É isso mesmo que o título diz: a foto acima foi tirada com um celular. Já aviso antes para que ninguém venha me dizer que sou um péssimo fotógrafo ou que a minha câmera é ruim. Infelizmente o talento do Paulo Keller não é transmitido por osmose, mas ainda assim somos obrigados a tirar leite de pedra em momentos como esse.
Quarta-feira é dia de ir ao Ginásio Municipal de São Bernardo do Campo para ver carros antigos, encontrar velhos amigos, comprar uma ou outra coisinha entusiasta, se empanturrar de porcarias e é claro, bater muito papo. Diversão que começa ao final da tarde e não raro vai até a meia-noite.
Vejam bem, trata-se de um singelo encontro semanal no ABC paulista. Descartando qualquer complexo de gata-borralheira, digo que é difícil ver alguma coisa realmente interessante: hot rods e rat rods bem montados, muitos Opalas (a maioria em estado apenas regular), alguns Dodges, Mavericks bem bonitos (e com motor V-8), alguns Impalas e Bel Airs surrados, vez ou outra um Oldsmobile ou um Mercury. Fuscas e derivados dominam a paisagem, com alguns Chevettes, Corcéis e Passats enfiados entre eles.
Só que hoje era um dia especial e eu nem sabia. Cheguei lá e logo de cara me deparo com esse Dodge Charger 1968, preto, com faixas "bumble bee" na traseira, rodas Magnum e pneus com faixa vermelha, tudo como manda o figurino. Uma espiada pela janela denuncia bancos individuais, um interior marrom e câmbio automático Torqueflite.
Decidi ficar ali até a hora do Charger ir embora, só para ouvir o som do motor. A dianteira baixa sugeria um pesado big-block, mas nem tudo que reluz é ouro. Debaixo daquele capô poderia estar um 383 ou mesmo um small-block LA, 340 ou mesmo um raquítico 318. Só mesmo o som do motor ou uma pergunta indiscreta tiraria minha dúvida.
Um misto quente, dois pastéis e duas Pepsis depois, lá pelas 23h00, o dono do Charger aparece. Dá a partida no bicho, abaixa o vidro e fecha porta. Surge a pergunta indiscreta: "o que há debaixo do capô???". E a resposta é curta e grossa: "um 440...".
E o felizardo some na noite, mas não sem antes andar os primeiros metros da Rua do Túnel literalmente de lado, atravessando toda a via. Coisas de quem tem 7,2 litros de cilindrada debaixo do capô.
FB
Ai meu coração !!!! Desde que comecei a assistir Dukes of Hazzard quando era moleque, enquanto almoçava antes de ir pra escola, não sou mais o mesmo. Dodge Chargers me fazem passar dias pensando em como arrumar grana pra ter um deles...de preferência um 69 com cãmbio manual e um 426. Mas não fico triste com este 68 440 não !
ResponderExcluirMOPAR OR NO CAR
That's a helluva ride, dude!
ResponderExcluirShow! Belo carro que fica 10x mais belo no Brasil.
Um classico, lindo demais..
ResponderExcluirAinda bem que esperou pra ver em Bitu. Ia ficar fulo da vida se não esperasse e depois soubesse que era um 440. heeheh
ResponderExcluirabs,
Bitu,
ResponderExcluirPode morrer de inveja, eu andei nesse Charger há menos de um mês atrás, aliás eu fui um dos reponsáveis em trazê-lo ao Brasil para o meu amigo Cléber, nem te falo o que é a sensação de acelerar esse big block...Se vc. quiser fazer uma matéria com ele, me passe um contato via e-mail que eu lhe passo o contato dele, o dono do carro mora em SBCampo, mas trabalha no Ipiranga.
Meu e-mail é:
buzian@gmail.com
Abração !!!
a foto dele, no evento de ontem, já está no www.carlendario.com.br
ResponderExcluirTrês lugares prováveis para achar um 440:
ResponderExcluir- na garagem do dono
- encontro de clássicos
- postos de gasolina...
Ah, se eu pudesse... Mas acho que ainda sou mais um Cuda ou Super Bee.
belo exemplar...e fora isso o enorme 440 fala alto ! rs
ResponderExcluirParabens pelo flagra Bitu
abraço
Fernando Gennaro
Hã,318 raquítico?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTa aí o que separa os meninos dos homnens.
ResponderExcluir318 é raquitico sim em seu "universo". Nunca andei de 440, porém andei num Dodge 390 da década de 70 (capado pela crise do petróleo), era um modelo de luxo, mais pesado que papo de cunhado, e mesmo assim assustava o torque e a pressão do seu corpo contra o banco quando acelera.
Se depois disso você andar num 318, mesmo naqueles Darts pelados e leves, vai achar tão emocionante quanto um campeonato de tranca.
[]s
Kleber
Kleber,
ResponderExcluirAgora eu posso falar, pois dirigi o carro das fotos, já tive vários Dodge, todos 318, e no ano passado realizei outro sonho, o de tocar um 426 Hemi, num Challenger SRT novinho aqui no Sul.
Os Big-Blocks são ESTÚPIDOS de acelerar, uma sensação absurda, comparável à decolagem de um Boeing, o bicho empina a frente, e se não controlar o pedal direito, destraciona fácil, e muito !!!!
O torque e a força são descomunais, e isso porque o Charger 68 tem uma preparação considerada "leve", com comando e quadrijet Holley de 750 cfm., do jeito que está deve ter mais de 400 cv. nas rodas traseiras, imagine se fuçar mais ainda !!!!
O dono do Charger tem um Dart 79 também com caixa Torqueflite, e olhar para os dois na garagem dá quase a mesma sensação de olhar um Dart em comparação a um Dodginho Polara...
Dodge Charger 1968 440' = Perfeição absoluta.
ResponderExcluirOlá Colegas!!!!!!!!
ResponderExcluirEste formidavél carro pertence ao meu irmão Cleber, é simplesmente um espetáculo dirigir este charger, um prazer que não tem como mensurar. Só dirigindo mesmo!!!!!!!!!
Ao entrar, sentar e ligar o seu 440, e o mesmo que voltar no tempo e estar junto na filmagem do BULLIT ( a maior perseguição do cinema )
Marcelo