Há muitos anos, um grande amigo me telefonou dizendo que ia correr na Mil Milhas numa equipe da fábrica em que trabalhava. Parabenizei-o bastante pelo entusiasmo que demonstrou e disse-lhe para ficar atento ao aperto de roda, pois muitas vezes a empolgação dos mecânicos da oficina da fábrica, num ambiente novo para eles, se esquecem de apertar as rodas. "O que é isso, Bob? Claro que isso não vai acontecer, mas obrigado assim mesmo pelo conselho", comentou o amigo, que pelo tom de voz pareceu-me um tanto indignado com a recomendação.
Passados uns dias, telefonou-me. Contou que no primeiro treino saiu do box e na Curva 2, no traçado original de Interlagos, e a roda dianteira esquerda se foi! Entrou no retão controlando o carro sem problema, pois era a roda interna, mas já na reta foi a vez da roda dianteira direita ir embora...Claro, sem maiores consequências que o feio e raspado visual sob o carro.
Chamo isso de "Síndrome da campainha do almoço", em que na oficina o mecânico coloca as rodas, encosta os parafusos, quando toca a campainha ou sirene avisando que é hora do almoço. Ele interrompe o que estava fazendo e vai almoçar. Na volta, se esquece de dar o aperto devido. Pronto, mais uma roda que irá se soltar.
Quando na Quatro Rodas, eu estava testando uma perua Renault 21 Nevada TXE no campo de provas da Freios Varga, hoje TRW, em Limeira, e senti uma vibração no carro que não notei no trajeto desde São Paulo. "Parafuso de roda frouxo", pensei logo. Parei o carro e, confirmado. Giravam com a mão. Provavelmente soou a campainha...
É desnecessário falar da importância do aperto dos parafusos de roda, mas é algo com que toda oficina e todo proprietário deve se preocupar sem poupar atenção.
O aperto de qualquer parafuso ou porca deve obedecer ao torque de aperto correto. O das rodas geralmente vai de 8 a 12 kgf·m. Cada carro tem seu aperto informado no manual do proprietário. Em caso de dúvida, convém entrar em contato com o fabricante do veículo pelo SAC, o manual ou site indicam como fazê-lo.
Em geral aperta-se demais, seja com a chave em "L " que vem no carro, seja com as chaves em cruz normalmente usadas nas oficinas e borracharias.
Para se ter uma ideia do aperto, tipo 8 kgf·m, se o cabo da chave em "L" for de 20 cm (ou 0,2 m), para chegar a esse torque faz-se uma força de 40 kg na extremidade do cabo (8 / 0,2 = 40). Com uma chave em cruz de comprimento de cabos 15 cm cada um, a força aplicada em cada extremidade, uma contrária à outra, será de 13,3 kg (8 / 0,3 / 2 = 26,6).
A prática ensina a julgarmos a força aplicada, mas não existe nada melhor e mais seguro do que usar um torquímetro para torquear parafuso de roda ou qualquer outro.
Torquímetro tipo de estalo |
Na foto acima, um torquímetro de estalo, assim chamado porque, ao ser atingido o torque pré-ajustado na ferramenta, ela "quebra", ouve-se um estalo característico. O ideal, nem sempre possível, é encostar os parafusos ou porca com ligeiro aperto à mão e depois usar o torquímetro para o aperto correto.
Rodas de alumínio novas requerem reaperto após 500 quilômetros, pois o material cede e o torque de aperto diminui.
Lembro como se fosse hoje, Copa Brasil em Interlagos, 1970. Veio uma equipe japonesa com um Datsun 240Z (hoje a marca é Nissan), equipe completa com pilotos e mecânicos. Eu estava na largada, em meio aos carros, quando vi, e quem estava perto também, um mecânico com macacão branco imaculadamente limpo checar o aperto de rodas com um torquímetro de estalo. Eu nunca havia visto isso e acho que ninguém tambem não, e foi uma lição.
O mesmo procedimento vale para o aperto com parafusadeiras pneumáticas ou elétrica usadas em muitas oficinas e centros automobilísticos. Caso não tenham ajuste de torque na própria ferramenta, encostar com pouco torque ou rapidamente e depois torquear. Devido ao grande torque de que essas ferramentas são capazes, se o mecânico não for atento poderá resultar torque excessivo, prejudicial em todos os aspectos, inclusive dificuldade para remover os parafusos em caso de troca de roda por furo de pneu com a chave de roda do carro, por exemplo.
Quando eu tinha concessionária Volkswagen, no Rio de Janeiro, a maior parte das reclamações de freio trepidando em Fusca era resolvida soltando os parafusos de roda e reapertando com torquímetro. O aperto desigual deformava os tambores de freio de então.
Os regulamentos técnicos da Federação Internacional do Automóvel (FIA) autorizam o piloto/concorrente a usar a fixação por prisioneiro e porca em vez de parafuso, que resulta bem mais fácil encaixar a roda no cubo e também poupa cubos e tambores de desgaste da rosca devido ao coloca e tira constante de rodas nos carros de corrida. Na Volkswagen, tínhamos prisioneiros de dois comprimentos, 48,5 mm e 52,5 mm, e porcas R-12, para venda a pilotos e preparadores.
Prisioneiros e porcas substituem com vantagem os parafusos |
Acho que todos já viram as incríveis trocas de rodas completas nas corridas de Fórmula 1. A roda é fixada centralmente por uma grande porca, com elevado torque, da ordem de 30 kgf·m. Esse modo de fixar roda foi antecedido pela porca-borboleta usada a partir dos anos 1930, que era apertada e solta por golpes com marreta de bronze.
A porca-borboleta apenas fixa a roda. O torque do motor é transmitido pelos pinos |
A porca apenas fixa a roda o cubo, sendo o torque do motor transmitido pelos pinos. Nos carros mais antigos roda e ponta de eixo eram estriados para garantir a transmissão de torque.
Roda raiada típica com o cubo estriado |
Uma curiosidade que muitos, principalmente os mais jovens, talvez não conheçam é que coisa de até 30 ou 40 anos atrás muitos carros tinham porcas com rosca normal, direita, no lado esquerdo, e com rosca esquerda no lado direito. Um desses era o Dodge Dart. Acreditava-se que o próprio sentido de marcha contribuía para manter as porcas ou parafusos apertados. Mas hoje com assentos cônicos ou com raio nos parafusos ou porcas essa especificação se tornou desnecessária.
Nas porcas-borboleta havia indicação do sentido para apertar (Do) e desapertar (Undo), com a devida seta.
Nas porcas-borboleta havia indicação do sentido para apertar (Do) e desapertar (Undo), com a devida seta.
Quando o Citroën DS 19 foi lançado no Salão de Paris de 1955, o mundo automobilístico ficou perplexo com os avanços do carro, considerando-o 20 anos adiante do tempo. Uma de suas características era a fixação central de roda.
