Meu trabalho para a revista Tempo, da Sky TV, seria acompanhar um rali de carros antigos na região de Bariloche, Argentina, o 1000 Millas Sport. É um rali oficial da FIVA – Federação Internacional de Veículos Antigos – constituído de três etapas e seria realizado entre 19 e 21 de novembro deste ano. Bárbaro!
Há tempos que eu queria fazer isso e a revista topou. Eu precisaria de um carro pra seguir o rali e pedi um à Toyota, que pronta e gentilmente colocou um Corolla à nossa disposição em Buenos Aires. Fiquei contente e torci para que fosse um com câmbio manual, já que eu pegaria boas estradas e teria que mandar a lenha para acompanhar carros esporte e se possível passá-los para os fotografar. Pra isso o câmbio manual é melhor.
Voamos, minha mulher e eu, para Buenos Aires e, no dia seguinte, fomos à agência da Toyota da Calle Libertador onde a Ximena simpaticamente nos recebeu e logo nos trouxe um Corolla de câmbio... manual! Uêba! Eu estava com sorte.
Dali pegamos a Ruta 5 e lenha para Santa Rosa, a capital da Província de La Pampa, distante 605 km de Buenos Aires. Tudo plano e retas longas, pista simples, pouco movimento, sendo que a maioria era caminhões, mas todos guiando muito bem e sem aprontar burrices. E nada de buracos. Na verdade, não vi um raio de um buraco nos 5 mil km que rodamos na Argentina. Creio que eles são provocados por meteoros e esses meteoros cismam de despencar no Brasil, vai saber, ou vai ver que buraco é sinal de progresso, já que dizem que o Brasil está economicamente melhor que a Argentina, apesar de eu achar que os hermanos chiam bastante mas vivem melhor que nosostros.
Não há radares na estrada, a não ser quando ela cruza alguma pequena cidade, algum pueblo, daí que é todo mundo que tem carro novo mandando a lenha, acima de 140 ou 150 km/h, sem problemas, sem acidentes, sem drama algum. Logo percebi que ATENÇÃO: eles dão um tremendo sinal de seta errado. Veja: numa pista simples, se um caminhão mais lento à sua frente der sinal de seta à esquerda, que aqui no Basil é sinal para você ficar na sua e não ultrapassá-lo porque vem gente no sentido contrário, pra eles é sinal para você passar!!! E o inverso ocorre quando for sinal para você não passar, ou seja, se ele der sinal com a seta da direita, não o passe, porque vem vindo gente do lado de lá. CUIDADO, portanto. Talvez essa mania tenha a ver com o fato de lá, antes da 2a Guerra, a mão das vias ter sido à inglesa, vai saber...
Só sei que é assim e é melhor não discutir, assim como é melhor deixar eles falarem que o Maradona foi melhor que o Pelé. Eu deixo eles falarem isso, mas em seguida pergunto quem foi esse tal de Maradona que eu nunca tinha ouvido falar. Aí eles ficam lascados e eu saio por cima. Acho errado o jeito deles, pois os caminhões, e mesmo você, acabam não dando sinal quando vão frear para entrar num posto de gasolina, por exemplo, pois poderiam estar avisando para não o ultrapassarem e aí bagunça tudo. De qualquer jeito, fique esperto se for guiar por ali.
Lá esse lance é ao contrário e boa. O melhor é não dar bola para esses sinais e nem usar o pisca-pisca. Logo me surpreendi com a pouca sede do Corolla, pois eu rodava acima de 150 km/h o tempo todo e com ar-condicionado ligado e o consumo ia por volta de 11 km/l, quando aqui no Brasil com essa nossa gasolina batizada de álcool ele não rodaria mais que 9 km/l. Fiquei encafifado, pois se isso for a realidade, quase todo o álcool (25%) que é adicionado à nossa gasolina é jogado fora. Um crime. Um crime de lesa-pátria. Vou checar isso e isso não vai ficar assim não. E tem outra, lá a gasolina custa o equivalente a R$ 1,35 o litro, apesar de eles importarem petróleo e aqui sobra gasolina de montão e a exportamos a uns R$ 0,60 o litro.
