Outro lugar que visitamos foi o evento de carros antigos de corrida, o Monterey Historics que acontece em Laguna Seca, perto de Monterey na Califórnia. O autódromo é tomado por mais de 300 carros clássicos, onde se encontra de tudo, desde carros do pré-guerra até protótipos de Le Mans dos anos 90.
A organização do evento é impressionante, na estrada há placas de indicação do caminho para o evento, com separação de cada tipo de acesso (visitantes e participantes) para evitar trânsitos desnecessários, o que na verdade não resolveu muito pois eram muitos os carros e a estradinha que leva a Laguna Seca é pista simples na sua maioria. No estacionamento do evento já vemos diversos Lotus, Corvettes (realmente comuns por lá), Ferraris e Lamborghinis. O autódromo é bem interessante, pois o acesso aos paddocks é direto, basta atravessar a ponte que passa por cima do fim do retão. É possível dar a volta na pista toda por ruas que beiram o traçado.
Logo cedo acontecem os treinos, e durante toda a manhã os carros das categorias que correrão no dia (são separadas entre sábado e domingo por conta da grande quantidade de carros em diversas categorias). Durante a tarde, acontecem as provas, todas com dez voltas de duração, independente da categoria.
O paddock, que na verdade é um grande espaço aberto onde ficam todos os carros e caminhões das equipes, não segue uma ordem muito lógica, pois lado a lado estão carros de épocas totalmente diferentes, o que é um charme a mais, ao meu ver. Onde mais poderíamos ver um Alfa GTA sendo preparado ao lado de um Bentley Blower, ou um Porsche 935 ao lado de um ERA pré-guerra?
Como na maioria dos eventos que fomos, o acesso é livre. Não há cordão de isolamento, salvo os boxes e pit-lane, e todos os participantes são muito simpáticos e receptivos. Conversamos com diversas pessoas das equipes, que respondem todas as dúvidas sobre os carros, bem diferente daqui, onde geralmente mal se pode olhar os carros de perto. Além de receptivos, todos são bem humorados. Durante as corridas, por diversas vezes os anúncios no sistema de som do autódromo faziam brincadeiras com os participantes. Uma das melhores do dia foi "Senhor Valentino Balboni, por favor retire seu Lamborghini azul e branco do local ou ele será guinchado", fazendo uma brincadeira com o famoso piloto de testes da Lamborghini que estava presente, com um dos novos Gallardo LP 550-2 que leva seu nome em uma série especial.
As corridas em si são um ponto fora da realidade. Não importa a categoria, andar devagar e com cuidado não está no roteiro. Desde os carros dos anos 20 até os mais modernos, acelerar era a ordem do dia. É difícil descrever como é ver uma corrida dessas, pois ficamos imaginando como seria no passado, quando os carros eram as máquinas do momento.
Nomes conhecidos pilotavam carros históricos, como Derek Bell e David Donohue. Mas o impressionante foi um certo senhor, com seus 80 anos de idade, acelerando um Lola Mk-1. Um tal de Moss, que andava pelo paddock, muito bem humorado, com seus óculos de aviador, capacete coquinho e suspensórios (de época).
A largada da categoria dos protótipos dos anos 70 foi algo que não sairá da mente de muitos por muito tempo, minha inclusive. Porsches 917s, 910s, 908s, Alfa 33-2, Ferrari 512S e outros largaram como se fosse uma prova do Campeonato de Marcas dos anos 70. O Paraíso deve fazer esse som. Quero voltar lá, várias vezes...
A organização do evento é impressionante, na estrada há placas de indicação do caminho para o evento, com separação de cada tipo de acesso (visitantes e participantes) para evitar trânsitos desnecessários, o que na verdade não resolveu muito pois eram muitos os carros e a estradinha que leva a Laguna Seca é pista simples na sua maioria. No estacionamento do evento já vemos diversos Lotus, Corvettes (realmente comuns por lá), Ferraris e Lamborghinis. O autódromo é bem interessante, pois o acesso aos paddocks é direto, basta atravessar a ponte que passa por cima do fim do retão. É possível dar a volta na pista toda por ruas que beiram o traçado.
Logo cedo acontecem os treinos, e durante toda a manhã os carros das categorias que correrão no dia (são separadas entre sábado e domingo por conta da grande quantidade de carros em diversas categorias). Durante a tarde, acontecem as provas, todas com dez voltas de duração, independente da categoria.
O paddock, que na verdade é um grande espaço aberto onde ficam todos os carros e caminhões das equipes, não segue uma ordem muito lógica, pois lado a lado estão carros de épocas totalmente diferentes, o que é um charme a mais, ao meu ver. Onde mais poderíamos ver um Alfa GTA sendo preparado ao lado de um Bentley Blower, ou um Porsche 935 ao lado de um ERA pré-guerra?
