Cena 1: Num mercado já saturado de modelos SUV (sigla, em inglês, de veículo utilitário esporte) , surgiu o primeiro SUV crossover de luxo, o Lexus RX 300. Sua proposta foi combinar as características funcionais de um SUV com o rodar de um sedã de luxo, acompanhado de todos os apetrechos e eletrônica carecterísticos dessa classe de sedãs. Mais, tração dianteira ou integral, motor de 3-L V-6 e 222 cv etc. Bom lembrar que no mercado americano já havia o Lexus LX, baseado no Toyota Land Cruiser, desde 1996, com proposta de SUV de luxo e amenidades, porém estes eram ainda do conceito chassis + carroceria (body-on-frame).
Não estou aqui para defender esse modelo contra nenhum outro, tampouco de incluir SUVs na minha lista de carros entusiásticos, mas apenas para ilustrar um evento no dinâmico mundo dos lançamentos de automóveis e falar um pouco de planejamento de produto, marketing, inspirações e benchmarking.
Os SUV crossovers não eram novidade nenhuma, mas sim o luxo nesse meio. Essa ousadia do marketing da Toyota, mais a reputação de qualidade dos Lexus, renderam-lhe não somente a liderança do recém-inaugurado segmento, que se estende até os dias de hoje, como também volumes bem além das expectativas. Imaginem um jipe de luxo, vendendo na casa das 100.000 unidades anuais, só nos EUA. Seu lançamento deu-se no início de 1998.
Quase simultaneamente vem o ML320/430, outro crossover de luxo com o emblema da Mercedes-Benz, made in USA. Maior, tração traseira ou integral, mais caro e por isto, posicionado uma sub-categoria acima, como SUV crossover médio de luxo Trouxe algumas inovações adicionais, como o controle eletrônico de estabilidade, side-bags etc. Também aumentou a gama de oferta de motorizações para outros mercados - na Europa com opções diesel, como nos demais modelos da marca.
No ano seguinte, vem o BMW X5, rival direto do Mercedes, também made in USA, na mesma categoria médio de luxo, algumas características herdadas da então associação com Land Rover e maior esportividade, repetindo o que cada veículo BMW oferece em relação ao equivalente direto Mercedes, tema desta semana dos posts de nossos amigos MAO, JJ e Vic Rodriguez. Se considerarmos que da concepção ao lançamento de um novo carro, na época, não decorriam menos 36 meses, podemos concluir que esses três fabricantes chegaram a trabalhar simultaneamente em seus projetos que iriam inaugurar o segmento dos SUV crossovers de luxo e Mercedes e BMW inaugurando fábricas nos EUA. Portanto, tiveram pouco ou nenhum contato com os produtos prontos do outro, para tirar mais algumas inspirações e benchmarking.
Cena 2: Seguidores. Acura MDX é lançado como ano-modelo 2002 e dois anos depois vem o Cadillac SRX. Ambos usaram algum modelo como benchmark? Sim, natural. Tiveram tempo suficiente para isso e aprimoraram seus modelos sobre o que havia. Obrigatório, para quem vem depois. O MDX é tido hoje como referência dos crossovers médios pela mídia especializada e também lidera as vendas nessa sub-categoria. Mais um trabalho bem feito da Honda.
Sabe-se que os engenheiros do projeto SRX se inspiraram no BMW X5. Nenhum demérito em estrear depois, muito menos em buscar o X5 como benchmarking. O carro ficou muito bom, trouxe mais algumas inovações etc. Na gama de motorizações, um V-6 de 258 cv e um Northstar V-8 de 324 cv, vê-se que excediam as ofertas do X5 quanto a potência, de respectivos 6-cilindros (em linha) - 228 cv e V-8 4,4-L de 290 cv. Outros fabricantes também entraram no segmento luxo, Land Rover Discovery 3 (não entrarei na polêmica quem veio antes), o VW Touareg, Audi Q7, Porsche Cayenne, Infinity FX 35/45. Para não ficar sem produto na sub-categoria médios, a Toyota lançou o GX 470, porém o único body-on-frame da classe (este baseado no Land Cruiser Prado), portanto saindo do conceito crossover. Curiosamente, as avaliações das revistas especializadas não lhe roubaram pontos em comportamento dinâmico, agilidade, nem conforto (copiei aqui um link da Car and Driver de 2007, que comparou oito modelos médios, todos na faixa de 50 mil dólares).
Resumo da ópera #1: O Cadillac SRX veio depois, a exemplo dos SUVs crossover médios de luxo, derivou-se de uma plataforma de sedã, Cadillac CTS/STS, mirou seu foco no BMW X5 e ficou muito próximo em suas qualidades, com desempenho superior, enfim, copiando o veredicto do comparativo da Car and Driver de 2007, "um dos sucessos mais inesperados e de maior orgulho na história da marca Cadillac". Porém, seu volume de vendas sempre esteve aquém do esperado, vendendo metade do X5 e uma fração do Lexus RX, isso em casa, no mercado americano (tabela anexa, não contém apenas o Mercedes, cujas vendas no mercado americano ficaram próximas ao X5 e inferiores ao Acura MDX).
