Contrapondo o post do Bob, a Quatro Rodas de fevereiro veio com uma reportagem de capa sobre a vantagem de comprar usados. Listou alguns modelos mais caros com 2 anos de uso em média (vários ainda em garantia) e comparou com novos que custariam o mesmo dinheiro. De fato há opções interessantes, como um Fusion, um sedã grande, por pouco mais de 40 mil, preço de um Siena ELX 1,4 0-km. Claro que deve entrar na conta o IPVA, nem sempre proporcional ao valor de mercado, o seguro, e a manutenção quando a garantia de fábrica findar.
Por outro lado, andei pesquisando preços de usados para comprar, já que investi o dinheiro da venda de nosso carro em um imóvel (ainda bem que temos o carro da sogra à disposição) e não queria gastar muito agora. Na faixa de carros menores, fica difícil não pensar em um 0-km, por tudo que o Bob elencou em seu texto, e, principalmente por conta da diferença de preços que observei. Unos com mais de 10 anos de uso (e sabe-se lá que uso) custando metade ou mais do que um zerinho. Um Clio com quase 7 anos de uso por quase 2/3 de um novo. Ora, é verdade que eu não quero gastar muito, mas vale a pena economizar 10 mil reais agora (ou menos, já que tenho cartão Afinidade Fiat e um descontinho legal; falo sobre isso em outro post), que podem ser financiados a taxas de juros mais vantajosas, e daqui a pouco ter que trocar pneus, amortecedores, correia dentada, e mesmo assim andar em um carro que nunca vai ser igual ao novo? Vale a pena abrir mão de melhorias que muitos modelos recebem ao longo da vida e só estão disponíveis nos novos? Vale a pena abrir mão da garantia?
Por isso, pergunto: carro usado, no Brasil, é barato ?
É como medicos sempre dizem "Cada caso é um caso".
ResponderExcluirDepende muito mesmo, veja meu caso.
Cotei um Corsa Premium Hatch 1.4 completo, quanto ? R$45000,00.
Nessa mesma reportagem da 4R tem o preço dos primeiros NewCivic, mesma faixa de preço do Corsa zero.
Sem duvidas, o que voces preferem ?
Alexandre, cada usado é um caso em particular. Não dá pra generalizar.
ResponderExcluirSe carro zero é tudo igual, carro usado é de total individualidade.
Como todo equipamento, a vida útil dele depende da forma como foram feitas as manutenções.
Duas coisas que qualquer dono de carro precisa ter é a noção da relação de vida útil x desgaste, e quanto uma peça desgastada acelera a vida dos demais componentes do mesmo conjunto.
Para a primeira, engenheiros costumar dizer grosseiramente que "em 90% da vida útil, as peças tem 10% do desgaste". Isso é pra ilustrar como as peças aceleram o desgaste no fim da vida útil.
Em sistemas de manutenção de alta confiabilidade como a de aviões, peças são substituídas antes do fim da vida útil, e, em algumas situações, sistemas inteiros são trocados para que não haja diferenças de vida entre componentes.
Sabendo programar, um automóvel mantido de forma parecida com um avião tem custo de curto prazo aparentemente caro, mas que fica barato a longo prazo.
Usado está barato por causa da crise, e porque o preço do carro novo ficou menor devido ao IPI. Em 2007 pagaram o preço apenas 2500 reais a menos que a FIPE na troca por um novo. Sabe o que aconteceu agora? Nem o carro eles querem, nem pagando 1/3 do preço FIPE!!! O mercado esta bom para quem vai comprar sem fazer troca, os carros novos estão muito mais baratos, se chorar então...
ResponderExcluirAndré, por isso mesmo, no caso de carros mais baratos, é que o novo pode ser uma opção melhor. É claro que se o usado é de gente conhecida, de preferência primeiro dono, a coisa muda de figura. Esse Clio que estamos usando veio pouco rodado do primeiro dono, sogro de meu irmão, um médico que não entende muito de carro, mas faz a manutenção básica que deve ser feita. Está conosco há uns 2 anos, e não deu nenhuma dor de cabeça, ou despesa maior. Economizamos os tais 10 mil reais (por aí) e valeu a pena. Mas de um modo geral, o que se vê por aí é carro mal tratado, e com preço relativamente alto para o desgaste que já sofreu, já que sabemos que manutenção padrão aeronáutico em automóveis ninguém faz.
