google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 O carro nosso de todo dia - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O carro nosso de todo dia

Há um conceito para muitos que o carro de uso no dia-a-dia tem que ser simples, prático, eficiente e, por que não dizer, comum. Pessoas com melhores condições financeiras, que podem ter mais de um carro, geralmente pensam assim, um carro para uso diário e outro, mais especial, para passeios de fim de semana e viagens.

Nestes casos, o carro para uso diário não deveria ser um carro pelo qual o proprietário tenha um afeto especial, que não dê muita atenção para pequenos riscos e batidas de porta, pois este é apenas um meio de transporte.

Não consigo pensar assim, muito pelo contrário. Se este é o carro em que você vai passar teoricamente a maior parte do tempo, deve ser sim de seu agrado. Não vejo motivo para o seu carro de dia-a-dia ser algo totalmente sem graça, que o proprietário não tenha um cuidado especial com o carro.

Alguns andam diariamente com carros diferenciados para os padrões brasileiros, como um BMW mais antigo, como um 540 do final dos anos 90, que hoje em dia está bem mais acessível e é bem interessante, ou um Subaru WRX mais recente, uma excelente opção de custo/benefício/diversão. São alternativas para quem quer curtir todo o momento em que se está em um automóvel.

Mesmo com carros ditos comuns podemos ser cuidadosos e apreciar melhor o tempo nele. Cuido do meu Palio como eu cuidaria de um Mercedes, pois eu o escolhi para ser meu carro diário, logo para mim ele tem que ser o mais agradável possível e tenho que me sentir bem com ele, não apenas “um meio de transporte”.

Não digo que todos nós devemos vender nossos carros e comprar importados de dez anos que estão baratos no mercado porque são mais legais. Digo apenas que podemos tratar bem e nos sentir bem com o carro comum, seja um Palio, um Gol, Corsa, Audi ou BMW. Carros não são apenas meios de transporte, há algo de especial neles.

17 comentários :

  1. Algo lúcido finalmente. Carros devem ser como tirar férias, inesquecíveis. No meu dia a dia uso minha chevrolet parkwood wagon 1961, 6 metros de comprimento de tirar o fôlego. Serve p ir ao mercado, filho na escola, viajar. As pessoas, admiradas, perguntam: Faz tudo c ele? Tem outro carro? Respondo sim e ñ. Digo-lhes q é uma heresia carros ficar em garagens, mesmo as raridades.
    Saudações belgo-monarquistas.
    carlo paolucci

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  2. Existem os dois lados da moeda, literalmente da grana, pra mim. Em ambos o carro não é apenas um meio de transporte...
    Se eu pudesse ter dois carros, novamente teria o meu tão sonhado Passat Pointer e um Uno Mille 2 portas com ar e direção, 0Km. Com certeza tiraria prazer dos dois.

    Mas como não posso, por falta de grana, pensar sempre na família, etc, vou levando a vida com o meu Tempra HLX 16V, que muita curtição e conforto me dá!!!

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  3. Caro Milton,
    seguindo a linha do "explica mas não justifica", vamos ponderar algumas coisas. Aconteceu comigo: Fiat Uno tirado zerinho, cuidei a pão de ló. Lavagem toda semana, limpeza interna de painel, estofamento, etc, etc, toda semana. Dai vieram os risquinhos superficiais que eu prontamente tirava com a cera. Dado um mês, o primeiro amassadinho na porta. Falei todos os palavrões possíveis e já fui ver o preço para tirá-lo. Uma semana depois, outro amassado, dessa vez quando meu pai foi trabalhar com o carro. E esse não foi uma leve batidinha de porta não... nem sei como não lascou a tinta, amassou bem. Xinguei tanto que quase fui deserdado. Até que um dia, um taxista bate atrás do carro com meu pai dirigindo quando ele freiou repentinamente para um pedestre atravessando no sinal vermermelho. Nossa, acho que se na situação eu não estivesse MUITO mal de saúde, eu teria surtado.
    No final vemos que, se fossemos nos preocupar para deixar o meio de transporte diário realmente impecável, ficaríamos loucos. Não de pararia em vagas de shopping ou supermercado, não se deixaria com manobristas mas, em contra partida não se pararia na rua e quando você vai ver, seu intrumento de ir e vir só está causando aborrecimento devidos à preocupação de conserva-lo. Eu meio que larguei mão e só decidir cuidar bem da parte mecânica e realizar as limpezas necessárias. Tento ignorar os amassados, riscos (ainda é dificil) e ficar na boa. Até tenho parado o carro na rua! Sinceramente, passei a me sentir livre depois dessa decisão.
    Eu sou prova viva de que se for se preocupar em deixar impecável seu meio de transporte diário, você enlouquece. Talvez por isso, alguns tenham um carro "de briga" e um outro onde ele pode aplicar, sem medo de cair os cabelos, todas as frescuras e preciosismos que desejar.

