as baterias.
ResponderExcluirHow Audi Hybrids Could Keep the Wankel Rotary Alive
http://www.caranddriver.com/features/11q2/how_audi_hybrids_could_keep_the_wankel_rotary_alive-tech_dept
Vejo a matéria de alta emissão de hidrocarbonetos via Controlar: será que o catalisador consegue neutralizar a elevada emissão de gases não queimados? E qual a durabilidade do componente?
ResponderExcluirluiz borgmann
"Motores com características desfavoráveis tem menos chance de serem reproduzidos e acabam não sobrevivendo."
ResponderExcluirEntão me explica pq o Motor ELKO morreu.
Pra quem não conhece vale apena pesquisar.
http://www.tudosobreplantas.com.br/blog/index.php/2011/04/27/motor-elko-materia-na-4-rodas-agosto-1987/
Gostei da reportagem. Assim fui no Google ver e recordar do NSU R080, um dos carros mais bonitos que já vi. Só o conheço através de fotos, mas acho o carro muito estiloso.
ResponderExcluirQuanto ao motores Wankel e Elko, provavelmente se esgotaram, pelo menos até o momento, de todas as possibilidades técnicas de torná-los econômicos e/ou confiáveis.
Não acredito que o motor Boxer irá desaparecer. O Boxer a ar já deu seu adeus, e foi uma pena, mas os refrigerados a água dos Porsche e Subaru continuarão a existir.
Por falar em motor refrigerado a ar, bem que a VW ou outra indústria investisse para torná-los mais econômicos e menos poluentes e os trouxessem novamente
para nossas rodovias e cidades.
Eu sinto falta.
Duvido que o meninos de ouro da Mazda caia em limbo mecânico !
ResponderExcluirAposto R$100,00 que vai vir coisa melhor !
Quem entra na aposta ?
Na verdade, as janelas de admissao e escapamento estao no bloco, nao no rotor.
ResponderExcluirAposto e espero que retorne no RX-9, mais esportivo que o RX-8 e seguindo o caminho do RX-7, inclusive com a substituição da vela pelo laser.
ResponderExcluirEstou orando!
Bob, Não achei o consumo tão ruin nesta última geração dos Wankel Mazda, considerando que não tem Turbo e injeção direta como nos VW/Audi.
ResponderExcluirA Mazda, apesar de nem figurar entre os maiores fabricantes nipônicos, é digna de muito respeito. Além de ser a única do mundo a ser bem sucedida no desenvolvimento do motor rotativo, anunciou em 2010 a técnica Skyactiv, que permite motores à gasolina com taxas de compressão sem precedentes, de até 14:1. Isso é que é R&D.
ResponderExcluirAguardo, ou aguardamos, o post completo sobre os motores Wankel. Por hora, ótimo artigo Bob.
ResponderExcluirRenan Veronezzi
Lá se foram os 2 tempos, agora wankel, a tração traseira em carros acessíveis... Daqui uns dias, nosso amado Otto nos deixará para ser substituído por motores de liquidificador.
ResponderExcluirComo muda este mundo minha gente.
GiovanniF
Bob,
ResponderExcluirA potência do Jetta turbo não seria 200cv?
Motor Wankel, lembro do super trunfo que tinha um carro com motor wankel, a foto parecia de uma nave espacial, a imaginação ía looonge rsrsrs... Vou achar o joguinho e depois posto qual era o carro, algo experimental da época, muito provavelmente.
E depois do famigerado Velozes e Furiosos, qual autoentusiasta não ficou louco de vontade de andar num RX7. Ao menos pra mim, foi a primeira vez que ouvi aquele ronco diferente que cresce de forma empolgante com a "subida de giro".
Abs
Seria uma pena mas não creio em seu fim definitivo, não. A própria Mazda estudou o uso de um Renesis queimando hidrogênio (e que também aceitava gasolina). Além disso, com a onda de elétricos com gerador embarcado, como o Volt, creio que Wankels possam ganhar um novo uso, graças ao seu formato compacto e peso contido.
ResponderExcluirPelo que já vi de patentes registradas para Wankel pela Mazda, fala-se de injeção direta (o que significaria que a janela de admissão apenas captaria ar), fora que se fala de uma geração novíssima desses propulsores para substituir a atual, com a cilindrada crescendo em 0,3 l (talvez para jogar mais torque em baixa). Vale lembrar que o atual Wankel do RX-8 é da veterana família 13B. O tal motor seria o 16X apresentado no conceito Taiki.
