google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 MAITC - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

MAITC

Fotos: MAITC e encontromairipa.blogspot.com
No começo da década de 90 eu era um adolescente um tanto indisciplinado, que largava os livros de cadernos para correr atrás de tudo o que envolvesse mecânica. Bicicletas, máquinas de costura, patinetes motorizados, cortadores de grama, mobiletes, motocicletas e automóveis, tudo era desculpa para matar aula e enrolar a lição de casa e horas de estudo que antecediam a época de provas.

Meus pais trabalhavam fora de casa e não tinham condições de me acompanhar nessas atividades extra-curriculares. Também temiam muito pelo meu futuro, tinham medo que eu largasse os estudos de vez ou acabasse me envolvendo com coisas erradas (receio comum a todo pai de adolescente). Mas logo encontraram a solução: me matricularam em um colégio interno.

Fui matriculado no Instituto Mairiporã, uma instituição de ensino licalizada na mesma cidade, fundada em 1963 pelo advogado e empresário Thomaz Melo Cruz. Eu ficava "internado" de segunda a sexta-feira, voltando a São Bernardo do Campo apenas nos fins de semana. Felizmente guardo boas lembranças deste lugar agradabilíssimo, onde vivi uma realidade bem distinta do "Ateneu" de Raul Pompéia.

O que os meus pais não sabiam é que o Dr. Thomaz era um entusiasta de primeira: no último andar do prédio onde assistíamos as aulas havia um salão que ficava sempre trancado, mas suas largas janelas permitiam observar uma grande coleção de automóveis de todas as épocas. Havia também enormes motores de combustão interna espalhados pelos cantos da escola e bem no alto do morro ele guardava trens e até mesmo aviões(!), para surpresa e encanto deste que vos escreve.

Mal sabia eu que tudo aquilo um dia seria exposto no MAITC (Museu de Arqueologia Industrial Thomaz Cruz), fundado em 2006 e localizado nas dependências do Instituto Mairiporã, onde antes eram guardados os trens. Fui criado com o nobre objetivo de proteger o patrimônio industrial e interpretar a evolução tecnológica da indústria, incentivando a pesquisa e valorização desses importantes maquinários.

Para quem gosta do assunto, vale a visita: o MAITC fica na Avenida Dr. Thomaz Rodrigues da Cruz, 1113, em Mairiporã. O valor do ingresso individual é de R$ 5 (50% de desconto para estudantes), e é necessário agendar previamente a visita pelo telefone (11) 4604-2999.

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8 comentários :

  1. Meus pais, coitados, também temeram pelo meu futuro. O diálogo clássico era:

    "Sai debaixo desse carro e vai estudar, meu filho!!!"
    "Já vou, mãe! Assim que funcionar!!!"

    Desnecessário dizer que hoje trabalho com carros em tempo integral.

    Mas voltando ao tema do post, existe algum tipo de guia no museu, alguma ordem de visita ou a gente pode sair perambulando à vontade vendo o que mais chama atenção? Fotos são permitidas?

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  2. Que maravilha de post! Eu não tinha o problema de largar os livros para me lambuzar de graxa (sempre gostei muito de leitura), mas também vivia enfiado onde quer que houvesse mecânica envolvida. Aliás, mesmo quando criança, ou estava mexendo na bicicleta ou então lendo alguma coisa... Graças a isso que, lá pelos meus 10/11 anos, um rapaz que morava na rua de casa me chamava para ajudá-lo em suas peripécias mecânicas. Até hoje somos grandes amigos.

    Valeu pela dica do museu, não sabia da existência dele (mais uma prova de que nesta terrinha ninguém valoriza sua história...)

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  3. Bitu, a foto que abre o post, é de uma turbina a vapor?

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  4. Opa!

    Endereço anotado, B2! Assim que der, farei uma visita ao local! :)

    Bom saber destes "cantos perdidos". Quase não há propaganda/informação sobre este tipo de local no .br... :(

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  5. Legal saber que ainda existe alguma esperança de museus como este por aqui, vai pra lista e é atrativo por ser bem mais barato que o museu da TAM (que espero conhecer em breve)

    Obrigado Felipe !

    Ah, no penúltimo parágrafo, tem um pequeno erro:

    "Fui criado", eu acho que seria "Foi criado" ali, certo ?

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  6. honre o posto pois pois para quem gosta de maquinas é a nata do bolo de chocolate que já é bom, parabens. eduardo costa

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  7. Felipe Bitu,

    Você sabe me dizer quantos tipos de Ford mod. A existem?

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  8. Bitu
    Boa, tô nessa! Assim que der, levo minha pequena para dar um belo passeio dominical nas dependências deste museu.

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