ResponderExcluirLeonardo, eu prefiro o Honda. Mas há anos atrás, minha tia queria comprar um Astra com uns 2 anos de uso. Recomendei a ela um Corsa sedan 1.6 completo, modelo anterior a esse que você cita. Ela resistiu num primeiro momento mas topou. Pega estrada toda semana, 100 km pra lá, 100 km pra cá, já está com mais de 60 anos. O carro nunca deixou ela na mão. Resultado, trocou por um sedan 1.4 desses novos. Nem olhou para carros maiores usados.
ResponderExcluirAmigos,
ResponderExcluirComo eu disse noutro post, tenho outra dúvida além da “usado x zero”...
Numa situação hipotética com equivalência entre o estado dos carros e ano (2002, por exemplo), qual seria a melhor escolha: Focus Ghia hatch (manual) ou Vectra CD 2.2 16V (manual)? Desconsiderando, é claro, a proposta dos carros (hatch e sedan).
A opinião dos senhores me seria importante.
Abraços a todos.
Marlos, se os dois estiverem bem conservados e pouco rodados, acho que o Focus é mais carro. Bem mais moderno, dinâmico, econômico... Mas o visual do Vectra antigo me cativa. Ainda mais se for o Challenge.
ResponderExcluirCarro zero x carro novo, com os pequenos até 1.4 sempre serão vantajosos comprados zero pois a depreciação é bem menor e os modelos semi novos se aproximam muito em preços dos zerados.
É onde entra o caso do Cruvinel.
A reportagem da 4 Rodas mostra o outro lado, dos carros top. Nesses casos acredito que seja mais jogo pegar um semi novo pois a depreciação é alta, geralmente os carros pouco rodados, na garantia e teoricamente com boa manutenção.
Primeiramente, é um prazer estar participando desse blog.
ResponderExcluirOlha, fui fã de carros antigos até o ano passado. Tive uma Parati GL 90 e depois uma GLS 94/95. No meu ver, carros tão bons quanto os médios pequenos de hoje, principalmente a GLS que era completa. Mas o custo de manutenção era altíssimo. Hoje vejo isso com mais clareza. Eu gastava algo em torno de 400 a 600 reais por mês em melhorias e manutenções. E se não era uma "manutenção aeronáutica", era bem próximo disso. Em setembro comprei um carro zero e pretendo, a partir desse, só adquirir outros zeros. Um antigo, no futuro, só por prazer. Mas só fui ter essa percepção (apesar de ter lido e ouvido muito a respeito) quando tive o meu próprio carro zero. Abraços a todos.
Marcus Vinicius
Marcus, 600 r$ por mês? Tem certeza que seu mecânico não estava te passando a perna não? Meu pai gasta em média R$600 por ano de manutenção num Niva. Como todos sabem, apesar de ser um carro aparentemente robusto, sua mecânica é muito frágil.
ResponderExcluirQuanto ao papo de comprar carro popular usado, acho que não vale pois são muito valorizados. Um Mille Fire a gasolina 2005 (frente nova) usado em 2006 custava R$19mil. Um novo, Flex custava R$21mil. Agora, "aceite" um carro com 3 ou 4 anos de uso e veja como não dai bom negocio. Como disseram aqui ou em outro post, com um Tempra de R$11mil você consegue o conforto que popular nenhum até 30mil te dá. Quem está preocupado com valor de mercado, depreciação, revenda, etc, não tem o que discutir. Compre um Gol e seja feliz.
Cmprei um corsa 1.4 completo, com farois de neblina e Rodas de liga e paguei 38.000, COM IPI. Esse que você viu por 45.000,00 não existe... prcure em outro lugar...
ResponderExcluirAhhhh prefiro o carro 0KM. Esse new civic pode ter sido batido ou estar com algum problema cronico. Conheci um cara que comprou um ZAFIRA automatica que estava com a caixa de cambio FUDIDA. Gastou R$ 5.000,00 para colocar o carro na rua de novo depois que ele parou de uma vez...
Prefiro sossego e tranquilidade do que problemas...
abraços
Marcus,
ResponderExcluirDeve ter algo errado com esse valor de R$ 600/mês, principalmente se tratando da Parati, um carro de manutenção não tão cara, por mais "aeronáutica" que ela seja...
Tenho uma Elba 91 (motor argentino e peças claramente mais caras que as da Parati) e, incluindo licenciamento anual (já não paga IPVA), não chega a esse valor nem mesmo em um ano! Talvez o serviço mais caro que eu tenha feito foi a troca da embreagem e retífica da caixa e, mesmo usando peças originais, não chegou a R$ 450, incluindo a mão-de-obra.