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  4. Caio, esse tipo de tratamento eu só daria para carro de coleção... Como não coleciono carros...
    Os meus hipotéticos Uno e Passat seriam bem tratados, claro o Passat beem mais, mas seriam utilizáveis.
    O meu Tempra é bem tratado, todo inteiro, 160 mil KM e o motor não serra, tudo alinhadinho, a parafernalha elétrica TODA funcionando redondinha. Agora, ele é preto! NUNCA mais compro carro preto. Várias marcas de portas na lateral, tecos de pedriscos no capô, alguns arranhões leve nas laterais, a tinta já meio fosca... O interior é impecável, mesmo eu tendo filho pequeno.
    Nem da minha saúde eu cuido como deveria!! Carro pra mim é um prazer e, querendo ou não, um meio de transporte.
    Se eu fosse triliardário teria dois Bugatti Veyron. Um na minha sala, uma obra de arte e limpo com cotonete todos os dias, e outro pra eu esbagaçar até que ele esbagaçasse comigo...

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  5. Deve ser mesmo muito bacana andar todo dia de BWM ou WRX.

    Mas e a manutenção? Quem "normal" pode se dar ao luxo de ficar dias sem o carro pois esta encostado numa oficina esperando peças importadas?

    Se quebrar um parabrisa? Uma homocinética?

    Não adianta. Todo mundo que conheço que fez do seu carro do dia a dia o seu carro de diversão, se arrependeu.

    Eu graças a Deus tive a oportunidade de comprar um Maverick GT pra ser meu carro de diversão quando ainda se podia comprar um por míseros R$2.000,00.

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  6. Tenho um Uno Mille 1994 que minha esposa tirou zero ainda solteira. Quando comprei Uma Weekend Adventure, ela literalmente roubou. O outro carro é muito grande para o dia a dia, acabei ficando com o Uno e quantas vezes não xinguei os engenheiros italianos. Hoje sinto até dó de vender. Justinho, ajeitadinho, econômico, não quebra e serve pra tudo. (E é carburado!!!). E é muito divertido!!

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  7. Caio, com o passar do tempo, riscos e amassados acontecem, mas não impedem de você continuar cuidando bem do carro. Acho errado o raciocínio "ah já ralou, dane-se".
    Talvez seja por criação, fui educado assim, não deixo de me preocupar com meu carro de dia-a-dia, se acontece alguma coisa eu fico louco da vida, mas sou assim e não adianta que não vou mudar. Vai de cada um isso.

    abs.

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  8. Luiz Fernando, acho que todo mundo queria poder ter um carro de diversão além do carro diário, mas isso não impede que o carro diário seja sua diversão também.
    Claro que tudo tem seus custos. Eu mesmo queria poder andar todo dia com um carro diferente, sou louco para ter um Alfa 164 pra andar todo dia, mas não tenho como manter, portanto não o tenho. Se tivesse condições financeiras, não pensaria duas vezes, mesmo já tenho meu carro de diversão.

    abs.

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  9. concordo com o Caio. eu também sou um que gostaria de ter 2 veículos, enquanto não posso, me viro com meu daily-driver, um saveiro g3 1.8. não o comprei 0km, comprei de um tio meu que o retirou zerado da concessionária em 2001 e me vendeu 4 anos depois e 70mil km. hoje tenho ele com 140 mil km. No início era como o Caio descreveu, muitas lavagens, limpezas internas, qualquer cisquinho nos bancos ou carpetes, aspirador e pano úmido, enceramento a cada mês, qualquer amassadinho já pro martelinho de ouro, até que chegou o ponto em que eu estava deixando de usar o carro por medo de acontecer alguma coisa. eu tb desencanei, mas não deixo de fazer manutenção "quase aeronáutica" e periodicamente uma limpeza completa. mas é uma pena, ver a degradação que o automóvel vai sofrendo, principalmente pra quem pega estrada movimentada toda semana. o capô na região acima dos farois está todo pipocado (quantos grãos de soja e milho que por ali saltaram, quantas pedras britas perdidas de caçambas mal fechadas) riscados e amassadinhos nas laterais, riscos provenientes de lavagens de terceiros, que passam a bucha de espuma primeiro nas partes baixas da lataria, depois sobem, sem ao menos dar uma "recarga" na espuma, pra tirar a sujeira, enfim, mais desencanado, não tão encantado e engajado com a beleza do automóvel, mas feliz, por poder usar uma máquina sem tantas restrições e com a certeza de que o recheio está 100%. hoje tenho uma moto trail média também, que é muito parecido com o carro, como é trail, nem adianta ficar se preocupando em "tirar aquela sujeira da curva do escapamento que fica embaixo do parafuso do cabeçote".... uso, sujo e um abraço!