Transeixo do Citroën DS 19, que era dianteiro, notando-as a porca central para fixar a roda. Os freios a disco e internos foram outra primazia do modelo |
BS
Fotos: www.jabbasport.com, www,dtvb.ibilce.unesp.br, www.tratorgana.com.br, www.racershop.com, blog.evasivemotorsports.com, www.dubcobre.com, www.englishparts.com, www.autospeed.com.
(Atualizado às 09:45, correção do modelo de perua Renault)
(Atualizado em 15/12/10 às 20:00, correção do sentido de aperto das porcas de roda lados direito e esquerdo)
(Atualizado em 2/10/11 às 23:50, correção do sentido de aperto das porcas de roda lados direito e esquerdo, conforme escrito originalmente)
Renaul 21 Break, não?
ResponderExcluirLeonardo
ResponderExcluirObrigado pelo toque. Chequei e era a Renault 21 Nevada TXE, 2,2 litros, 116 cv a 5.500 rpm, e não a Renault 19 perua (Break, em francês). Vou atualizar o texto.
Mr. bob, diante da mais vasta turba de gambiarras no que diz repeito à realidade do uso de rodas, parafusos, prisioneiros e pneus, apesar de correto, infelizmente seu post está tão avançado quanto o DS em 55. A regra (no atual estao de exceção) é entortar prisioneiros, refurar cubos, ignorar off set de rodas, misturar metais sem cuidado; enfim, é investir em uma série de providências que colaboram para que a roda salte olimpicamente do eixo.
ResponderExcluirViajei nesse freio interno. Isso seria pra diminuir a massa não suspensa ou tem outros benefícios?
ResponderExcluirSacco
ResponderExcluirO quê? Entortam prisioneiros? Como pode?
Gulherme Costa,
ResponderExcluirO objetivo maior é reduzir massa não suspensa, mas há também o caso, que não sei se foi o do DS 19, de freios maiores que não caberiam nas rodas. Esse, aliás, é o principal motivo de haver as rodas gigantescas em diâmetro hoje, alojar discos e pinças superdimensionados.
Bob,
ResponderExcluirÓtimo post. Mas parece utopia diante do que vemos nas ruas todos os dias.
Por exemplo, carros com furação de roda 4 x 100 mm (VW e GM em sua maioria) usando rodas 4 x 98 mm (Fiat) ou vice-versa. Sem falar na ignorância quanto do diâmetro do cubo: Chevette e Gol, por exemplo, diferem nessa medida e, embora ambos usem 4 x 100 mm, a roda de um não fica bem apoiada no cubo de outro (não lembro agora qual tem cubo maior) ou surge dificuldade para instalar.
Off-set, então, parece assunto para o mecânico da Datsun citado. O que se vê de roda mais para dentro ou para fora que as originais!
E depois se estranha quando o carro fica diferente no comportamento, quando os rolamentos se estragam ou quando uma roda sai pela tangente...
FS
Simples (e estúpido): uma roda tem 100mm de diâmetro entre os orifícios dos parafusos/prisioneiros e o cubo do carro tem 115mm. Encaixa-se a roda e as porcas no começo do curso e as forçam uma a uma até que os prisioneiros cedam e entortem para se adequar ao diâmetro menor da roda. Isso é muito comum entre jeeps, carros antigos e nos principais meios de transporte no interior do Norte e Nordeste - onde não existe transporte por ônibus em favorecimento de transporte por caminhonetes, o quê potencializa as quebras por fadiga, seja pela exigência de torque nas trilhas, seja por fissuras de peças antigas, seja pelo frequente sobrepêso que as pickups (e não são poucas) costumam carregar.
ResponderExcluirConfesso que não verifico regularmente o aperto das rodas .. e olha que eu calibro os pneus semanalmente ... nós somente lembramos do "aperto", na hora de trocar o pneu e xingar o "sacripanta" que apertou da última vez ... já cheguei a subir na chave para desapertar a roda .. minha esposa tinha um cano no porta-mala, para aplicar mais força na chave de rodas (na época era um Monza, que quase era preciso chamar Jesus Cristo para tirar a roda) ...
ResponderExcluirGeraldo
Na maioria dos casos ao trocar uma roda de aço por outra de liga leve é necessário também a substituição os parafusos já que os originais ficam curtos uma vez que existe diferença de largura entre os dois materiais. Muita roda já caiu na saida da loja!
ResponderExcluirJá toquei bateria e sei a importância do torque. Procurar dar exatamente o mesmo nº de voltas nos parafusos. Do contrário, bateria desafinada.
ResponderExcluirCom o carro, procuro fazer o mesmo: apertando em cruz, dando o mesmo nº de voltas. Não tenho torquímetro, mas procuro usar o bom senso, não usando o pé ou um cano como extensão. Só na hora de retirar, hehehe.
MUITO ADEQUADO O ARTIGO PELA SITUAÇÃO QUE VIVO DESDE SABADO. O PNEU TRASEIRO DO MEU CARRO FUROU E, ACREDITE, O BORRACHEIRO NÃO CONSEGUIU TIRAR UM PARAFUSO, TRES SAIRAM. EU ACOMPANHEI O SERVIÇO E REALMENTE ESTÁ IMPOSSÍVEL. AGORA VOU LEVAR O CARRO NO LUGAR ONDE FIZERAM O ULTIMO APERTO PRA VER SE CONSEGUEM DESFAZER A BESTEIRA. PERGUNTO: SE NÃO CONSEGUIREM TIRAR O PARAFUSO OU ELE ESPANAR (ESTA QUASE), O QUE FAZER?? O CARRO É UM VECTRA GT COM RODAS DE LIGA ARO 16.
ResponderExcluirVc está quase espanando a rosca? Cuidado...
ResponderExcluirSobre pistolas pneumáticas ou elétricas. Estas coisas deviam ser banidas de auto-centers. Nimguém mais quer colocar a chave no parafuso ou dar aperto manual. No meu carro siplesmente entraram enviados 8 parafusos a última vez que o levei em um autocenter para alinhamento. O "profissional" encosta o parafuso e força com a ferramenta pneumática até que ele entre não importando como. No meu caso, o parafuso da roda não entrou com a rosca no passo correto. Resultado: tive que levar o carro no torneiro para passar o macho nas roscas, e, comprar parafusos de rodas em ferro velho, pois tenho rodas de liga e o parafuso é comprido e com arruelas e o assentamento não é cônico. Em casa sempre aperto os parafusos com o torquimetro.
ResponderExcluirSds,
Cristiano Zank.
Duro mesmo é perder a roda e os parafusos e ter que improvisar tirando um de cada das outras tres rodas, pra chegar em algum lugar para comprar os ditos cujos e só encontrar num desmanche.
ResponderExcluirE o medo de acontecer um desastre maior?
Se observar os velhos que circulam por aí, é bem comum observar a falta de um parafuso nas rodas.
