Esse conceito hoje em dia soa estranho, pois qualquer carro sai com caixa de cinco marchas e alguns até com seis, o que permite definir a última marcha para rotações mais baixas em velocidade de cruzeiro, ainda que poucos fabricantes assim configurem.
Mas no lançamento do Passat 83, na falta de uma caixa de cinco marchas (que chegaria com o Santana), utilizou-se essa forma de escalonar as marchas para conseguir um carro mais econômico e agradável em velocidades de cruzeiro. Olhando a tabela do post do primeiro Santana branco, vejo que o código da caixa utilizada nesse Passat (nas Paratis e Voyages também) foi a de código PN, com relações 3,45/1,70/1,06/0,78, com a 4a. só um pouco mais curta do que a 5a. (0,73) utilizada na caixa PX, uma 4+E que veio equipar os carros com motor de 1,6 litro nos anos seguintes.
Equipado com o então novo motor MD-270, também chamado de Torque, por ter priorizado mais potência em baixas rotações em relação aos antecessores, o Passat com caixa 3+E (houve opção com caixa de marchas normal) atingia as seguintes velocidades nas marchas: 44 km/h em primeira, 90 em segunda e 144 km/h em terceira, calculado com limite de rotações a 5.800 rpm, rotação de potência máxima - 98 hp - pela norma SAE J1349 (81 cv a 5.200 rpm pela NBR 5484). O resultado era elasticidade nas 3 primeiras marchas e conforto e economia em viagens com a quarta longa. A revista Motor3 comparou as duas versões à época do lançamento, e nosso querido JLV relatou ter gostado muito mais da 3+E.
Eu tive a oportunidade de guiar uma Parati equipada com esse câmbio, uma bela solução para quem dispunha de caixa com apenas quatro marchas.
Hoje em dia, mesmo com as caixas de marchas contando com uma ou duas relações a mais, o que notamos é a última marcha calculada para velocidade máxima, atendendo aos que têm preguiça de reduzir marchas mas maculando o consumo e o conforto nas velocidades de cruzeiro em rodovias. Tirando o Polo Bluemotion, carro que nunca vi nas ruas, e o Uno Mille, creio que nenhum carro nacional adote mais o conceito "x+ E".
Os fabricantes não podiam oferecer parte da produção de câmbios com marchas mais longas, para melhor aproveitar os motores mais potentes e evoluídos de hoje em dia?
AC
Como eu consigo identificar qual o tipo da caixa de cambio utilizada? Ainda mais na linha VW, que antigamente possuía uma grande variedade de modelos.
ResponderExcluirAté poderiam oferecer, mas seria um custo extra, uma opção a mais na linha de montagem, iria dar trabalho, e afinal o brasileiro consome qualquer lixo que se ponha na concessionária mesmo.
ResponderExcluirInteressante post. Isso me chama atenção para o fato de que essa quantidade de marchas que os carros tem hoje, 6, 7 e até 8, deve ser muito mais uma questão mercadológica do que funcional. Ora, se um simples passat com um motor carburado de 80 cv conseguia desempenho satisfatório com o 3+e , por que carros de hoje com muito mais potencia e torque precisam de mais marchas?
ResponderExcluirClaro que os esportivos são caso específico, mas o resto acho que é marketing...
Abraço
Lucas crf
Também é de se perguntar o porquê de não aproveitarem as curvas de torque planas de grande parte dos motores de hoje. Daria sossegadamente para escalonar marchas longas e que precisem ser reduzidas poucas vezes (aqui contando com o tal torque plano).
ResponderExcluirE quando pensamos que hoje a velocidade máxima nas rodovias é de 110 a 120 km/h, estaria mais que na hora de pensar no conforto de marcha (e ao mesmo tempo no consumo). Quando vemos carros de tudo quanto é tipo sendo extremamente barulhentos nessas velocidades (e por consequência consumindo mais por causa das rotações a mais), vê-se que passou da hora de reescalonar as relações dos veículos justamente para aproveitar a tal característica de torque em ampla faixa.
Alexandre;
ResponderExcluirApesar de não ser bem um veiculo nacional, a Ford Ranger diesel é x+E
Eu nã entendo...com os modernissimos sistemas computacionais parece que a industria ficou mais engessada do que er antes! Se antes era possivel comprar até um tipo ou outro de caixa de cambio, hoje em dia até cor tá dificil de escolher alguma fora a prata ou preta.