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  10. Pois é gente, no meu caso, se fossemos ficar loucos com cada risquinho, cada pedrinha, ferrou. Como sou meio 8 ou 80, eu estava como o Polara citou: Estava deixando de usar o automóvel com medo de que algo acontecesse. Ao ir ao shopping, ficava preocupado, apressando os outros pois tinha medo que o cara do lado saísse antes que eu e batesse a porta no meu carro. Se eu quisesse sair tranquilo, tinha que ir de ônibus. Se eu voltasse para pegar o carro e visse que alguém diferente tinha parado do meu lado, já corria para procurar marcas na porta. Uma vez numa loja, vi uma mulher estacionando que bateu a porta no meu carro. Amassou muito de leve. Fui para fora e, se não me seguram, eu teria feito no carro da mulher um risco de ponta a ponta. Bem, percebi que eu estava ficando louco, mesmo. Também gosto de cuidar dos meus bens, Milton. Tenho tudo muito bem conservado mas parece que carro, ou você usa ou você conserva intacto. Se eu ficar louco com cada coisinha, vou morrer novo demais, seja de stress ou seja por agressão à alguém que marcou meu carro. Parece que usar um carro para tarefas diárias e mantê-lo inteiro é como querer usar um tênis sem sujar a sola.

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  11. Pra mim a questão nem é em relação ao cuidado com o carro do dia a dia. Isso vc deve ter sempre.

    A questão é a proposta de "diversão" do carro.

    Pra quem não é rico, não dá pra usar no dia a dia um carro muito especial, pois por melhor que ele seja, vai quebrar, vai dar manutenção, vai dar dor de cabeça. E nessas horas, nada melhor do que ter um popular pra ser rápido nos reparos. Eu sou um que dependo de carro pra viver. Se meu carrinho não estiver ali sempre a postos, to perdido.

    O que melhor da pra fazer nesse caso são as séries especiais de carros comuns. Tá certo que isso anda cada vez mais raro por aqui (no máximo um adesivo e emblema diferente) mas ainda há esperança. Eu que não gosto de Fiat não vejo a hora de testar um Punto T-jet.

    Abraços

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  12. Luiz Fernando, é exatamente isso que me refiro. Podemos nos divertir com pouco, podemos sentir prazer em guiar todos os dias nossos carros comuns. Essa é a idéia.

    abs.

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  13. A melhor frase que já ouvi falar sobre carros foi:
    - O melhor carro do mundo é aquele que você tem ou pode vir a ter.

    Diversão é estado de espírito. Pode-se divertir com um Mille e se pode ficar entediado ao volante de uma Ferrari porque não se quer que ela sofra um risquinho.

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  14. Talvez o maior problema do “carro diário” nem seja o fator estético, a aparência do carro, mas sim o fator reparabilidade. Olhando por uma realidade mais “econômica” (como a minha), é possível manter, por exemplo, um modelo nacional antigo de fácil reparabilidade, como Chevette, Opala, Fusca (e similares), Passat, Escort, Corcel, etc e, como no meu caso, Elba. Ela é meu carro de uso e ainda assim está impecável. No início, como citou o Caio, eu ficava neurótico com esse negócio de pintura e arranhões, principalmente pelo carro ser vermelho perolizado e, nessa pintura, qualquer arranhãozinho aparecer de maneira escandalosa. Em dois anos os únicos problemas que tive foram num estacionamento de supermercado, onde bateram com o carrinho na 5ª porta provocando um leve amassado (nunca mais voltei lá) e um garoto estúpido aqui da rua que acertou uma pedra no teto tirando um “tampãozinho” de uns 3mm. Quase esganei o infeliz... Também teve outro incidente, porém menos importante, o cara que faz alinhamento, tirou a roda (Schumacher) para alinhar a traseira e deixou (mal) apoiada em uma parede e a roda caiu de frente para o chão provocando uns dois arranhõezinhos. Ainda bem que ele pagou o retoque...
    Mas existem coisas que são de lei como não entregar o carro para ninguém lavar ou encerar, lavar pelo menos duas vezes ao mês e encerar pelo menos uma, evitar estacionar na rua (também se diminui o risco de furto do carro ou das rodas esportivas, prática comum por aqui), evitar transitar atrás de caminhões basculantes ou em ruas recém asfaltadas que ficam cheias de “pedrinhas” de piche.
    Minha mãe sempre fala pra eu comprar um carro mais novo, mas, enquanto não posso, vou me virando assim.
    Abraços a todos.

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  15. Brilhante, eu optei por um importado mais antigo. E tenho sido muito feliz.

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  16. O Arnaldo Keller escreveu há muito tempo um texto no Superauto em que fala que o homem deve ter um carro "mulinha" e um outro para se divertir, o garanhão. Vale a pena ir lá e dar uma olhada.

    Abraço

    Lucas

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  17. Sou da opinião que é possível sentir prazer ao volante de qualquer carro, desde que o veículo seja agradável a seu perfil. Basta que se olhe para o modelo de acordo com sua proposta. Aí, é só ir explorando as possibilidades e com certeza haverão boas surpresas. Digo isso por experiência própria.

    Claro que existem sempre aqueles veículos que mexem mais com a gente, não sendo preciso o mínimo esforço para dirigir com imenso prazer. Mesmo um carro para uso diário pode ser muito interessante, havendo boa variedade de carros de baixo custo.

    Trato o carro com o maior cuidado e respeito possível, mas sem deixar de usá-lo por receio de danos. O que mais me desagrada é deixar o carro na mão de manobristas, evito isso ao máximo.

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