A necessidade de instalar parafusos mais compridos ao passar de rodas de aço estampado para rodas de liga leve varia de caso a caso. Se a roda de liga for original, muitas vezes (ou quase sempre) usa os mesmos parafusos da roda de aço. Pelo menos na linha Chevrolet é assim. Se a opção for por fabricantes de rodas não originais, aí sim, é necessário observar o comprimento do parafuso, bem como a base de assentamento (tem os cônicos e os arredondados).
ResponderExcluirAgora descobri ke existe parafusos de assentamento conico, arredondados e chato(peugeot, corolla).
ExcluirEu já fui vítima de perder roda por falta de aperto, foi na marginal tiete em SP, sem grandes danos, somente paralamas amassado.
ResponderExcluirFui enfurecido brigar com quem colocou as rodas no meu carro...
-voltei para a minha casa e briguei comigo mesmo e com a minha burrice :-)
Muito bacana Bob.
ResponderExcluirEm minha oficina, existe um torquímetro exclusivo para aperto de rodas, tem cliente que fica espantado com me ver usar a ferramenta em seu carro.
Muita gente ignora esse tipo de ferramenta, acha que aperto de parafuso pode ser de qualquer jeito, mas aqui não é assim, além de usar o torquímetro com o devido torque obtido no manual de reparação, também aplicamos o torque cruzado, encostando o parafuso primeiro.
Eu comprei um torquímetro aqui em casa... Quando levei para trocar os 4 pneus, levei no meu carro. Quando o cara foi apertar, disse para ele que eu mesmo faria, com o torque correto.
ResponderExcluirEncostaram os 3 funcionários em volta do carro, olhando, como se eu tivesse entrado numa sala de aula de quinta série do ginásio com um notebook em 1994.
Infelizmente no nosso país, mecânico ainda é uma profissão quebra galho. Muitos mecânicos não tem estudo básico e mesmo quando tem e fazem cursos de aperfeiçoamento, voltam para a oficina com os mesmos vícios que tinham antes.
Por isso admiro tanto o ADG que está sempre se atualizando... Levei o Mille para trocar correia num cara que montou uma oficina em Santana, Z/N. Ele é eng. formado pela FEI. Vou pagar o dobro da M.O que pagaria em qualquer outro lugar. Aguardo pelo resultado. Espero que seja do jeito que eu gosto.
Muita coincidência você falar sobre esse assunto, ontem em um trackday no RJ teve um carro perdendo a roda por falta de aperto...
ResponderExcluirBob, caso clássico de entortar prisioneiros é rodas de Omega ou com furação 5x110 em Opalas, com furação 5x114.
ResponderExcluirParece que leu minha mente. Fui tirar o pneu do velho carro do meu pai que estava no chão para consertar/encher. Entortei a chave de roda subindo em um cano com mais de 1m de comprimento e o parafuso nem tchum.
ResponderExcluirOBS: 70 kg * 1m = 70kgfm um pouquinho a mais que o recomendado né...
Anônimo 13/12 12:04
ResponderExcluirAplique bastante WD40 ou outro desengripante, espere uns minutos e dê pancadas axiais firmes na cabeça do parafuso. Repita duas ou três vezes. Deve soltar com auxílio de um cano na chave para aumentar o torque.
Roberto Costa
ResponderExcluirExato, como também ao usar o estepe de aço certificar-se que tenha flange soldado para reproduzir a espeseeura da roda de liga ou então usar jogo de parafusos originais, mais curtos. Parafuso mais comprido que o devido para a situação faz uma lenha dos diabos.
Outra coisa chata na que vejo em muita oficina mecânica, é o aperto de rodas somente com a pneumática.
ResponderExcluirEssa ferramenta é muito útil na oficina, mas gosto da mesma apenas para desapertar ou encostar usando a regulagem mínima da mesma, parece bobagem, mas tem mecânico que tem preguiça de usar a regulagem da ferramenta.
Jopamacedo
ResponderExcluirAprendi mais uma, essa da afinação da bateria. Sugestão: meça o comprimento de braço da sua chave de roda e depois analise a sua força numa balança de escala apropriada. De posse desses dois dados você calcular com precisão razoável o torque aplicado no parafuso ou porca. Força (kg) x distância (m) dá torque. É bom também qual o torque de aperto dos parafusos de roda, como eu disse.
FS
ResponderExcluirÉ incrível que se faça isso.
Vamodoido,
ResponderExcluirSem trocadilho, é coisa de doido.
regi nat rock
ResponderExcluirInfelizmente isso acontece.
Cristiano,
ResponderExcluirRoscas são "caçadas" com a mão, depois é que se usa a ferramenta, seja manual ou elétrica/pneumática. Velas, por exemplo, requerem extremo cuidado para pegar a rosca, especialmente com os cabeçotes de alumínio. Qualquer bobeada, já era. No caso de velas "enterradas" num buraco, pior ainda. Como só podem ser colocadas com chave de vela, o mecâbico precisa ter extrema sensibilidade para girar a chave e a vela rosquear-se corretamente.
Caio Ferrari.
ResponderExcluirHistória muito boa, essa, os caras olhando surpresos. Faz você muito bem. Acho que você teve Fiat 147, os parafusos de roda eram de passo fino (1 mm em vez de 1,25 ou 1,5 mm) e exigia bastante atenção para não enjabrarem. E por falar em parafuso de roda, os dos Porsches são de liga leve, questão de massa não suspensa...
ADG High Torque
ResponderExcluirAcredite se quiser, mas quando escrevi pensei em você, achei que na sua oficina rodas são apertadas com torquímetro. E seu segundo comentário mostra o uso correto da parafusadeira, retirar e encostar parafusos e porcas. Um comentário para você e todos. Um dos apertos mais sensíveis é o do cabeçote nos motores boxer VW. Tem muito mecânico que não acredita nos 2,5 mkgf apenas e dá um aperto a mais "por conta". O dano nas roscas da carcaça é liquido e certo.
Bob, é que no patropi roda é estética, acessório. Acho que todo mundo conhece alguém que troca de carro mas tem um jogo de roda de liga leve fixo. O cara troca de carro e você conhece pela roda, é uma marca registrada!
ResponderExcluirNinguém faz isso com uma bomba de gasolina, um radiador. Justamente pelo fato da roda não ser considerada uma peça de engenharia, que como todas as outras tem que ser a apropriada para tal carro. Na prática é: deu a furação, colocou, não pegou no para-lama e ja era!
kkkk... sempre tem um anônimo para mandar uma pérola...
ResponderExcluirBob,
Lembrei do seu post sobre geometria de suspensão ("Cambagem Positiva")...
Mesmo que tenha sido sem querer e que o procedimento seja totalmente condenável.
Num carro em que a suspensão foi alterada, "coisidilokooo" (molas com 2,5 elos cortados) teoricamente rodas com off-set mais positivo, não sei o quanto, mas compensariam esta alteração. Digo em relação ao pino mestre, mesmo este sendo "virtual".