Outro crime de lesa-pátria. Mas vai ver que brasileiro é rico pra caramba e podemos arcar com esse besteirol de nossos governantes. Parece que os nossos governantes gostam demasiadamente de álcool. Aqui, na certa o preço da gasolina não abaixa para não quebrar o álcool, e nós, trouxas, pagamos por essa asneira. Mais alguns preços: metrô a R$ 0,55 e trem suburbano também. Pedágio, pouquíssimos, variando de R$ 0,50 a R$ 2,00. Táxi a um terço dos daqui, pelo menos, daí que há muitos táxis e muitos com passageiro, já que os usam mais. Ligações telefônicas a um quinto do custo das daqui.
Me senti explorado no meu próprio país, além de mais irado ainda quando vejo o povo daqui pagando um transporte público 5 vezes mais caro, além de pior. Todos os ônibus de Buenos Aires têm câmbio automático. Isso cansa muito menos o motorista e ele acaba dirigindo melhor, além do que esse câmbio dá menos tranco para os passageiros que vão em pé, principalmente as velhinhas, que ao subirem num buzum já colocam a dentadura na bolsa com medo dela sair voando pela janela. Já falei isso pessoalmente para nosso prefeito Kassab, mas ele, muito politicamente disse que mandaria ver se há um estudo a respeito. Na certa não há estudo algum, porque essa turma não está nem aí e eles têm mais o que fazer, ou seja, têm que, entre os cafezinhos, se divertirem bolando novos jeitos de nos arrancarem o couro.
O Corolla foi é muito bem. Só não gostei da direção excessivamente leve e rápida, além do pedal de freio excessivamente abrupto, sem progressividade, daí que esses três fatores nos deixam sempre de sobreaviso e nos cansam um pouco. Falta modulação nesses comandos e não aceito virem me dizer que eu, a Porsche, a Ferrari e a Alfa Romeo é que estamos errados.
O motor de 1,8 litro é elástico e bom de giro, cortando a 6 mil rpm, e é incrivelmente silencioso e suave. Bom, bom e bom. Suspensão excelente, macia e firme, e lá ele é um pouco mais baixo que aqui, já que não há a buraqueira daqui e só uma ou outra discreta lombada (nunca no meio de uma estrada, como há aqui, ótimas para provocar acidentes). Notei certa tendência dele em sofrer rear-lift quando acima dos 160 km/h. Veja, cruzamos um deserto que não é deserto, mas sim tundra, plano feito o pensamento de uma loira, onde uma reta tinha lá bem uns 200 ou 300 km. Retão de amarrar o volante com uma corda, feito navio antigo, e tirar uma soneca. Nessa reta cruzamos com uns 20 veículos, no máximo. A polícia local coloca uns carros amarfanhados em cima de tocos pro motorista medrar e ficar alerta, além de várias placas avisando: “Olhe, fique esperto, não durma, se tiver sono encoste e cochile”, etc, porque quem tem sono ao volante, o que não é o meu caso, dorme facinho.
Essas placas, assim como todas as outras, estão cravejadas de tiros. No Havaí colocam alvos abaixo das placas, já que não tem jeito e o chumbo voa. Daí que 160 km/h é normal numa estrada dessa. Minha mulher, que é bem calminha, quando tocava ia a 140 km/h e volta e meia dava bobeira e ia para os 150 km/h, e tudo bem. Nada de loucura. A 5ª marcha do Corolla achei um pouco curta para estrada, mas ela está certa, pois ela a 6.000 rpm atinge 190 ou 200 km/h, o que está mais do que bom para um sedã familiar de 4 cilindros.
Bancos bons e confortáveis, de boa ergonomia. Chegávamos de longas viagens sem quebradeira. No dia seguinte saímos de Santa Rosa, passamos por esse deserto tundra da tal reta infinita e passamos por Neuquén, capital da Província de mesmo nome, onde almoçamos feito dois jagunços chegados da refrega e depois de barrigas estufadas tocamos até Bariloche, e isso deu 990 km. Faltou 10 km pra inteirar os mil. Resumindo, foram 600 km num dia e 1.000 km no outro. Moleza pro Corolla, mesmo com um tremendo vento lateral que pegamos em metade da segunda estirada, um vento que calculo em uns 40 ou 50 km/h, um vento frio que corria dos Andes para o deserto, devido, calculo eu, ao ar que esquentava no deserto e subia, e nessas vinha o ar frio da cordilheira pra tomar o seu lugar – e nós de Corolla no meio dessa transumância toda de ar.
