google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 O CAMINHO ERRADO - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O CAMINHO ERRADO

Quando o Proálcool foi criado, em novembro de 1975, decidiu-se pelo álcool hidratado puro para movimentar os veículos. Já se sabia que o álcool tem difícil vaporização abaixo de 15 °C e que, por isso, qualquer carro a álcool teria que dispor de um sistema qualquer que injetasse gasolina para o motor pegar quando a temperatura estivesse baixa.

Claro, no Brasil a temperatura média é alta, mas no Sudeste e no Sul faz frio no inverno e os carros álcool tiveram de vir com o sistema auxiliar de partida, que consiste de um reservatório de gasolina de 0,5 a 1 litro e uma pequena bomba elétrica, fora todo o resto como mangueiras, conexões etc.

A turma do Hemisfério Norte foi mais esperta: em vez de álcool hidratado puro, partiram para uma mistura de 85% desse álcool, porém anidro (sem água) e 15% de gasolina. Desse modo a partida a frio estava assegurada, a par de outra vantagem, a melhor dirigibilidade na fase fria de funcionamento do motor. Esse álcool foi chamado de E-85 e passou a ser vendido nos postos dos EUA a partir de 1991.

O que se viu aqui foi uma notável evolução do sistema auxiliar de partida, que de manual no começo passou a automático, simplificando a operação. Mas ainda era essencial o reservatório de gasolina e quando a Honda resolveu lançar o Civic e o Fit flex, não havia espaço no cofre do motor do primeiro. A solução foi instalar o reservatório no interior do para-lama dianteiro direito, com abastecimento externo sob uma portinhola.

Só que o reservatório naquele ponto poderia representar risco em caso de acidente. A Honda, então, envolveu o reservatório por uma couraça de aço naval de 5 mm de espessura. Olhem só o tamanho do problema. E, por questão de uniformização, foi feito o mesmo no Fit, que tinha espaço para o reservatório no cofre do motor, como em todos os carros.

Bem recentemente a Volkswagen lançou o Polo E-Flex, que tem um sistema de aquecimento da galeria de combustível, desse modo dispensando gasolina para partida a frio. O sistema é interessante, embora exija espera de 2 segundos se a temperatura estiver entre 14 °C e 5 °C e 12 segundos abaixo disso até zero grau.

A Honda apresentou esta semana a motocicleta CG 150 Titan Mix, flex. Por não ter sistema auxiliar de partida a frio, o proprietário terá que ter no tanque um mistura de 80% de álcool e 20% de gasolina quando a temperatura baixar de 15 °C. Essa mistura, considerando que a nossa gasolina já tem 25% de álcool, é exatamente a E-85 dos EUA e Europa. Mas, convenhamos, para o proprietário de uma moto dessas que viva no Sudeste/Sul, é um certo inconveniente usar álcool.

Em novembro, num seminário da SAE Brasil sobre combustíveis, a GM propôs adotar-se o E-85 no Brasil, no que foi prontamente acompanhada pela Renault.

Resumo da ópera, ou deste post: quantos problemas teriam sido evitados se o Brasil tivesse partido para o E-85 já em 1979, quando surgiram o primeiros carros a álcool, o Fiat 147 e o Passat 1500.

Quanto mais que nunca tivemos problema de falta de gasolina após a Segunda Guerra Mundial e que a partir dos anos 50 o que importávamos de petróleo era determinado pela necessidade de refinar diesel, no que a gasolina era apenas um consequente e inevitável subproduto.

Seguimos mesmo o caminho errado.

BS

45 comentários :

  1. interessante, mas será que o Brasil vai realmente entrar nessa do E-85? a estas alturas do campeonato acho dificil...

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  2. Bob, uma eventual adoção do E-85 no Brasil proporcionaria mais alguma vantagem nos carros flexíveis e nos que rodam só com álcool, além da eliminação do tanquinho de partida a frio?