Este carro foi vendido em dez/2006 com sua suspensão original.
Desculpe-me por fugir do tema.
Quanto ao torque, sempre quando precisei trocar, em caso de pneu furado, segui a regra que meu pai me ensinou, "aperte até ouvir o estalar"... Será que esta regra é válida? Logicamente seguindo também a regra de apertar em cruz, como o jopamacedo já citou.
Lembrei deste carro, que teve a suspensão alterada, porque uma vez o mecânico quebrou um parafuso no cubo, foi nesta de carcar a pneumática, o rapaz ainda tomou um esporro do irmão (oficina familiar), pois já havia sido alertado sobre isso. Deu um trabalhão pro mais velho que teve que furar e cortar o parafuso para depois passar o macho. O carro na época, tinha 3 vezes a potência original, fiquei ressabiado com isto, mas ele me falou pra ficar tranquilo, pois além daquele furo, haviam três intactos.
Abs
Para evitar esse problema de parafusos com passo fino que podem estragar a rosca facilmente, existe um truque: gira-se o parafuso no sentido anti-horário até sentir que ele assentou no primeiro fio da rosca, em seguida começa-se a girar no sentido de aperto. Obviamente esse truque funciona com qualquer tipo de parafuso (muito útil também com aqueles do tipo rosca soberba em madeira, que espanam facilmente).
ResponderExcluirBob, esse dos motores Boxer é a pura verdade. Isso vem de anos atrás, muito mecânico adora encher a boca para falar que esses motores são vazadores de óleo, quando na verdade, poucos o sabem montar corretamente, e como vc já disse, bastam 2.5 MKgf de torque nas carcaças, mas sempre dão um jeito de apertar além do necessário, destruindo roscas e etc..
ResponderExcluirPaulo Roberto. Boa dica!
ResponderExcluirA todos,
tem um torquímetro de vareta da Tramontina, até 300Nm que custa R$100 contos. Tem uns chineses de estalo nesse preço também, mas o torque está em unidades de medidas esquisitas, tem que ficar convertendo toda hora... Prefiro o Tramontina mesmo.
Não chega a ser um Gedore de estalo, mas também não custa R$1000,00. Para esses serviços simples como trocar roda, vela, um auto entusiasta poderia tê-lo sem esvaziar muito os bolsos.
Outro detalhe importante, pelo menos uma vez ao ano, mando meus torquímetros e manometros para aferição, não adianta nada ter uma ferramenta descalibrada.
ResponderExcluirExcelente Post, Bob.
ResponderExcluirExiste torquímetro de espeto( rs) usado nas oficinas Ford até a década de setenta.
Ao ver um dos desenhos , me lembrei na hora dos pinos usados em alguns virabrequins de competição, para ajudar na retenção do volante do motor.
Nosso mecânico de Diesel é extremamente cuidadoso sobre fixação de volantes de motor, a cada mexida ali troca parafusos por novos e verifica trincas. Ele diz ser potencialmente fatal um volante sair , já viu casos.
O Kartismo usa porcas Parloc,mesmo assim é impressionante o que se perde de roda.
É por isso que há muito tempo meus pneus nascem e morrem onde estão, nada de rodízio. Alinhamento e balenceamento, somente se surgir sintoma.
ResponderExcluirInteressante que nunca tive problemas com essa atitude, e vejo o quanto se joga dinheiro fora com esses "serviços periódicos e preventivos".
Marcelo, se os serviços preventivos fossem feitos como se deve, muita gente gastaria muito menos para manterem seus carros.
ResponderExcluirHoje, dia 13 de dezembro de 2010, em minha oficina, tem 5 carros com problemas serios de motor, tudo poderia ter sido evitado com uma boa manutenção preventiva.
Bob, aproveito o gancho para fazer duas perguntas:
ResponderExcluirVocê tem ideia de por que a fixação das rodas por parafusos é tão mais comum nos carros de produção regular do que a por prisioneiros? Aqui no Brasil, acho que só a Ford usa os prisioneiros (ouvi dizer que Kia e Hyundai também usam, mas não pude confirmar isso). Não vejo nenhuma desvantagem técnica nos prisioneiros e eles facilitam muito uma troca no escuro.
A outra dúvida é por que não se fazem mais carros com os freios internos, como no Citroës DS. A redução de massa não-suspensa é bem grande, e não me parece haver nenhum grande empecilho técnico para que isso seja feito ao menos em carros mais caros.
Particularmente não gosto de rodas com prisioneiros, sempre tenho a impressão de que uma hora a rosca vai acabar espanando, as 3h da manhã, numa rododovia e chovendo.
ResponderExcluirGosto dos Fiats para trocar o pneu, pois possuem aquele parafuso-guia no cubo justamente para facilitar a instalação.
Esses dias fui dar uma geral no sistema de freios do meu uno, e pra minha surpresa, dos 16 parafusos, 10 eram completamente diferentes em comprimento de rosca e acabamento. Um jogo novo virá em breve.
ADG High Torque;
ResponderExcluirSe 20% dos donos de oficinas do Brasil tivessem o cuidado de fazer as coisas certas da primeira vez, e se atualizar tecnicamente como você, ter carro usado seria mais prazeroso. Achar uma oficina mecânica capacitada, equipada e organizada principalmente no Norte é uma luta.
Parabens!
Bob
ResponderExcluirEssa eu aprendi com o Marcelo Anzilotti (Super Troca de Óleo Santa Cruz): o cárter de alguns Peugeot é fabricado em alumínio, qualquer aperto acima do normal no bujão de escoamento faz com que ele seja danificado.
FB
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse assunto me fez lembrar de uma piada: num belo dia, um cidadão de ascendência lusitânia estava passeando de carro quando de repente, bem na frente de um manicômio, os parafusos de uma das rodas se soltam e a roda sai rolando rua abaixo.
ResponderExcluirO cidadão desesperado diz: "Ora pois! O que vou fazeire agora sem a roda deste carro?!?!?!?".
Foi aí que um louco, lá em cima do muro do hospício gritou pro cidadão: "Ô rapaz! Faz o seguinte, tira um parafuso de cada roda que sobrou no carro, assim cada roda fica com 3 parafusos e você pega os 3 que você tirou das rodas e pôe o estepe... Aí é só ir embora até um borracheiro para resolver de vez o problema."
O cidadão ficou tão impressionado com o louco que disse: "Oras pois, tu não és louco não rapaz, tu és muito inteligente, não devias estar no hospício.".... e o louco retrucou: "Olha aqui ô bigodudo, eu sou louco sim..... só não sou burro!!!!"
FB
FB,
ResponderExcluirlendo seu comentario entendo pq as fabricas nao vendem carros com apenas uma porca de roda. Imaginem se alguem em uma troca de pneus perde a dita cuja...