E o sucessor do Cadillac SRX? Antes falemos de alguns pontos que norteiam a concepção de um sucessor, trazidos, em geral, pela turma de marketing e definidos com planejamento do produto e engenharia.
O Golf Mk VI é superior ao Mk V em todos os quesitos, ou em quase todos, mas absolutamente o é nos mais importantes, que por sua vez é superior ao Mk IV (o nosso) e assim, sucessivamente até a primeira geração. Isto é uma premissa obrigatória na concepção do produto. Em que pesem alguns senões entusiásticos, procuro aqui não confundir laços afetivos por um ou outro modelo de determinada geração. Refiro-me somente ao produto. A leitura dos quesitos vem, em geral, das informações do mercado, mídia e do próprio aprendizado da engenharia da fábrica.
O Porsche 997, é superior ao 996 e assim na cadeia até o primeiro 911, o Astra IV (recém-lançado na Europa) é superior ao III (nosso Vectra atual), o Focus III superior ao II, ao I, que superava o Escort etc. Se olharmos os nipônicos, Honda New Civic supera de longe o anterior, o Corolla de 10ª geração (o nosso hoje) também supera o de 9ª. Em todos os exemplos citados, e falei de fabricantes com linhagem de produto bem definida e organizada (não as bagunças), olhamos os sucessores mais como uma evolução do que uma revolução, salvo algumas exceções, em que a turma acertou tanto a mão num ou noutro modelo, que até ficou difícil fazer um sucessor melhor, sem penalizar os custos e comprometer tudo.
Não é difícil deduzir a lógica que há por trás disso. Uma delas, a primária, é que marketing cuida de manter a fidelidade de seu público comprador à marca e ao produto, mesmo num mundo cada vez menos fiel. Assim, o proprietário de um Focus II terá motivos para trocar o seu por um da 3ª geração e manter-se fiel à marca Ford e ao modelo preferido. Sem evolução, não haveria esse convite natural. Mas como o Focus, que compete direto com Golf e Astra, não tem renovação simultânea, além de o marketing procurar a fidelidade, também buscará a infidelidade, ou seja, o novo Astra IV, que tem sido considerado superior ao Golf VI e Focus III, também mira no proprietário de um Golf Mk VI, V ou IV, que pensa em trocar de carro da mesma categoria.
Mesma lógica se aplica às mudanças de categoria, por exemplo o proprietário de um VW Polo que pensa em melhorar, dentro ou fora da marca VW, irá olhar as opções de Golf VI, Astra IV e Focus III e todos eles também têm de ser melhores que seu Polo, oferecer mais etc. E até aos rebaixamentos de categoria, fenômeno que também ocorre. O proprietário de um Passat V (o anterior), quando for trocar para um carro de categoria menor, notará que o Jetta (Golf Mk V sedan) está tão bom que quase não sentirá o rebaixamento. Se o Passat for mais velho ainda, haverá até uma melhora...
Voltemos à GM. Eis que a turma da Cadillac, descontente com as vendas, decide mudar tudo. A segunda geração do SRX mirou seu foco no Lexus RX, aquele que estava na sub-categoria inferior de preço e dotes! Que já está em sua 3ª geração. Vai encarar também a primeira geração dos BMW X3, Audi Q5, Mercedes GLK e Volvo XC 60, Infinity FX 35 Mk II, todos eles com níveis de potência e torque equivalentes, cerca de 270 a 300 cv e 30 a 40 m.kgf, respectivamente.
O novo SRX 2010 está um tremendo de um produto, mais um fruto da nova safra GM. Motor de primeiríssima, quase 90 cv/L, mais de 10 m.kgf/L, câmbio de 6 marchas, bom acerto de chassi, enfim, um verdadeiro Cadillac.
Porém, lembrando que a primeira geração SRX buscou o X5 como benchmark e o superou nas ofertas de potência, o novo vem com 268 cv/30,8 m.kgf e não fará o mesmo frente aos contendores, ao menos não no primeiro momento, pois anunciaram um 2,8-L turbo com 40 m.kgf, no mesmo nível do Q5, para depois.
Resumo da Ópera #2: Mas se não ser o supra-sumo do segmento, como costumava ser, já não basta, imaginemos o seu lançamento:
* O que dizer aos donos do SRX atual, para convidá-los a trocar o seu, pelo sucessor? "Querida, encolhemos as crianças?" É menor que a primeira geração, também tem menos potência, 304 cv, que o seu Northstar V-8 e este novo não disporá de V-8s.
* Como convencer os donos de ML, X5, Touareg, Q7, XC90, FX45 a trocar o seu por um carro, uma categoria inferior? O Obama disse que queria carros mais econômicos? Complicado, principalmente se estes tiverem V-8s...
