Se os chineses hoje são motivo de risadas quando o assunto é carro, não será por muito tempo. Sim, um carro com o sugestivo nome de Chana não pode ser levado totalmente a sério. Mas me parece claro que, como os coreanos e japoneses antes deles, os chineses vão evoluir. E rápido. Pouco tempo atrás os coreanos eram também motivo de piada. Hoje ninguém mais ri deles, e até a outrora poderosa GM baseia uma boa parte de seus futuros carros em desenhos da antiga Daewoo, hoje parte da Corporação.
Quando falei sobre o Lexus LFA, já passei por este assunto. Não existe nação de verdade que não tente colocar sua verdade acima das outras. Faz parte do orgulho de um povo achar que é o melhor entre os melhores, e que o mundo seria melhor se todos agissem como eles. E mesmo neste tempo de hoje, onde o automóvel é repudiado como um vilão, ele continua sendo O Grande Símbolo de um país, e talvez o seu maior embaixador mundo afora.
O que seria da imagem da Alemanha sem os Porsches e Mercedes? Um país onde loiros de macacãozinho verde tomam cerveja e comem salsicha, e só. Mas basta andar num BMW ou num Audi para admirar a capacidade de criação, a solidez e a excelência técnica que os alemães têm. O mesmo vale para qualquer outro país: o maior embaixador de um povo são os carros que ele cria. Telefones celulares podem ajudar países como a Finlândia (Nokia), mas se existisse um Mercedes finlandês, garanto que o efeito seria mais abrangente.
O grande L.J.K. Setright (1931-2005) dizia que o que estragou o automóvel foi o navio. Segundo ele, se os fabricantes produzissem somente para o seu mercado, os carros seriam mais ajustados as necessidades de seu povo, sem compromissos com outros países. Desta forma, um carro italiano é pequeno, ágil , giro alto, marchas curtas, e com brio para negociar as estradas estreitas e em relevo de certas regiões do país, e as cidades medievais apertadas, com motoristas de temperamento extravagante. Já um carro americano, é largo, espaçoso, macio e tranqüilo, mas muito potente: de novo, um espelho de suas estradas e seus habitantes. E isto continua acontecendo hoje, neste mundo que é dito globalizado, e que procura exterminar toda e qualquer diferença. Para perceber isso, basta dirigir um Corolla (ou, de forma mais acentuada, o meu Maxima) para notar que foi desenhado por japoneses: para a posição de dirigir ser perfeita, exige que se tenha pernas curtas, como é o tradicional biotipo daquele país...
E nós como ficamos? Não ficamos, é claro. Nosso maior item de exportação cultural segue sendo os travestis e as prostitutas. Toda nossa indústria de automóveis é filial de uma empresa estrangeira qualquer, e por mais que muitos digam que isso não importa, que globalização é assim mesmo, há uma diferença grande entre ser o dono, o detentor da tecnologia e do dinheiro, e de ser uma filial em um país distante. Toda a engenharia avançada, a pesquisa científica, tudo que realmente gera valor onde não havia nada, é feito na matriz. E o futuro da filial é atrelado aos planos da matriz, seus problemas e sucessos, e até a sua sobrevivência.
A Volvo e a Saab, outrora orgulhosas e independentes empresas suecas, que muito contribuíram em tecnologia para o avanço do automóvel, hoje enfrentam o fim iminente, fruto de anos como filiais ultramarinas de matrizes que hoje não precisam mais delas.
Não sei se temos chance de mudar isso hoje em dia, aqui no Brasil. A única chance que consigo vislumbrar não é das melhores: uma estatal. Eu tenho espasmos de horror em imaginar nossos políticos tendo mais uma fonte de corrupção e tráfico de influência, mas há vários precedentes históricos que apontam para esta solução. Um deles é que as únicas empresas brasileiras que realmente desenvolveram tecnologia industrial de sucesso, e são um orgulho para nosso povo, ou são estatais, ou começaram assim: Cia. Vale do Rio Doce, Embraer e Petrobrás. Na indústria do automóvel, há vários exemplos internacionais de sucesso, também: a China, onde toda empresa é pelo menos metade chinesa (parte esta intimamente ligada ao governo) vem a mente logo de cara, mas temos que lembrar da Renault, que sobreviveu ao pós-guerra graças a ajuda do governo francês, que por décadas controlou a empresa, que só recentemente retornou à iniciativa privada. A Alfa Romeo também tem uma longa e história ligada ao governo italiano. A VW ainda tem como um dos principais acionistas o governo da baixa saxônia (estado alemão, onde fica Wolfsburg, sede da empresa), e foi criada pelo governo nazista de Hitler.
Mas existem exemplos tristes também, como contou o Paulo Keller semana passada. E voltando aqui ao Brasil, para cada Vale, Embraer e Petrobrás, literalmente centenas de outras estatais existiram para fazer o que elas fazem de melhor: gastar o dinheiro do povo, criar empregos inúteis, e servirem de pequenos reinos a serem conquistados na eterna luta de poder e influência em que estão engajados todos os políticos de todos os escalões. Realmente, não sei se a Carrobrás seria uma boa idéia, mas é a única que me vem a cabeça. Mas o que eu sei é que precisamos de uma indústria de automóveis realmente nacional, pois é o que todo país realmente admirável tem. O resto, é coadjuvante da história.
Enquanto isso, engenheiros brasileiros continuam trabalhando na indústria "nacional" de automóveis, lutando contra dificuldades incríveis, mas ainda assim fazendo um ótimo trabalho. Me espanta ver como o brasileiro trabalha com afinco, dedicação e competência, mesmo recebendo muito menos em troca de seu país e de seu empregador do que qualquer empregado das matrizes. E, algumas vezes, abrem-se janelas de oportunidade para que eles criem carros deles, com pouca ou nenhuma influência estrangeira. Normalmente são veículos pouco admirados pela crítica automobilística, porque são criados para uma realidade nacional bem específica. Mas em compensação, invariavelmente são um sucesso para o mercado a que se destinam, o que é a prova realmente irrefutável de um trabalho bem feito. Por isso, para tentar redimir um pouco este pecado de falta de reconhecimento, resolvi lembrar alguns deles aqui e prestar minha homenagem, tanto aos carros como aos engenheiros que os criaram. Existiram muitos deles no passado, do Opala à Brasília, do SPII ao Gol original, mas hoje vou falar apenas dos atuais.
Um carro projetado por brasileiros para os brasileiros é, ou deveria ser, um motivo de orgulho para todos nós.
1) VW FOX
Eu não gosto do Fox como carro. Ainda não andei no novo, que consertou o horrível acabamento interno, com aquele cluster, ou grupo, de instrumentos ridiculamente pequeno. O Fox é alto demais, com uma posição de dirigir alta demais. Sua suspensão teve que ficar rígida por conta da altura do carro, e todo o compromisso conforto/estabilidade ficou comprometido.