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  3. Sergio,
    Sim, melhor dirigibilidade na fase de aquecimento e redução de consumo. Sem esquecer que o tanquinho é uma preocupação a mais e é preciso mantê-lo abastecido com gasolina utilizável, pois a gasolina comum começa a envelhecer após 3 meses. E não é prudente haver um resertório de combustível na dianteira do veículo em caso de colisão frontal, mesmo não se conhecendo nenhum caso de incêndio num acidente causado pelo tanquinho.

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  4. Anônimo,
    É difícil mas não imposssível. Não existe hoje nos postos gasolinas comum, comum aditivada e premium? Poderia perfeitamente haver bomba de álcool E-100 e bomba de álcool E-85.

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  5. A idéia de ter E85 nas bombas é muito boa. Sempre que vou abastecer um carro flex, mando colocar uns 20 reais de gasosa pra obter uma mistura próxima ao E85 e assim não ter problemas com a partida em dias frios.

    Alcool puro só em carros de competição.

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  6. Olá, Bob!

    Na verdade, a idéia da GM de adotar o E85 no Brasil é adequar a nossa produção de carros flex ao que se usa no resto do mundo. Os poucos países da Europa (acho que a Noruega ou Finlândia, mas não tenho certeza) está indo em direção do E85.

    Assumindo que o Flex no Brasil é praticamente mandatório por questões de mercado (veja o fracasso do Focus novo a gasolina, o mercado não aceita mais carro não-flex, justo no único país que NÃO PRECISA dessa solução, como você já colocou), o E85 poderia ser uma solução mercadológica interessante, pois se poderia importar para o Brasil QUALQUER carro flex do mundo sem ter que fazer qualquer adequação de combustível.

    Aqui no Brasil, todo carro tem que ser "adequado", uma vez que nossa gasolina não é exatamente gasolina (tem 25% de álcool) e nosso álcool é E100, não E85, como no resto do mundo.

    Com a adoção do E85, isso mudaria: Qualquer carro flex poderia ser enviado para o Brasil, pois quando estivesse sendo abastecido com gasolina, se ajustaria para 25% de álcool automaticamente e poderia rodar com até 85% de álcool sem problemas.

    Porém, não sei se a recíproca seria verdadeira, queria ver como um carro flex com 12,8:1 de taxa se comportaria usando E0 de 85 octanas...

    Resta saber como seria o rendimento do carro com álcool, uma vez que os carros flex feitos fora do Brasil são essencialmente motores a gasolina que têm injeções com a capacidade de se autocalibrar pra funcionar com álcool, e não pra tirar o maior rendimento possível dele.

    PS: Queria muito ver um Impala 3.5 V6, que nos EUA tem versão flex, sendo trazido aqui para as terras tupiniquins...

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  7. Bob,
    A possível adoção do E-85 no Brasil, discutida no seminário, seria com álcool anidro ou o hidratado mesmo?
    Um motor só a álcool poderia trabalhar com o E-85 sem maiores problemas ou necessitaria de ajustes?
    Caso fosse escolhido o E-85 com etanol anidro, os flex poderiam lidar com esse álcool isento de água?
    Agora só falta cogitarem uma gasolina pura! Não sei por que brasileiro pensa ao contrário de todo mundo...
    Um abraço.

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  8. Os flex trabalhariam muito bem com E85, pois a água não é algo que faça diferença para eles. Eles se calibrariam automaticamente e funcionariam muito bem assim

    Já os carros a álcool poderiam ter problemas e emitiriam mais (mistura mais rica, principalmente nos carburados e injetados de malha aberta), fora que PODERIA haver problemas de detonação em alguns motores isolados. Enfim, eles foram feitos para álcool hidratado, não para E85, nunca foram pensados para usar esse combustível, então os resultados podem variar muito.

    Não se usaria gasolina pura porque isso seria um retrocesso, tanto em matéria de emissões de poluentes quanto em aumento de emições de CO2, o que iria na contramão do que está se fazendo no mundo.

    Em NYC, eu já abasteci carro várias vezes em posto cuja gasolina é E10... Com E10, qualquer motor a gasolina funciona bem.