E tomem cuidado também com os “dinossáurios”, em especial com o argentinossáurio, que, segundo os argentinos, foi o maior dinossáurio que já viveu na face da Terra. Lá eles têm o maior anão do mundo também, que tem 2,10 metros de altura, mas uns 300 km antes de chegarmos a Bariloche vimos lá uma placona comida por uma enorme dentada de dinossauro e, apesar dos arrepios de temor da Vera, eu estava meio esquentado e parei o carro e fui todo macho procurar o raio desse bicho. Vai aí o filme do rolo que deu. Escapamos do bicho e seguimos a Bariloche. A uns 100 km de Bariloche a estrada entra por uma garganta e se espreme ao lado de um rio maravilhoso cor verde esmeralda, de águas límpidas e transparentes a ponto de vermos pedras e tocos lá no fundo; água gelada de doer.
O Sol já ia se pondo e os contrastes entre sombra e luz foram ficando cada vez mais marcantes e as silhuetas mais definidas. Álamos eretos formam cercas-vivas protegendo pequenos sítios estabelecidos nos baixios férteis da beira-rio. Gado gordo e cavalos de sangue Crioulo grossos feito troncos e, por já estarem no verão, seus pêlos ruços de inverno já haviam caído e sua nova pelagem viçosa brilhava de saúde. Cachorros peludos de monte. Todos soltos e felizes, muitos na caçamba das caminhonetes tomando vento na cara, inseparáveis de seus donos. Molecada de rosto corado e olhar vivo, curioso, roupas sujas o bastante para encantadoramente evidenciar a sua alegria e saúde.
Em Bariloche ficamos no Hotel Casita Suiza, um pequeno hotel e restaurante a três quadras do Centro Cívico, o centrinho da cidade, e que eu já havia ficado uns trinta anos atrás e que continua o mesmo bom e aconchegante hotelzinho com ótimo restaurante. Pagamos 95 reais, o casal, por noite, e o jantar para dois saía por uns 40 reais, e notem que o restaurante era gourmet. Barato, não?
O rali foi espetacular, 138 carros antigos, desde Bugatti tipo 37 original a Ferrari Daytona, mas, infelizmente, porém, justamente, a revista Tempo, da Sky, tem a exclusividade dessa matéria e não posso adiantar o assunto. Só sei que ainda não oficialmente passei a representar aqui o rali 1000 Millas Sport e tenho dicas para que a participação tenha custos mais reduzidos e creio que ano que vem monto uma barca de brasileiros autoentusiastas pra lá e quero ver quem é que tem peito que nem eu de encarar aquele dinossáurio ali.
Ah! Não sei quantos cv tem o Corolla, mas sei que anda muito bem e quem fala que anda pouco é porque não sabe guiar. Não sei quantos kgfm de torque ele tem, nem em que faixa está, mas sei que é muito elástico. O carro viajou meio vazio, leve, daí coloquei 30 libras de pressão na frente e 28 atrás, e assim ficou porque ficou bom, já que ele curvava direitinho, quase escorregando com as quatro, com pouca tendência de sair de frente, gostoso de curva. Um ótimo carro, pois, acima de tudo nos inspirou muita confiança e nos deu muito conforto, mesmo enfrentando temperaturas com extremos de frio e calor, além de vento e poeira. E gastou pouca gasolina.
Nossos sinceros agradecimentos à Toyota.
Nossos sinceros agradecimentos à Toyota.
Que maravilha de relato amigo Arnaldo, deve ter sido um passeio muito legal mesmo.
ResponderExcluirAh essa mania de grandeza dos argentinos...coitados deles, nós temos os senadores mais caros do mundo (33 milhões anuais), temos a maior carga tributária sobre os carros - para ficar só nisso - de todo o planeta, temos o maior batalhão de salafrários do universo conspirando o tempo todo contra o país e eles se acham os maiorias...rs; eles tem muito que aprender ainda.
Sobre o Toyota, esse é um carro que aprendi a gostar com o tempo, quando foi lançado o modelo atual, eu o achei desapontador em relação a toda aura de modernidade do novo Civic na época. Mas com o tempo, fui simpatizando com o visual mais parrudo, com o acabamento interno, com as janelas estreitas traseiras, com o cuidado aparente em toda a sua montagem e desencanei do Honda...só falta eu colocar a mão em um Corolla desses para experimentar se as minhas sensações lúdicas não estão erradas.
Ele passa com facilidade sim dos 200 por hora nos testes simulados (209 reais na verdade com álcool e manual), e com 136 cavalos movidos a combustível vegetal, parece que é um motor muito equilibrado, girador e suave como todo japonês que se preze. Eu mesmo ando munido agora de um 1.8L da Nissan e o bicho sempre me surpreende no tocante a facilidade de manter ritmos bastante elevados em estradas boas sem consumir muito combustível, realmente esses motores modernos são bem interessantes.