ResponderExcluirPara pararaem de falar tanto de poluição, fala-se também de conciliar o Wankel com propulsão híbrida.
Não me parece que a Mazda, sempre tão afeita a coisas estranhas para motores (Wankel, Miller, diesel com taxa de compressão de 14:1 e potência e torque tão bons ou melhores que os dos melhores diesel de taxa de compressão alta) iria perder a mão de algo que ela aperfeiçoou por mais de quatro décadas e montou nos mais diferentes veículos que se possa imaginar (até mesmo nos mais inadequados, como micro-ônibus e em carroceria de Holden HJ/HX).
Fora isso, que ninguém se esqueça que Wankel é mais adequado ao hidrogênio do que Otto, uma vez que forma câmaras de combustão separadas e, por isso, não permite contato de material queimado com aquele que virá a ser.
Sobre consumo, não esqueçamos que 13B do RX-8 estava mais ou menos no mesmo nível de seus concorrentes, o que é um bom sinal. Não me surpreenderia se o tal 16X, ainda mais por ser projetado do zero, vá levar as coisas a outro nível, principalmente por causa da injeção direta e possivelmente maior torque em baixa (o que ajuda a evitar que se use muito o recurso de WOT, "Wide Open Throttle", que qualquer um sabe que dá um sinal para a central eletrônica meter bonito o pé na jaca).
Luiz AG falou corretamente...
ResponderExcluirIdiocracy realmente prevê o futuro!
Assistam também o documentário da BBC entitulado "The Great Global Warming Swindle", onde ciêntistas explicam como o dinheiro move todo esse movimento, e como é basicamente IMPOSSÍVEL que o co², ainda mais o gerado pelo humano, causar aquicimento em todo o planeta.
Quando penso nisso, imagina como seria possível que o planeta, que se formou como uma bola de fogo, pode ter se tornado o que é hoje... A vida seria impossível...
Conheci um sujeito que corria de fusca "pinico atômico" e tinha um Rx "alguma coisa" com esse motor.
ResponderExcluirEle comentava que era um carro incrível!
Mister Fórmula Finesse
Nunca vi reclamarem realmente do consumo de um carro esportivo. Tá certo que um 911 Turbo atual tem uma autonomia praticamente igual ao do RX-8 e entrega 500 HP, mas aí já é outra história... Há relatos de Gol 1.0 gastando mais que Ferrari, hehe.
ResponderExcluirÉ verdade. Lembro que o Piquet falou: Eu tenho uma BMW 325i, um Mazda RX7 e um Fusca aspirado 3.0 que depois virou 2,65 turbo.
ResponderExcluirO único problema dos wankel modernos não é o consumo é sim a poluição que a Mazda ainda não resolveu e não consegui se adequar as normas mundiais, e se não me engano o prazo de adequação é em 2012/2014.
ResponderExcluirMas creio eu isso é mole hoje em dia.
Motor Wankel me lembra de uma das muitas aulas do mestre ANDRE DANTAS e sua bíblia de motores, carregada debaixo do braço, num dos NewsBeachContros que fazíamos aqui na praia. Sem desmerecer o Bob, sugiro que o André participe ou seja autor de um bom post dedicado ao Wankel, com detallhes técnicos e muitas curiosidades dos bastidores da engenharia pois o tema merece.
ResponderExcluirDr. Elio Filho
ResponderExcluirTambém pensei no André Dantas para escrever a respeito do motor Wankel. Do grupo é quem mais tem condições para um belo post a respeito.
Vai ser uma pena mesmo se o motor Wankel passar para história. Principalmente porque foi a Mazda quem ralou um bocado para desenvolver um bom material para os vedadores das pontas do rotor, o maior problema de durabilidade dos Wankel. Não tenho informações precisas, mas pelo que li, atualmente esses motores têm durabilidade razoável.
ResponderExcluirE outra: quem compra um RX-8 não está preocupado com consumo. O mesmo serve para os supercarros V12, que bebem gasolina aos borbotões. Essa mania ecobesta já deu o que tinha que dar. Passou da hora do pessoal acordar para os poluidores em potencial e parar de sacrificar os automóveis.