Como na maioria dos eventos que fomos, o acesso é livre. Não há cordão de isolamento, salvo os boxes e pit-lane, e todos os participantes são muito simpáticos e receptivos. Conversamos com diversas pessoas das equipes, que respondem todas as dúvidas sobre os carros, bem diferente daqui, onde geralmente mal se pode olhar os carros de perto. Além de receptivos, todos são bem humorados. Durante as corridas, por diversas vezes os anúncios no sistema de som do autódromo faziam brincadeiras com os participantes. Uma das melhores do dia foi "Senhor Valentino Balboni, por favor retire seu Lamborghini azul e branco do local ou ele será guinchado", fazendo uma brincadeira com o famoso piloto de testes da Lamborghini que estava presente, com um dos novos Gallardo LP 550-2 que leva seu nome em uma série especial.
As corridas em si são um ponto fora da realidade. Não importa a categoria, andar devagar e com cuidado não está no roteiro. Desde os carros dos anos 20 até os mais modernos, acelerar era a ordem do dia. É difícil descrever como é ver uma corrida dessas, pois ficamos imaginando como seria no passado, quando os carros eram as máquinas do momento.
Nomes conhecidos pilotavam carros históricos, como Derek Bell e David Donohue. Mas o impressionante foi um certo senhor, com seus 80 anos de idade, acelerando um Lola Mk-1. Um tal de Moss, que andava pelo paddock, muito bem humorado, com seus óculos de aviador, capacete coquinho e suspensórios (de época).
A largada da categoria dos protótipos dos anos 70 foi algo que não sairá da mente de muitos por muito tempo, minha inclusive. Porsches 917s, 910s, 908s, Alfa 33-2, Ferrari 512S e outros largaram como se fosse uma prova do Campeonato de Marcas dos anos 70. O Paraíso deve fazer esse som. Quero voltar lá, várias vezes...
Quero e vou estar lá ano que vem! Só mentalizando isso várias vezes ao dia, para fazer acontecer.
ResponderExcluirFacinante! Escrevam mais.
CZ
MB,
ResponderExcluirFiz a viagem junto com voc^we na minha imaginação. Valeu!!
PK
Pelo post, imagino como deve ser o evento ao vivo. Ver lendas do automobilismo, tanto os carros como os pilotos, deve ser indescritível, só mesmo estando lá para saber!
ResponderExcluirE temos muito com o que aprender em termos de organização e civilidade em eventos desse tipo. No Brasil, é comum os visitantes não respeitarem os carros, adorando "ver com a mão" ou sentar em cima para tirar foto... Daí os cordões de isolamento.
Se eu não tiver dindim para ir à Goodwood esse aí já serve muito bem,ótimo post!
ResponderExcluirHoje, um sonho. Um dia, um sonho realizado.
ResponderExcluirExcelente post, Milton :)
MB,
ResponderExcluirquando eu for a esse evento, vou levar um monte de livros para caçar autógrafos dessa turma histórica que lá frequenta.
Valeu !
Só uma reparo: se este GT-40 é o mesmo que andou no Brasil, nunca foi da Equipe Fittipaldi. Veio para a Equipe Arte & Instrução do Sidney Cardoso, aqui no Rio. Depois de algumas manobras obscuras da CBA foi impedido de correr no Brasil, assim como todos os importados na época. Logo depois foi vendido à Equipe Bino, que "conseguiu" a liberação do carro e ele voltou a correr. Depois de parar de correr, parece que foi vendido ao Wilson Fittipaldi, que o repassou para o exterior. Coisas do Brasil....
ResponderExcluirCesar, o GT40 é mesmo o do Cardoso, mas correu sim nas mãos dos Fittipaldi, comprado pelo Wilsinho que correu com o patrocinio da Bardahl, por poucas vezes.
ResponderExcluirMilton Belli:
ResponderExcluirAté onde me lembro, o Wilsinho iria fazer a primeira corrida com o carro (amarelo?) pela Equipe Greco, mas nos treinos bateu no Laranjinha e empenou o monocoque. Depois o Paulão, ainda pela Equipe Greco em outra corrida bateu o mesmo lado na Curva do Lago. O carro empenado foi vendido ao Marinho Antunes e o Tony Bianco desempenou o que pode, para o Bragantini correr (azul metálico). Em 1974 o Marinho vendeu o carro para o Wilsinho, que para valorizar o bicho, pintou com as cores da Equipe Fittipaldi e vendeu para o exterior (EUA).
Cesar, o proprietário me contou que o carro foi comprado pelo Wilsinho em 71 e corrreu algumas vezes na mão dele e uma até com o Pace, e depois de uns 10 anos ainda foi usado como carro de rua. Depois em 82 o Emerson vendeu o carro para os EUA.
ResponderExcluirMilton:
ResponderExcluirPosso ter me enganado no ano, minha memória é fotogênica, mas acompanho automobilismo desde que me entendo por gente (e faz tempo) e nunca vi uma foto, ou ao vivo, o GT-40, nas cores da Equipe Fittipaldi, nas pistas. O atual dono, pelo que sei, comprou o carro com este currículo (há de convir que valoriza muito o carro), tanto que colocou na parte superior da porta um " Fittipaldi Racing", quando na verdade o nome da equipe era "Team Fittipaldi". Ele te contou que comprou o carro com chassi empenado, sem saber?