google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 DYMAXION - O VERDADEIRO MONOVOLUME PIONEIRO - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

DYMAXION - O VERDADEIRO MONOVOLUME PIONEIRO





Richard Buckminster Fuller (1895-1983), americano, conhecido arquiteto cuja mais popular contribuição foi a concepção prática do domo geodésico. Mas Fuller foi também futurólogo misturado com inventor, designer e autor de mais de 30 livros.
Quando sua irmã morreu em 1922, vítima de poliomielite, ele passou um bom tempo em má situação pessoal, e decidiu que deveria seguir sua vontade de criar sempre visando melhorar a vida das pessoas.
O domo geodésico apareceu como uma estrutura com a característica principal de poder ser construída em qualquer tamanho, sempre com o mesmo conceito, desde uma casa pequena até a cobertura de uma cidade. O domo foi inventado teoricamente antes de Fuller, mas apenas ele conseguiu construí-lo para uso prático.
Sua missão levou-o a conceber o termo Dymaxion, que pode ser entendido como o aproveitamento máximo da tecnologia corrente. Utilizou esse termo para uma casa, também com estrutura geodésica, um novo modelo de mapa, uma tenda abrigo metálica de 6 m de diâmetro encomendada pelo Exército dos EUA, e para esse estranho carro, com 3 rodas, motor e direção traseiros e tração dianteira, que ficou pronto em 1933.
Havia também o modo Dymaxion de sono, mas esse assunto também não é para nosso blog.

Aerodinamicamente muito avançado, conseguiu chegar a 190 km/h, com apenas 85 cv de um motor Ford V-8 de válvulas laterais, velocidade obtida no campo de provas da Locomobile, não documentada. Na verdade, 140 km/h eram atingidos facilmente, mas a direção era bastante sensível, não sendo de fácil condução em altas velocidades. Para manobras, porém, o ângulo de esterçamento era ótimo, e o Dymaxion podia girar quase no seu próprio comprimento, 6,1 m.
A capacidade era de 11 passageiros, com visibilidade ótima para frente e para os lados, mas nula na traseira.
A estrutura da carroceria era de madeira, com revestimento de alumínio e o teto em latão. Muito provavelmente devido a esse material muito pouco resistente, um acidente com o primeiro Dymaxion provocou a morte de seu condutor, após a capotagem. Aqui há informações desencontradas, pois diz-se também que essa primeira unidade tinha teto em lona.

De qualquer forma, o acidente ocorreu logo após a exposição do carro em Chicago, no evento conhecido como Século do Progresso. A imprensa divulgou muito o ocorrido, e os investidores do projeto desistiram, com medo da imagem negativa e claro, de não obterem retorno financeiro.
Dos 3 carros Dymaxion construídos, apenas o número 2 sobrevive, tendo ficado exposto no National Automobile Museum de Reno, e a partir de setembro passado, está sendo restaurado para a condição original, inclusive do interior que estava apenas parcial durante os anos de exposição.
Se não foi um sucesso, ao menos deixou materializada a ideia de um transportador de pessoas com grande espaço interno, nas dimensões de um carro normal.
JJ

5 comentários :

  1. FB
    Com o peso concentrado na traseira e o "leme de direção", devia ser uma graça dirigi-lo na reta...

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  2. Bob Shon, Não é FB é JJ.

    Te admiro Juvenal! Feliz ano novo!

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  3. Caro Juvenal,
    Gostaria de lembrar um outro monovolume datado de 1914. Trata-se do Alfa Romeo Siluro, encarroçado pela Carrozzeria Castagna, empurrado por um motor de 6.082 cc com 82 HP e velocidade máxima de 139 Km/h!
    Apesar de ter sido fabricada apenas uma unidade, foi carro de uso diário do conde Marco Ricotti.

    http://mphotos.live.com/694bf0502351a0fd/d.aspx?rid=694BF0502351A0FD!2121&mkt=en-US

    Abs, Mauro

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  4. Mauro,
    Lembro-me de ter lido ou assistido a alguma coisa sobre esse Alfa Romeo Siluro algum tempo atrás, mas não me recordo onde.
    Ele era, de fato, aerodinamicamente avançadíssimo para a época, praticamente um fuso perfeito.
    Mas era também uma câmara de gás ambulante: como o motor dianteiro ficava alojado dentro do carro (a exemplo dos ônibus e caminhões de cabina avançada mais antigos), o cofre não era adequadamente isolado e a ventilação interna era precária, os gases do escapamento invadiam a cabine - uma verdadeira estufa - e não tinham por onde sair. Bastavam alguns minutos de viagem para que os passageiros começassem a sentir tonturas.

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  5. Juvenal,

    Muito interessante mesmo este carro !

    Leia mais no meu blog sobre a recriação de um novo Dymaxion, a partir do zero !

    http://spinbrothers.blogspot.com/2012/01/dymaxion-alem-de-seu-tempo.html

    Xracer

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