* Mas, porém, contudo, entretanto serão muito empregados na argumentação dos vendedores. "quer trocar o seu V-8 Northstar agora e este tem somente 268 cv? Espere mais alguns meses pela versão mais potente, de 304 cv V-6". Ou seja, não há subida de categoria em potência...
* E o orgulho Cadillac? E o orgulho americano por ele? Pontos delicadíssimos.
Há um jargão na aviação que diz: "Aprenda com os erros dos outros, você não viverá o suficiente para aprender somente com os seus". A indústria automobilística tem mais de 100 anos, certamente há erros o bastante em sua história que nos ensinam a não mais cometê-los e, se não está sendo visto assim no novo SRX, ao menos será uma tarefa árdua vencer as barreiras naturais de um sucessor de categoria mais baixa.
Temos exemplos no Brasil de "cabeçadas" semelhantes. O Astra III europeu virou Vectra aqui, ou seja, em vez de vir uma evolução no Astra II, veio um involução no Vectra... não foi só a mídia especializada que caiu de pau. Afinal, será que há alguma alma capaz de dizer que nosso Vectra é equivalente ou superior ao novo Corolla ou ao new Civic? Notem que as gerações do início desta década desses dois modelos nipônicos não eram superiores ao Astra e eles evoluíram, o Astra ficou na mesma e o Vectra... numa sucessão de movimentos desconexos, já teve até motor 2,4-L.
Não foi só a GMB, vejam o Renault Mégane sedã: primeiro só 1,6-L e quando veio o 2,0-L, ninguém notou. O Focus III veio sem flex, na própria Ford há correntes que ainda não querem o flex, ou seja, nota-se uma certa carência na indústria de boas jogadas estratégicas, lá fora e aqui, carência esta que acaba fortalecendo aqueles que trabalham seu marketing e planejamento como se deve.
Mais sobre avaliações comparativas deste grupo de veículos, no link da Car and Driver
http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/09q3/2009_audi_q5_vs._2009_bmw_x3_2010_m-b_glk350_2010_volvo_xc60_2010_lexus_rx350-comparison_tests
e tabela comparativa
http://www.caranddriver.com/var/ezflow_site/storage/original/application/4175441152efbd1f2cdc28929cb79739.pdf
http://blogs.thecarconnection.com/marty-blog/1021427_compared-audi-q5-vs-bmw-x3-vs-mercedes-benz-glk
http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/07q2/bmw_x5_vs._acura_mdx_cadillac_srx_m-b_ml350_lexus_gx470_volvo_xc90_vw_touareg_land_rover_lr3-comparison_tests
CZ
Não estou aqui para defender esse modelo contra nenhum outro, tampouco de incluir SUVs na minha lista de carros entusiásticos, mas apenas para ilustrar um evento no dinâmico mundo dos lançamentos de automóveis e falar um pouco de planejamento de produto, marketing, inspirações e benchmarking.
Os SUV crossovers não eram novidade nenhuma, mas sim o luxo nesse meio. Essa ousadia do marketing da Toyota, mais a reputação de qualidade dos Lexus, renderam-lhe não somente a liderança do recém-inaugurado segmento, que se estende até os dias de hoje, como também volumes bem além das expectativas. Imaginem um jipe de luxo, vendendo na casa das 100.000 unidades anuais, só nos EUA. Seu lançamento deu-se no início de 1998.
Quase simultaneamente vem o ML320/430, outro crossover de luxo com o emblema da Mercedes-Benz, made in USA. Maior, tração traseira ou integral, mais caro e por isto, posicionado uma sub-categoria acima, como SUV crossover médio de luxo Trouxe algumas inovações adicionais, como o controle eletrônico de estabilidade, side-bags etc. Também aumentou a gama de oferta de motorizações para outros mercados - na Europa com opções diesel, como nos demais modelos da marca.
No ano seguinte, vem o BMW X5, rival direto do Mercedes, também made in USA, na mesma categoria médio de luxo, algumas características herdadas da então associação com Land Rover e maior esportividade, repetindo o que cada veículo BMW oferece em relação ao equivalente direto Mercedes, tema desta semana dos posts de nossos amigos MAO, JJ e Vic Rodriguez. Se considerarmos que da concepção ao lançamento de um novo carro, na época, não decorriam menos 36 meses, podemos concluir que esses três fabricantes chegaram a trabalhar simultaneamente em seus projetos que iriam inaugurar o segmento dos SUV crossovers de luxo e Mercedes e BMW inaugurando fábricas nos EUA. Portanto, tiveram pouco ou nenhum contato com os produtos prontos do outro, para tirar mais algumas inspirações e benchmarking.
Cena 2: Seguidores. Acura MDX é lançado como ano-modelo 2002 e dois anos depois vem o Cadillac SRX. Ambos usaram algum modelo como benchmark? Sim, natural. Tiveram tempo suficiente para isso e aprimoraram seus modelos sobre o que havia. Obrigatório, para quem vem depois. O MDX é tido hoje como referência dos crossovers médios pela mídia especializada e também lidera as vendas nessa sub-categoria. Mais um trabalho bem feito da Honda.