Obrigado pelo relato Arnaldo, muito interessante mesmo.
Realmente o Brasil precisa comer muito feijão para chegar o que é a Argentina.
ResponderExcluirSobre eles chiarem muito, mas viverem melhor que nós, é justamente por chiarem muito que eles vivem melhor. Governante lá, independente de tendência ideológica, sabe que se não ouvir a voz das ruas é pedir para ter panelaço feito de maneira descentralizada, organizado via SMS.
Tudo bem que a Argentina de hoje ainda está às voltas com a quebra de 2001, que jogou para a miséria mais da metade da população. Porém, há coisas que miséria alguma tira, como o conhecimento adquirido. E nisso, temos de tirar o chapéu para eles, justamente por valorizarem a educação e a aquisição de saberes. O senão é que a indústria argentina é menos eficiente que a nossa, mas se você puser esses argentinos altamente educados em uma indústria com nível de eficiência brasileiro, rapidamente você veria essa indústria funcionar melhor que a brasileira.
Também é bom saber que por lá valorizam a condução segura mais do que a velocidade em si e que os radares lá não se proliferam como aqui, talvez sob pena de panelaço.
Já sobre a inexistência de buracos por lá, é a prova feita e acabada de que o Brasil carece de boa construção de estradas, não de asfaltamento em si. Outros relatos que li de estradas na Argentina falam de pistas cascalhadas que são melhores do que muita estrada asfaltada por aqui. Já vi umas estradas de terra boas em Mato Grosso, mas eram bem exceção em relação a todas as estradas de terra que conheço no Brasil.
Talvez boa parte de nós, brasileiros, iria se sentir muito bem se morasse na Argentina, em que pese o tal lance da população ter ficado miserável da noite para o dia e ainda sentir esses efeitos. Quando muito, teríamos de nos acostumar com os sinais opostos dos caminhoneiros. Se bem que nesse caso é preciso dar um desconto, pois esses lances de sinais na estrada são coisa criada de maneira informal e que vão se espalhando.
Já sobre freios de carros não terem modulação, realmente é um mal desses carros. Tenho um Civic e é a mesma coisa. Passou da hora de os fabricantes japoneses incluírem esse detalhe ridiculamente simples, pois melhora sobremaneira a qualidade da frenagem e faz com que se chegue menos vezes ao ponto de se acionar o ABS. Aliás, os carros com ABS que guiei tinham modulação no freio e nunca senti o sistema trabalhando, justamente pelo fato de a modulação permitir que se dose bem a força. Some-se isso a um cilindro-mestre bem eficiente e a parada ocorre em espaço bem curto.
Não é preciso falar só de Porsche, Ferrari e Alfa. Aqui no Brasil, dá para modular sossegadamente freios de carros de Fiat, GM, Ford e VW, assim como os de carros das newcomers europeias.
Que relato gostoso e sincero!
ResponderExcluirArnaldo
ResponderExcluirDefinitivamente, você é um cara que não existe.
Ma acabei de rir com esse videozinho no final. Hilariante, só você mesmo.
FB
Mister Fórmula Finesse
ResponderExcluirCarro gostoso o Corolla, mas sem pretensão alguma. De tão eficiente chega a ser chato.
Ao volante, o Civic empolga mais, mas isso não é novidade pra ninguém.
FB
Texto perfeito,engraãdo sem exageiros.A viagem deve ter sido muito bacana,apenas dos "Dinossáurios",rsrsrsr.
ResponderExcluirTambém rachei de rir com o vídeo..
Arnaldo , é parece que o tal do de Gaulle tava certo infelizmente , já estive por essas bandas , belo asfalto , o que achou das ruas de placas de concreto que tem em algumas cidades por aí?
ResponderExcluirArnaldo, se esse dinossauro dançador de tango está te incomodando, é só avisar que a gente dá um jeito nele e faz um churrasco de brontossauro... Vilmaaaa!!
ResponderExcluirBacana, Arnaldo! Gostei muito de ler esse seu post, que me trouxe boas lembranças de uma viagem de automóvel que eu fiz
ResponderExcluirà Argentina há alguns anos. Realmente, dirigir por lá é uma delícia.