Mas foi uma grande sacada da VW. A empresa estava gastando dinheiro a rodo para lançar o Polo, que apesar de excepcional, fatalmente seria muito caro para os padrões brasileiros de mercado. Veio a ideia de fazer um carro mais barato na então nova plataforma PQ24 (do Polo). Além de mais barato, a ideia era também levantar o ponto H dos ocupantes, para maior espaço interno, em conjunto com um teto mais alto (uma carroceria hoje chamada genericamente de high roof hatchback). Além disso, uma velha ideia da planta da Anchieta, do início dos anos 80, voltou à tona: banco traseiro em trilhos, e assoalho traseiro plano.
Mas ao fim da fase de conceito do projeto, muitas dúvidas pairavam sobre a continuação do projeto. A matriz tinha sérias dúvidas sobre como ficaria este alto carro sobre a plataforma Polo, e talvez sobre a capacidade da filial brasileira.
Mas quando os alemães chegaram aqui para aprovar o conceito, tiveram uma surpresa. Ao invés do modelo de argila e de apresentações em computador, eles foram convidados a conhecer o carro de verdade! E se não bastasse isso, após olhar o carro de verdade em chapa, receberam a chave de ignição. Sim, os engenheiros e técnicos da VW Anchieta haviam feito um carro totalmente funcional, em chapa de aço. Os executivos da matriz deram uma volta com o “Tupi” (nome do projeto então), e o resto é história.
Para fazer este carro, totalmente a mão, o diretor da engenharia havia trazido um Skoda Fabia, o único PQ24 então em produção, da Europa, sem ninguém saber.
O carro teve um desenvolvimento atribulado, mas atingiu o mercado na veia: foi um grande sucesso, e criou um mercado. A GM com o Agile mostra que a VW acertou, pois a imitação é a forma mais sincera de elogio. E o carro foi vendido até na Europa, um dos mercados mais exigentes do mundo.
2) VW GOL
O Gol, sempre foi motivo de orgulho para os engenheiros da ala 17 da planta Anchieta da VW, mas o chamado “G4” realmente estava ficando ultrapassado e simplificado demais (além de alguns problemas sérios de execução). Mas baseando o seu mais recente Gol no Polo, a VW se redimiu completamente, e o novo carro agora voltou a merecer o posto de mais vendido carro do Brasil.
O Gol, sempre foi motivo de orgulho para os engenheiros da ala 17 da planta Anchieta da VW, mas o chamado “G4” realmente estava ficando ultrapassado e simplificado demais (além de alguns problemas sérios de execução). Mas baseando o seu mais recente Gol no Polo, a VW se redimiu completamente, e o novo carro agora voltou a merecer o posto de mais vendido carro do Brasil.
3) Ford Ecosport
Outro carro que acertou em cheio o seu mercado: um SUV pequeno para a classe média. É inacreditável que todos os outros fabricantes ainda deixem esse mercado exclusivamente para a Ford. Baseando o carro em seu Fiesta, a Ford conseguiu um veículo extremamente acertado para o seu público-alvo: como o Ecosport é na verdade um hatchback pequeno, apesar da aparência de caminhonete, ele funciona como um automóvel, com estabilidade, conforto, desempenho e economia de um carro, e não de caminhão pequeno. Como 99% dos usuários de SUV nunca usam sua capacidade fora de estrada, nada melhor. Ah, que diferença faz um monobloco rígido e leve, sem chassi separado. A horrivel Suzuki que a Chevrolet vendia para concorrer com o Ford é o exemplo mais claro disso.
A versão atual melhorou muito os níveis de NVH, a única séria reclamação do carro anterior. O pequeno Ford na verdade é um automóvel melhor que muitos SUV's maiores, e ainda conta com uma sensacional versão 4x4, que com o excelente Duratec 2.0 de 147 cv, é um carro realmente rápido e apaixonante. É quase um Fiesta RS 4x4, só que mais alto.
O que eu não sei é porque a Ford não derivou uma picape deste carro. Com aparência de picape grande, seria sucesso na certa.
Outro carro que acertou em cheio o seu mercado: um SUV pequeno para a classe média. É inacreditável que todos os outros fabricantes ainda deixem esse mercado exclusivamente para a Ford. Baseando o carro em seu Fiesta, a Ford conseguiu um veículo extremamente acertado para o seu público-alvo: como o Ecosport é na verdade um hatchback pequeno, apesar da aparência de caminhonete, ele funciona como um automóvel, com estabilidade, conforto, desempenho e economia de um carro, e não de caminhão pequeno. Como 99% dos usuários de SUV nunca usam sua capacidade fora de estrada, nada melhor. Ah, que diferença faz um monobloco rígido e leve, sem chassi separado. A horrivel Suzuki que a Chevrolet vendia para concorrer com o Ford é o exemplo mais claro disso.
A versão atual melhorou muito os níveis de NVH, a única séria reclamação do carro anterior. O pequeno Ford na verdade é um automóvel melhor que muitos SUV's maiores, e ainda conta com uma sensacional versão 4x4, que com o excelente Duratec 2.0 de 147 cv, é um carro realmente rápido e apaixonante. É quase um Fiesta RS 4x4, só que mais alto.
O que eu não sei é porque a Ford não derivou uma picape deste carro. Com aparência de picape grande, seria sucesso na certa.
4) Chevrolet Celta
Fruto de um revolucionário projeto da GM que incluía uma fábrica nova onde os fornecedores montam o carro, o Celta original era talvez o mais barato carro do mundo para se fabricar. O objetivo alcançado pela GMB foi o de provar a matriz que poderia fabricar um carro pequeno e barato com margem de lucro decente, algo considerado impossível pela matriz. E ainda assim, num mercado e faixa de preço que era extremamente sensível ao preço de venda. Era comum nos EUA de então a máxima de “Big cars, big profits, small car, no profits”.
Tal coisa só foi possível repensando-se tudo: processo de produção, montagem, projeto. E quebrando todo e qualquer paradigma de execução vigente na empresa que impedisse o objetivo.
O Celta acabou ficando extremamente simples, é claro, mas também por causa disso levíssimo, e portanto sempre teve um desempenho e economia interessantes mesmo com motores de um litro. Foi um imediato sucesso, que continuou em sua segunda geração.
Quando conheci o Bob Sharp, há coisa de 8 anos, fiquei surpreso em saber que ele tinha um Celta, e gostava muito do carro. Algum tempo depois, aluguei um para uma viagem de 1500 km em 1 dia (história para outro dia) e entendi. Apesar de toda aquela sensação de pobreza de acabamento, o carro é muito bom para dirigir. E os setenta e poucos cavalos chegam a espantar pela velocidade que proporcionam.
Para mim é um pouco pequeno demais; mas ainda assim é um carro que pode dar grande prazer ao dirigir, mesmo sendo barato, simples, e um pouco barulhento.
Fruto de um revolucionário projeto da GM que incluía uma fábrica nova onde os fornecedores montam o carro, o Celta original era talvez o mais barato carro do mundo para se fabricar. O objetivo alcançado pela GMB foi o de provar a matriz que poderia fabricar um carro pequeno e barato com margem de lucro decente, algo considerado impossível pela matriz. E ainda assim, num mercado e faixa de preço que era extremamente sensível ao preço de venda. Era comum nos EUA de então a máxima de “Big cars, big profits, small car, no profits”.