    Talvez disponibilizar uma E10 mais cara (para desestimular o uso) por questões de compatibilidade com carros importados "não tropicalizados" pudesse ser uma solução...

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  9. Nunca tive problema de partida a frio em carro flex, mesmo em Campos do Jordão com partida pela manhâ com temperatura negativa. Os carros que usam sistema da Marelli são uma perfeição, é ligar e sair andando, e não tem essa de má dirigibilidade, ele injeta se for necessário mesmo após a partida, vc já pode sair dirigindo abaixo de zero até no método carga. Meu 206 acho que o sistema nem esta funcionando, não aciona nunca... e não faz falta nenhuma, acho que nem para quem mora no Sul, se viesse sem era melhor, assim uma vez por ano não teria que tirar a gasolina Podium sem uso do tanquinho. Nos carros da GM, hoje, só há injeção abaixo de 8 C. E alguém lembra quando foi lançado o Astra Multipower, que nem reservatório de partida a frio tinha? Portanto, esse sistema de aquecimento, se bem feito (que parece não ser o caso da Bosch, com essa conversa de "espera" em qualquer clima) nem vai precisar ser acionado e ficar atrapalhando o motorista com espera, só mesmo em muito baixa temperatura e olhe lá. Dá pra deixar o álcool como esta, e, para a partida a frio, sem frescuras que só agradam aos engenheiros e só atrapalham a vida do condutor.

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  10. Luiz Fernando,
    Se você colocar 20% de gasolina no álcool, por exemplo, 16 litros de álcool e 4 de gasolina, você terá o E-85.

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  11. Não sei se é paranóia ou inocência ou ambos, mas me sinto mais seguro usando somente álcool que uma possível gasolina batizada com solventes. Nunca vi até agora casos de álcool com solvente. Apenas mais água do que deveria haver. De qualquer modo, as bombas de álcool tem o densímetro que, idealmente, supondo que este não esteja adulterado, permite que a gente afira na hora a qualidade do álcool.

    Tenho medo que num E-85, acabem batizando essa mistura com os danosos solventes. Prefiro assim encarar aquelas engasgadinhas que em um minuto desaparecem...

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  12. Olá Bob.

    Nosso Etanol devia ser batizado de E-93, até 7,2 % PODE ser aquático...

    Aditivação de água é feita nas Usinas de Cana. Os caminhões já saem de lá com alcool já hidratado ou não, com notas fiscais para as distribuidoras determinando qual o produto carregado. O Hidratado já vai direto para distribuição e o mais puro não sei qual o processo e destino antes de misturar na gasolina

    Quando usava carros a álcool, costumava adicionar 10% de gasolina.Revolucionava o funcionamento do motor.Valia o investimento,como era eficiente a tal mistura.

    Sei de um preparador de SP, muito famoso, que usa álcool em quase todo carro que prepara. A maioria Turbo e fortes,bem fortes.Muitos deles, importados. Ele também recomenda a seus clientes, que usem em seus repotenciados carros de rua a mistura de 10 % de gasolina ao álcool,pelas características positivas da mistura final.

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  13. Bob,

    é difícil calibrar um motor E85 para o "flex" brasileiro E100? vejo vários carros importados com motor E85 e fico me perguntando sobre a possibilidade de comercialização deles por aqui - o novo Fusion, por exemplo, tem um esplêndido V6 de 3 litros e 240 cavalos... movido a E85.

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  14. Eduardo,
    Não é difícil calibrar, á preciso apenas a fábrica querer fazê-la.

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  15. Alexei,
    Aproveitando este espaço, o esclarecimento da questão das relações de direção do Mille.
    A Fiat me informou a relação de direção do Mille, mas não entre volante e roda, e sim entre volante e cremalheira. Já pedi a primeira, a cuja grandeza estamos mais habituados.
    Em termos de volante e cremalheira é 34/1 (34 mm de deslocamento da cremalheira por uma volta do pinhão) na caixa sem assistência e 42/1 na assistida.
    Lembro que no 147 era 17:1 (entre volante e roda) e depois passaram a 22:1, para reduzir o esforço. Nos dois casos, sem assistência. Como o Mille é um 147 com carroceria desenhada por Giugiaro, devem ser essas mesmas as relações de direção, com e sem assistência. Mas vamos esperar pelo que diz a Fiat.
    Sobre o álcool hidratado, tem certez de que adicionam água na usina? Estranho, porque a água tem que ser retirada do álcool por destilação para só então se tornar anidro.