ADG,
ResponderExcluirAlinhamento só deve ser feito se há necessidade, o próprio manual dos veículos é nesse sentido. Balanceamento, mesma coisa. Sobre rodízio, o proprio Bob já escreveu sobre isso aqui, não é uma coisa necessária, e até prejudica o comportamento dinâmico do veículo.
Outras manutenções periódicas são outras manutenções periódicas, nada haver com o que foi dito.
Quem tem excesso de zelo tem mais problemas com manutenção do que quem faz "apenas" o que o fabricante recomenda ou não cai ans empurroterapias. Parece até castigo divino, coisa de algum Santo protetor dos verdadeiros entusiastas. O Bob é prova disso, só faz o necessário e nunca fica na mão.
Marcelo Augusto,
ResponderExcluirteve uma época que eu era extremamente preocupado. Troca de óleo a cada 5mil km, quando a Fiat recomenda 7,5mil km, esperava a injeção pressurizar para dar a partida, passava paninho do motor todo final de semana, levava balancear e alinhar a cada 5mil km...
Cara, eu juro, parecia que brotava problema no carro. Hoje eu esqueço de abrir o capô do carro a cada 5mil km. NUNCA tive problemas. Nem gasolina no tanquinho eu ponho mais. Rodo com E85. E olha que na época que eu era paranóico, o carro tinha 10mil km. Hoje tem 60mil km. É até engraçado, mas o que você falou está certo mesmo. (risos)
PS: Fui trocar a correia. O tensor estava ruim, fazendo um barulhinho. Pedi para o mecânico checar a compatibilidade com o tensor automático do Fire EVO. (alguém sabe se é retrocompatível???????)
ADG, me tira uma dúvida por gentileza. Ao trocar de óleo, aquele sistema a vácuo é eficiente ou nada como esvaziar pelo cárter?
ResponderExcluirObrigado
Caio, se vc só usa E85, não há necessidade de colocar gasolina no tanquinho.
ResponderExcluirTenho um carro que deu problema no tanquinho e já ando assim tem um tempão, no caso eu coloco R$20 de gasolina comum a cada tanque, para garantir a partida a frio.
VAMODOIDO, a Peugeot recomenda este tipo de troca, agora vantagens e desvantagens, eu deixo com o especialista.
Sds
Marcelo Augusto,
ResponderExcluirHá umas duas semanas atrás, eu levei o carro para alinhar e balancear os pneus dianteiros, pois estava com uma vibração chatinha no volante (a 120 km/h) e puxando um pouco para a esquerda (tipo de coisa que mal se percebe rodando na cidade). Mesmo assim ainda fiquei na dúvida se valeu a pena levar o carro, pois tive que voltar na oficina 3 vezes pra deixar o carro como eu queria.
1º retorno - balanceamento pior do que estava.
2º retorno - o maldito tinha invertido as rodas dianteiras (eu não percebi a cagada), o carro começou a puxar bastante...
3º retorno - depois de um teste mais intenso, digamos assim, percebi que o filho de uma boa mãe havia deixado o alinhamento aberto e o carro estava esparramando em curvas "a moda"...
Imagina se eu não fiquei com vontade de esganar o cara! Mas tudo bem, naquela oficina eu não volto mais e foi por causa de um funcionário "desmotivado", pois foi a primeira vez que tive dor de cabeça lá... Mas ae portuga! Perdeu o cliente!
Abs
Alinhamento eu faço apenas quando percebo algo de errado com o carro ou vejo que o pneu está desgastando irregularmente. Há muito poucos lugares que alinham corretamente. Se o carro estiver bom, não tem por que mexer. Esse negócio de alinhar a cada 'não sei quanto tempo' eu acho bobagem. Como foi dito, capaz do carro voltar pior do que foi.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir13/12/10 23:26
Agradeço seu comentário, mas a realidade é essa mesmo, a falta de mão de obra qualificada, aliada a falta de ferramentas especificas, contribuem muito com esse problema.
Marcelo Augusto disse...
ResponderExcluir14/12/10 02:26
Ai esta certo, pensei que você estava falando de forma geral.
Caio Ferrari disse...
ResponderExcluir14/12/10 06:42
Caio, os tensores dos Fire Evo são do tipo automáticos, esses tensores já equipavam a extinta linha Fire 1.0 e 1.3 16v, recentemente equipavam somente os motores T-Jet 1.4.
Agora a Fiat voltou com os mesmos nos motores 1.0 e 1.4 Evo Fire, mas ainda não tive a curiosidade de ver se dava para usa-los nos motores que usam tensores fixos.
Veja bem, a oficina que tem aquela ferramenta especifica para tensionar o tensor na posição correta, conseguirá maior vida útil da peça.
Veja no vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=gBj1YKG2MQo
O problema não é o tensor, mas sim a forma de aplica-lo.
VAMODOIDO disse...
ResponderExcluir14/12/10 08:06
Cara, sou completamente contra esse tipo de troca de óleo a vácuo, contra mesmo.
Óleo deve ser trocado por gravidade, do jeito que o manual manda.
Fique atento somente ao torque dado ao bujão do cárter quando for executar o serviço, e não exite em substituir a peça caso a mesma não apresente uma boa vedação.
Como de costume o Dr.BOB com seus artigos e comentários de assuntos selecionados por quem sabe das maravilhas da engenharia automobilistica.
ResponderExcluirPessoal, para variar, fiz um vídeozinho sobre o assunto.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=a58u36-UxBw
Já fiz muito alinhamento/balanceamento na vida e nunca vi usarem torquímetro para aparafusar as rodas, tampouco sou de verificar isso. Vou passar a prestar mais atenção.
ResponderExcluirUm fato curioso é que todo carro que já tive com rodas de liga leve não "pega" balanceamento de jeito nenhum! O único jeito de deixar perfeito é balancear com as rodas no lugar. É impressionante! É mandar balancear e se preparar para passar raiva.
Bob, o catalogo da Metal Leve chegou!
ResponderExcluirBacana demais, acabei de receber.
Muito obrigado.
O Vectra 2.2 (acho) também tem cárter em aluminio. Meu pai já cansou de vender cárter por causa de rosca arrombada por "trocadores de óleo".
ResponderExcluirADG, o fato de você estar tão longe é um fato quase criminoso. rsrs
ResponderExcluirJuro, que tem horas que eu nem pergunto se o cara tem a ferramenta, porque cansa andar tanto e ouvir tanta besteira e tantos vícios de oficina. Já faz tempo que decidi usar meu carro como um cara comum, porque toda vez que converso com o mecânico e começo a escutar pérolas, dá vontade de tirar o carro da oficina e encostar na minha garagem.
Por isso eu faço assim: Encosto, passo o que quero que ele faça, recebo o orçamento, aprovo ou não e busco o carro.
Tudo isso, para evitar me irritar.
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ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk, essa galera é do mau mesmo,kkkkkkkkkkkkkkk.