Tal coisa só foi possível repensando-se tudo: processo de produção, montagem, projeto. E quebrando todo e qualquer paradigma de execução vigente na empresa que impedisse o objetivo.
O Celta acabou ficando extremamente simples, é claro, mas também por causa disso levíssimo, e portanto sempre teve um desempenho e economia interessantes mesmo com motores de um litro. Foi um imediato sucesso, que continuou em sua segunda geração.
Quando conheci o Bob Sharp, há coisa de 8 anos, fiquei surpreso em saber que ele tinha um Celta, e gostava muito do carro. Algum tempo depois, aluguei um para uma viagem de 1500 km em 1 dia (história para outro dia) e entendi. Apesar de toda aquela sensação de pobreza de acabamento, o carro é muito bom para dirigir. E os setenta e poucos cavalos chegam a espantar pela velocidade que proporcionam.
Para mim é um pouco pequeno demais; mas ainda assim é um carro que pode dar grande prazer ao dirigir, mesmo sendo barato, simples, e um pouco barulhento.
5) Chevrolet Agile
Embora a aparência do carro tenha gerado controvérsia, os engenheiros da GM conseguiram, partindo dos componentes mecânicos principais do Corsa 4200 (de 1994), um carro muito melhor que o seu fracassado substituto, o esquecível Corsa 4300 (o novo Corsa, lançado em 2002)..
Comparado ao 4300, o Agile é bem maior em espaço interno, é um carro mais alto e mais comprido, mas mesmo assim consegue ser significantemente mais leve que o Corsa. E melhor: mesmo descartando o subframe (subchassI), o Agile é tão isolado e tem o mesmo nível de ruído interno que o 4300. E a segurança passiva é totalmente moderna, podendo atingir todas os níveis previstos por legislação no futuro do carro. Sendo mais leve, e usando o mesmo grupo motopropulsor básico do 4300, com o excelente 1,4-litro flex, com potência sempre ao redor de 100 cv, o carro então acelera mais e é mais econômico que seu antecessor de 1,8 litro..
É totalmente honesto, e com muito mais personalidade que o Corsa 4300, um carro que, apesar de competente, não chama a atenção por nada. Tem um monte de gente criticando-o por usar componentes antigos, mas aqui os resultados falam por si: o Agile oferece uma real vantagem sobre o seu antecessor. E o sucesso inicial de vendas parece apontar um acerto da GM.
Mas nem tudo são flores. O curso do acelerador é longo demais, e a embreagem, levíssima, carece de um engate mais positivo e sensível. E a calibração do motor parece claramente ter um viés de economia de combustível, o motor ficando bem mais suave e alegre nas rotações médias, e o curso do pedal colabora para isso. O carro quer andar até 4000 rpm, ficando na parte mais generosa da curva de torque, e pisar até o fundo parece anti-natural. E nas versões mais completas (e pesadas), parece realmente que falta motor.
Na verdade, não é feito para andar rápido: a calibragem do motor, a posição do acelerador, a embreagem e o acionamento de cambio levíssimos certamente agradarão a imensa maioria da população, mas quem gosta de pisar um pouco mais... Uma pena, porque o carro tem um ajuste de suspensão bem melhor que o do Fox (outro carro de ponto H e CG altos) por exemplo. Uma versão de 1,8 litro e com novas calibragens dos comandos e motor torná-lo-ia um carro decente. Como está, minha esposa ia adorar, mas eu estou passando.
Embora a aparência do carro tenha gerado controvérsia, os engenheiros da GM conseguiram, partindo dos componentes mecânicos principais do Corsa 4200 (de 1994), um carro muito melhor que o seu fracassado substituto, o esquecível Corsa 4300 (o novo Corsa, lançado em 2002)..
Comparado ao 4300, o Agile é bem maior em espaço interno, é um carro mais alto e mais comprido, mas mesmo assim consegue ser significantemente mais leve que o Corsa. E melhor: mesmo descartando o subframe (subchassI), o Agile é tão isolado e tem o mesmo nível de ruído interno que o 4300. E a segurança passiva é totalmente moderna, podendo atingir todas os níveis previstos por legislação no futuro do carro. Sendo mais leve, e usando o mesmo grupo motopropulsor básico do 4300, com o excelente 1,4-litro flex, com potência sempre ao redor de 100 cv, o carro então acelera mais e é mais econômico que seu antecessor de 1,8 litro..
É totalmente honesto, e com muito mais personalidade que o Corsa 4300, um carro que, apesar de competente, não chama a atenção por nada. Tem um monte de gente criticando-o por usar componentes antigos, mas aqui os resultados falam por si: o Agile oferece uma real vantagem sobre o seu antecessor. E o sucesso inicial de vendas parece apontar um acerto da GM.
Mas nem tudo são flores. O curso do acelerador é longo demais, e a embreagem, levíssima, carece de um engate mais positivo e sensível. E a calibração do motor parece claramente ter um viés de economia de combustível, o motor ficando bem mais suave e alegre nas rotações médias, e o curso do pedal colabora para isso. O carro quer andar até 4000 rpm, ficando na parte mais generosa da curva de torque, e pisar até o fundo parece anti-natural. E nas versões mais completas (e pesadas), parece realmente que falta motor.
Na verdade, não é feito para andar rápido: a calibragem do motor, a posição do acelerador, a embreagem e o acionamento de cambio levíssimos certamente agradarão a imensa maioria da população, mas quem gosta de pisar um pouco mais... Uma pena, porque o carro tem um ajuste de suspensão bem melhor que o do Fox (outro carro de ponto H e CG altos) por exemplo. Uma versão de 1,8 litro e com novas calibragens dos comandos e motor torná-lo-ia um carro decente. Como está, minha esposa ia adorar, mas eu estou passando.
Independentemente ao que nós achemos destes carros, é inegável que são um sucesso de vendas, e portanto o objetivo dos brasileiros que os bolaram e executaram foi atendido. Prova que capacidade existe. O que falta é todo este dinheiro ganho por brasileiros reverta em algo para os brasileiros, e não em lucros para uma matriz em um país distante...Pode parecer panfletário e antiquado, mas é no que eu acredito.
Mas sei que, como um povo, carecemos de um plano comum. A maioria dos brasileiros prefere acreditar que resolvendo o seu problema (leia-se arrumando a famosa “boquinha”), que se lasque o resto das pessoas, o país, e a hora do Brasil. Deste jeito, nunca sairemos desta triste situação, e como disse Dostoievski, seremos para sempre relegados a reles material etnográfico.
Mas sei que, como um povo, carecemos de um plano comum. A maioria dos brasileiros prefere acreditar que resolvendo o seu problema (leia-se arrumando a famosa “boquinha”), que se lasque o resto das pessoas, o país, e a hora do Brasil. Deste jeito, nunca sairemos desta triste situação, e como disse Dostoievski, seremos para sempre relegados a reles material etnográfico.