Como eu dispunha de pouco tempo, despachei o carro via cegonha de SP a POA, e inverti o processo na volta. Assim, com menos de um dia de estrada, eu já estava no Uruguai, onde o asfalto é tão bom quanto o argentino. Em 12 dias de viagem, deu pra passar por Punta del Este, Buenos Aires, Mar del Plata, Balcarce (passagem obrigatória, pois é lá que fica o Museu Fangio), Tandil, e de volta a Bs.As.(e ao Brasil). Recomendo MUITO essa viagem para quem gosta de dirigir e curtir paisagens bem diferentes das que temos por aqui.
Muito legal mesmo o texto, uma mistura perfeita entre viagem, autoentusiasmo e um toque de humor na medida corretíssima!
ResponderExcluirMas esse vídeo no final é totalmente imprevisível!!! Ao ler o texto, não se tem a menor pista do que vai acontecer... Ótimo!
Fiz uma viagem rápida a Buenos Aires em setembro e gostei muito do que vi lá. Gente introspectiva, mas bem educada. São solícitos com turistas (sabem que turista = $, ao contrário de muitos lugares do Brasil que pude visitar). Achei a cidade bem limpa e bem cuidada, pelo menos na parte que andei lá.
ResponderExcluirFiquei particularmente impressionado com a quantidade de carros com pequenas batidas, como relatado no post do MAO. Lá eles realmente não parecem ligar pra isso, mas andam impecavelmente bem vestidos na rua. O táxi é realmente barato, só usei metrô lá 1 vez, e mais por curiosidade do que por necessidade.
Tenho vontade de viajar de carro por lá, conhecer o interior. Devem ter umas paragens bem interessantes.
Quanto ao hábito dos argentinos de ficarem contando vantagem, eu deixo pra lá...contanto que tenha uma garrafa de 2 pints de cerveza Iguana na mesa e um bife de chorizo mal passado pra eu triturar. Pra fehcar, uma casquinha de sorvete de doce de leite e tá resolvido o assunto!!! Eles podem até achar o Maradona melhor que Pelé que não faz a menor diferença...hehehehe
Agora, esse vídeo do Arnaldo correndo do "Dinossáurio" ficou hilário!!! Muito bom mesmo!!!
" Plano feito o pensamento de uma loira "
ResponderExcluirE agora ,Arnaldo : se a patroa lê o Blog, tu vai correr AINDA mais depresa e pelado que do Dinossauro...
Excelente mesmo, parabéns!
OBS: O Bob Sharp testou os carros com gasolina 25 % e gasolina pura. O carro foi quase 1 segundo melhor no 0 a 100 com 25 % de alcool que com a pura e gastou só um pouquinho mais...
Legal esse relato sobre os hermanos.
ResponderExcluirRí demais com o vídeo do "dinossáurio" e o anão de 2,10 m.
Amigos,
ResponderExcluirDeu pra ver que sou ligeiro e não é qualquer dinossáurio que me pega. Faço o Zero a 100 fôlego em 9 seg.
Legal que tenham gostado do vídeo, pois me arrisquei pacas.
O Voyage feito aqui, lá custa R$ 24 mil, motor 1600 com ar-cond, etc, etc, completo.
Quanto ao consumo, ainda preciso verificar melhor. O teste do Bob pode ter sido feito com um motor flex e esse pode não estar perfeitamente adequado para a gasolina pura. Vou conversar com ele a respeito. Tenho quase certeza que a cagada é monstruosa, me desculpem a expressão, mas é que melhor expressa.
Quanto a viajar pela Argentina, fiquem certos que cansei de mandar a lenha, matei a vontade, que nem cachorro que vc solta na praia. Ali dá gosto guiar. esqueçam as autobahns, que é cheio de gente. aqui no vizinho é melhor. Vazio e lenha, e paisagens deslumbrantes. Quem quiser dicas, me peça, pois é moleza e não tem erro.
E tem outra: o automobilismo lá é sério e tem muito público, e não é ridículo como a nossa Estorque-Car.
Como diz o Bob Sharp, parece que uma nuvem de estupidez baixou por aqui e está dominando a área.
Agradeço os comentários, concordo com todos, e fico muito contente com o apreço que têm por mim. Obrigado.
Impagável,
ResponderExcluirBelo post, só não entendi aquele cara correndo de cuecas...
CZ
Zilveti,
ResponderExcluirDois. Acho que foi hiperventilação da cuca do Arnaldo, excesso de oxigênio, ar muito puro...