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  16. Marlos,
    Creio não se ter chegado a esse detalhe na proposta do E-85. Os motores só a álcool não poderiam teoricamente funcionar com E-85, embora na prática eu não veja problema maior. Sim, os flex poderia queimar E-85 com álcool anidro. Essa do brasileiro pensar diferentemente do mundo, já dei nome: maldição energética.

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  17. Farjoun,
    Isso, E-10 estaria perfeito. Vale dizer que praticamente nunca tivemos E-0 no Brasil, pois se adicionava álcool à gasolina desde os anos 30, entre 2% e 5%, como medida de conter o excesso de produção de açúcar a partir da cana.

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  18. Gustavo,
    Seu medo de um E-85 é justificável, embora o solvente não cause estrago como se supõe. Solvente é apenas nafta, que sai da torre de destilação antes da gasolina. O problema é que a nafta não tem iso-otanana e portanto sua octanagem é nula, o que causaria detonação. Mas ela não ocorre porque os motores atuais têm salvaguardas para isso, atrasando a ignição quando ocorre detonação. Mas a potência do motor cai e o consumo aumenta quando sempre que o sistema de proteção age.

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  19. Bob, veja só, perguntei isso na assistência da Fiat (sobre as relações de direção) e, depois de muito explicar para o atendente o que eu estava querendo dizer, ele disse que o pinhão e cremalheira não mudavam com a instalação a D.H...

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  20. Gustavo,
    Escrevi iso-otanana acima, mas é iso-octana.

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  21. Caio,
    Como a ignorância campeia por aí, é impressionante.

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  22. Eles deveriam divulgar esses dados no manual do veículo, mas lembro que no Palio eles informavam o números de voltas entre batentes com e sem assistência, o que já da uma noção. Agora sacanagem mesmo é a Peugeot e a Citroën que divulga valores de potência e torque para carros feitos aqui na norma DIN, ganhando uns 3 cv, fora o torque.

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  23. Bob, vamos esperar então a Fiat confirmar a relação da direção.No Way a assistência deve se fazer necessária.

    Um Gol 1.0 2008 Trend tive que adquirir com a assistência.E ela ficou muito direta.Nem sabia que os Gols 2007/2008 tinham caixa diferente dos modelos antes de 2005

    Sim, tenho certeza que o álcool sai hidratado da Usina. Aconteceu aqui um caso de apreensão, em flagante delito, de um caminhão despejando direto de Usina para Posto, sem ter pago os impostos de retirada na Distribuidora,para qual a nota foi tirada. Na nota Fiscal da usina para a distribuidora, e no teste do ANP no local( tanque do caminhão e do posto), constava/constatou-se álcool hidratado" e na proporção exata.

    Portanto, a Usinas vendem álcool já hidratado para as distribuidoras.

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  24. Os Palios e Gol/Polo/Fox são os carros de relação mais baixa do mercado, é ótimo.

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  25. Alexei, o álcool é obtido através de destilação, ou seja, ele é purificado retirando-se a água dele, uma vez que o mosto fermentado contém apenas algo em torno de 15% de álcool. Portanto, para se obter álcool hidratado, basta passar por menos etapas de purificação, o anidro sim é que é purificado mais ainda para atingir 99,5% de pureza.

    Acontece que o álcool hidratado paga impostos, enquanto o anidro não, já que este é destinado a ser misturado à gasolina, que sai da Petrobras com todos os impostos embutidos.

