google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 outubro 2010 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Autor

Foi o oitavo Blue Cloud. Uma ideia do jornalista, blogueiro, autoentusiasta e, principalmente, apreciador de DKW & derivados Flávio Gomes, e de Paulo Renato Arantes, que organizaram o primeiro em 2003, em Caxambu,  a conhecida estância hidromineral no sul do Estado de Minas Gerais.

Este ano, como todos os Blue Cloud, o encontro também foi em Minas Gerais, na aprazível Poços de Caldas. O palco escolhido pelos organizadores - o Flávio, o médico niteroiense Hélio Marques e o apaixonado pela marca Ayrton Amaral Jr. - foi o clássico Palace Hotel, inaugurado em 1929 e recentemente restaurado pelo grupo Carlton Plaza.

Os carros, num total de 63, um recorde, ocuparam a área de estacionamento na parte de trás do majestoso hotel, onde a foto acima foi tirada.



Há dez anos, em 2000, a Saab utilizava em uma propaganda de revista a imagem de uma das invenções mais interessantes e irreais jamais pensadas, o pneu iluminado. A marca sueca é conhecida pelas inovações que foi trazendo a seus carros desde 1947, e há uma lista delas  nesse texto.

Essa semana um dos nossos amigos nos mostrou fotos de um Brasinca 4200 GT que ele deseja adquirir e uma breve discussão se iniciou. Aquela conversa típica entusiasta, com o amigo interessado mencionando o quanto gosta do carro e o alguns amigos tentando dissuadi-lo da idéia, por "n" motivos.

Conversa vai, conversa vem, lembrei que foi o primeiro automóvel no Brasil a ser submetido a testes de análise aerodinâmica no túnel de vento do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA, em São José dos Campos, SP. O teste apontou, entre outras alterações, a necessidade de alongar o cano do escapamento em 30 cm, para fugir da zona de turbulência que se formava atrás do carro e não haver risco de entrada de gases no interior do veículo.



Estamos desmontando umas máquinas velhas de fiação de lã. É sempre uma pena ver isso, máquinas que já prestaram bom trabalho terem que parar e serem encostadas. Mas assim é a vida, os velhos devem abrir espaço aos novos, e a beleza da vida está justamente nisso.

E lá estava eu xeretando a desmontagem quando observei direito uma das plaquetas: Société Alsacienne de Construtions Mécaniques, Mulhouse (France) – 1950, como está na foto. Sempre escutei e falei dessas máquinas como “As Alsacienes”, e nunca havia me ligado que elas provinham da mesma região, a Alsácia, hoje francesa, dos lendários Bugatti. Aí fui ligando os fatos, aí me toquei das conexões:

Mulhouse é onde fica o museu que mais contém exemplares da Bugatti. É o museu formado pela coleção dos finados irmãos Schlumpf, dois malucos milionários – cuja origem da grana foi a indústria da fiação de lã. Então, oras, estas máquinas de fiação vieram da mesma cidade onde está o museu, sul da Alsácia.


Esse conceito hoje em dia soa estranho, pois qualquer carro sai com caixa de cinco marchas e alguns até com seis, o que permite definir a última marcha para rotações mais baixas em velocidade de cruzeiro, ainda que poucos fabricantes assim configurem.

Mas no lançamento do Passat 83, na falta de uma caixa de cinco marchas (que chegaria com o Santana), utilizou-se essa forma de escalonar as marchas para conseguir um carro mais econômico e agradável em velocidades de cruzeiro. Olhando a tabela do post do primeiro Santana branco, vejo que o código da caixa utilizada nesse Passat (nas Paratis e Voyages também) foi a de código PN, com relações 3,45/1,70/1,06/0,78, com a 4a. só um pouco mais curta do que a 5a. (0,73) utilizada na caixa PX, uma 4+E que veio equipar os carros com motor de 1,6 litro nos anos seguintes.

Equipado com o então novo motor MD-270, também chamado de Torque, por ter priorizado mais potência em baixas rotações em relação aos antecessores, o Passat com caixa 3+E (houve opção com caixa de marchas normal) atingia as seguintes velocidades nas marchas: 44 km/h em primeira, 90 em segunda e 144  km/h em terceira, calculado com limite de rotações a 5.800 rpm, rotação de potência máxima - 98 hp - pela norma SAE J1349 (81 cv a 5.200 rpm pela NBR 5484). O resultado era elasticidade nas 3 primeiras marchas e conforto e economia em viagens com a quarta longa. A revista Motor3 comparou as duas versões à época do lançamento, e nosso querido JLV relatou ter gostado muito mais da 3+E.