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ResponderExcluirADG
ResponderExcluirAcabei de voltar de uma oficina onde vi o absurdo dos absurdos: se esqueceram de apertar os parafusos da homocinética interna (parafusos que prendem o bolachâo à tulipa).
O mecânico me mostrou, tirou os parafusos com a mão, todos soltos! E o cara veio rodando 200km... Deus existe mesmo.
FB
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ResponderExcluirFelipe Bitu disse...
ResponderExcluir14/12/10 16:16
No dia a dia da oficina, chegamos a ver coisas que deixa os cabelos em pé.
Um marea turbo que teve seu cárter substituído na autorizada, chegou em nossa oficina sem óleo, fomos analisar, e o mesmo estava faltando um dos bujões, resultado, quase o motor tinha ido para o espaço.
Vamodoido
ResponderExcluirIsso mesmo, para muita gente roda no patropi é estética. Lamentavel.
Fabio,
ResponderExcluirOff-set não nada a ver com altura de rodagem. Se a rosca foi corrigida e deu bom aperto, não há nada que temer quanto à segurança. Quanto ao método de apertar "até ouvir o estalar", ele pode evitar pouco torque de aperto, mas não garante que não seja excessivo.
Paulo Roberto,
ResponderExcluirPerfeito, essa técnica ajuda a encontrar o primeiro filete da rosca.
ADG High Torque,
ResponderExcluirCorreto, torquímetros e medidores exigem aferição a intervalos de tempo regulares.
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ResponderExcluirEi bob, está na hora de restringir os comentários para usuários com cadastro no Blogger/Google, não acha?
ResponderExcluirMarcelo Augusto e ADG High Torque
ResponderExcluirO maior problema nos serviços de alinhamento de rodas é não obedecer aos requisitos do fabricante do veículo quanto à altura de rodagem padrão para medir e ajustar. Um exemplo é o Fiat 147/Uno, em que era preciso carregar o carro com 70 kg em cada um dos quatro lugares e 40 kg no compartimento de bagagem, além de tanque cheio. Nunca vi ninguém que fizesse isso. Tentar alinhar sem esse cuidado pode realmente o carro sair pior do que entrou.
FCardoso
ResponderExcluirPresumo que parafuso custe menos que prisioneiro e porca. Têm que ser feitas roscas nos cubos e tambores de qualquer maneira, certo? Então pode ser usado parafuso sem problema.
Das especificações técnicas do Rolls-Royce Corniche, existentes em uma brochura da década de 1980:
ResponderExcluir"(...) five studs to each wheel - studs on the right-hand side of the car have right-hand threads, those on the left-hand side of the car have left-hand threads."
("cinco porcas por roda - as porcas do lado direito do carro têm roscas para a direita, aquelas do lado esquerdo do carro têm roscas para a esquerda").
FCardoso
ResponderExcluirContinuando a respondê-lo, os freios internos requerem estrutura adicional para fixação da pinça, que nos freios externos é na própria manga de eixo. Há também problema de dissipação de calor, mas fácil quando o freio é na roda. E, embora uma possibilidade remota, a quebra de uma junta homocinética é um evento muito perigoso, fica freio num lado só, embora isso possa ser compensado com raio de rolagem negativo ou zero, caso do DS 19. Mas sempre fica a dúvida. Consta que foi essa a causa de perda de controle do Lotus 72 do Jochen Rindt no treino do GP de Monza, que acabou matando-o e vários espectadores.
Bitu,
ResponderExcluirEssa é bem antiga, eu era adolescente, mas tem uma diferença. Ao trocar uma roda pelo estepe, o dito cujo pôs os parafusos na calota, passou um carro rente e a atingiu, espalhando os parafusos, que se perderam no processo...
Bob,
ResponderExcluirVc sabe a razão do Polo e consequentemente o Fox terem 5 parafusos por roda?
Fabio,
ResponderExcluirEm tempo de gasolina com 25% de etanol, coloque 80% de etanol e 20% de gasolina para ter E85 sempre. Por exemplo, 16 liros de etanol e 4 de gasolina. Se o porcentual de etanol na gasolina baixar para 20%, como ocorre de tempos em tempos, continue com essa proporção que fica E84, não faz diferença.
Kantynho,
ResponderExcluirQualquer roda balanceada em máquina calibrada corretamente e serviço feito por operador competente, fica perfeita. Não existe isso de só ficar bom com a roda balanceada no carro. O que muitas vezes ocorre é a máquina estar fria, sem que o circuito eletrônico esteja aquecido. A máquina precisa estar ligada há pelo menos três horas. Se não for observado isso, no visor aparece zerado, roda perfeita, e na realidade não está. Na engenharia da Volkswagen havia uma balança para veículos de alta precisão e um aviso na parede: "Nunca desligue a balança".
Bob, obrigado pelo esclarecimento.
ResponderExcluirAlexandre Zamariolli
ResponderExcluirMuito estranha essa descrição, estou surpreso. Chego a imaginar ser coisa de inglês em razão da mão de direção esquerda deles. Mas vou checar isso num Dodge Dart amanhã mesmo, que sei que tinha esse detalhe de roscas diferentes. Uma vez, na Fazenda Capuava, do Alcides Diniz, examinei de perto o Mercedes CLK DTM dele, carro que por ser de competição tinha fixação central Não é que as duas dianteiras e a traseira esquerda tinham rosca normal, direita, e a traseira direita tinha rosca esquerda? As rodas traseiras eram as motrizes, claro. Vou verificar e depois respondo aqui mesmo em seu nome. Fiquei intrigado com essa.
Fabio,
ResponderExcluirA razão específica, não sei, mas tem a ver com torque na saída da roda, puro cálculo. É somente questão de projeto. Pode ser que previssem motor mais forte para esses modelos. Mas vou perguntar à Volkswagen, não custa nada. Depois respondo aqui em seu nome.
Bob, aproveita e diga a todos como você faz para perguntar essas coisas às montadoras (hehe só para te encher. rsrsrs) e não receber as respostas padrão do SAC....
ResponderExcluirCaio Ferrari
ResponderExcluirPor falar em montadora, o Google Tradutor traduz automaker por montadora, pode um negócio desses? Aí você entra com montadora e pede para verter para o inglês a sai assembler...Coisa de doido. Sua resposta: são anos no ramo, conhecendo muita gente na indústria. Jamais me dirijo aos SACs.
Bob,
ResponderExcluirQuando faço alinhamento do Omega, o cara pede o carro com 3/4 de tanque ou mais e coloca pesos de 70kg simulando quatro passageiros no carro. O correto é isto mesmo?
Obrigado.
Rafael Hagi
ResponderExcluirPode estar certo lastrear o Omega e ter tanque a 3/4. Precisa ver o que diz o manual de reparação do carro. De qualquer maneira já é um bom indício ter-se um profissonal com um procedimento desse.
Depois de um bom tempo, finalmente meu FIAT Uno recebeu um serviço de geometria. Vazio e com meio tanque de combustível... deveria ter lido isso antes.