A questão da durabilidade já havia sido resolvida na década de 80. Os atuais podem até durar mais que os motores a pistão, já que o rotor gira três vezes mais lento que o eixo do motor. Por exemplo, quando se está a 6000rpm, o rotor está girando a apenas 2000rpm.
ResponderExcluirO motor Elko ainda existe, na forma de um kit de conversão, e inclusive a empresa tem representantes no Brasil: http://www.elsbett.com/br/quem-somos/introducao.html
ResponderExcluirA questão é que hoje ela vende um kit para conversão de motores diesel para rodar com qualquer óleo. E, como sabemos, motores diesel no Brasil não são permitidos para carros pequenos, pois não somos autossuficientes em petróleo. Portanto o mercado fica restrito a grandes máquinas de mineração ou agronegócio.
Lembro de ter lido uma vez uma reportagem sobre uma motocicleta Norton com motor Wankel. Era da polícia inglesa, e o piloto colocou uma moeda em pé sobre o tanque de combustível, acelerando a 12.000 rpm na sequência, e a moedinha nem se mexeu... O fato de somente girar sem o sobe-e-desce das bielas o torna extremamente suave. Belo motor, tomara que volte algum dia.
ResponderExcluirInfelizmente já era esperada essa atitude da Mazda, pois como disseram, é a seleção natural aplicada ao ramo automobilístico, assim como a VW fez com os saudosos boxer refrigerados a ar em 2005 por não atenderem as normas de controle da poluição, ou consumo de combustível.
ResponderExcluirAlexandre VmL, não esqueça que no caso da Mazda, eles tem bom motores e muita tecnologia também nos seus ciclo otto de 3 a 6 cilindros, seus wankel são só para a linhagem dos RXs atualmente. Já no caso da VW o boxer deixou de existir pela dinâmica que os carros estavam tendo e mantiveram até hoje e pela posição antiquada dos boxer agarrado atras do eixo traseiro que não ajudava em outras situações corriqueiras que em que as pessoas simples podiam passar, sobre o consumo do boxer é bem baixo, já a poluição, é fácil de contornar e evoluir, como acontece com o fabuloso Porsche 911 e as lindas Harley Davidson em que o Porsche "ajudaram" a tirar do buraco.
ResponderExcluirAté logo.
Uma pena, o carro ganhou a categoria gt da grand am americana em 2010, batendo porsche, corvette, bmw, camaro.
ResponderExcluirEm 1991 a Mazda com motor rotativo venceu as 24 Horas de Le Mans, debaixo de chuva. foi a única vitória de fabricante japonês e de motor rotativo na prova. No ano seguinte proibiram motores rotativos na prova
Muito estranho..! O motor é tão confiável que uma empresa na suiça os vende para montagem em pequenos aviões. Se ele é tão "gastão" assim, como usam em aviões??
ResponderExcluirhttp://www.mistral-engines.com/Company/About-us
Isso me fez lembrar o motor Elko, o tal "multicombustível"
ResponderExcluirNunca mais ouvi falar sobre esse motor, e seria interessante ele surgir nesse momento.
Quanto ao Wankel, espero que venha com melhorias pois ele ainda é usado em competições como o GrandAm, endurance norte americano.
Abs
Kiko Molinari - Carros Raros BR
Uma das vantagens principais do motor Wankel era a economia de peso e de espaço. Com os carros cada vez maiores e mais pesados, economizar peso e tamanho do motor deixa de ser uma virtude...
ResponderExcluirÉ como os motores refrigerados a ar, eram uma grande vantagem na década de 1930 devido à robustez e ao fato de não congelarem no inverno europeu. Porém, com o surgimento de uma melhor infra-estrutura e de anticongelantes para o radiador, essas vantagens tornaram-se irrelevantes.
ResponderExcluirAnônimo das 09:33, uma coisa é comparar motores da mesma "família", tecnologicamente diferentes. Um motor a ar tem tantas peças quanto um a água, excetuando a parte de refrigeração. Mas tem cilindros, camisas, bielas.. enfim... O "assassinato" do Wankel é diferente.. é um motor com apenas 3 partes móveis! Imagina fazer a manutenção num motor desses? Infinitamente mais simples que em um motor de pistão. Mas aí como ficariam as empresas de autopeças não é mesmo? Para mim existe é um grande interesse em que essa tecnologia morra. Como já citei nos comentários lá em cima, o motor é usado até em aeronave! Creio que investimentos na evolução desse motor seria muito mais vantajoso do que simplesmente aposentá-lo.