O Celta usa 4+reduzida!!!
ResponderExcluirO Picanto da Kia usa uma caixa 4+E bastante agradável de usar.
ResponderExcluirLaranjo: acho que todas as relações da caixa GM (Celta e principalmente Classic) são reduzidas.
ResponderExcluirAinda não descobri o botão para acionar a opção normal....
Jundy
ResponderExcluirNos VW de motor longitudinal, cada caixa é identificada por duas letras gravadas em baixo relevo na carcaça de alumínio: PV, PX, PS, PVD, PB...
FB
É isso aí, todos perceberam a mudança dos tempos. Não existe uma resposta única para essa questão.
ResponderExcluirMuitas coisas mudaram e tendem a mudar muito mais...
Antigamente nas montadoras ainda havia um certo romantismo na engenharia do automóvel; mas para mim o que mais mudou foi a concorrência, a escala de produção, a tecnologia embarcada e a busca por resultados financeiros.
Vamos ser francos, qual era a concorrência do VW Passat em 75 até 80? Chevette? Brasília? Corcel? Não creio!
Só com a chegada do Monza 2 volumes que ele ganhava um concorrente, não exatamente na mesma categoria por ser um projeto muito mais moderno mas semelhante.
Portanto, cada carro tinha os seus admiradores sem nenhum desafiante real no horizonte.
Hoje as coisas são muito diferentes. Linhas de produção robotizadas, compartilhamento de peças entre diversos veículos de classes diferentes, escala de produção monstruosa em comparação com o passado, inúmeras montadoras sem instalaram por aqui...
A injeção eletrônica agora é padrão que aliado ao desenvolvimento dos motores tornou-os muito mais eficientes com cilindrada média menor... E portanto mais econômicos.
Hoje você pode comprar um 3 volumes "pequeno" de diversas montadoras: Fiat, VW, Ford, GM, Peugeot, Renault, Honda, fora os importados, coreanos, chineses, os q eu esqueci, etc. Todos muito semelhantes e disputando cada ínfima vantagem para se destacar na concorrência; normalmente em preço, DESEMPENHO e design.
As pesquisas e workshops entre os consumidores aproximaram os dep. de marketing dos anseios da população...
Aí, tudo isso contribui para esse estado de coisas aliado a um fator muito importante na cultura brasileira, a educação é muito carente em diversos níveis incluindo disciplinas importantes mas aparentemente inúteis como economia doméstica que resultaria em um desejo de economizar combustível e noções de cidadania que resultaria em uma maior civilidade aonde as pessoas em geral não ficariam que nem loucas no trânsito querendo cortar tudo e todos para chegar 30 segundos mais rápido no seu destino.
Eu tenho um amigo que dirige que nem louco esgoelando todas as marchas, se gabava de ter tirado o limitador de giros do seu Corsa 1.0; mas vivia no mecânico, toda hora quebrava um polia, o alternador, velas detonadas, etc. Resultado, ele gasta o dobro em combustível e manutenção, não ganha nada com isso e ainda esmerilha o carro; recentemente ele vendeu e dava pena ver como o carrinho ficou. Uma certa vez eu cai na besteira de tentar falar em direção econômica com ele, etc. Era mais fácil falar com o poste...
Por isso a maioria das pessoas quer uma quinta marcha real com maior velocidade ao invés de economia em trechos mais longos. Falta EDUCAÇÃO em todos os níveis. Nem sei se reduzir o número de operações de troca de marcha realmente influi nesse caso pois são gestos tão automáticos que a maioria nem percebe quantas marchas trocou ou não.
Resumidamente, a maioria das pessoas preferem a sensação de poder, que pode andar mais rápido a economizar e ser mais civilizado; tudo isso aliado a busca pelo lucro, massificação, e o desenvolvimento dos motores obscureceu a última marcha econômica e tudo o mais que existia nos tempos mais românticos e não temos mais como as cores vívidas.
Corcel e Chevette eram concorrentes, sim. Talvez não no quesito potência, mas por outros atributos. Corcel sempre vendeu bem.
ExcluirJoão Paulo
Engraçado, eu também nunca vi um Blue Motion nas ruas.