Eu tive a oportunidade de guiar uma Parati equipada com esse câmbio, uma bela solução para quem dispunha de caixa com apenas quatro marchas.

Hoje em dia, mesmo com as caixas de marchas contando com uma ou duas relações a mais, o que notamos é a última marcha calculada para velocidade máxima, atendendo aos que têm preguiça de reduzir marchas mas maculando o consumo e o conforto nas velocidades de cruzeiro em rodovias. Tirando o Polo Bluemotion, carro que nunca vi nas ruas, e o Uno Mille, creio que nenhum carro nacional adote mais o conceito "x+ E".

Os fabricantes não podiam oferecer parte da produção de câmbios com marchas mais longas, para melhor aproveitar os motores mais potentes e evoluídos de hoje em dia?

AC
Fotos: Autor














No Salão, duas cenas que me chamaram a atenção. No estande da BMW (acima) todos - rigorosamente todos - os carros e até a decoração são brancos. Um mundo branco que ficou mesmo muito bonito e agradável aos olhos.

Há pouco mais de cinco anos escrevi este artigo sobre o Chevrolet Camaro, um dos automóveis que durante muito tempo fez parte do meu cotidiano, graças a um colega de faculdade (entusiasta, é claro) que durante alguns anos me deu carona a bordo de um modelo SS preto, fabricado em 1971.

Fotos: Autor
O que está mostrado nas fotos acima (clique nelas para ampliar e ver melhor) são dois itens não essenciais nos automóveis, mas que ajudam muito o ou a motorista. Ambos existem em vários carros, mas estes são de um Citroën Aircross, modelo lançado recentemente e baseado no C3.

Acabei de voltar do Salão do Automóvel. A pergunta que todos fazem, mesmo que a si próprios, é o que mais gostamos no Salão. Fizeram-me essa pergunta na saída e eu não soube responder de primeira.

Refleti sobre esse fato e pensei em possíveis razões pela minha falta de resposta. A primeira delas é que talvez pelo fato de ter visto muitos carros de diferentes marcas tudo acabou se embolando. Mas aí lembrei do Mercedes-Benz/AMG SLS GT3 cromado e seu ronco ensurdecedor. Lembrei dos Lamborghinis, do Pagani, do Koenigsegg, do Veyron e de alguns outros. Mas mesmo assim não achei um destaque. Algo que tivesse marcado minha memória.



Este Alfa foi visitar a fazenda este fim de semana e tratei de pegar meu amigo Carlão -- gerente da fazenda, amigo do peito, de aventuras e desventuras há quase 50 anos -- e fomos experimentar o Alfa para ver se ele estava pronto para a tarefa. Como dá pra ver no filminho, está nos trinques, pronto para tudo, apesar dos 43 anos nas costas...

Foi mais uma alegria para nossa história em comum, a do Carlão e a minha, um sendo o melhor amigo do outro, amizade moldada a ferro e fogo, amizade de guerra. Só mais uma historinha. O Carlão, sempre me surpreendendo, se revelou o melhor cameraman amador até agora. Vocês precisavam ver esse cara montando a laçando boi a pleno galope. Coisa de cinema.

AK
Foto: Autor

O que se vê na foto são os carros finalistas do 12° Prêmio Imprensa Automotiva, alinhados e prontos para serem avaliados pelos 67 jornalistas especializados que desejassem fazê-lo, neste domingo (24/10).  Os carros são da próprias fabricantes e a pista é a do Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, às margens da SP-304, que sai da SP-348 Rodovia dos Banderantes, distante 135 quilômetros da capital do Estado de São Paulo, recém-inagurada. Tudo obra do piloto e autoentusiasta Benedito "Dito" Gianetti Jr , um amiigo. Vale a pena conhecer



Cena triste ver carro tão importante nesse estado. O Omega descansa não tão em paz em uma rua do bairro de Moema, em São Paulo.

Sempre achei que lugar de carro que não anda mais é em museus. Se não é carro em estado para museu, deveria ter, no mínimo, suas peças doadas para quem  precisa. Mas nunca largado, sem uso, se deteriorando.