ResponderExcluirAlexandre Zamariolli
ResponderExcluirConfere o que você informou por meio da brochura do Rolls-Royce Corniche, roda esquerda aperta anti-horário, direita horário. Não vi pessoalmente, me informei com um amigo colecionador que tem vários Dodge e que conhece bem o assunto, que acrescentou que são assim também o FNM 2000 JK e a Kia Besta. Isso me foge inteiramente à lógica da tendência de se preservar o aperto opondo rotação com sentido de aperto, mas é assim mesmo. Vou corrigir o texto. Desculpe-me e os leitores pela informação errada.
Pô Bob... O problema é que houve uma disseminação de chaves de impacto pneumáticas em tudo que é de borracharia e de vez em quando eles vão até tirar água dos parafusos ou porcas. Aí, quando fura um pneu e voce precisa tirar com aquela chavinha de cabo curto... ne com reza brava. Já borracheiro parrudo sofre pra tirar rodas de veículos. Isso quando não espanam as roscas!!!!!
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirMuito interessante você postar esse comentário - quase uma coincidência.
Tenho um Golf GTI 1.8T e sempre vou à mesma oficina cuidar de alinhamento, balanceamento, freio, suspensão e etc numa conceituada oficina de São Paulo, tenho extrema confiança nesse pessoal.
Há umas duas semanas, comprei uma roda aro 17 original da VW e pintei a roda de prata novamente pois possuia alguns riscos.
Levei a roda a essa oficina, que me vendeu os pneus 225/45 e eles "terceirizaram" com um borracheiro a instalação das rodas para depois balanceá-las e alinhar o carro.
No mesmo dia a noite, peguei a Castello para sentir o carro e como seu comportamento havia mudado. Estava perfeito, os pneus mais largos realmente deixam o carro mais "na mão".
No outro dia, com um amigo pegamos a marginal para ele sentir o carro e, quase chegando em casa, o carro começou a apresentar um barulho muito alto e estranho, parecia que estava altamente desbalanceado. Me apavorei.
Demos uma caixinha para um frentista para poder usar o elevador e olhamos por baixo do carro durante duas horas e nada.
No dia seguinte - sábado - fomos a um mecanico de um amigo e para nossa surpresa, escutamos: "olha aqui o seu barulho, ó", dizia o mecânico balançando a roda dianteira com uma folga absurda... Haviam dois parafusos perdidos... UM PERIGO!
Liguei na mesma hora para o dono da oficina de minha confiança que ficou abismado.
No dia seguinte eles me retornaram e disseram que, de fato, não haviam conferido o aperto (que havia sido feito pelo borracheiro). Além disso, me disseram que, como a roda foi pintada, a atenção para esse caso deve ser redobrada...
Para resumir, andei por volta de 100 km de estrada e marginal com o carro totalmente vulnerável e, graças a Deus, não aconteceu nada.
Moral da história: por mais que confiem em seus mecanicos e oficinas, sempre vale conferir o serviço antes... São pessoas e eles também erram!
Abraços,
Tonico Dias
Bob,
ResponderExcluirTalvez não fuja a esta lógica não, acredito que estudos foram feitos para chegar a esta solução, ainda mais se tratando de uma Rolls-Royce.
Física é algo muito louco, não?
Se você pensar que há uma força contrária, no caso os pneus tracionando no piso geram uma força contrária à força de rotação, mas estamos focando no ponto roda x cubo. O cubo (direito) gira no sentido horário e o pneu tracionando no piso gera uma força contrária (anti-horário), que faz o veículo se movimentar para frente.
Sendo assim, ao arrancar, ou mesmo nas trocas de marcha, momentos que penso ser os de maior troca de força, a roda exercerá força contrária à de rotação do cubo.
Pode assim estar correta a solução da Rolls-Royce.
Agora e se pensarmos no momento de frenagem... Viiiirgi, agora embananou tudo... hehehe
Abs
Aun
ResponderExcluirSeria mesmo ótimo se todos que mexem com rodas usavem torquímetro. Quantos problemas seriam evitados! Sobre ter acabado o recurso de roscas invertidas em um lado, o assento cônico ou o boleado mantêm o torque independente do sentido de rotação da roda. Sobre as porcas centrais dos Fórmula 1, não sei dizer, mas vou procurar e depois respondo neste espaço.
Fabio,
ResponderExcluirÉ mesmo muito louco. Vou procurar me aprofundar mais sobre esse assunto. Inclusive, tem aquele lanca do Mercedes CLK do DTM que falei, diferença de lado atrás somente. O leitor Aun perguntou sobre os F-1 e já enviei mensagem ao Marcos Lameirão, projetista da Ginetta (desenho o G-50) que seguramente sabe a respeito.
Tonico Dias
ResponderExcluirQue doideira,não? O pior é que essas coisas acontecem com maior frequência do que se supõe.
Romildo,
ResponderExcluirRealmente, alguma coisa precisa ser feita nesse sentido. Sabe o que vou fazer? Conversar com o pessoal do sindicato da reparação a esse respeito.
Fabio,
ResponderExcluirSobre quatro ou cinco parafusos de roda, a Volkswagen explica que o Fox e o Polo são plataforma PQ 24, que tem cinco parafusos por nela se utilizarem motores de até 150 cv ou mesmo acima, no caso dos motores a diesel de alto torque. O Gol é derivado dessa plataforma porém não totalmente, sendo o eixo traseiro o do Gol G4 com alterações, cujos quatro parafusos são mais do que suficientes para os motores em uso.
Bob,
ResponderExcluirVc pode nos falar um pouco mais sobre os requitos de peso ao alinhar o Uno e outros carros com suspensão independente? Realmente isso é uma grande novidade pra mim. Quantos serviços de cambagem foram feitos no patripi sem necessidade?
Ontem levei a Muriçoca pra passear um pouco, e ao entrar num retorno um pouco mais forte, ouvi umas batidas na dianteira. Parei o carro e conferi o aperto das rodas, e, bingo! A DE estava com 2 parafusos soltos, a ponto de cair. A TD estava com um espanado e faltando 2. Tirei um da TE e instalei.
ResponderExcluirDei esse vacilo quando fiz eu mesmo a manutenção no sistema de freio dele, a uns 3 meses. Agora vou deixar a preguiça de lado comprar um novo jogo de parafusos esta semana.
Obrigado Bob! Então é pra atender exigências de versões que infelizmente não temos aqui.
ResponderExcluirAbs
Aléssio Marinho
ResponderExcluirCaramba! Ainda que você parou e verificou o aperto das rodas! Esse assunto, muitas vezes negligenciado, é dos mais sérios.
Aléssio Marinho
ResponderExcluirSabe o que vou fazer? Solicitar às fábricas e importadores as condições de carga ou altura de rodagem de alinhamento e divulgá-las aqui à medida que forem chegando. Depois, possivelmente, fazer um resumo com todas informações chegadas. Pode demorar um pouco porque praticamente todas as assessorias iniciaram férias coletivas de fim de ano anteontem.
