google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Marcha longa, relação baixa - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Marcha longa, relação baixa

Lê-se frequentemente na imprensa especializada a expressão "relações de marcha curtas", o que é uma grande confusão. Esse conceito se perpetua, o que precisa acabar.

Uma marcha é que é curta ou longa, não a sua relação. Relação é alta (marcha curta) ou baixa (marcha longa). Sempre procuro passar esse conceito para os colegas jornalistas. Como, por exemplo, uma marcha de relação 0,88:1 ser mais longa que outra 0,97:1 -- mais baixo o número, mais longa.

Parecido com isso é a questão da relação de direção. Muitos chamam a direção que precisa de muitas voltas de longa, quando é ao contrário, é curta. Por isso é melhor dizer que uma direção é lenta ou rápida. Relação alta no primeiro caso e baixa, no segundo.

Falando nisso, uma das relações mais baixas no mercado hoje é a do Civic Si, com 13,6:1. A do LXS e EXS fica marginalmente atrás com 13,7:1.

Esse assunto de relação de marcha está voltando às conversas com o lançamento do Polo BlueMotion, que tem a terceira, quarta e quinta bem alongadas em relação ao Polo normal, juntamente com o diferencial. A quinta, por exemplo, é nada menos que 0,637:1, dando um resultado final de cerca de 45 km/h por 1.000 rpm. Falarei mais do Polo BlueMotion depois que andar nele na sexta que vem.
BS

30 comentários :

  1. Bob, quando avaliar o Blue Motion, pergunte aos engenheiros se o motor teve que receber algum acerto especial devido as marchas mais longas ou a recalibração de injeção foi só para trazer economia mesmo.

    ResponderExcluir
  2. Eu sempre achei que as relações de marcha alta eram por causa dos testes de retomada em quinta marcha da quatro-rodas.
    Por exemplo o Polo 2003...

    ResponderExcluir
  3. Bob,
    Para mim, muitos dos termos técnicos aqui empregados, são "emprestados" do inglês. É comum ler 'short geared', num carro que tem uma ou mais de uma marcha curta. Close gear ratios, é frequentemente visto como relações próximas. E aí vai.
    Por curiosidade, aprendi que vários termos técnicos em japonês não são nem traduções, mas sim, como eles pronunciam o que lêem do inglês: oilu = oil, borotô = bolt.
    O que quero dizer com isso tudo é que onde nasceram os carros, nasceram os termos técnicos a eles referentes e, nos outros países adaptam-se, muitas vezes com erros.

    ResponderExcluir
  4. Do jeito que no Brasil o pessoal entende que na estrada é para colocar quinta e esquecer, assim como entendem que se deve dar potência usando só as rotações e esquecendo o acelerador, já ando lendo que esse carro é "fraco". Lamentável.

    ResponderExcluir
  5. Pois é, ja li muito que o Polo BM é "xoxo"... É bem capaz que a moda não pegue por aqui, uma por causa do preço, outra por causa do visual e principalmente pela "baixa" performance.

    Aqui usa-se muito câmbio curto mesmo. Queria comprar com os carros americanos e europeus para ver se lá também é assim.
    O brasileiro gosta muito de torque chegando nas rodas, por isso, dá-lhe câmbio curto.

    ResponderExcluir
  6. Caio,
    O brasleiro médio é sui-generis: gosta de câmbio com muitas marchas mas detesta ter de trocá-las...

    ResponderExcluir
  7. Caio,
    Vou perguntar, mas tenho certeza de que o câmbio não teve nada a ver com a nova calibração.

    ResponderExcluir
  8. Rafael,
    É uma explicação. A outra é a noção de que o motorista médio não admite ter que passar segunda para transpor uma lombada.

    ResponderExcluir
  9. Zilveti,
    Erro de tradução é uma coisa, erro de conceito é outra. Não é possível dizer que uma relação é curta ou longa.