Enquanto isso, o plano dos chineses vai muito bem, obrigado.
MAO
A única grande crítica que eu tenho quanto ao Celta é o escalonamento ridículo que usam nele pra disfarçar a falta de torque que tinha o motor de 60cv original dele e que de certa forma é mantido inalterado até hoje. O carro precisaria de uma 6a marcha mais longa pra ser confortável, das vezes que aluguei celta pra andar não raramente saia do sinal de segunda marcha com o carro vazio. Para um carro de diversão ele é uma boa base (apesar de precisa de certas melhorias como barras anti torção pra melhorar um pouco a torção do carro) mas a economia mecânica no carro deixa ele muito pelado até para padrões do Mille.
ResponderExcluirCelta 1.4 era um carro fantastico, tive apenas a oportunidade de guiar uma só vez, mas aquilo sim tinha que ser o modelo padrão de Celta, não esse 1.0 que tem o torque tão alto que chega a parecer moto super esportiva, pra mim isso pode até funcionar, mas pra pessoas como meus pais que acham que passar de 5k rpm é perigo fundir o motor, isso é enganação porque eles nunca veem os 70 e poucos cvs anunciados pela GMB.
BK
BK
ResponderExcluirQue eu me lembre o Celta tem potência máxima a 6400rpm e o corte se dá a 6800rpm.
Eu costumava criticar isso antes de perceber que foi uma estratégia de corte de custos da GM: dispensaram o shift-light, é o primeiro carro do mercado com "shift-shake".
Brincadeiras a parte, esse motorzinho só mostrou a que veio quando surgiu a versão flex, pouco antes da reestilização em 2006: é queimando álcool que o motor se mostra "em casa", sem aspereza nenhuma, igualzinho o antigo Corsa 1.0 álcool...
FB
Acertar o gosto do nosso mercado é que é o x da questão. Se a demanda é por ponto H mas elevado, por outro lado o Gol é o oposto e vende como água. Vai entender.
ResponderExcluirE naõ é de hoje que nossos projetistas agradam, basta ver o VW SP2 ele até conquistou um lugar no Museu da VW na Alemanha, os caras sempre mandaram bem!
ResponderExcluirNossa, imaginem um carro feito por uma estatal...
ResponderExcluirSeria o único 1-litro do mundo a custar 80 mil dólares.
__
MAO, vale lembrar que nenhum dos SUVs que constam na lista dos mais vendidos tem chassi separado. Sportage e Tucson derivam do Cerato/Elantra. Santa Fé e VeraCruz derivam do Sonata. CRV é baseado no Civic. Freelander e XC60 "vêm" do Mondeo.
O consumidor médio nunca ligou pra isso mesmo.
Trabalho com pesquisa de mercado e na primeira clínica que participei os carros tinham todos os logotipos cobertos e alguns detalhes da carroceria.
Pensei "todo mundo sabe que carros são esses, não adianta cobrir".
Até chegar a hora das perguntas "que marca você imagina que seja esse carro? Por qual motivo?
O consumidor médio realmente não sabe o que compra. Compra só imagem, conforto, economia e status.
E como se traduzem esses valores para um povo sem referências?
Talvez por isso o Agile faça tanto sucesso. É um carro sem referências. Todo "design" tem alguma inspiração. No conceito GPiX não dá pra entender de onde tiraram aquelas linhas.
Parece que fizeram um carro quadrado e foram colocando umas "linhas mais loucas" de qualquer jeito, à mão livre, só pra "dar um ar moderno".
Ele ainda parece um carro do ano retrasado. A inspiração do Agile é recuperar dinheiro. Só.
Eu rejeito.
Faz bastante tempo, mas o Brasil efetivamente já teve uma estatal para produção de automóveis e caminhões - a Fábrica Nacional de Motores (FNM). Ela fabricou os famosos caminhões "Fenemê" e também automóveis com projetos baseados nos Alfa Romeo. Acredito que ela tenha sido comprada pela Fiat.
ResponderExcluirQuanto ao Celta, com todo respeito aos que apreciam, não gosto. A posição de dirigir é muito ruim (banco alto e sem regulagem de altura, volante muito baixo e torto para a esquerda, sem espaço para o pé esquerdo, etc. O interior é de uma pobreza chocante, mas nisso ele até é honesto, especialmente porque esta onda de pobreza contaminou carros bem mais caros que o Celta (vejam uma Eco do modelo inicial, antes do facelift). O Agile é uma aberração em termos de desenho, mas os brasileiros gostam de carros desarmônicos e feios (vide novo Ka), portanto vai fazer sucesso. O Fox eu acredito ser um projeto que partiu de uma premissa interessante - carro pequeno mas muito espaçoso - que se perdeu no acabamento ruim e na divulgação idem (lamentável tentar criar um diferencial irrelevante como "o carro mais alto da categoria" ou coisa semelhante).
Bem, fica realmente complicado pensar em uma estatal para fabricar carros aqui no Brasil visto que a sanha corrupta dos nossos políticos parece sempre "superdimensionada" em relação aos compadres dos outros países.
ResponderExcluirMesmo nas empresas citadas, fontes de ótimas soluções tecnológicas, o dedo mais sujo do estado também se faz presente em cargos eletivos meramente figurativos mas muito bem pagos (né dona Dilma?) e em diversos outros aspectos como cartel, especulação acionária, auto suficiência sem benefícios reais ao consumidor...etc
Amaral Gurgel até que tentou mas por motivos que talvez ninguém saiba a verdade completa (falam até em má fé do empresário/engenheiro), ele acabou naufragando após décadas de luta e boas soluções.
Quanto aos carros analisados, realmente são bons exemplos do que os nossos profissionais podem fazer, são sucesso de vendas e entregam boas soluções ao consumidor considerando nosso pobre mercado que parece hoje mais alinhados com os da Índia, Paquistão, China (já vamos herdar o Corsa deles...) do que era em meados dos anos 90.
O Fox agora ficou realmente atraente, a versão prime com teto solar elétrico e o flagrante acabamento melhorado me lembrou os pequenos - e bem acabados - esportivos dos anos 90 (de novo isso?)...a maturidade produtiva melhorou ainda mais o já excelente comando da caixa e o todo ficou mais atraente.
Para fazer 1.500km em um dia de Celta, com toda a certeza o ritmo impresso teve que ser bastante elevado. Desse modo, o bom desempenho entregue na ponta de cima do conta giros fica bem patente mas também não reflete uma utilização mais normal onde fica evidente que a relação de marchas muito curta é um estorvo no dia a dia. Bom para correr um dia ou dois,pis em relação a capacidade cúbica, o Celta anda bem, mas com a muleta de uma redução muito forte...na verdade o novo Ka faz tudo isso em doses talvez um pouco menores de performance, mas com muito mais serenidade.
E o Agile é o oposto do seu irmão mais acanhado Celta, tranquilo, filtrado, silencioso, civilizado...tudo que o MAO falou. Melhor que o antecessor Corsa também, porém mais leve apenas por 12 quilos e não mais que garantisse grande diferença de performance.
