Não sei quanto a vocês, mas meu final de semana começou muito bem: nessa sexta-feira o Juvenal Jorge fez o favor de nos perturbar falando do Audi Quattro e o Bob Sharp deu o tiro de misericórdia, nos contando que foi Ferdinand Piëch quem deu a ordem a seus colaboradores diretos para que o Quattro fosse concretizado.
Mas quem eram esses colaboradores? E como foi que eles criaram o sistema Quattro?
Os principais nomes a serem citados são os de Jorg Berzinger e Fritz Naumann. O primeiro começou sua carreira na Porsche, com passagens pela BMW e Mercedes-Benz, enquanto que o segundo tinha em seu currículo o desenvolvimento do fantástico Mercedes C111. Sem sombra de dúvida, Piëch estava bem assessorado por uma equipe competente.
Um dos requisitos de Piëch era a simplicidade mecânica. Até então, todas os projetos de tração integral (como o Jensen e o Mustang Ferguson) adotavam uma caixa de transferência muito semelhante a tudo o que havia sido criado até então para veículos fora-de-estrada. Trata-se de um sistema que funciona muito bem em aplicações específicas (part time), mas deixa muito a desejar em aplicações full time.
A simplicidade mecânica desejada por Piëch ajudaria a diminuir o peso final (eliminando a ineficiente caixa de transferência), baixava os custos de produção e aumentava a longevidade do sistema. Afinal de contas, peça que não existe é peça que não quebra.
Foi então que a competente equipe decidiu criar uma tomada de força para a parte posterior da transmissão, modificando a árvore secundária do transeixo. Esta passou a ser oca, de maneira a acionar a carcaça do diferencial central com a parte externa e abrigar, em seu interior, o pinhão do diferencial dianteiro, como pode ser visto no vídeo abaixo:
Na prática, adicionou-se o menor número possível de componentes ao transeixo do Audi 80, curiosamente o mesmo utilizado até a presente data nos VW Parati e Saveiro. Criada a tomada de força, bastou substituir a suspensão traseira por eixo de torção pelo sistema McPherson, já amplamente utilizado tanto pela VW quanto pela Audi. Uma solução barata e eficiente: o projeto todo levou pouco mais de três anos do primeiro protótipo, construído em 1977, até a versão definitiva do Audi Quattro, apresentada no Salão de Genebra de 1980
Mais simples do que isso, impossível.
FB
Mas quem eram esses colaboradores? E como foi que eles criaram o sistema Quattro?
Os principais nomes a serem citados são os de Jorg Berzinger e Fritz Naumann. O primeiro começou sua carreira na Porsche, com passagens pela BMW e Mercedes-Benz, enquanto que o segundo tinha em seu currículo o desenvolvimento do fantástico Mercedes C111. Sem sombra de dúvida, Piëch estava bem assessorado por uma equipe competente.
Um dos requisitos de Piëch era a simplicidade mecânica. Até então, todas os projetos de tração integral (como o Jensen e o Mustang Ferguson) adotavam uma caixa de transferência muito semelhante a tudo o que havia sido criado até então para veículos fora-de-estrada. Trata-se de um sistema que funciona muito bem em aplicações específicas (part time), mas deixa muito a desejar em aplicações full time.
A simplicidade mecânica desejada por Piëch ajudaria a diminuir o peso final (eliminando a ineficiente caixa de transferência), baixava os custos de produção e aumentava a longevidade do sistema. Afinal de contas, peça que não existe é peça que não quebra.
Foi então que a competente equipe decidiu criar uma tomada de força para a parte posterior da transmissão, modificando a árvore secundária do transeixo. Esta passou a ser oca, de maneira a acionar a carcaça do diferencial central com a parte externa e abrigar, em seu interior, o pinhão do diferencial dianteiro, como pode ser visto no vídeo abaixo:
Na prática, adicionou-se o menor número possível de componentes ao transeixo do Audi 80, curiosamente o mesmo utilizado até a presente data nos VW Parati e Saveiro. Criada a tomada de força, bastou substituir a suspensão traseira por eixo de torção pelo sistema McPherson, já amplamente utilizado tanto pela VW quanto pela Audi. Uma solução barata e eficiente: o projeto todo levou pouco mais de três anos do primeiro protótipo, construído em 1977, até a versão definitiva do Audi Quattro, apresentada no Salão de Genebra de 1980
Mais simples do que isso, impossível.
FB
Bacana o vídeo.
ResponderExcluirBitu, tu pegaste esse vídeo de algum Top Gear antigo né?
Muito bom Bitu, complementou perfeitamente o meu texto, com uma boa explicação.
ResponderExcluirObrigado.
Joel
ResponderExcluirAcredito que sim. Eu tinha esse vídeo guardado, fiz a edição e upload hoje.
FB
Opa!!! Devagar os três ai!!!
ResponderExcluirTem mais um texto meu que complementa um pouco mais essa história:
http://autoentusiastas.blogspot.com/search?q=torsen
Bitu, reconheci pelo apresentador, o feioso William Wollard.
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