    ResponderExcluir
  10. Antonio,
    Também já andei lendo que o BM é mole. Aconteceu o mesmo com o Santana quando foi lançando em 1984, chamaram-no de "Maria-mole" por causa do câmbio 4+E, cuja quinta era 0,68:1. Aí a fábrica encurtou da segunda à quinta, estragando o carro. Na verdade a moleza era devido à primeira geração do motor 1,8-litro, de bielas muito curtas (136 mm) para o curso dos pistões e válvula de de escapamento muito pequena (era de 31, passou a 33 mm). Os Gol/Voyage/Parati 1,6 sempre tiveram o mesmo esquema de relações de marchas formando 4+E (a quinta era 0,73:1) e ninguém reclamava.

    ResponderExcluir
  11. Tive um GOL GL 1.8 1992 com a 4+E desse Santana 84

    Segundo a propria VW em seus dados oficiais , o GL de 96 CV andava mais( menos final no plano) que o GTS, de 99CV declarados

    ResponderExcluir
  12. No Brasil um carro só é bom quando transpõe lombadas em terceira (essa é a "prova de fogo" imposta pelo brasileiro). O problema é que a maioria das lombadas são "muros" que, muitas das vezes, exigem primeira marcha...
    Transpor uma lombada "à moda brasileira" em terceira (a uma velocidade razoável) só traz danos ao veículo, além de desconforto aos passageiros,que batem a cabeça no teto...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. e ainda o carro não desenvolve quando passa na lombada de terceira,

      Excluir
  13. Bob,
    Sobre a lubrificação da caixa de câmbio. A “teoria” de que um carro com maior quilometragem deve usar um óleo de caixa mais viscoso (ou, como prefere a turma das lojas de lubrificantes, “mais encorpado”) não procede tal como a mesma tratando de lubrificante de motor?
    Estou com um Chevette hatch há pouco tempo e vou dar uma geral em termos de lubrificante (nunca se sabe como o antigo cuidava da lubrificação) para ficar despreocupado. O API SL 20W50 no motor e o SAE-90 (segundo o manual) na caixa e diferencial seriam realmente adequados?
    Numa loja aqui de perto, vi um “expert” em lubrificação recomendar trocar o óleo e adicionar bananas amassadas ao lubrificante novo para deixá-lo “mais encorpado”! Recomendação dada ao dono de um Fusca que está consumindo óleo além do normal...
    Um abraço!

    ResponderExcluir
  14. Bob,
    Já que o assunto tem a ver com economia, gostaria que falasse sobre como podemos ter acesso a curvas de consumo específico por rotação com acelerador todo aberto.
    O melhor consumo específico fica na faixa de maior torque?

    ResponderExcluir
  15. Bananas amassadas, no diferencial de caminhões PESADOS, usados e à venda, é mania nacional.

    ResponderExcluir
  16. Alexei, banana é vitamina que engorda e faz crescer ;-)

    ResponderExcluir
  17. Marlos Dantas,
    nada a ver, use sempre o óleo recomendado pelo fabricante no manual do seu veiculo.

    ResponderExcluir
  18. Bob, acho que a maior incoerência do brasileiro é não aceitar o câmbio automático. (eu sei, eu sei, quem gosta de algo mais esportivo recusa esse câmbio), mas pense no usuário normal, o câmbio automático é fantástico. Acabam-se os problemas de ter que reduzir na lombada, ou de ter que reduzir para vencer o aclive. Além disso, acabam-se os problemas de quem não gosta de trocar de marchas também que, sai de lombada em terceira e usa-a o tempo todo. Uma conhecida tem um Gol 1.0 (motor EA com cambios curtos) e a 70km/h ela ainda está em terceira. Dava para usar a 5a, com folga! Mas a mesma diz que não compraria carro automático porque "não tem graça". Mas, as marchas que ela tem no carro ela não usa. Então, de qual "graça" ela está falando?
    A 5a marcha do Gol dela só entra para uso em rodovias. Ela NUNCA usou essa marcha na cidade, mesmo na expressa da marginal tietê a 90km/h.