Seria como largar uma pessoa falecida na rua, para que o tempo se encarregasse de eliminar os despojos. Não dá para eu concordar com o puro e simples abandono.

JJ

Corria o ano de 2005, e eu era ávido leitor da revista semanal inglesa Autocar, a mais antiga do mundo. Um belo dia, coloco as mãos no exemplar que está acima, pago no caixa e vou olhando para a foto, com dois carros maravilhosos, e já imaginado o que os ingleses malucos haviam inventado dessa vez, comparando um BMW com um Ferrari.

Ferrari F430, sucessor do fabuloso 360 Modena e BMW M5 com o recurso M-Sport haviam sido lançados há poucos meses e dividiam, junto com outros carros potentíssimos, os sonhos de entusiastas mundo afora.



Esse é o Super Fusca alemão 1302 (1200) ou 1302 S (1600). Adoraria tê-lo tido, por algums razões importantes. Para começar, a carroceria já é a quem tem vidros bem maiores. É facilmente identicada de relance pelo quebra-ventos com a moldura traseira inclinada. O para-brisa tem ligeira curvatura. Essa carroceria começou na Alemanha em 1965 e ninca a tivemos aqui.

Nos detalhes técnicos, a suspensão dianteira é McPhersonn com molas helicoidais e a traseira, braço semi-arrastado com a mesma barra de torção. Com um pouco de esforço e abrindo o desenho veem-se as semiárvores de tração com juntas homocinéticas. Coisa de Porsche 911. Notem o estepe colocado deitado na dianteira. E entre-eixos aumentou 20 mm, para 2.420 mm.

Foi produzido de 1971 a 1973, quando evoluiu para modelo 1303 e foi até 1975. Mas o conversível teve uma sobrevida e resistiu até 1980.

Pena que nunca tenha sido feito aqui. Nós merecíamos.

BS

A proliferação dos dispositivos que fotografam o avanço do sinal de trânsito, mais conhecidos como pardais, é perceptível a qualquer um que more nas grandes capitais. Infelizmente com cunho arrecadatório, comprovado nesta matéria do jornal Extra, são mais armadilhas do que ferramentas para reduzir acidentes.

Mas um fato que venho notando, e que considero grave, é que nos sinais que possuem o tal dispositivo, os motoristas ficam impassíveis ao escutar a sirene de uma ambulância ou caminhão dos bombeiros. Em um sinal sem pardal, na mesma hora o pessoal da fila da frente avança um pouco, libera espaço para o de trás chegar para o lado, todo mundo se ajeita e a ambulância passa. Mas se tiver pardal, o paciente periga morrer, pois ninguém se mexe. Fica a pergunta: quem paga a multa?

AC


Pouca gente lembra hoje que o Passat original era oferecido também com porta traseira, o chamado Passat 3-portas. Meu pai teve um desses em 1977, que apesar de novo fazia um barulho lascado na porta. Talvez por isso o duas-portas era mais popular. O Passat era sensacional, um carro muito à frente de seu tempo em seu lançamento, com diversas características muito interessantes, a maioria apresentada nessa vista fantasma abaixo.

Foto: Autor

Um estrada, uma faixa de segurança de pedestres. Nada de lombada em todo o trecho, que é estreito, como pode ser visto na foto. Claro, é impossível a foto ter sido tirada no Brasil. O lugar é Stresa, uma das muitas cidades na margem do Lago Maggiore, Itália. Lugar de veraneio, e por isso no outono começa a esvaziar a olhos vistos.

Vale a pena dar uma olhada na região pelo Google Earth. A beleza do lago e do entorno são cativantes. Entre com Stresa, Italy.

O trecho fotografado é na Via Sempione Sud, que circunda o lago e cujo nome vai mudando ao longo do percurso. Foi impossível não traçar um paralelo com o bairro de Ingleses, em Florianópolis, em que num pequeno percurso, do centrinho comercial até o hotel Costão do Santino contei 20 lombadas. Cena de horror.

Vai ser difícil, mas tenho esperança de que um dia nos livremos desses dejetos viários que nos tiram completamente o prazer de dirigir e ocasionam prejuízos de toda ordem, de aumento de consumo de combustível e de emissões gasosas que sujam o ar, a lesões em pacientes graves transportados em ambulâncias.