Além do Tempra, existem outros bons carros bem em conta como o Omega, Tipo, Astra (1º modelo), Marea/Brava, Parati Crossover 1,0 Turbo, Passat (alemão), etc. O problema é encontrar um em bom estado, visto que muitos são adquiridos por pessoas que não têm a menor condição de manter o carro e só compram mesmo pelo baixo preço, apenas deteriorando-os enquanto são "donos".
Todo mundo: considero o raciocínio como o expresso em Quatro Rodas (não li, estou me baseando em vocês) totalmente fictício. Imaginem o que aconteceria se a maioria partisse para carro usado em vez de novo: seu preço iniciaria movimento de subida. Não faz muito tempo (1994) a procura por Corsa Wind era tal que um usado valia mais que um zero-quilômetro. É evidente que cada caso é um caso, como disse o André, mas em geral comprar carro usado é comprar aporrinhação. Principalmente para quem é exigente, como eu.
ResponderExcluirAlexandre C: caro, pois tudo é reflexo dos preços abusivos dos carros no nosso mercado.
ResponderExcluirFala Marlos. Olha, parei pra refazer umas contas aqui e te digo que não exagerei. Logo que eu comprei essa Parati, gastei com pneus, aros, motor, freios, bancos etc. Sou extremamente chato com o cuidado com o carro. Meu pai ficava desesperado comigo dizendo que eu estava empatando dinheiro em carro velho. Mas para ter, no meu ponto de vista, tem que ser direito. Voltando ao assunto do tópico, o preço de tabela FIPE desssa Parati 94/95, no ano passado, era de 13.200. Agora está em 12.800 (acabei de consultar). Quem pagaria isso num carro com 14 anos de uso?
ResponderExcluirAbraço a todos.
Compre um Marea. Quer mellhor custo/beneficio que isso?
ResponderExcluir-To procurando um
Anônimo, só toma cuidado com o motor. Se você não sacar MUITO, leva um mecânico de Fiat pra ver a sua futura compra. Um motor desse ferrado pra retificar custa a metade do carro e nunca fica bom. Palavra de quem tem Fiat...
ResponderExcluirOlhe com carinho pra um Brava 1.6, que é um Marea Hatch e com um motor (um pouco) mais em conta.
Caso real e atual( Hoje)
ResponderExcluirUm amigo cirurgião, teve um casal de gêmeos e logo partiu para a compra de uma Audi A4 Perua.Buscou uma de 90.000 e resolveu seu problema de espaço.
E vende agora o A3 1.8T 150 dele( não quiseram por lá).Perfeito, completo. Vinte e Cinco. Preço do Uno zero.Quem aqui,com o $$ na mão e precisando de um carro extra, no interior, compraria o A3T e quem ia de Uno Economy com ar cond ?
Realmente essa é uma questão um tanto quanto polêmica...
ResponderExcluirEu conheço muito bem o nosso mercado,e o acompanho de perto a quase 25 anos,e vi muita coisa absurda acontecer...
A regra,a meu ver,é simples: precisa de um meio de condução sem gastar muito com manutenção ???
CARRO ZERO,de preferência com preços da primeira a segunda faixa,mais completos.
Se esse argumento não fizer diferença a vc.,opte por um seminovo mais completo,mas sempre tendo em vista os custos de peças,manutenção e desvalorização.
Sempre fui (e continuo sendo) um forte adepto de carros antigos,até mesmo para uso no dia-a-dia.Mas como foi dito acima,nada como um carro novinho em folha,e vc. sendo o "amaciador" da criança...Ele tomará o seu jeito de guiar,sua energia,e muito provavelmente lhe dará muitos anos de alegrias...
Para citar o meu exemplo,adquiri em meados de 2006 um Celta Spirit,segunda geração,zero km.,carrinho que superou as minhas expectativas,e que atualmente está com quase 70 mil rodados.
Manutenção???
Somente o básico do básico,e sem sustos com as contas...Sigo religiosamente o plano definido pela fábrica,e tenho certeza,vai longe ainda...
Compraria um bom astra com esse valor,mas aonde achar um em prefeito estado ???
Difícil pra alguém exigente como eu...
Mas estamos falando de RAZÃO,e não EMOÇÃO...
Aí a coisa pode mudar de figura...
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