    Acho que existe um pouco a "moral" que dá para o motorista fazer determinada passagem numa marcha que deveria ser alta. Pois, marcha por marcha, poderia ter-se um câmbio logo e andar a maior parte do tempo em segunda, por exemplo. Mas aí entra aquela pensamento que os senhores aqui já devem ter ouvido: "noooosa, subi essa ladeira em terceira, nem precisei reduzir! No outro, só subia de segunda"
    Posso estar viajando completamente na maionese, mas isso está um pouco ligado ao fato do status que o carro dá aqui no Brasil. Podem notar que as pessoas não olham para o conforto que o carro proporciona, se atende ou não as necessidades, enfim, tudo gira em torno do carro "legal", do carro da moda com a cor também da moda. Vá a um grupo de amigos (nem precisam ser entusiastas ou com dotes de piloto) e diga que você tem um carro automático. Podem ter certeza que será adjetivado como carro de velho, de mulher que não sabe sair com o carro na subida e coisas do gênero. Isso fica enrustido na cabeça do cara e é muito dificil tirar. É como acontecia com carro 4 portas que meu pai me conta: "era carro de taxi". Comprar carro 4p era pedir para ser chamado de taxi.

    Voltando a motorização, o que se ouve de um cara que comprou seu carro 1.0 e acha que o carro é potente? "cara, entro na subida e não preciso reduzir a marcha" ou até mesmo "o carro é tão potente que saio de lombada em terceira".
    O detalhe é que os caras pensam justamente ao contrário. Quando o carro é potente, você pode fazer quase tudo em uma marcha baixa sem o motor ficar em alta rotação. Quando dirigi o Stlio, vi bem isso. Nos lugares que eu estava em 3 no Mile, com o Stilo eu estava em segunda, e numa rotação baixa e conseguindo retomar com agilidade. Isso é um motor potente!

    ResponderExcluir
  19. O preconceito com o automático é a natural resistência a mudança das pessoas. Conheço muitos que não se interessavam em automático e mudaram de idéia ao experimentar um modelo assim.

    Certo dia eu estava numa loja de carros usados e uma mulher discutia com o marido (dono da loja) pois ela não queria dirigir um Fit automático. "Você sabe que eu não sei dirigir esse carro" ela dizia. Tava na cara que era frescura, pois geralmente quem anda de automático pela primeira vez sempre dá uns chutes no freio, por causa do impulso em pisar na embreagem para passar marcha. Ela provavelmente fez isso várias vezes ao dirigir um automático e depois ficou com "trauma".

    ResponderExcluir
  20. Clésio Luiz e Caio,
    Tenho 66 anos e quando eu tinha 11 meu pai comprou um Oldsmobile 88 - automático, claro. Desse modo, cresci com câmbio automático, entendo seu funcionamento em detalhes. Só que prefiro câmbio manual. Nào tem nada a ver com "dirigir esportivamente", como muitos argumentam, mas com uma questão apenas pessoal: gosto de usar o motor da maneia que eu quiser, não como o câmbio determina. Aprecio explorar altas rotações tanto quanto baixas, e isso o automático não me permite. Há outro aspecto, também pessoal, que é eu me esmerar permanentemente para efetuar trocas corretas, sem trancos ao acoplar a embreagem após a troca, isso me dá satisfação, "brincar de CVT". Eu já disse para os amigos, de brincadeira, que o carro que me levar à última morada terá de ser manual...

    ResponderExcluir
  21. Bob, convenhamos que sua história é um tanto particular. Aliás, você e uns outros que acessam esse blog foram um conjunto bastante particular e estou falando do complementar, que implica na maioria. Acredito que com o câmbio automático aqui poderíamos, em parte, acabar com a cultura o câmbio excessivamente curto. Afinal, você não precisa mostrar para o vizinho que seu carro sobre a rua Paris (no bairro das perdizes) em terceira marcha.