ResponderExcluirA velocidade máxima da 1º,2º e 3º marcha não é muito diferente de um carro atual de potência equivalente... a não ser pela 3º marcha um pouco mais longa.
Alguem sabe qual éra a velocidade final máxima deste Passat?
Honda Civic SI usa uma 5+E
ResponderExcluirA 6ª é tão overdrive que a 5ª corta a 215km/h (8.400 rpm) e quando você engata a 6ª ela entra a menos de 6.000rpm, numa rotação em que o VTEC ainda nem está ativado!
AC
ResponderExcluirQuando na VW e utilizando um Voyage 4-portas de frota, em meados de 1984, pedi para colocarem um câmbio 3+E. Era perfeito, muito melhor que 4-marchas plenas. O motor tinha elasticidade mais que suficiente para o carro andar com as três primeiras marchas, ficando a quarta para cruzar sossegado, motor em giro baixo.
AC e todos
ResponderExcluirComplementando o comentário acima, para mim é um mistério: o motorista brasileiro típico aprecia câmbio de muitas marchas mas não gosta de trocá-las, tipo "tenho mas não uso".
Difícil era explicar p/ o leigo que, com a 4ª engatada, esse Passat ficava manco, pedindo redução
ResponderExcluircreio também que 4 marchas é mais para carros torcudos e com motores grandes, justamente o contrário do que temos hoje, que são carros com motores pequenos, mais giradores e com mais potência.
ResponderExcluirNo espetacular acervo digital da 4R, disponivel em seu site, há o comparativo entre as duas versoes do passat, 4M reais e 3+E. Para quem se interessar é na edição de outubro de 82. Contem toda a explicação tecnica sobre o motor e os dados de desempenho. Na edição de janeiro e março de 83, também há reportagens sobre o 3+E, na última, em um voyage. O Bob é que vai gostar, pois o voyage é branco e 4 portas.
ResponderExcluirAbraço
Lucas crf
Focus e escorte zetec usam 4+E!!!
ResponderExcluirEm 1993 eu tinha uma Saveiro GL 1991 com motor 1.8 a gasolina que simplesmente sorvia o asfalto como se de um buraco negro se tratasse (eu realmente exagero)...
ResponderExcluirO carrinho era realmente andador e tinha sua quinta marcha como opção de repouso. Ao vender a picape a um senhor, dono de uma saveiro 1.6mais velha quatro marchas e alcoolizada, ele comenta depois -injuriado - que em última marcha não conseguia as retomadas vivas que conseguia no carro anterior, que eu sabia que andava substancialmente menos, e quase desfaz o negócio.
Mera questão de falta de conhecimento e rapidez em pré julgar erroneamente.
Eu só queria saber qual é o método que os caras usam para fazer essas pesquisas que têm como resultado que brasileiro não gosta de trocar marchas nas lombadas e coisas do gênero...
ResponderExcluirAposto que é balela para poder vender câmbios toscos e fazer economia de escala. Vide os casos dos volantes de motor.
Na Fiat rola uma óbvia economia de escala.
ResponderExcluirPeço que vocês olhem as relações de marcha de toda a linha fiat e verão vários números repetidos alí.
Mille 1.0 e Palio 1.4 com mesma marcha e diferencial
Uno 1.4 = Palio 1.4
Uno Sporting é marcha de uno 1.4 com diferencial de Palio 1.0
e assim vai.
Chega a ser ridículo. Dá para ver claramente que a idéia alí foi economizar o que é uma pena.
Esse lançe de sair de lombada de terceira, acho que é balela. Na verdade é para dar a sensação de potência mesmo. Eu já ví várias pessoas comparando performance pela marcha que conseguem subir uma determinada ladeira.
Jundy,
ResponderExcluirO FB deu a dica. Mas pelo modelo, ano e motorização do carro dá para acertar na maioria das vezes.
Bianchini,
Custo praticamente zero, pois dá para mudar escalonamento usando pares de engrenagens já existentes, na maioria dos casos.
Lucas,
normalmente quando comparava a ficha técnica de um carro nacional com um europeu, notava a grande diferença nas relações, lá normalmente bem mais longas. Uma das modificações da tal 'tropicalização' é justamente encurtar todas as marchas e fazer com que o carro retome depois de lombadas em 3a. e não precise de reduções em subidas nas estradas. Tudo isso porque os desinformados acham que o que vale é o número da marcha e não a velocidade que ela alcança.