Sua suspensão é realmente maravilhosa em acerto e você apenas vai sentir falta de mais motor para chegar "naquelas" suas curvas de estimação, você até chega lá, mas em comparação a um Fox ou outro munido de 1.6, o pé no acelerador sempre estará premido antes e mais a fundo.
Chamou-me a atenção o volante que parece colado ao painel (coluna curta), parecendo a antiga escola italiana de ergonomia e a característica oriental da precisão de braços longos. Uma regulagem de distância seria preciso ali.
Mas enfim, belos exemplos do que a engenharia pode fazer.
O Ka atual também não merecia entrar nessa lista? Tá certo que ele é derivado do fiesta mk3 e mantém a porta do Ka original, mas todos os carros citados aqui também são derivados de outros criados pelas matrizes.
ResponderExcluirNo mais, outro belíssimo texto do MAO, muito bom de se ler. Só faltou ma crase na frase "os carros seriam mais ajustados as necessidades de seu povo".
Prezado MAO
ResponderExcluirRespeito suas opiniões, mas para quem gosta de bons carros quase todos os citados não são bons exemplos de bons carros. O Ecosport é uma adaptação "Adventure" do Ford Fusion europeu, embora tenha uma aparência interessante a qualidade do seu acabamento não justifica o preço. O Fragile e o Celta são dois engodos sem par, carros ruins, mal acabados, com uma mecânica ultrapassadíssima, perigosos e em geral na mão de pessoas irresponsáveis (principalmente o Celta). O Fragile parece um cruzamento da Captiva (Projeto Daewoo) com a finada Silverado, carro feio, desproporcional, sem isolamento térmico e acústico, que tem um display digital para o a/c para enganar os incautos como se tivesse um ar condicionado automático. Aluguei um Gol G5 (que deveria ser G3 pois as versões G2, G3 e G4 são facelift a partir do mesmo modelo) tão propalado como um exemplo de engenharia nacional é incomparavelmente ruim, duro, plásticos sofríveis, motor fraco, gastador, o nível de ruído era muito superior ao meu ex-Ford Focus 2002 com quase 100.000 km rodados. O Fox pós-face lift pode ser que fique interessante, como o Ecosport assim o foi mas o seu preço não justifica. Caro demais para muito pouco. Um bom acerto de suspensão talvez melhora-se a coisa, como são exemplares nos Fords nacionais que conseguem aliar estabilidade com conforto, mesmo em carros mais altos.
Abraços
É,para termos algo nacional a industria tem que melhorar muito.Usar Celta,Agile,Ecosport e Fox como exemplos de carros nacionais,é sofrivel.Mais sofrivel ainda é dizer que o Agile é melhor que seu antecessor,o Corsa C...
ResponderExcluirDeveriam mudar o nome do blog para AUTOconsumidores,AUTOentusiastas não combina com Fox,Celta e Agile...
"Carro não se fabrica, Gurgel! Se compra..."
ResponderExcluirPosso estar sendo supersticioso... Mas a indústria automotiva tupiniquim sempre esteve sob este estigma.
Concordo com o MAO na questão de uma indústria 100% nacional com tecnologia e soluções para o mercado nacional. Acredito que se não for estatal, dificilmente algo iria para frente.
Mas como as grandes influenciam no governo, acredito que dificilmente elas "ficariam quietas" sem nenhuma represália.
Afinal, aqui é um dos poucos locais no mundo que a indústria ainda é rentável, mesmo em período de crise.
PS!
O acabamento de qualquer veículo com plataforma que exista uma versão 1.nada poderia melhorar um pouco, isso poderia MESMO!
De todos esses, só compraria um dos VW, e Fox só o novo.
ResponderExcluirO Eco é bom mas é bem caro, fora o 4x4 que tem um valor até aceitável.
Nunca gostei da tocada do Celta e o acho espartano em excesso, prefiro um Uno.
E sinto muito mas acho o Agile extremamente feio!! Nível do Logan! Frente recortada e colada, adesivo pra disfarçar a caída da janela traseira com a linha de cintura, traseira sem nenhuma inspiração, cluster tuning em excesso, materiais de acabamento pra lá de duvidosos. E a maioria disses pontos não aparecem no Corsa 4300, que eu nem comparo com o Agile. Pra não falar que sou chato (e sou mesmo!) a tocada dele é muito boa no alcool.
Já a algum tempo estive pensando que nunca mais nascerão grandes indústrias automotivas, sem que haja um imenso grupo industrial por trás. O desaparecimento de empresas/marcas, a fusão das mesmas. Inúmeras "joint-ventures", e principalmente: as legislações. Sejam legislações trabalhistas, ambientais, de segurança, fiscais, etc. só aumentam os custos e impedem, por exemplo, que o MAO se associe com a Americar ou Brasinca e faça uma versão de um Chevette, ou Gol I, ou Alfa Giulietta e venda ao público. Nunca mais fabricantes de carroças vão produzir automóveis, nunca mais um caixeiro-viajante vai produzir um motor, nunca mais um escritório de projetos vai produzir um esportivo ou popular. Espero estar enganado, mas a velocidade e quantidade em que surgem pequenos fabricantes e a velocidade e quantidade em que estes desaparecem é bem maior. Obviamente ninguém nasce grande, mas o crescimento só ocorre em ambiente propício. Se possível, gostaria que os leitores citassem empresas pequenas que vingaram e as que morreram.
ResponderExcluirUm abraço
PS.: Se não me engano, foram os sindicatos que acabaram com as indústrias inglesas. Necessita de confirmação.
Se a condição sine qua non para o surgimento de um carro legitimamente nacional for a criação de mais uma maldita estatal, então, que a coisa fique como está.
ResponderExcluirTambém acho ridículo falar de Agile como exemplo de produto nacional. Exemplo só o é em feiura e plataforma 4200 remendada para tentar atender a requisitos que a plataforma 4300 atende sem problemas.
ResponderExcluirFala-se de mais espaço interno, mas só se for para cabeças e troncos, pois para pernas na frente é igual a um Corsa 4200 (com aqueles calombos gigantescos das caixas de rodas) e atrás, prejudicado por dois reforços quadrados nas bases da coluna B e que subtraem espaço embaixo dos bancos e impedem que os ocupantes das laterais estiquem as pernas do jeito que esticariam em carros com laterais de assoalho de chanfro contínuo.
A GMB perdeu uma excelente oportunidade de sincronizar suas plataformas com o que há no mundo. Basta ver o quão melhor (e bota melhor nisso) é o Aveo novo, que já conhecemos pelo conceito RS. Plataforma Gamma II, desenvolvida pela Daewoo e que faz nossa 4200 recauchutada com uma carroceria horrível pagar comédia.