Pior que isso, estão deseducando o motorista brasileiro, que só anda devagar quando há lombada à frente..

Vi algumas lombadas na parte montanhosa em torno de Turim, mas são mais lembretes para se andar mais devagar do que obstáculos ao movimento dos veículos propriamente ditos. Sua altura é mesmo mínima, a ponto de nem ser necessário reduzir velocidade para transpo-las.

É um horrível, deplorável, mas senti muita inveja dos italianos. Mesmo sem estarem no patropi que o cantor Jorge Ben Jor diz ser abençoado por Deus, eles conseguem  fazer do andar de automovel uma atividade prazerosa.

BS

Muitos já devem ter visto esse vídeo de Ken Block a bordo de um Ford Fiesta de rali. Ken é americano, e piloto de rali, algo não muito comum.

Sua habilidade já foi demonstrada centenas de vezes, basta buscar pelos videos no YouTube.com, quase sempre a bordo de Subaru Impreza.

Por cinco anos escrevi na Quatro Rodas Clássicos. Não falhei em nenhuma edição, sempre com uma ou mais avaliações, todas elas de carros esportivos. Por dois anos escrevi na Car and Driver Brasil. Por sete anos e meio escrevi semanalmente no Jornal Superauto, do Primeiramão.

Nessas, já dá pra ter uma ideia da quantidade de carros esportivos que guiei. Foram dezenas, e talvez passe da centena de esportivos, já que não dou muita bola para carros que não o sejam. Tanto antigos como novos, só me agradam os esportivos e só a eles direciono minhas avaliações. Corvette, Porsche, Ferrari, Maserati, Mustang, Camaro etc, etc... Conheço-os dos avós aos netinhos, e observei suas evoluções e involuções.


Foto: Best Cars

Há exatos 13 anos, nesta data, por volta de 11 da manhã, em meu escritório na sede da General Motors do Brasil, em São Caetano do Sul, na região da Grande São Paulo, eu recebia um e-mail no Lotus Notes, o gerenciador de e-mail da empresa. O remetente era um velho conhecido, um velho amigo para ser mais preciso. Texto bem curto, que dizia "leia em www.geocities.com/bestcars", ou um URL parecido. A sigla é de universal resource locator, o nome correto de endereço na internet.

Era o Fabrício Samahá, lá de Pindamonhangaga, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, informando-me que havia criado um web site. Senti-me realizado. Como assim, por que? Tenho de fazer um flashback para o leitor entender.

Estive dia desses em um dos postos de vistoria do Detran/RJ, mas acabei desistindo de fazer a vistoria anual. Ela é com hora marcada, agendada previamente por telefone ou pelo site do Detran/RJ, porém ao chegar lá encontrei uma fila imensa, saindo porta afora e atrapalhando o trânsito na já tumultuada rua do Catete.


Vermelho!

Nem sempre, o 308 do amigo Renato é cinza com interior vermelho, uma combinação lindíssima como vocês podem conferir. Se pudesse comprar um hoje, a única certeza é que não seria vermelho.

Fotos de Sidney Cardoso

AC
Foto: Arnaldo Keller
No banco do piloto
Assim que cheguei à adolescência nutri enorme admiração por Ferrari e Maserati, que andavam por aqui  como carros de corrrida apenas.  Quero crer por ter sido a primeira corrida que assisti  justamente uma de monopostos de Grande Prêmio (Grand Prix), antecessores da Fórmula 1 que só seria criada em 1950.

Essa primeira corrida foi a de 1947, eu era muito pequeno, quatro anos, e não me lembro de nada. A segunda, no ano seguinte, também não me deixou registro na memória, o que só aconteceria na corrida de 1949. Com seis anos e pouco deu para ter noção de tudo aquilo, que me pareceu fantástico.


Aproveitando o post do MAO sobre o interior de Ferrari, me lembro de uma experiência com um 599 Fiorano que foi uma grande surpresa.



Uma vez um amigo me perguntou se eu via algum motivo, fora o status, para alguém comprar um Ferrari 550 Maranello, visto que existiam outros carros tão velozes quanto ele, e muito mais baratos.