Daniel,
a Ranger diesel chega na máxima em 4a. ? Diesel normalmente é longo porque gira menos, mas normalmente usam 5a. plena.
Sergio,
bom saber disso, um pequeno com relações longas. O contrário do Palio, que com motor fiasa e 5a. 0,96, urrava andando a 120 km/h.
Lawrence,
ResponderExcluirde fato hoje em dia, como diz um dos meus irmãos, 'acabou a poesia'. Não dá nem para escolher cor de carro 0km direito, é preto ou prata quase sempre, o que dirá caixa curta ou longa.
Anderson,
por volta de 160 km/h.
Bob,
é estranho mesmo. Se você der um carro de 4 marchas para qualquer um, totalmente funcional, final em 4a., irão torcer o nariz, dizer que é obsoleto e tal. Aí você coloca mais uma marcha intermediária e todo mundo acha bom. Isso não vem de hoje, para condução normal, as caixas de 3 marchas dos Opalas, Dodges e Mavericks eram muito melhores.
Brazooca,
a Ford é uma das poucas que usa 4+E nos carros com motor maior que de 1 litro. Os primeiros Escortinhos eram deliciosamente longos, mesmo com apenas 70 cv.
Caio,
isso é mais normal do que você imagina. Se olhar a tabela que citei no artigo, verá que as relações VW quase sempre se repetem. Tendo mais algumas à disposição (a Fiat tem) e combinando-as decentemente, faz-se uma caixa 'wide ratio' muito boa.
O tal do Palio Economy é um, podia utilizar relações do Uno e ser mais 'economy' ainda.
Pelos comentários deste post ficou evidente que quem é autoentusiasta de verdade prefere câmbio de relações mais longas. E por que será? Porque quando se precisa de mais força basta reduzir uma ou duas marchas, ora bolas! Impressionante como muitos não se dão conta disso...
ResponderExcluirO câmbio 4 marchas dos Opala e Caravan é um caso típico de aumento de marcha sem motivo prático. Meu pai teve um Opala 4 cilindros, com câmbio de 3 marchas. Se o desempenho com o 4 cilindros era bom, o que dizer então dos modelos 6 cilindros, com quase o dobro de torque a rotação ainda mais baixa? Com meu Caravan 4,1-litros era comum eu pular a segunda ou terceira marchas, dependendo da ocasião, pois o torque abundante em baixa empurrava o carro sem dificuldade.
Road Runner
ResponderExcluirNo final de 1991 um colega de trabalho da minha mãe comprou um Diplomata 0Km, justamente para ver "qual era a onda" dos novos Opalas com 5 marchas.
Falou pra mim que era uma merda, pois o carro "não andava em quinta".
Pode uma coisa dessas? Mesma coisa disse o meu pai quando comprou um Gol 1.6 1998 com o delicioso câmbio PX (4 +E) dizia que o carro era fraco, pois "pedia quarta marcha toda hora".
E vai tentar explicar...Uma vez comentei sobre a quarta marcha do meu câmbio PS (que tem quase a mesma relação da quinta do câmbio PV que ele usa), falei que o que ele andava em quinta eu andava em quarta.
Resposta dele: "ah, mas em quarta gasta mais!"
FB
Bob: ao ler sua mensagem contando sobre o pedido para que instalassem um câmbio 3+E em um Voyage, me lembrei de um primo de minha mãe, que tinha uma Caravan com câmbio na coluna, só que em um exemplar de ano em que a GM já não oferecia esta configuração. Ele disse que foi um pedido especial, já que conhecia diretores da GM, ou coisa assim. Aí, me veio uma idéia: que tal uma matéria sobre estas lendas automobilísticas urbanas, como carros em configuração especial encomendados às fábricas, ou até mesmo carros montados por encomenda depois de já fora-de-linha, carros 0km com vinte, trinta anos, e coisas assim?
ResponderExcluirNão deixam de ser casos curiosos. Fica a sugestão.
Abraço,
Mr. Car.
Que legal... Mais ainda ler os comentários.
ResponderExcluirTenho um Escort Zetec e realmente ele tem um cambio muiiito bem casado com o motor, marchas longas, motor que se pedir ele gosta de girar, mas de 5ª é uma paz. É aquele negócio, precisou de força é so reduzir e tá tudo lindo.