Querem falar de um bom exemplo de carro desenvolvido pela GM brasileira? Que falem do Meriva A (plataforma 4300), que conseguiu ser a minivan mais vendida da Europa. Esse sim é projeto de nível mundial. Agile não, é coisa só mesmo para quem considera que terceiro-mundista merece um carro pior em tudo quando comparado a algo feito para consumidores mais exigentes. E, portanto, dá para considerar que essa postura de reciclar plataformas velhas para serem vendidas especificamente em países de Terceiro Mundo seja uma espécie de preconceito das multinacionais pela origem de seus consumidores.
Na revista Carro fizeram uma interessante comparação entre Agile e Astra.
ResponderExcluirTexto bem fraco por sinal. Mas que, mesmo assim, consegue deixar bem clara a diferença entre um projeto de primeiro mundo e de um para o Brasil.
O Astra(sado) mesmo sendo tão criticado, consegue ser melhor do que o Vectra GrandeTartaruga e o frAgile.
A Geriatric Motors Brasil está perdendo respeito próprio.
Mas vende né....
e esse motor de 140cv da GM. outro caso de propaganda enganosa.
ResponderExcluirTambém discordo bastante sobre celta e agile.
ResponderExcluirO celta é apertado. Estamos numa geração de pessoas grandes, seja em altura ou em largura. Nisso o celta se mostrou extremamente atiquado. A ergonomia dispensa comentários: Péssima. A amarga verdade é que o Celta não conseguiu atingir nem muito menos superar o velho Mille, 16 anos mais velho. Seja em qualidades ou em preço. Talvez seu único mérito é ser mais rentável.
O Agile é um tanto ruidoso. Se o 4300 é mais, isso não chega a ser um mérito tão grande dado que está abaixo da média. O ajuste de suspensão foi claramente pensado no conforto, além do que já li algumas reclamações de que o carro flutua em altas velocidades, coisa que não acontece com o Fox. Acho que julgar o GM superior nesse quesito é um erro.
MAO... bom texto... bem entusiasta... e como disseram acima... se é pra ter uma estatal, que continue como está!
ResponderExcluirAgile, Ecosport, Celta... não quero nem entrar nestes carros, quanto menos dirigí-los.
Quanto ao Fox, o novo parece estar bem melhor em acabamento e a frente, principalmente, agrada bastante, seguindo as novas linhas da VW.
Em relação ao acerto da suspensão, pode não ser lá aquelas coisas... mas para a altura do carro, eu prefiro um carro duro, que corresponda melhor em curvas do que uma suspensão molenga e perigosa, como a suspensão da Palio Weekend (exemplo gritante).
Fiz uma viagem pro sul do Brasil, em que eu exigi bastante do Fox em curvas, o comportamento dinâmico deixa o motorista tenso, mas em todos os momentos senti o carro na minha mão, mesmo "jogando" o carro nas curvas, inclusive um motorista (com um Uno) que me "acompanhou" na Régis, deu uma boa referência do Fox em curvas, apesar que eu "trabalhei bastante a direção"...
gostei do "É quase um Fiesta RS 4x4, só que mais alto", só quem ja dirigiu sabe bem o que é...
ResponderExcluirFragile melhor que Corsa... A banana ta comendo o macaco.
ResponderExcluirAlém de tudo o Brasil parece que vai receber o face-lift do GM Classic chinês enquanto por lá já pinta nova geração (de verdade).
ResponderExcluirProduto nacional? Só com empresa e capital nacional, senão esqueça...
Acho Brasileiro mal informado em geral e muito pouco exigente. Perderemos para os chineses e indianos em uma década. É triste, mas quem aposta?
Gostei do seu texto.
ResponderExcluirBoa observação sobre o Eco, quem não consegui andar rápido com este carro porque a mídia o chama de "SUV" é porque é muito ruim de volante, se for com o motor 2 litros então.... E ainda dá para passar sobre lombadas e valetas dando tchau para os retardatários.
Era uma vez um país cujo presidente tinha como principais bandeiras a justica social e a independência econômica.
ResponderExcluirAo assumir o cargo, instruiu seus assessores economicos a criarem um plano quinquenal destinado a aumentar o salário dos trabalhadores, a gerar empregos para todos, e a promover o desenvolvimento industrial.
Imbuído desses nobres ideais, esse mesmo presidente também determinou que fosse criado um automóvel com tecnologia autóctone, para ser um verdadeiro simbolo da soberania nacional.
Agora, algumas perguntinhas: 1)que país era esse? 2)quem era o presidente, e 3)que automóvel resultou disso tudo?
Pra não prolongar o suspense, aqui estão as respostas: 1)Argentina. 2)Juan Domingo Perón, e 3)Justicialista (sic).
Se essa história se repetisse no Brasil, fico só imaginando que nome teria o nosso símbolo de soberania sobre rodas...
Caramba, esse Agile é das carros mais feios que já vi. Imaginava que ao vivo seria menos pior; mas não: o bicho é nojento mesmo. Não gosto do fox: muito alto, muito "da moda". Aliás, aos que criticam o Astra: o projeto do motor é de fato antigo, mas as atualizações permitem um desempenho que nenhum carro de sua faixa de preço oferece. E tenho reparado que tem um bocado de novos nas ruas, e me agradam muito esteticamente...
ResponderExcluirAbraço
Lucas
Uma das minhas dúvidas: Porque a Finlândia não tem uma montadora?
ResponderExcluirParabéns pelo seu nível de conhecimento colega, algumas histórias citadas na matéria são verdadeiras e posso dizer que vivenciei algumas delas pessoalmente em duas ou três montadoras.
ResponderExcluirOs chineses já provaram que é possível sim que as filiais das montadoras tenham as suas próprias criações, vide os três sedans medios lançados pela FAW-VW e SVW-VW desenvolvidos por eles: Lavida, Magotan e Sagitar.
Bom, temos capacidade técnica, mão-de-obra especializada e barata e o que falta para termos carros bons, menos poluidores e mais seguros?
Imagino o que ganham os fabricantes com estes projetos "ao gosto do brasileiro" e "saidos do forno". Se um Astra (com idade de projeto até mais nova que muitos destes), com caixa e A/C automático, e pagando muito mais IPI custa menos que muito destes carros "recheados de opcionais".
ResponderExcluirRealmente carro é pra mostar pro vizinho.
Concordo que a única forma de termos um automóvel genuinamente nacional é através de uma empresa estatal. Caso contrário, duvido que alguém se disponha a invesir bons milhões de reais na construção de uma nova fábrica e desenvovimento de um único automóvel que seja...
ResponderExcluirPorém, como já comentado à exaustão, da forma como os "nobres representantes do povo" estão se comportando atualmente lá na "ilha da fantasia", melhor que fiquemos somente com filiais de fábricas estrangeiras. Na minha opinião, uma "Embrauto", como o Bob Sharp escreveu certa vez, serviria como pano de fundo para drenar mais e mais recursos do povo... O automóvel com certeza sairia, mas a um custo de desenvolvimento assustadoramente superior ao padrão internacional.
Não entendo o porque dessa ojeriza contra as estatais, nem quero discutir isso aqui, mas não esqueça que toda a estatal ou federal é regida pelo estatuto, enquanto nas iniciativas privadas existe um "rei" ou "ditador" que´na maioria das vezes visa apenas os lucros.