Podia explicar que carros são mais que números, falar aquele batido clichê do som do V-12, e mais um monte de outros motivos. Mas resolvi simplificar. Disse para ele que para mim, só aquele interior de couro marrom claro com gominhos nos bancos, já valia metade do carro. Era um exemplo de como o carro é feito para agradar todos os sentidos do proprietário, um produto de luxo sem par no mundo. Um sofá de couro italiano propelido por um V-12 impossivelmente maravilhoso em som, suavidade e poder.

Observem este filme de um navio de contêineres sendo descarregado.


É possível perceber o frenesi que é o processo de carga e descarga de navios contêiner. Tempo é dinheiro, e o uso de contêineres padronizados agilizam muito o processo de carga e descarga.

Mas há um detalhe nestas imagens que escapa ao senso comum da maioria das pessoas. É muito sutil o fato de que os contêineres são suspensos por cabos de aço flexíveis, e que, apesar disto, eles são movidos de um lado para o outro em alta velocidade, sem que oscilem como um pêndulo.

É evidente que a movimentação dos contêineres não pode gerar oscilações. São cargas pesadas, difíceis de conter a oscilação, e enquanto oscilam, não podem ser posicionadas com precisão no seu lugar de destino, presas por suas travas, quer seja no navio, quer seja sobre a carroceria dos caminhões.
Foto: Rony Sharp

Um Maserati fora de controle? Ou trata-se de uma derrapagem de potência, um power slide? Acertou quem escolheu a segunda possibilidade. Só que foi uma derrapagem provocada, destinada a saudar um pequeno grupo de adolescentes que haviam ido assistir uma corrida na Quinta da Boa Vista, no Rio de Jameiro. Eles estavam naquela curva, mas poderia ser qualquer outra do belo parque do tempo do Império.

Estavam todos maravilhados com aquele carro vermelho, um Maserati 300 S, mais ainda com a precisão e arte de quem o pilotava: El Chueco, "o manco" em espanhol, apelido da Juan Manuel Fangio. Que aquela altura acabara de se sagrar campeão mundial de Fórmula 1 pela quinta vez após uma épica corrida em Nürburgring, em que com seu Maserati 250 S derrotou os dois pilotos da Ferrari, Peter Collins e Mike Hawthorne, com seus Tipo 625.

Manco em razão de sequela de acidente numa prova da estrada na sua Argentina, modalidade com a qual iniciou sua fantástica carreira no automobilismo, que o levaria à Fórmula 1 quando já contava 39 anos.

Pois El Chueco, ao passar por aquele ponto e ver que os garotos lhe saudavam a cada volta, retribuiu o cumprimento da maneira mais apropriada para um pentacampeão mundial: dar potência na saída da curva para acenar com seu carro por meio de um inesquecível power slide.

Fangio se prepara para a largada
Desnecessário dizer que Fangio venceu a corrida com enorme facilidade e, principalmente, deu muita alegria aos corações dos jovens Rony Sharp, Billy Sharp, Tommy Locker, Emílio dos Santos e deste que vos escreve. Todos vivos e em condições razoáveis de saúde. O mais jovem, o Tommy, fez 67 anos em agosto e o mais velho, o primo Billy, 73, em setembro.

Um belo momento para cada um deles em algum ponto do último trimestre de 1957.

BS
Foto: www.thecarconnection.com
Chevrolet Volt
A notícia semana passada causou alvoroço no meio automobilístico americano e, graças à internet, mundial. O Chevrolet Volt, descrito pela fábrica como "um carro elétrico de autonomia estendida por motogerador a bordo", tem um modo de propulsão não revelado até então: a atuação direta do motor a combustão. A imprensa em geral caiu matando, dizendo que a General Motors mentira.




Todo mundo sabe que a Hyundai é hoje uma das mais impressionantes histórias de sucesso da indústria. A empresa, que há pouco mais de 20 anos apareceu para o mundo ocidental com alguns carrinhos baratos, mas de aparência questionável, hoje já é um incômodo para todos os líderes mundiais estabelecidos. Todo mundo a usa como exemplo de eficiência e visão empresarial, e alguns analistas saracoteantes capricham no gel do penteado e no terninho novo para destrinchar o exemplo coreano em palestras mundo afora, onde a história desse sucesso é invariavelmente chamada pelo nome bacana de "case study".

Para mim todo este oba-oba é uma grande bobagem. O sucesso e o declínio de grandes conglomerados automobilísticos podem ser facilmente explicados por um dado simples: sua idade.