Vai entender esse hábito inconsciente de gostar de marcha curta, digo inconsciente porque ninguem nem sabe como funciona nada disso, é como já dito, comparar qua carro é "mais forte" por determinada marcha que sobe tal subida e assim vai.
Bob, essa é fácil!
ResponderExcluirTenta encontrar um carro quatro marchas dessa época...
Me lembro que carros quatro marchas, independete de serem 3+E ou não eram todos rotulados como "só tem quatro marchas... que pena..."
Então não vendiam.
O mercado ganhou a parada.
Talles Wang
Gostaria de saber qual a diferença entre MD-270,AP-600 e AP-1600?
ResponderExcluirObrigado desde já!
Abraços!
Eu acho a quinta marcha do focus 2.0 com caixa importada bem longa. Acho que não chega a x+e, mas me parece bem longa. M boss
ResponderExcluirCaro AC, realmente o custo não é o problema, mas as fábricas vão ter trabalho. Se empurram para o consumidor carros prata, preto e qualquer tom que existir entre esses dois para terem menos trabalho de trocar a tinta nos tanques de pintura, por que o fariam com câmbios? O brasileiro pode até reclamar, mas vai comprar do mesmo jeito...
ResponderExcluirAC, agora as fábricas agora oferecem câmbios automatico com a função "OVERDRIVE".
ResponderExcluirSão ainda mais confortáveis e silenciosos que uma marcha "E".
Eu prefiro muito mais um câmbio AT do que um manual mal escalonado.
Dentre as fabricantes, a Ford é a mais feliz na hora de calcular as relações de marcha. Quando pode fazer caixa longa, faz como Focus, Escort...
ResponderExcluirE quando quer fazer curta e um trepada na outra faz também:
Ka (xr, black, Action) e Fiesta 1L.
As únicas que eu acho inadequadas é o Fista com Zetec e o novo Ka que são leves e não precisavam de caixas tão curtas.
Alexandre Cruvinel;
ResponderExcluirNao é necessariamente uma verdade que as relações de marcha de motores diesel sejam longas. O exemplo mais extremo chama-se L-200 Outdoor cujas marchas são tão curtas que, em 5 marcha e 120km/h, o motor trabalha em mais de 3000rpm's (das 4000 disponiveis).
Quanto a Ranger, ela é 4+E pois atinge a máxima em 4 marcha.
Abraços
Um outro belo exemplo de caixa 4+E foi o Uno 1.6 MPI (tive um 96) que era estradeiro que só ele! A quarta o levava fácil até os 120 km/h e depois era só engatar a 5ª "infinita" e navegar com o pequeno foguete ... Depois tive também um Escort Zetec 98 que como já comentaram tinha a mesma filosofia ... carros que andam bem na cidade, quase sempre sem espaço para engatar a marcha "E" e ótimos na estrada, girando manso no nosso limite máximo das rodovias de 120 km/h.
ResponderExcluirÓtima a troca de informações quanto às combinações possíveis de relações e engrenagens dentro da mesma linha de produtos, podendo com um pouco de pesquisa e um bom profissional da Mecânica fazer o serviço que nossos fabricantes deveriam voltar a oferecer como outrora: uma caixa de marchas “ longa”opcional como os (Argh...) estribos (para sujar a barra da calça - como já li por aqui), santoantônios (falsos), e plásticos horríveis colados nos paralamas para parecer “aventureiro” e rodar com pneu lameiro no asfalto !!!
Alexandre, eu gostaria muito de mudar algumas coisas no câmbio do meu Mille.
ResponderExcluirAs vezes acho a primeira curta demais (é osso subir as ladeiras das perdizes com o carro cheio... tenho medo de ter que patinar demais a embreagem com ele), mas quarta e quinta eu tenho certeza que poderiam ser mais longas.
A 60km/h já ando numa boa em quinta (fica a 2000RPM +-). O problema é que já esta enchendo o saco trocar tanto de marcha, cansa. As vezes deixo o carro a 60km/h em terceira mesmo, porque depois de tanto dirigir já fico meio cansado. Pulo marcha com uma certa frequência, saio de segunda se eu estiver em uma descidinha leve...
Eu já estou de olho na quinta do Mille economy, que é um naco mais longa que a minha, mas não vai mudar muita coisa, tenho certeza.