Sabe-se que os engenheiros do projeto SRX se inspiraram no BMW X5. Nenhum demérito em estrear depois, muito menos em buscar o X5 como benchmarking. O carro ficou muito bom, trouxe mais algumas inovações etc. Na gama de motorizações, um V-6 de 258 cv e um Northstar V-8 de 324 cv, vê-se que excediam as ofertas do X5 quanto a potência, de respectivos 6-cilindros (em linha) - 228 cv e V-8 4,4-L de 290 cv. Outros fabricantes também entraram no segmento luxo, Land Rover Discovery 3 (não entrarei na polêmica quem veio antes), o VW Touareg, Audi Q7, Porsche Cayenne, Infinity FX 35/45. Para não ficar sem produto na sub-categoria médios, a Toyota lançou o GX 470, porém o único body-on-frame da classe (este baseado no Land Cruiser Prado), portanto saindo do conceito crossover. Curiosamente, as avaliações das revistas especializadas não lhe roubaram pontos em comportamento dinâmico, agilidade, nem conforto (copiei aqui um link da Car and Driver de 2007, que comparou oito modelos médios, todos na faixa de 50 mil dólares).
Resumo da ópera #1: O Cadillac SRX veio depois, a exemplo dos SUVs crossover médios de luxo, derivou-se de uma plataforma de sedã, Cadillac CTS/STS, mirou seu foco no BMW X5 e ficou muito próximo em suas qualidades, com desempenho superior, enfim, copiando o veredicto do comparativo da Car and Driver de 2007, "um dos sucessos mais inesperados e de maior orgulho na história da marca Cadillac". Porém, seu volume de vendas sempre esteve aquém do esperado, vendendo metade do X5 e uma fração do Lexus RX, isso em casa, no mercado americano (tabela anexa, não contém apenas o Mercedes, cujas vendas no mercado americano ficaram próximas ao X5 e inferiores ao Acura MDX).
E o sucessor do Cadillac SRX? Antes falemos de alguns pontos que norteiam a concepção de um sucessor, trazidos, em geral, pela turma de marketing e definidos com planejamento do produto e engenharia.
O Golf Mk VI é superior ao Mk V em todos os quesitos, ou em quase todos, mas absolutamente o é nos mais importantes, que por sua vez é superior ao Mk IV (o nosso) e assim, sucessivamente até a primeira geração. Isto é uma premissa obrigatória na concepção do produto. Em que pesem alguns senões entusiásticos, procuro aqui não confundir laços afetivos por um ou outro modelo de determinada geração. Refiro-me somente ao produto. A leitura dos quesitos vem, em geral, das informações do mercado, mídia e do próprio aprendizado da engenharia da fábrica.
O Porsche 997, é superior ao 996 e assim na cadeia até o primeiro 911, o Astra IV (recém-lançado na Europa) é superior ao III (nosso Vectra atual), o Focus III superior ao II, ao I, que superava o Escort etc. Se olharmos os nipônicos, Honda New Civic supera de longe o anterior, o Corolla de 10ª geração (o nosso hoje) também supera o de 9ª. Em todos os exemplos citados, e falei de fabricantes com linhagem de produto bem definida e organizada (não as bagunças), olhamos os sucessores mais como uma evolução do que uma revolução, salvo algumas exceções, em que a turma acertou tanto a mão num ou noutro modelo, que até ficou difícil fazer um sucessor melhor, sem penalizar os custos e comprometer tudo.
Não é difícil deduzir a lógica que há por trás disso. Uma delas, a primária, é que marketing cuida de manter a fidelidade de seu público comprador à marca e ao produto, mesmo num mundo cada vez menos fiel. Assim, o proprietário de um Focus II terá motivos para trocar o seu por um da 3ª geração e manter-se fiel à marca Ford e ao modelo preferido. Sem evolução, não haveria esse convite natural. Mas como o Focus, que compete direto com Golf e Astra, não tem renovação simultânea, além de o marketing procurar a fidelidade, também buscará a infidelidade, ou seja, o novo Astra IV, que tem sido considerado superior ao Golf VI e Focus III, também mira no proprietário de um Golf Mk VI, V ou IV, que pensa em trocar de carro da mesma categoria.
Mesma lógica se aplica às mudanças de categoria, por exemplo o proprietário de um VW Polo que pensa em melhorar, dentro ou fora da marca VW, irá olhar as opções de Golf VI, Astra IV e Focus III e todos eles também têm de ser melhores que seu Polo, oferecer mais etc. E até aos rebaixamentos de categoria, fenômeno que também ocorre. O proprietário de um Passat V (o anterior), quando for trocar para um carro de categoria menor, notará que o Jetta (Golf Mk V sedan) está tão bom que quase não sentirá o rebaixamento. Se o Passat for mais velho ainda, haverá até uma melhora...