Foto: Divulgação

O experiente jornalista automobilístico Emilio Camanzi escreveu o "Guia Off Road - 101 dicas para não ficar agarrado", na qual ensina a quem não é expert no fora de estrada as técnicas para dirigir com segurança  e eficiência nessas difíceis condições. É uma edição da Gutenberg Editora e o lançamento, com autógrafos, está marcado para o dia 21 de outubro  às 19h30 no Espaço Cultural Diários Associados, av. Getúlio Vargas, 291, bairro Funcionários, em Belo Horizonte. O livro de 80 páginas tem formato 12 x 18 cm e seu preço é R$ 35,00. Pedidos podem ser feitos pelo telefone 0800 28 31 322.

O leitor terá oportunidade de conhecer indicações técnicas que o auxiliarão quando se deparar com uma estrada esburacada, trilha, morro ou montanha com pedras ou areia.  Manutenção, equipamentos necessários e terrenos mais adequados estão entre as informações que constam na obra. O livro se destina também a quem não pretende experimentar uma aventura mais radical mas que pode se ver numa situação típica de um jipeiro.

Foto: Autor

Dando continuidade à luta da Companhia de Engenharia (?) de Tráfego de São Paulo contra as motos, segregando-as como se fossem ameaça à vida e ao bem-estar da população, foram colocadas placas como esta aí em cima na marginal do rio Tietê. Isso mesmo, passou a ser proibido trafegar de moto na pista central desta via. Esses caras da CET estão completamente loucos. Por que digo isso?

O argumento da autoridade de trânsito paulistana é que se trata de medida para proteger a vida dos motociclistas. Pois não existe burrice maior na face da Terra, pois a motocicleta não é um veículo lento, que  venha a constituir um obstáculo e por isso mesmo se torne perigoso utilizá-la ali. Pelo contrário, é mais rápida que o trânsito, sempre.


Já falei aqui do AMC Eagle, mas não pude resistir em publicar esta velha propaganda dele de ao redor de 1982. Achei sensacional pela ideia (o carro é para família, para o menino) e pela chuva; ao invés de um céu belíssimo, a imagem dá a ideia exata do por que da existência do carro. Sensacional!

MAO

Em meados de 2002 alguns amigos descobriram que havia três VW Santana em minha garagem, todos fabricados em 1996: dois para uso dos meus pais e a famosa "Panzer", uma VW Quantum que ocupa o espaço da minha garagem desde 1999.

O Santana foi o meu primeiro carro, então não preciso falar muito a respeito do que ele representa para mim. Recém-habilitado, meu pai confiou a mim a guarda e posse do carro mais velho que havia em casa: um Santana Executivo 1990 todo original, preto Ônix com rodas BBS (prateadas) e bancos Recaro revestidos em couro cinza, igualzinho a esse que abre o post.



Se você tem dúvidas de que a Oldsmobile merece ter acabado (já falamos disso aqui), basta olhar os anüncios neste post. Carros muito antigos e sem atrativos especiais. Quando a GM resolveu reviver a marca, nos anos 90 (história para outro dia), era tarde demais.

O Bob Sharp já avaliou a perua Livina aqui para o AUTOentusiastas, porém era a de motor 1,6-litro e câmbio manual. Achei a avaliação completa e exata. Sendo assim, só me cabe citar as diferenças para esta testada, que tem outro motor e transmissão, além de enfatizar seus pontos fortes.

A suspensão da perua Livina é primorosa; mostra bem o parentesco com os Renault aqui fabricados, que conseguem ser firminhos e macios. Ela passa a sensação de robustez, característica tão necessária aqui no Brasil, terra dos buracos e da desfaçatez política.


A BMW está divulgando imagens e liberando o carro de testes do novo Série 1 M Cupê para avaliação de alguns meios de comunicação. Deve ser um carro muito interessante de guiar, pois é um chassi muito bem acertado e com motorização de gente grande.



Hoje os carros da Hyundai são originais em design, e têm uma qualidade invejável. A empresa também é conhecida por sua velocidade de resposta. Mas não foi sempre assim. Em 1988, época da propaganda acima, o principal argumento de venda do Hyundai nos EUA era o preço baixo. Na propaganda acima, nem o nome do carro aparecia, a não ser nas letras miúdas. Excel é o nome, se você realmente quer saber...