Arnaldo,
ResponderExcluirHá muitos anos, no Rally da Argentina, estávamos com dois Gols e um dos apoios era numa cidadezinha chamada Santa Rosa de Calamuchita, nas serras de Córdoba. Quando cheguei lá e vi o rio que cortava a cidade, parei o carro e desci até o rio. Tomei aquele água límpida e com gosto de água-água. Nunca me esqueci disso.
Depois, no ponto de apoio, vi uma senhorinha, velhinha, baixinha, rondando o nosso espaço, até que ela, perto da pilha de rodas completas com pneus, perguntou para mim: "Estas cubiertas son Pirelli?" Essas coisas só na Argentina mesmo; aqui, impossível.
Que vontade de fazer uma viagem igual ( só que eu teria que pagar ao invés de receber por ela)!
ResponderExcluirA respeito dos piscas, lembrei do filme "Encurralado" (Duel), tem uma cena que o caminhoneiro dá sinal pra esquerda, o bocó no Plymouth vai ultrapassar e quase dá de cara com outro carro. Ou seja, nos EUA é como na Argentina?
McQueen
Ótimo texto! Nosotros hermanos estão anos luz a frente da civilização tupiniquim. E saber que das fábricas brasilerias só saem nossos modelos top de linha rumo a terra platina para ser vendido mais barato que nossos básicos.
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirbelo post!!
essa semana está dificil decidir qual vai ser melhor
agora o melhor video da semana já está definido!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
bela viagem Arnaldo...muito legal !parabens pela cobertura !
ResponderExcluirAbraço, Fernando
Arnaldo,
ResponderExcluirtu é xarope mesmo camarada ! esse vídeo é absurdamente comédia.
Quanto a sermos explorados em casa, é claro: não somos ainda um povo, somos apenas um amontoado de gente. Precisamos aprender mais com os hermanos que batem panela e reclamam para valer.
Ah, mas deixa. Não vai ser na próxima década que vamos parar com as bobagens que nos assolam: carnaval, futebol e novela.
Vai demorar, mas sairemos dessa inércia e ignorância, meu amigo.
AK,
ResponderExcluirGrande relato! Sensacional viagem.
Mais um exemplo de discrepância entre nós e os hermanos é o tour pelas Cataratas do Iguaçu. A visitação do lado argentino das cataratas, incluindo passeio de barco, sai por cerca de 1/3 do valor cobrado no Brasil, que inclui somente a visitação a partir daquelas passarelas sobre as quedas d’água.
E sobre o vídeo... Simplesmente os produtores da franquia de filmes Jurassic Park perderam um grande ator principal...
Abraço e sucesso!
"Logo me surpreendi com a pouca sede do Corolla, pois eu rodava acima de 150 km/h o tempo todo e com ar-condicionado ligado e o consumo ia por volta de 11 km/l, quando aqui no Brasil com essa nossa gasolina batizada de álcool ele não rodaria mais que 9 km/l. Fiquei encafifado, pois se isso for a realidade, quase todo o álcool (25%) que é adicionado à nossa gasolina é jogado fora. Um crime. Um crime de lesa-pátria. Vou checar isso e isso não vai ficar assim não."
ResponderExcluirAK, vou relatar o consumo de meu Palio Fiasa 1.0 mpi pra se ter uma ideia disso:
Atualmente, com nossa gasolina (G80 E20), tenho obtido 10,25 km/l no percurso costumeiro.
Partindo da sua premissa de que o etanol é "jogado fora", com a gasolina de algum tempo atrás (G75 E25), o meu consumo teria de ser 75 / 80 * 10,25, ou seja, 9,60 km/l. Pois é, minha média à época era justamente essa!
Para quem fala em "sustentabilidade", termo muito em voga e que certos ativistas consideram "antiautoentusiasta", há de se considerar que esse etanol adicionado à gasolina, complementamente desperdiçado, implica ocupação de terras que poderiam ser utilizadas desde para produção do mesmo etanol (para uso sem desperdício em fins mais nobres), alimentos ou mesmo preservação de florestas...
Só atualizando
ResponderExcluirA gasolina de la agora tem de 5 a 10% de etanol.
Os melhores carros para se usar com a gasolina de lá são os Renault HiFlex (foram projetados para andar com a gasolina de lá também).
Depois desses, são os com taxa de compressão mais baixa, como o Corolla do teste que em 2009 tinha 10:1
A gasolina comum de la não tem mais chumbo, recomendo usar em carro carburado ja que a maioria tem uma taxa menor.