Voltemos à GM. Eis que a turma da Cadillac, descontente com as vendas, decide mudar tudo. A segunda geração do SRX mirou seu foco no Lexus RX, aquele que estava na sub-categoria inferior de preço e dotes! Que já está em sua 3ª geração. Vai encarar também a primeira geração dos BMW X3, Audi Q5, Mercedes GLK e Volvo XC 60, Infinity FX 35 Mk II, todos eles com níveis de potência e torque equivalentes, cerca de 270 a 300 cv e 30 a 40 m.kgf, respectivamente.
O novo SRX 2010 está um tremendo de um produto, mais um fruto da nova safra GM. Motor de primeiríssima, quase 90 cv/L, mais de 10 m.kgf/L, câmbio de 6 marchas, bom acerto de chassi, enfim, um verdadeiro Cadillac.
Porém, lembrando que a primeira geração SRX buscou o X5 como benchmark e o superou nas ofertas de potência, o novo vem com 268 cv/30,8 m.kgf e não fará o mesmo frente aos contendores, ao menos não no primeiro momento, pois anunciaram um 2,8-L turbo com 40 m.kgf, no mesmo nível do Q5, para depois.
Resumo da Ópera #2: Mas se não ser o supra-sumo do segmento, como costumava ser, já não basta, imaginemos o seu lançamento:
* O que dizer aos donos do SRX atual, para convidá-los a trocar o seu, pelo sucessor? "Querida, encolhemos as crianças?" É menor que a primeira geração, também tem menos potência, 304 cv, que o seu Northstar V-8 e este novo não disporá de V-8s.
* Como convencer os donos de ML, X5, Touareg, Q7, XC90, FX45 a trocar o seu por um carro, uma categoria inferior? O Obama disse que queria carros mais econômicos? Complicado, principalmente se estes tiverem V-8s...
* Mas, porém, contudo, entretanto serão muito empregados na argumentação dos vendedores. "quer trocar o seu V-8 Northstar agora e este tem somente 268 cv? Espere mais alguns meses pela versão mais potente, de 304 cv V-6". Ou seja, não há subida de categoria em potência...
* E o orgulho Cadillac? E o orgulho americano por ele? Pontos delicadíssimos.
Há um jargão na aviação que diz: "Aprenda com os erros dos outros, você não viverá o suficiente para aprender somente com os seus". A indústria automobilística tem mais de 100 anos, certamente há erros o bastante em sua história que nos ensinam a não mais cometê-los e, se não está sendo visto assim no novo SRX, ao menos será uma tarefa árdua vencer as barreiras naturais de um sucessor de categoria mais baixa.
Temos exemplos no Brasil de "cabeçadas" semelhantes. O Astra III europeu virou Vectra aqui, ou seja, em vez de vir uma evolução no Astra II, veio um involução no Vectra... não foi só a mídia especializada que caiu de pau. Afinal, será que há alguma alma capaz de dizer que nosso Vectra é equivalente ou superior ao novo Corolla ou ao new Civic? Notem que as gerações do início desta década desses dois modelos nipônicos não eram superiores ao Astra e eles evoluíram, o Astra ficou na mesma e o Vectra... numa sucessão de movimentos desconexos, já teve até motor 2,4-L.
Não foi só a GMB, vejam o Renault Mégane sedã: primeiro só 1,6-L e quando veio o 2,0-L, ninguém notou. O Focus III veio sem flex, na própria Ford há correntes que ainda não querem o flex, ou seja, nota-se uma certa carência na indústria de boas jogadas estratégicas, lá fora e aqui, carência esta que acaba fortalecendo aqueles que trabalham seu marketing e planejamento como se deve.
Mais sobre avaliações comparativas deste grupo de veículos, no link da Car and Driver
http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/09q3/2009_audi_q5_vs._2009_bmw_x3_2010_m-b_glk350_2010_volvo_xc60_2010_lexus_rx350-comparison_tests
e tabela comparativa
http://www.caranddriver.com/var/ezflow_site/storage/original/application/4175441152efbd1f2cdc28929cb79739.pdf
http://blogs.thecarconnection.com/marty-blog/1021427_compared-audi-q5-vs-bmw-x3-vs-mercedes-benz-glk
http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/07q2/bmw_x5_vs._acura_mdx_cadillac_srx_m-b_ml350_lexus_gx470_volvo_xc90_vw_touareg_land_rover_lr3-comparison_tests
CZ
Ótimo Post;
ResponderExcluirBem, é visto que apesar de todos os esforços em tornar o SRX um produto atraente - e de fato ficou - a legenda Cadillac não foi o suficiente para sensibilizar os americanos, eles continuaram a comprar os carros estrangeiros. Talvez por que o público da marca era formado principalmente por homens de meia idade, tradicionais apreciadores dos sedans super confortáveis...suas mulheres é que dirigiam SUV's. Talvez para elas e para apreciadores dessa configuração (puro palpite gente), o status mais interessante estava relacionado com as marcas bávaras e nipônicas, não faria muito sentido em comprar um carro da marca "caseira", proveniente da mesma fábrica dos conservadores e há muito na paisagem Cadillac's. Pesquisas em relação a isso deve ter sido efetuadas com certeza, mas como a empresa quis agregar novos clientes para a marca - vide a vitrine tecnológica do super CTS-V - ela deve ter percebido que apenas melhorar o seu tradicional SUV não seria o suficiente, queria ir atrás de um público que apreciaria uma versão mais simples e dinâmica. Desse modo, está surgindo esse belo produto no segmento, mas que para mim faz lembrar muito uma Captiva, se outros pensarem da mesma forma, isso significa um risco a mais para as pretensões da longeva "instituição" americana, além dos outos motivos muito bem listados. É uma jogada arriscada sem dúvida, e temo que o carro fará o mesmo tipo de "sucesso" que o seu antecessor.