    Então o truque do "álcool molhado" consiste em adicionar água ao álcool anidro para fugir ao pagamento de impostos. O caminhão sai da usina com álcool anidro (sem impostos) e em vez de levar pra distribuidora, leva pro posto, onde é adicionada água para que não se descubra a fraude tributária através da medição do teor alcoólico.

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  26. Bom vale lembrar que o nosso Álcool(álcool etilico carburante AEHC) TEM gasolina na sua mistura na proporçao 97:3, isso mesmo, o alcool tem gasolina na sua composiçao geral da mistura final. Por que ? Para o filho da terra tupiniquim não tomar álcool combustivel no lugar do mé.


    Entendo que para ser misturado a gasolina o alcool tem que ser anidro(zero % de água). Por causa das caracteristicas quimicas seguintes: O etanol e a gasolina são APOLARES, então pelo principio da solubilidade, apolar dissolve apolar, então formam uma mistura homogenia, mas tente misturar água a gasolina. Não mistura né ? A água é POLAR. Mesmo esquema da água com oleo !

    Mas então porque a água se mistura ao alcool se um a polar outro é apolar. A água e o etanol fazem ponte de hidrogenio, entao quando misturados formam uma mistura homogenia.

    Se pegar uma gasolina de posto comum(E25) e colocar agua nela, e agitar, verá que o alcool irá se juntar a agua e ficar no fundo e a gasolina(o "colorido") vai diminuir de volume, pois perderá o alcool de sua composiçao !

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  27. olina aditivada é realmente melhor que gasolina comum?
    a mistura de gasolina + alcool + detergente de louça + corante?
    ou gasolina + alcool ?

    o que vocês preferem?

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  28. gasolina aditivada é realmente melhor que gasolina comum?
    a mistura de gasolina + alcool + detergente de louça + corante?
    ou gasolina + alcool ?

    o que vocês preferem?

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  29. Carlos e Leonardo : exata as informações por vocês postadas

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  30. Só para completar, aqui no Rio, num posto BR de grande movimento, na praça da bandeira, tem uma bomba 'flex', que, se não me engano, tem mistura 70% alcool/30% gasosa e vice-versa. Bico com uma mangueira amarela e outra verde, e os dois mostradores da bomba (alcool e gasosa) rodam juntos, além de um terceiro, que dá o preço final.

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  31. O grande Bob rides again...

    É um assunto interessantíssimo e chegando agora muito já foi dito.

    Eu faço algo semelhante ao Luiz Fernando, só que em litros não em Reais, coloco 10 litros de gasolina no tanque do Fiesta, aliás “saída pela direita” indicada pelo recepcionista da Superfor depois de não conseguir nem por decreto acertar a tal “partida a frio” do carro. Não sei a proporção final, mas o resultado é bestial...
    Interessante o Carlos Maurício lembrar do Impala Flex, que foi exatamente o carro que a AVIS deu para mim nas minhas férias em Orlando do fim do ano passado, carrão! Só que não deu para experimentar o lado flex dele pois não achei bomba com álcool pelas bandas em que andei.
    O Leonardo Siggia está mais do que certo, no início as bombas que originalmente serviam gasolina azul (lembram?) e que passaram a servir álcool , serviam este combustível absolutamente puro e a peuplese logo descobriu esta fonte de mé baratinho...

    Curiosidade: por falar em Proálcool eu estava em Assución quando o então presidente Stroessner inaugurou o programa paraguaio do álcool automotivo o Proal, estabelecido à toque de caixa. Também pudera as farmácias e supermercados não venciam mais a demanda de álcool para a montoeira de carros a álcool roubados no Brasil naqueles dias de mudança temporária de matriz energética devido à crise do petróleo.
    “No hubo problema más, con el Proal Paraguay estaba actualizado en el contexto latinoamericano de la modernidad de la industria tanto de coches como de combustibles. Asumiendo su posición de destaque entre los países más desarrollados del planeta…” según el gran líder Stroessner.
    E durma-se com um barulho destes...
    Alexander Gromow

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  32. a gasolina comum é melhor que a aditivada?