Excelente idéia Bob,o AE se torna um complemento ao manual do usuário,muitas vezes incompleto.
ResponderExcluirUma dúvida Bob,estando a suspensão com a cambagem desajustada,causa estralos nas juntas homocinéticas?O carro de um amigo está assim,já trocou as homocinéticas externas e nada dos estralos ao esterçar totalmente o volante sumirem.Se influencia posso recomendar que ele leve o carro para verificar o alinhamento da suspensão.
Abçs..
Pedro Henrique
ResponderExcluirA posição da homocinética externa não muda em relação à coluna de suspensão ou manga de eixo, qualquer que seja a cambagem. Só se o carro estiver bem rebaixado e a cambagem estiver muito negativa é que a homocinética interna poderá fazer batente no curso interno dela, mas nesse caso o ruído não surgiria só em curvas. Outra possibilidade é a direção estar esterçando mais para um dos lados, por desigualdade de comprimento das barras de direção, fácil de corrigir com alinhamento da convergência com a caixa de direção perfeitamente a centro.
Bob,
ResponderExcluirAno passado comprei o meu carro novo na única concessionária da marca da cidade. Troquei a minha velha minivan por um sedan novo da mesma marca, lançado a pouco tempo no mercado e que havia ficado fã.
Durante o processo de compra, perguntei ao vendedor o motivo de o manual não informar sobre os valores de alinhamento, e outras especificações, como velas, e até óleo. No manual consta apenas que deve-se consultar o concessionário.
Atônito e despreparado me deu a seguinte resposta:
- "Para alinhar o carro, vc leva ele no autocentro tal, que eles possuem o chip que faz o alinhamento automaticamente. Só eles tem a máquina que faz isso na cidade."
Calei-me, estupefato.
Bob,
ResponderExcluirMe gabando por ter feito a manutenção dos freios do meu carrinho e ter ficado perfeito, dar um vacilo desses é vexatório! Hehehe!
Agradeço por conseguir e disponibilzar essas informações aqui no AE. Cada dia que passa fica mais complicado obter qualquer informação confiável sobre nossos carros. Já discuti com alinhador sobre a tabela de valores cadastrados no computador e mostrei pra ele que estava tudo errado, justamente por ter conhecer os valores.
Lembra dos manuais de manutenção, do tipo "faça você mesmo" vendidos em banca de revistas? Pq não publicam mais isso no patropi?
Aléssio Matinho,
ResponderExcluirEra para ficar estupefato e calado mesmo. Eu fiquei. Até hoje nào encontrei um mecânico de alinhamento que trabalhasse corretamente (deve existir, com certeza). Sempre é preciso ficar junto, conferindo o que ele faz.
Bob,
ResponderExcluirRealmente está difícil de encontrar, aqui em Santo André, das oficinas/centros automotivos, que eu já levei meus carros, na maioria ao menos uma vez tive que retornar para solicitar a correção de algum serviço mal feito.
Uma loja que se destacou positivamente em qualidade de atendimento foi a Valetão Pneus da Av. José Antônio de Almeida Amazonas, não sei se o treinamento da rede Pirelli está realmente diferenciado, mas esta loja eu recomendo. Aliás, não sofri com a costumeira "empurroterapia" destas redes lá.
Abs
Bob,
ResponderExcluirSou curioso e precavido. Sempre acompanho o serviço que estão realizando no meu carro. Seja em oficina ou concessionária. Sou chato mesmo!
Fiquei assim depois que levei um Corsa que tive pra trocar as coifas das homocinéticas externas e o cara me conseguiu a proeza de estragar as internas, ao removê-las com marretadas. A oficina teve que me pagar 2 novinhas.
Resolvi apelar. Se der pra fazer em casa, eu mesmo faço. Me distraio e me divirto ao mesmo tempo!
Fiz até um bloguezinho a um tempo atras para os colegas do finado clube do uno, para que acompanhassem os serviços que fazia no meu uninho.
unoconversivel.blogspot.com
Aléssio Marinho
ResponderExcluirE por que parou o blog? Continue, dá trabalho mas é gostoso e útil.
Bob,
ResponderExcluirFiz o blog para dar uma levantada na lista do clube do uno, que fazia parte a uns 7 anos, mas que acabou falecendo de vez este ano.
Simplesmente ninguem postava mais nada.
E logo o pessoal começou a perder o interesse e fui deixando de escrever lá. É duro escrever e não ter ninguem se manifestando, me senti pregando num deserto.
Mas agradeço de coração o incentivo e a palavra amiga, tanto que após o seu comentário estou pensando em voltar a postar.
Obrigado por tudo!
Gente. To num mato-sem-cachorro... Quero colocar uma roda deliga-leve da peugeot no Meu Ford. Sendo que ja o furo do cubo nao casa. O ford eh 63...mm e a peugeot uns 65mm... Entao mandarei fazer um furo maior padrao de 73 para colocar o anel centralizador verde. Mas fora isso tem a diferenca dos parafusos que a ford usa conica e a peugeot usa arredondada. Como resolver a parada???? Sem falar que a ford usa porcas e a peugeot usa parafusos....
ResponderExcluirSera que tem jeito de resolver a situacao??? Uma coisa que eh errada eh que o carro vai ficar a roda um pouco mais pra fora uns 15mm devido ao off-set, mas estou conciente disso. Obrigado a todos... (kentakk@yahoo.com)
Saia desse "mato sem cachorro"... E coloque uma roda da Ford! Aliás, seja um cara conSciente e leia o post sobre geometria de suspensão antes de alterar off-set de roda.
ExcluirPessoal, o pneu esquerdo dianteiro do meu carro estava vazando, entao levei num borracheiro pra concertar.. mas depois disso, essa roda ta fazendo um barulho de "disco raspando" nada muito alto, e tbm um barulho quando giro o volante, parece aquele barulho da porta quando abre demais, faz um barulho meio "gaguejado".
ResponderExcluirPode ser por que ele apertou demais os parafusos da roda? ou o que pode ser?
Obrigado desde já.
Pajeh... uma dúvida por acaso o borracheiro concertou Bach? Por favor nos explique melhor este barulho meio "gaguejado" para que possamos ajudá-lo.
ResponderExcluirPajeh
ResponderExcluirSó uma coisa é certa: aperto excessivo da roda não pode ser. Recomendo tirar a roda e examinar qualquer qualquer coisa que possa estar raspando. Talvez até um parafuso de comprimento diferente que tenha sido eventualmente colocado.
nao concertou o Bach nao.. E nao sei explicar melhor o gaguejando haha
ResponderExcluir- parafuso eh o original, pois vi ele efetuando a troca.
bom, vou levar em algum lugar pra tentar descobrir.
Obrigado pela ajuda.