ResponderExcluirGol G5 um sucesso? Motor fundindo porque "o oleo não está adequado" ?
Não vou nem perder meu tempo argumentando com um VW Xiita.
Esqueceu também de mencionar que os motores Rocam da Ford foram desenvolvidos aqui no Brasil e que são exportados para o mundo inteiro.
Anderson, certeza que não entende?
ResponderExcluirOlha o que aconteceu com a Vale depois de privatizada. A empresa lucra horrores! Não entendo o problema do "ditador" visar o lucro. Qual é a função da empresa? O mundo lindo do entusiasmo vai para o saco a partir do momento que ele não é mais rentável porque caso contrário a empresa simplesmente quebra!
Morando no Brasil, chega até ser assustador você não entender o ódio as estatais.
Quanto ao Gol G5, é sim um sucesso. Erraram com o óleo, fizeram testes com o motor quente e não se preocuparam justamente com a fase fria, que é quando o óleo novo tornava-se ineficiente. Um problema desses, apesar de ser duro de engolir, não desabona o projeto do carro que é sim, excelente. Espaçoso, ergonomia excelente, estável e com um acabamento condizente.
Enchergar isso não é xiitismo, é ser realista.
Fechar os olhos para isso por causa de uma falha de projeto no motor, isso sim é xiitismo contra e birra com a marca.
Governos trabalham em prol de empresários. Fato, no mundo inteiro.
ResponderExcluirA Vale lucra horrores porque antes valia a regra do estado de "estragar o público pra gerar motivo pra privatizar"... e isso é fato também. Vejam sistemas de ensino, transportes, segurança e saúde.
E a Vale foi vendida a preço de banana a multinacional que quase como todas elas por aqui tem as maiores margens de lucro do planeta.
Não há santo nessa história.
Boa Caio!
ResponderExcluirSó pra lembrar que aqui não é fórum de fordista fanático!
"Ahhh... na lista o MAO citou 2 GMs, 2 VWs e só um Ford??? Isso não pode ficar assim!"
kkkkk... Pááára o "curinthiano automotivo"!
Um autoentusiasta não comenta sobre Ecasport, Foxtrote,Golcontra e outras coisas relativas,heheheheh,voltemos a falar sobre Automóveis,por favor,hehehehehe, não consigo me "entusiasmar" assim,hahaha .....
ResponderExcluirO nosso país não possui uma industria nacional pela nossa falta de auto estima de se valorizar resultados po$itivo$ em detrimento do pioneirismo e trabalho, como exemplo,foi contada aqui a historia de henry ford no seu começo de empreendedor se fosse aqui...melhor deixar pra lá ,quando o nosso Emerson deixou para trás uma carreira vitoriosa de piloto de formula1 e foi ser um pioneiro de ter uma equipe na mais importante competição automobilistica não foi poupado de criticas e chacotas , vejam o Barrichelo 16 anos competindo e é considerado um "fracasso"mesmo trabalhando duro como ele trabalha,essa é nossa cultura , não corremos riscos,não respeitamos o trabalho de quem não é coroado com o "sucesso", por isso não temos uma industria BR.
ResponderExcluirSe a idéia parao Agile era fazer algo tão bom quanto a plataforma 4300, mas economizando $$$ usando uma plataforma mais antiga, por que não usar logo a plataforma do Chevette? Não seria interessante para os autoentusiastas um carro pequeno com tração traseira e baixo custo?
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, acho que "esquecível" é a plataforma 4200, e não a 4300. Melhor dizendo: a meu ver, e para o meu gosto e uso, os Corsas e Celtas 4200 são carros ruins. Estabilidade meia-boca, câmbio com engates "esponjosos", volante em posição torta, motores VHC problemáticos e que só andam razoavelmente com o giro quase no corte, nenhum lugar para o motorista enfiar o pé esquerdo sem ficar todo torto (isso até para mim, que mal chego aos 1,80m). Isso sem falar no design e no acabamento do Celta/Prisma, abaixo da crítica e com a única e destacada intenção de ter o menor custo possível.
O meu contato com o Corsa 4300 foi com um raquítico VHC 1.0 flex, com ar e direção. O carro se arrastava, mas apresentava estabilidade, ergonomia, design e acabamento infinitamente superiores. Acredito que os modelos 1.4 e 1.8 sejam carros decentes. Aliás, os 4300 1.4 são os melhores nacionais da GM hoje.
Quanto ao propalado desempenho do Celta VHC flex: aluguei um em Salvador e viajei sozinho até Maceió, carro vazio, rodando no álcool. Carro novo, já amaciado, que não andava de jeito nenhum. Nas subidas da Linha Verde, eu até desligava o ar daquela desgraça... A título de comparação, em 2002 fizemos São Paulo-Recife-Sao Paulo com um recém-lançado Uno Fire a gasolina, meros 55 cv, três pessoas a bordo e bagagem. O carrinho se comportou decentemente, o motor Fire girando com brio e sempre garantindo desempenho adequado e economia.
Quanto ao Agile, foi o pior design que já vi desde o Pontiac Aztec. O desenho é horrível, e mesmo a volumetria do carro é completamente desproporcional. Os instrumentos do painel também são ridículos. Essa tranqueira além de tudo usa a plataforma do Corsa de duas gerações atrás - ou seja, para os brasileiros, estar uma geração atrás é pouco - tudo por conta de custo! Acho indefensável essa história de reaproveitar a parte de baixo de um carro dos anos 90 (que deve ficar no mercado até os anos 20!) com o argumento de que "funciona bem". Oras, com uma plataforma mais moderna e evoluída, funcionaria ainda melhor. É o mesmo caso, por exemplo, do eixo rígido dos Mustangs plebeus: funciona, mas uma suspensão moderna funcionaria bastante melhor.
Por fim, acho incompreensível falar mal do Fox e falar bem do Agile. O Fox tem plataforma moderna e muito boa, acabamento melhor, motores melhores, e principalmente tem um design um milhão de vezes melhor. Mas enfim, gosto não se discute, se lamenta...
Um autoentusiasta não se importa em comentar sobre um carro mais simples. Como não se entusiasmar com a história do Fox que o MAO contou?? Os engenheiros brasileiros com certeza ganharam muita confiança dos alemães ao prepararem essa surpresa!
ResponderExcluirFalar somente de supermáquinas luxuosas só vai distanciar mais a realidade. Eu gosto de ler comentários sobre carros que convivo no cotidiano, pois assim descubro o que tal carro me oferece de bom.
Menosprezar as coisas mais simples só vai deixar a vida cada vez mais chata. Por exemplo, sempre tem alguém que quer falar mal de carros mil. Poxa, se este carro não atende às suas necessidades que escolha outro então. Agora, se só quer falar mal porque acha 1.0 é carro de pobre, isso é ignorância total. Sendo assim, este tipo de pessoa se sentiria um fracassado mesmo tendo um Porsche, pois "não é tão potente e veloz quanto um Bugatti Veyron..."