Mister Fórmula,
ResponderExcluirConcordo que deve haver 'n' razões que levaram a Cadillac a essa decisão e que algumas delas podem estar relacionadas com suas observações.
Porém, lançar um SRX e depois de 5 anos, usar essa marca para um carro menor, que competirá com as versões menores de seus antigos contendores é para mim paradoxal. No mínimo estão abandonando os princípios da marca SRX e dizendo adeus a seus consumidores. Ou não?
Sempre me pergunto se uma VW, Audi, Toyota, Honda ou Porsche se permitiriam fazer o mesmo, se estivessem vivendo circunstâncias semelhantes...
CZ
Eu tive um Vectra B ano 2000 2.2 16v automático. Um dos melhores automóveis que já dirigi.
ResponderExcluirDepois de dar uma volta no "novo" Vectra, fiquei tentado a comprar um New Civic...
Parece que não é só a GM brasileira que virou uma curva de rio...
É isso mesmo Carlos; é um verdadeiro dilema. Não podendo manter dois produtos na linha de montagem, o antigo em um patamar superior, mas vendendo pouco, e o novo que quer combater os estrangeiros mais atuais , ficou a decisão de agregar ao novo SUV o nome do antigo na esperança de agregar mais sofisticação (mesmo que imaginária)a um carro claramente inferior, mesmo que moderno. Puro chute meu, mas talvez seria mais interessante adotar um novo nome ou designação para o carro, do jeito que está, parece um engodo...o consumidor irá responder isso nas lojas. Tenho até simpatia pela versão mais velha desse carro, a frente imponente impressiona, o acabamento idem, e a mítica cadillac sempre me atraiu muito por culpa dos imortais modelos de 59, talvez a década mais impressionante em termos de carros.
ResponderExcluirAcho que o Vastra é um carro bom e competente a exceção do motor.
ResponderExcluirO carro tem um bom tamanho, um acabamento razoável, é confortável e espaçoso, possui disponibilidade de peças e uma mecânica simples e robusta.
Acho que seu frecasso (se é que podemos chamar assim - não estou certo disso) se deve a alguns fatores.
1- Nome.
A GM jamais poderia chamá-lo de Vectra. Isso traiu os consumidores. Foi uma grande falata de sensibilidade dos gestores da GM. Acho também que não era possível chama-lo de Astra pois este fora mantido em produção. Minha sugestão na época foi Monza.
2- Motor
Na falta de um motor moderno, que é difícil de ser fabricado aqui (Toyota e Honda são importados e montados aqui)poi reque altos investimentos, a GM apostou num 2.4 com o objetivo de tentar concorrer com carros mais modernos e motores de menos capacidade e assim cobrar um preço elevado. O tiro saiu pela culatra. "There is no substitute for cubi inches" não colou, pois o 2.4 com álcool tinha uma autonomia pífia.
3- Posicionamento
Chamando-o de Vectra e com um motor 2.4 a GM achou que poderia posicioná-lo no topo do segmento resgatando a imagem do Vectra B.
Quando o volume caiu logo lançaram o Expression e abriram a porteira para taxi.
Sei lá, eu escolho andar com quem eu confio. Acho que consumidores também. Se o Vastra tivesse sido lançado com prentensões mais realistas, sem muito teatro e com bom posicionamento de preços acho que teria grandes chance de ser uma autêntico Chevrolet, feito para o homem de família de classe média que quer apenas o feijão com arroz. E tem muita gente assim.
Mas entendo a ansia de top managers em "maximizar" tudo. A Fiat fez a mesma tentativa com o Linea. A VW quando lançou o Polo sedan.
O mais incrível é eles não aprendem...
PK
É a velha desculpa do "O preço de um Golf V ou VI ficaria proibitivo no Brasil por conta de seu upgrade tecnológico em relação ao nosso Golf IV".
ResponderExcluirE vão sendo lançados o 307, Focus, C4, e alguns outros importados custando até menos que o Golf...