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  33. André Andrews,
    A relação de direção mais baixa hoje é do Civic Si, 13,6:1, marginalmente mais baixa que a do LXS e EXS, 13,7:1.

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  34. Jonas Torres,
    No Astra Multipower a partida a frio sob baixa temperatura era por meio da admissão de gás.

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  35. Leonardo,
    Exposição correta a sua, mas cabe lembrar que quando se mistura álcool e gasolina no tanque de um carro flex trata-se de E-25 e álcool hidratado. Dizem os fabricantes, porém, que só haverá separação de fase (a água de separar do álcool e ir para o fundo do tanque) se dois fatores forem associados: temperatura inferior a 0ºC e mais de 30 dias de carro absolutamente parado.

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  36. Oi Bob,

    a discussão é interessante e realmente muitos problemas teriam sido evitados, se logo no início.
    Mas também muita evolução da engenharia brasileira não aconteceria.
    Os caras resolveram o problema e hoje o Brasil é o único país que tem um carro que usa 100% de biocombustível barato e acessível.
    Depois de 30 anos e em uma época que o planeta procura desesperadamente reduzir o consumo de gasolina/petróleo, a discussão é completamente fora de hora.
    abraço

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  37. só uma correçao, o primeiro carro a alcool foi o dodge polara

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  38. Bob,

    receio que seja um pouco atrasada minha participação neste post, no entanto quero colocar uma idéia que tive.

    Com a chegada do inverno, a Petrobras inicia campanha de produção de Diesel de Inverno, para as regiões sul e sudeste. Devido aos limites quanto ao ponto de entupimento serem mais rigorosos no inverno, os processos de fracionamento são alterados de forma a diluir a parte mais pesada do querosene no diesel e com isto o Diesel tem partida mais fácil e evita de formar goma, o que entope os filtros do motor.

    Minha sugestão seria a de promover campanhas para a produção de Etanol de verão (E100) e Etanol de Inverno (E85), conforme a região e a sazonalidade, nos mesmos moldes como ocorre com o Diesel. Desta forma eliminariamos de vez todo problema dos carros com tanque auxiliar, bem como o problema de partida a frio no inverno.

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  39. MFThomas,
    Sua ideia é mesmo boa, mas não teria sido infinitamente mais fácil estabelecer o E85 desde o início? Quantos problemas teriam sido evitados!

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  40. Olá Bob. Por que meu Fiesta flex 1.6 2008 (de taxa 12,3:1) tem consumo melhor no E85 - que já pratico a algum tempo? Explico: o custo/benefício de 100% etanol só compensa nos níveis de =<R$ 1,10/l. Assim, mesmo quando o etanol custa <70% da brasolina (G75 ou E25, rsrs) prefiro misturar pois o cosumo muda de, em média, 10km/l no etanol para 12 km/l no E85.

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  41. lamark
    Há algum tempo escrevi uma matéria na revista Carro, teste de combustíveis de E0 a E100. O melhor deles foi o E85. O motivo é que misturas têm comportamento o mais inesperado, cuja explicação desconheço. O fato é que com E85 o carro anda mais, gasta menos e o motor fica mais suave. Tem tudo a ver. Fora que não precisa mais de gasolina nas partidas abaixo de 14 °C. Para "fazer"E85, é 80% de etanol e 20% de gasolina brasileira com 25% de etanol.

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  43. Sim, Bob, tenho um tabela de cálculos em excel que projeta o quanto de gasolina eu posso misturar quando o etanol 'sobe' de preço. No entanto, o melhor coeficiente que encontrei de custo benefício foi de 20% a 36% bruto, ou ainda, algo como E85 a E73. Assim, dependendo do preço do etanol eu prefiro 'fazer' meu E73 e ganhar autonomia na estrada. Porém, acima dessa porcentagem de gasolina não percebi vantagem significativa.

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  44. E agora? Já tem MESES que a região ribeirão-pretana, cujo custo de produção do ETANOL é um dos mais baixo do BRASIL cobra na bomba CARÍSSIMOS R$ 1,70/l. Como podem fazer isso conosco?

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