ResponderExcluirE, fazendo-se uma análise de ciclo de vida de produção de um motor convencional X motor rotativo, tenho certeza de que as emissões economizadas na cadeia produtiva de um motor Wankel compensaria, e muito, o aumento das emissões do próprio motor. A análise de ciclo de vida de um produto, principalmente em termos de emissão de gases, conta o que é emitido durante toda a produção e transporte. Agora imaginem: Produzir dezenas de partes móveis de um motor de 6 cilindros X produzir um motor com 2 ou 3 rotores, ou até mesmo 1 rotor. Quem será que sairia ganhando nessa conta de emissão de gases??
Enfim, vida longa em quem ainda acredita nessa tecnologia!
ao Kantynho
ResponderExcluirNão quis dizer que o fim dos motores refrigerados a ar é a mesma coisa que o fim dos motores Wankel.
O que quis dizer é que as vantagens dos motores Wankel praticamente desapareceram, devido ao aumento de peso e de tamanho dos carros.
Como a própria Mazda descobriu, os motores Wankel só são vantajosos em carros pequenos, onde o peso do motor é o principal contribuinte para o peso total do veículo. Mas isso não acontece mais, os carros estão obesos, pesados demais. Logo, não há vantagem em economizar peso e tamanho no motor.
Pena que a Mazda nunca produziu motocicletas. Eu creio que em uma motocicleta reduzir tamanho e peso ainda seja vantajoso, daí usar o motor Wankel.
ao Vitor,
ResponderExcluirNa prática o Wankel é um motor de um tempo só, pois todas as fases de um motor (admissão, compressão, explosão e exaustão) acontecem ao mesmo tempo. Daí o motor ser mais compacto, já que há uma explosão a cada 1/3 do giro, e não a cada 2 giros como no motor tradicional.
Se eu estiver errado, me corrijam.
Pode até ser que, do ponto de vista de economia de peso ou algum outro detalhe o motor não seja vantajoso para a Mazda, MAS... imagine em escala global o quanto se economizaria em matéria prima se todos os carros utilizassem esse tipo de tecnologia. Como citei anteriormente, o ganho em emissões seria simplesmente enorme, mesmo que o motor poluísse mais. E o ganho em nosso bolso também, claro. O grande problema dessa tecnologia é ainda ser patenteada. Se liberassem a patente o avanço tecnológico ocorreria em escala meteórica!
ResponderExcluirEsse motor nunca se mostrou viável economicamente, sempre se mostrou muito problemático pra uso comum, ntão não tem nada de estranho. Durou até muito.
ResponderExcluirAnônimo 18:48,
ResponderExcluirA Mazda pode não ter produzido motos com motor Wankel, mas a Suzuki o fez: no Salão de Tóquio de 1973, ela lançou o modelo RE5 (monorrotor, 497 cm³, 62 cv), que chegou a ter cerca de sete mil unidades fabricadas. E a alemã Hercules também tentou, com o modelo W2000 sendo produzido de 1974 a 1977. Este artigo (em inglês) conta a estória.
Talvez esse motor não economize tanto peso nas motocicletas, pois ele esquenta demais e isso obriga as motocicletas a serem refrigeradas à água (só motos grandes e pesadas são refrigeradas à água, motos pequenas e scooter são refrigeradas à ar).
ResponderExcluirUma vez, não sei aonde, vi uma motosserra com motor rotativo, se não me engano foi num vídeo explicativo. A motosserra não tremia, e era leve e fácil de manusear. O carinha cortava um tronco de árvore com essa motosserra igual cortava uma laranja com uma faca, sem resistência, sem tremores, sem nada.
Tive oportunidade de trabalhar com alguns engenheiros da Mazda. Conversamos sobre carros, é obvio, e é incrivel o orgulho que eles tem do motor wankel.
ResponderExcluirFiz questao absoluta de enfatizar a admiração que tenho pelos RX. É uma solução incrivel de engenharia, e seria uma pena nao existirem mais.
Mas ainda creio que a Mazda nao vai matar sua marca registrada no mundo do automovel.