    Clésio, vamos combinar que a referida mulher deve freiar o carro automático com o pé esquerdo e daí dar uns trancos também.

    ResponderExcluir
  22. Como uso muito o carro na cidade já pensei em ter um automático. Mas daí pensar de perder o poder de curtir o motor como eu queira, não me agrada. E hoje com estas embreagens cada vez mais leves (atenção que as não hidráulicas da Valeo são mais leves que estas) não dá "trabalho" nenhum. Mesmo nestas caixas manuais automatizadas ou manuais de automáticos convencionais com bloqueio de conversor, não é possível usar o motor em toda faixa de giros e a qualquer carga do acelerador sem nenhuma interferência.

    ResponderExcluir
  23. Caio,
    O câmbio automático, se generalizado, ajudaria a reduzir os congestionamentos, pois a saída da imobilidade quando o sinal abre é mais rápida. Tanto é assim que nos Estados Unidos é obrigado permanecer com a primeira engatada nos carros de caixa manual, justamente devido a esse aspecto.
    Outra coisa: câmbios podem ser longos ou curtos independentemente de manuais ou automáticos. O que ocorre aqui é esses câmbios automáticos serem importados e daí ser mais difícil (ou menos provável) que se mexa neles só para o mercado brasileiro.
    Lembro quando andei no Subaru SVX, teste de Autoesporte, que só existia automático. Que raiva e que pena, pois era excelente de resto.

    ResponderExcluir
  24. Realmente acredito que, para o motorista mediano, o cambio automático permite uma direção mais eficiente e segura. São notórios os exemplos de barbeiragens por falta de habilidade com o cambio manual. Lembro-me de um amigo, com uns 6, 7 anos de carteira, contar-me espantado que ele teve que usar a terceira numa estrada. Para ele, estrada só de quarta e quinta. Claro, descobriu isso depois de quase bater de frente numa ultrapassagem, a 1500 rpm de quinta.


    Abraços


    Lucas

    ResponderExcluir
  25. Ia me esquecendo: um carro de direção rápida é mais prazeroso de dirigir, mas o acho muito perigoso em mãos bruscas. De uma guinada forte para o carro entrar em pêndulo, é um pulo. E no caso do Civic comum, acho mais perigoso, já que é um carro voltado para um público que não conhece as peculiaridades de uma direção mais direta.

    Abraços

    Lucas

    ResponderExcluir
  26. Linha Palio e Fox/Novo Gol também tem relação bem baixa. Com duas voltas no quarteirão até uma vovó acostuma com direção rápida do Civic.

    ResponderExcluir
  27. Linha Palio e Fox/Novo Gol também tem relação bem baixa. Com duas voltas no quarteirão até uma vovó acostuma com direção rápida do Civic.

    ResponderExcluir
  28. Sei nâo, Anônimo. Num teste comparativo de sedans da 4R, o réporter se referiu a direção do Civic dizendo que os passageiros ficam jogando de um lado para o outro nas mudanças de direção. Descontando a mão pesada do réporter, acho que direção mais direta é para esportivos. Repare que grande parte das "rodadas" em ruas e estradas se dão para o lado contrário da curva; ou seja, excesso de contra-esterço por parte do (inábil) motorista.

    Abraço

    Lucas

    ResponderExcluir
  29. E aí galera estava lendo estes posts sobre relacoes de marcha, e queria saber se alguem tem alguma ideia se eu consigo alongar a cx da minha spacefox a quinta grita a 4000rpm perto ainda de 120km/h acho muita rotaçao pra um motor 1.6.

    ResponderExcluir

Pedimos desculpas mas os comentários deste site estão desativados.
Por favor consulte www.autoentusiastas.com.br ou clique na aba contato da barra superior deste site.
Atenciosamente,
Autoentusiastas.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.