Se eu tivesse conhecimento e dinheiro, dava uma boa mudada nas marchas dele.
O vício em mudar marchas é tão grande que quando peguei o Fiesta do cunhado, fui tocando sem olhar para o painel e quando vi o carro estava "peidando" em 5a marcha a 60km/h, pois fui trocando no tempo do Mille. É incrível, tem horas que dirigindo o Ford, estranho andar tanto e cambiar tão pouco.
Prezados,
ResponderExcluirTenho uma Ecosport 2.0 16v Automatica...lendo o manual deduzi que se trata de um "3+E" (pois a 3º tem a relacao direta 1,00:1 e a 4º sendo um overdrive/sobremarcha com 0,72:1.
Dias atrás estava pensando como seria o desempenho e consumo se o carro fosse equipado com uma câmbio com 5 marchas (4+E ou 5 marchas reais...).
Fiquei na dúvida. O que acham?
abs
Grechejr,
ResponderExcluiro Escort zetec é ótimo, nada como uma 3a. marcha que responda desde lá embaixo até 140 km/h. E se precisar retomar mais rápido, só reduzir.
João Gabriel,
a grosso modo, o MD-270 é o motor antigo, com diâmetro dos cilindros de 79,5 mm e curso de 80 mm. O AP 600 já compartilhava o bloco com o novo motor de 1,8 litro e bielas mais longas, com 81 mm de diâmetro dos cilindros e 77,4 mm de curso. Na prática um motor mais esperto, com melhor rendimento.
Daniel,
não tenho muito contato com picapes. A L-200 outdoor é bem curta mesmo, só experimentei uma HPE, mas era automática. Bom saber que a Ranger é assim.
Shaft HP,
O mpi nunca guiei, tive dois carburados, e eram curtos pacas, 5a. plena. Aliás, até a 5a. era curta, em estrada se pintasse uma descidinha era redline em 5a. na certa. Sei que os mpi 94 já usavam a caixa nova, com relações diferentes.
Caio,
pelo que você relatou, parece que a 1a. do Uno ficou longa, se tem dificuldade de sair em subidas. O Celta tem uma 1a. extremamente curta, talvez preocupação da GM de reclamações nessas situações extremas. Acho a 5a. do Uno adequada, é BEM mais longa que a do Palio, já que a marcha e a redução final (diferencial) são mais longos.
Eduardo,
os automáticos com mais de 3 marchas (acho que todos hoje em dia) quase sempre tem 4a. overdrive, bem longa. Com uma marcha a mais, a rotação vai cair menos nas trocas ascendentes, o carro acaba ficando mais esperto. Consumo deve melhorar marginalmente em condições de uso urbano, na estrada, se as últimas marchas forem iguais, mesma coisa.
AC
Alexandre, me expressei errado.
ResponderExcluirA primeira do Mille está ok. Mas tenho medo de alongá-la e ter que patinar nas saídas em ladeira.
Mas a quinta poderia ser mais longa sim. Tanto é que no Mille, alongaram cerca de 4%. Tenho um amigo que alongou diferencial mais a quinta, e disse que viaja a 120km/h a 3400RPM. deve ser uma maravilha!
O Ford Ka usa o esquema 4+E
ResponderExcluirAlexandre,
ResponderExcluirComprei há uns dois meses um VW Polo GT 2.0 2011. O carro tem caixa 4+E, apesar de nem eu ter acreditado quando usei a quinta a primeira vez.
A 100km/h - 2500rpm
Acessem a foto para verem.
http://img.photobucket.com/albums/v491/pulita/Polo/DSC01349.jpg
Agradabilíssimo de usar, e muito econômico. Vejam a média que estava fazendo por cerca de 180km rodados.
Uma delícia de carro, bem acertado em todos os detalhes.
GUSTAVO
Gustavo, rotação semelhante ao Polo BlueMotion. Muito bom mesmo!
ResponderExcluirFico muito curioso em dirigir um carro 1.0 com relações de marcha mais longas que a do Mille. Tenho curiosidade para ver até onde é o limite que o carro ficaria "xoxo"
Será que o bob sharp já testou?
Road Runner,
ResponderExcluirO Bob já comentou sobre "pular marchas" aqui. Ele também falou sobre os câmbios do Opala, em resposta a um comentário meu no mesmo post.