Como não entendo nada de marketing mesmo, a VW deve estar certa. E esse exemplo é só da VW, todas as outras fazem o mesmo por aqui e, conforme o texto, no mundo todo.
Eu não trocaria o meu SRX V8 por um V6 nem se o mundo estivesse com 1 litro de gasolina pra dividir pela população mundial.
PK,
ResponderExcluirTanto no Vectra como no Linea, parece-me cometeram erros parecidos, ou seja, acreditar que o motor maior lhes confereria um upgrade de classe...
O Honda City veio com 1,5L e taxaram de caro, mas esse carro tem atributos suficientes para competir com Linea e Vectra, a despeito do motor menor...
Minha aposta é que os sujeitos da Honda estão certos. A ver se o mercado responderá igual.
CZ
Os bons tempos da Gm ficaram para trás: motores como o mwm sprint 6 cilindros na bela Silverado, os motores multiválvulas importados que equipavam os ótimos Corsa e Vectra Gsi, as versões nacionais do Vectra B com motor 2.2 16 válvulas que era até correto, o absoluto Omega que dispensa comentários - Suprema - a melhor station nacional fabricada no país, o sub chassis dos vectras B, Grand Blazer, a nossa Suburban nacional, motores V6 com 192 cavalos da última fornada das Blazer's executivas, Corsinha Station Gls 16v, uma pequena luxuosa...a gama já foi mais ampla.
ResponderExcluirAqui no Brasil é um samba do crioulo doido...
ResponderExcluirLínea na mesma segmentação de um Fusion!!!!
Putz, o Línea é um Punto com maior entre-eixos!!! Eu acho que a Fiat ganharia muito mais enfatizando essa qualidade e o colocando no segmento do Polo sedan por exemplo!
Mesma coisa com o C4 Pallas e Vastra.
Engraçado que colocam Civic e Corolla no mesmo segmento do Fusion 2.5 e onde fica o Focus?? É tão pior assim que o Honda ou o Toyota??
Nunca vou me esquecer do computador de bordo do Vectra 2.4, logo no primeiro dia em que estive com o carro: consumo médio de 3,8 Km/L de álcool.
ResponderExcluirOutra decepção (ainda que os colegas digam que sou "anormal" com meus 2 metros de altura): o Elite 2.4 que avaliei era completo, com teto solar. Era simplesmente impossível me posicionar corretamente ao volante.
Ou eu reclinava o encosto e ficava com os braços esticados ou então alcançava a posição correta, mas batendo a cabeça no ressalto do teto solar. Coisa que não acontecia no Vectra B, muito menos no Omega.
Como o Paulo Keller disse, não é um carro ruim. Só não é digno de ser chamado de Vectra, chega a ser um insulto aos Vectra A e B.
FB
Nossa, 3,8 km por litro de álcool!!!! Isso era o consumo das antigas A-20 seis cilindros em ritmo rápido de rodovia (110 - 130km/h)e que pesavam quase 1.900 kg contando com aquela aerodinâmica peculiar (só os espelhos de caminhão deveriam atingir uns 40% do cx de um Vectra...hehehe).
ResponderExcluirPara ficar só nos carros, uma Caravan Diplomata a álcool com seus pobres 135 cavalos perdidos em tão vasto motor, fazia uma média pouco melhor sem sentir a topografia, com peso, sem peso, e sem ser absolutamente forçada.
Que furada essa tecnologia Flex, fizeram uma mediana baixa para os dois tipos de combustível.
Mister Fórmula Finesse
ResponderExcluirNão tem nem como esquecer: estávamos em 4 pessoas no carro, saímos da Vila Mariana e fomos até o Brooklyn almoçar, de tanque cheio.
Na volta, lá no alto da Sena Madureira, resolvi conferir o computador de bordo, deu os tais 3,8 Km/L, andando com calma.
Fiquei pensando num consultor técnico de concessionária dizendo "fica tranquilo, depois que amaciar melhora e chega a fazer 4 Km/l"
:)
FB
Isso porque a GM tem na pratileira o ótimo Ecotec...
ResponderExcluirEntre esse monte de SUV, apesar de não curtir esse tipo de carro, ainda prefiro um Discovery ou um Range Sport. Claro que British Racing Green com interior em creme...
FB,
ResponderExcluirÉ fato que há muitas queixas de alto consumo dos motores FlexPower GM. Mas confesso não sei se eles são ruins comparativamente com seus similares. Acredito são competitivos e o MY09 de 140 cv melhorou bastante.
Semana passada, fui abastecer o New Civic e tomei um susto: 4,18km/L. Pedi para calibrarem os pneus, estavam com ~26lbs (spec 32). Não foi só pneu. Meu trajeto diário tem sido Moema-Paulista, no rush, AC ligado quase sempre, sem direito a pista expressa livre. Saí e fui a Campinas. Bate e volta, atravessando Sampa no rush também, seguido de Bandeirantes a 120-150 km/h, deu 8,8 km/L, sempre álcool no tanque. Na volta carreguei mais o pé.
