O Plymouth Cricket foi vendido de 1971 a 1973 nos Estados Unidos, fabricado na Inglaterra. Era o Hillman Avenger na origem, no Brasil Dodge 1800, depois Polara.
Foi mais um carro que poderia ter outro destino na América do Norte, pois deixou de ser vendido antes da crise do petróleo de 1973 atingir seu auge. Como era muito mais econômico que um carro americano normal da época, seria sem dúvida mais vendido em anos posteriores.
Para os americanos, até mesmo a perua foi oferecida, coisa que não aconteceu no Brasil.Nesta propaganda abaixo, um exemplar preparado para rali, altamente atraente.
O motivo principal de deixar o mercado americano foi o mesmo que afligiu os primeiros anos do 1800 no Brasil: qualidade que deixava a desejar.
Carro simpático, como tivemos a oportunidade rara de presenciar por alguns anos, pois utilizamos um ano 1975 em casa. Dava problemas sim, mas tinha personalidade.
Hoje são raríssimos, infelizmente.
Abaixo, fotos recentes de um modelo 1972 como gostamos de ver, super-conservado.
Abaixo, fotos recentes de um modelo 1972 como gostamos de ver, super-conservado.
JJ
Juvenal
ResponderExcluirO Rogério Ferraresi tá vendendo o dele. Dá pra encarar?
FB
Bitu,
ResponderExcluirobrigado, mas não. Passo a vez.
Valeu !
JJ,
ResponderExcluirOs Argentinos não tiveram os coupes, e nós não tivemos nem o sedan nem a perua.
Adoro esse carrinho!
ResponderExcluirTive a oportunidade de dirigir um 15 anos atrás. Não estava 100% original, pois a pintura era nova, mas lembro que além de ter um bom torque, era bem macio, tanto nos comandos, quanto na suspensão.
Encarava bem a buraqueira de SP, e nem fazia os barulhos de acabamento que hoje os carros da GM, Peugeot fazem com apenas 2000km rodados...
Abs
Tenho planos de um dia ter um carro antigo nacional, e entre meus preferidos para realizar este sonho, está um Polara. Sempre gostei deste carrinho, mas creio que talvez uma frustração do passado seja um forte componente na razão desta escolha. É o seguinte: ele quase foi meu primeiro carro. Em 1983, louco para ter um carro (como todo garoto de 19 anos), estava de olho em um Polara 78, e tinha metade da grana. Meu avô materno, então, disse para minha mãe que iria me dar o resto do dinheiro (para mim ele não contou, seria uma surpresa), mas meu pai, que morria de ciúmes do sogro, não deixou, e meu avô, para não criar um atrito, acatou a vontade do meu pai. Não deixou meu avô ajudar, escondeu isso de mim, e também não tomou a atitude de me dar a grana. Tremendo sacana. Ter um hoje, seria uma forma de dizer ao meu pai, onde quer que ele esteja: "tá vendo? A porra do Polara que você não me deixou ter, eu comprei".
ResponderExcluirFreud explica. Alguém conhece um bom analista? He, he, he, he, he!
Milagre aquele sujeito,acho que se chama Roberto Zullino,não ter aparecido pra "malhar" o Dodginho rsrs,ele gosta de criticar os carros nacionais...rs
ResponderExcluirEmbora tido como "problemático", era eficiente, dentro do possível.
ResponderExcluirBom porta-malas, motor forte...
Um parente teve um dos primeiros em minha cidade. Pagou o alto preço do pioneirismo...
Recentemente, ví um ,provávelmente um 1978, bege, resgatado daquela viúva da cidade do interior, após anos parado.
Visívelmente retocado, pois qualidade não era o forte nas pinturas e latarias daquela época, mas ainda com personalidade.
Vale lembrar que era um 1.8, em um momento onde reinavam 1.4, com opcionais 1.6.
Um modelo difícil de se ver, mesmo em exposições de antigos!
MH
Onde morava tinha um Polara Branco, interior marrom, vidros verdes, automático... tudo isso num carro 1.8 e relativamente pequeno...
ResponderExcluirEra um sonho...
O interessante é o número de opicionais quando muito, na época era oferecido um rádio am/fm.
E já se vão, pelo menos, uns vinte anos...
Tallwang
Sou outro que curte um Polara. Desde pequeno acho o carro simpático. Até uns 15 anos ainda se via uns por aqui.
ResponderExcluirSenhorfes, tive 3: 1976 - ótimo. 1979 - Excelente - 1981 (Já VW) uma merda, pois queriam acabar com o carro. Era confortável, bem acabado, razoavelmente economico (um amigo meu tinha uma Brasilia e não se conformava da banheira ser mais economica que aquele lixo).
ResponderExcluirPois é, este artigo me atingiu em cheio.
É um carro que me é simpático. Sempre há a famosa história de que motor de Dodginho na retífica é lenda urbana. E, de fato, nunca ouvi falar de Dodginho com motor fundido.
ResponderExcluirConheci o caso de um cara que tinha um desses e um Astra. Qual não era a surpresa dele de ver que o Dodginho, carburado, com um conjunto de tração traseira que nem tinha tantas preocupações com perdas de transmissão, bem menos aerodinâmico e outros lances, bebia o mesmo que o Astra? E isso porque um Astra nem é tão mais pesado que um Dodginho, ainda que seja pelo menos uns 30 km/h mais veloz.
Infelizmente esse é um carro que aqui no Brasil foi vítima das burradas de própria Chrysler (ainda que também tenha sido vítima de burradas no exterior). Quando chamado de 1800, tinha a tal ferrugem de série e os erros de execução do projeto. Quando Polara, era um bom carro, mas já era vítima das burradas em nível mundial da Chrysler.
O que esse carro nos força a ver é que talvez os engenheiros de hoje estejam excessivamente presos a parâmetros que viraram quase dogmas. Naqueles tempos, um dos elogios ao Dodginho era por sua boa estabilidade, e isso porque estamos falando de um eixo rígido atrás e de um motor que fica bem à frente do eixo dianteiro. Também vejamos o quão contido é o tamanho externo, ainda mais quando vemos que hoje os carros estão ficando excessivamente grandes para a classe a que pertencem.
Não duvido que hoje seja possível fazer um carro de tamanho médio-pequeno (ou mesmo médio-grande) com tração traseira, motor o mais possível entre os eixos, distribuição de peso 50-50, suspensão traseira independente, bom espaço interno, nada de assoalho protuberante (vide os assoalhos da Subaru, que projetam-se pouco para dentro, mas permitem passar um cardã que gira o tempo todo) e que não custe o preço de um BMW Série 1. As pessoas deixaram de comprar carros de tração traseira não porque foram cerebralmente lavadas para acharem carros de tração dianteira melhores, mas porque quem fabrica (ou fabricava) carro de tração traseira começou a se descuidar em aspectos que modelos anteriores gerenciavam muito bem. E paralelamente, os carros de tração dianteira acabaram por evoluir e oferecer essas coisas que todo mundo que dirige (aqui, independentemente de se tratar carro com entusiasmo ou como eletrodoméstico) gosta: espaço interno, tamanho contido, boa dirigibilidade, nada de protuberâncias excessivas no interior e por aí vai.