Caio Ferrari,
ResponderExcluirO Polo Blue Motion é melhor exemplo que conheço do arranjo 4+E levado ao limite. A ponto de no tráfego de marginais se ter a impressão que a quarta já é a marcha "E" (mas não é). É perfeito! A teoria do 4+E é exatamente estabelecer a quarta como marcha de velocidade máxima com pequena ultrapassagem da rotação de potência máxima (para aproveitar a sobre-escala de rotação, em que a perda de potência é desprezível). A quinta é em média de 20% a 25% mais longa que quarta. Lembro que o primeiro Corsa Wind era 4+E extremado e mesmo com motor de injeção monoponto de 50 cv era perfeito. Aí entrou a "engenharia" brasileira e encurtou tudo, apesar de o motor 1-L ter ganho 10 cv e 0,5 mkgf às mesmas rotações com injeção multiponto. Só mesmo prendendo...
Duro é ter que ler nos testes de desempenho que os carros com overdrive (notadamente fords e hondas) perdem nas retomadas, o que os fazem perdem pontos nas avaliações finais. É uma análise prá lá de distorcida, pois não consideram redução de marcha nos carros com essa configuração de marcha.
ResponderExcluirAlexandre Zamariolli
ResponderExcluirO Opala também teve o seu 3+E, em 1976 somente e assim mesmo como item opcional, que se não me engano era chamado de "Câmbio Ômega". Era nada mais que o câmbio de quatro marchas com relações do de três nas três marchas iniciais e a quarta, inversão numérica da terceira normal 1,39, que dá 0,72. As quatro marchas então ficaram 3,08-1,68-1,00-0,72. O mais curioso, contudo, foi a maneira encontrada para chegar a esse resultado. Bastou inverter o comando de 3a e na 4a de modo que ao passar 3a pela alavanca, na realidade era a quarta do quatro-marchas de série, direta (1:1) que era engatada. Ao passar a quarta pela alavanca, na verdade era a terceira que era engrenada, mas com a relação invertida, não mais 1,39, mas 0,72. Realmente genial, mas possível somente com o câmbio antigo, de braços e tirantes externos, tendo sido bastante inverter o bracinho 3a-4a, lá na caixa, em 180°. Mas a ideia nunca foi bem aceita pelo consumidor, que achou o carro chocho em quarta. A solução veio em resposta à primeira crise do petróleo, de 1973, em que os preços dos derivados dispararam nos anos seguintes. Era oferecida tanto para os quatro quanto para os seis-cilindros. Mas a chegada do câmbio com canhão de controle remoto, portanto sem a varetagem externa, matou de vez o arranjo. Digno de elogio, a GM ter sido pioneira no 3+E, sete anos antes da Volkswagen.
AC,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário e pelo "post".
Meu carro anterior era um Gol 1.0 16v Turbo de fábrica (cambio de 5 marchas bem curtas) ante ao atual, entendo os contrastes perfeitamente.
Achei muito interessante o tema do post e os comentários relacionados....Abraço.
Eu transformei a moto Agrale Dakar 30.0 que tive em 5 + E. Existiam duas combinações de coroa e pinhão, se não me engano a mais curta para quem queria usar a moto para trilhas. Combinei o maior pinhão com a menor coroa (misturei os kits) e alonguei bastante a moto, pois pegava a pista do Aterro aqui no Rio todo dia e ia a 90, 100 km/h. Ficou ótimo de cruzar em sexta, porém a quinta ficou um pouco curta para máxima e a sexta não enchia. Mas ficou muito bom para o meu dia-a-dia com essa moto.
ResponderExcluirCreio que o Ford Ka 1.6 Flex usa 4+E, pois a velocidade máxima é alcançada na 4ª marcha.
ResponderExcluirEm 5ª marcha eu rodo de forma suave a 3100 RPM quando tenho 120 km/h no velocímetro.
Eu tenho um mondeo 95 manual 2.0 de 136cv, pelo que eu saiba a caixa dele é de quinta marcha com overdrive.
ResponderExcluirNão é a toa que em viagens (normais) ele faz média de 15 km com 1 litro de mijolina, digo, gasolina comum.
E os câmbios dos autolatinas 1.6 CHT? o que são?
ResponderExcluirJoão Paulo