Quando fui ao Track-day de Jacarepaguá de abril deste ano, ele fez 4,5 km/L na pista (álcool), enquanto o Civic Si do Molazzano fez 3,8 km/L (gasolina).
O que quero dizer com esse números é que jeito de dirigir, trânsito para-anda, pneu tem muito mais influência do que pensamos.
CZ,
ResponderExcluirNa prática, as tais (aprox.) 2 lbs além do recomendado são suficientes para diminuir o consumo ou seria necessário um maior aumento (mesmo que passasse a influenciar no desgaste central da banda de rodagem)? Esse ligeiro aumento na pressão de enchimento seria suficiente para piorar o comportamento do carro em termos de aderência, por exemplo?
Um abraço.
Só para apimentar a discussão...
ResponderExcluirQuem leva vantagem: Vectra CD 2,2 16V ou Focus Ghia, hipoteticamente ambos ano/modelo 2002?
CZ
ResponderExcluirCorretíssimo. Vez ou outra eu tomo um susto desses.
FB
Marlos Dantas
ResponderExcluirEu consigo sentir "no braço" 2 libras a mais de pressão nos pneus.
Minha esposa também: certa vez mudei das habituais 28 libras para 30 libras, ela reclamou que o carro estava duro, pulando que nem cabrito. Mas sentiu a direção mais leve e gostou muito.
FB
Bitu,
ResponderExcluirEsposa entusiasta!
Já uso há algum tempo as 2 libras (aprox.) a mais e, até agora, não notei desgaste maior no centro da banda de rodagem. Na Elba, em que a direção não conta com assistência, esse ligeiro aumento é muito bem vindo, tornando mais leve a direção que já não é tão pesada. Porém, no Ka, que conta com DH, é indiferente, inclusive em relação a “pular como cabrito” que, para mim, em ambos os carros, é indiferente pois não ligo pra maciez.
Abraço.
Bitu,
ResponderExcluirAliás, uma vez o frentista, equivocadamente, pôs na Elba 35 lbs (pneus frios)! Mas, como eu estava com pressa, deixei pra acertar a pressão noutra hora. O carro ficou ótimo, deslizando como uma pluma e a direção, nem se fala... Não percebi perda de aderência ou necessidade de maior espaço até a parada total durante as frenagens e nem prestei atenção em qualquer dureza ou “pulos de cabrito”. Mas no dia seguinte retornei à pressão habitual temendo um maior desgaste no centro da banda de rodagem.
Marlos, onde vc circula só tem asfalto mais que perfeito??
ResponderExcluirSempre que a minha calibragem fica pelo menos 2 libras acima, fica quase impossível circular pelas ruas do Rio de Janeiro...
Agora, um carro com motor sem mexer nada, 4 cilindros e fazer 5km/l????? De gasolina???
Em track day, com meu Tempra 16v e 150cv eu nunca baixei de 5,5km/l, esmerilhando! Esse motores flex...
Eu acho que a única coisa que vale a pena para o mercado em relação aos motores da GM é a durabilidade e o consequente baixo custo de manutenção.
Não andei com o 2.0 MY09 de 140cv mas não deram uma esgoelada nele e nem comprometeram sua durabilidade nesse upgrade? Acho que devemos esperar um pouco.
Não são motores ruins mas a GM tem coisa muito melhor que poderia já tê-los subistituídos...
Marlos,
ResponderExcluirO que penso a respeito de 2lbs a mais nos pneus?
Acho o consumo seria beneficiado sim, natural.
Questiono por que só 2lbs, não 3, 5 ou mais, ou menos. Entendo a turma da fábrica achou nos números especificados o melhor compromisso entre conforto, consumo e durabilidade, entre outros.
Se 2lbs a mais desse 10% a menos no consumo, valeria a pena?
No track-day pusemos 45lbs nos Civics, o meu dobrou pneus mesmo assim e hoje estão os 4 ralados na lateral...
Carlos Galto,
ResponderExcluirNão acredito os 140cv no Vectra tenham sacrificado durabilidade. Segundo as informações liberadas, parte dos ganhos foi obtida em redução de atritos internos.
Esse motor ainda tem sobras, 70cv/L está de bom tamanho, mas o futuro pede mais. Veja que o novo Cadillac SRX está com 90cv/L e mais de 10 m.kgf/L, o que poderá ser tendência, espalhar-se aos veículos de gamas abaixo e aí, talvez a GMB tenha de substituir esse motor por um mais moderno.
Acho esse Vastra, como disse o Arnaldo, o carro com o pior posicionamento de mercado da nossa indústria. Querer competir com Corolla e Civic com aquilo? Mesmo que ele tivesse a melhor técnica do mundo em termos de motor, suspensão e caixa, seu habitáculo é muito desconfortável. Só tem tamanho e safadeza.
ResponderExcluir