Na Quatro Rodas de novembro de 2006 minha coluna falava de termos uma Embrauto, à luz e semelhança da Embraer. Está nos fazendo falta uma marca brasileira. Quem é o quinto mercado mundial, que passará quarto no final de 2010, não pode continuar só com os "transplants" daqui. Já temos gente e dinheiro para criar o verdadeiro carro brasileiro.
ResponderExcluirBelo POST MAO, com todas maiúsculas. Temos história pra contar, os engenheiros brasileiros são uns bravos.
ResponderExcluirNâo sou ufanista, mas é necessário reconhecer que os feitos daqui não são poucos, nem pouca coisa.
Podemos achar pontos questionáveis em vários modelos tipicamente brasileiros, sim eles existem, aqui e em todo lugar, mas sucessos de mercado não ocorrem por acaso, temos de entender a ótica e perspectiva de quem compra.
CZ
O MAO fez uma ótima análise desses belos projetos nacionais. Infelizmente, como a internet realmente é um antro para idiotas, um monte de patetas comentam em seguida apenas para reforçar a idéia apresentada pelo próprio MAO quando diz que a maioria critica estupidamente certos projetos por serem baseados em plataformas menos sofisticadas, sem se darem conta de que conseguir resultados dinâmicos tão bons, ou até melhores, em estruturas com menor complexidade mecânica é um ponto altamente positivo, que contribui para menores custos de produção e de manutenção e reparos. Não se pode agradar a todos, MAO. Embora, em certos casos, possa se considerar como elogio uma crítica recebida. Certamente esse é o caso aqui, já que as críticas partem de indivíduos intelectualmente limitados.
ResponderExcluirParece que o amigo sem nome não me entendeu,meu cotidiano é Mercedes 280S 1984, uma Mercedes 190E 2.3 16v , uma C280 97 e (ainda não) uma 280S 1971,uso meus carros regularamente para ir trabalha ,viajar,ir à padaria,etc.,quem me conhece sabe disso, não pago IPVA para um estado inoperante que em troca me oferece estradas cheias de buracos,sinais que não funcionam e radares caça níqueis , não preciso de seguro pq a maioria dos ladrões não sabem o qto esses carros são bons,hehehe, enaltecer a atual industria automobilistica brasileira(aonde?)é uma piada bem sem graça, tenho carros velhos que ainda são atualizados tecnologicamente ,mas vamos esquecer esses espécimes alemães , que tal comparar o acabamento interno de um Del Rey Ghia com qq carro atual?O comportamento dinamico de um Vectra GSI 2.0 150cv de 1994 com esse 2.4 16v atual?O acabemento interno do Fox ?O acabamento interno de um Ecosport,com aquele adesivo ridículo no quebrasol do motorista que nem a Kombi (outra aberração brasileira) tem?A Honda entuba o Fit goela abaixo nos consumidores e é o único Honda que não tem marcador de temperatura,inclusive ponto para a Fiat,ela devolveu esse item para o carro de entrada dela....os caras vão brincando cm os consumidores ,lançam uma versão com painel de bosta,um acabamento vagabundo ,depois a galera grita e lançam uma versão mais bem acabada,pq não a lançaram logo de cara?Eu em 35 anos já tive tudo qto é tipo de carro, já fui monzeiro,opaleiro,dogeiro, americaneiro ,passateiro e agora só ando de mercevelha,hahahaha, existem muitos carros bons,mas o conjunto tem que ser completo, como é que um calço de motor de Focus 2.0 pode custar 680 reais se o da minha C280 custava no dealer 897 reais aqui e o importei por 380 reais?Aqui no RJ esperei 10 dias por um calço de motor do Fiesta moderno e eu importo peças com 5/6 dias via Miami, será que veio de charrete lá de Camaçari?E os compressores de a/c modernos que estão explodindo com 40/50oookm? Só essa semana aqui na quitanda foram uns 4 ,perguntem para os taxistas aí qto dura o compressor do a/c das merivas/zafiras,doblos da vida....antes de eu emitir qq opinião, eu ando,pesquiso,examino, não tenho vendas nos olhos para nada ,o assunto é enorme, só falei sobre meia duzia de carros, se quiserem eu solto o verbo sobre essa "industria brasileira" ....ahn, aquelas buchas de "prástico" dos braços oscilantes do Polo/Fox duram bem pouco,né?Eu tenho aplicado a do Crossfox(qdo eu acho), duram mais um pouquinho....Quem teve um Diplomata 90/92 vomita dentro desses carros " de luxo " nacionais,Omega CD então.....
ResponderExcluirEm tempo, essa idéia do 1.0 foi na década de 90,incentivada até por IPI mais baixo e tal, um carro desses submotorizado e com a/c na maioria das condições gasta a mesma coisa ou mais do que um 1.3 ou 1.4,principalmente em carros mais pesados como o Siena ,por ex. e para piorar os " abonados" metem um GNV no rabo do carro e querem subir as serras com 5 caneças dentro e mais malas, mas falam de boca cheia,ganhei desconto no IPVA, não é questão de ser pobre ou rico,o buraco é mais embaixo...era um espetáculo aquele Siena 1.0 Fiasa 6 marchas,não?A cx vinha da Itália,peças para ela são mais caras, a embreagem tb, os Rocam Supercharger são outras gracinhas , 1.0 andando quase igual a 1.6 e bebendo mais que ele, o blower dura uns 100000km, aí os rolamentos dele vão para o saco,sem reposição, só a unidade inteira, atualmente uns 6000 reais ,continuo ou paro?????
ResponderExcluirMaluhy.
ResponderExcluirContinua. Quero saber tudo.
É preciso fazer uma correção no que disse o colega O Especialista: o Lavida é sim criação da Shangai-VW, mas Magotan e Sagitar nada mais são do que outros nomes para Passat V e Jetta V, veículos esses produzidos pela FAW-VW e mantendo inalterados os projetos alemães.
ResponderExcluirCriação da FAW-VW é o New Bora, que basicamente é um Jetta V com outra frente e um teto mudado na parte de trás. Outras criações da FAW-VW são os Audis A4L e A6L, que, como o nome diz, são alongados em relação a seus equivalentes da terra de Göethe.
Limitação intelectual nesse caso é tão extrema que o sujeito veste a carapuça antes de todo mundo e ainda vem tirar satisfação...
ResponderExcluirParabéns pelo texto, MAO. É mesmo difícil ir contra a corrente dos idiotas. Especialmente porque são uma classe muito unida. rsrsrsrs
só não concordo com duas coisas:
ResponderExcluirchamar a tracker de horrível, ela pode não ser um primor de acabamento, mas ainda sim é confortável e razoávelmente espaçosa (para os ocupantes dianteiros)...
e eu acho o celta péssimo de dirigir principalmente pelas posições de pedal e pelos engates péssimos...
O Gol é um ótimo carro, "apenas" erraram o óleo e o motor costuma fundir com menos de 5.000 KM...
ResponderExcluirAh! Façam me o favor, é igual o antigo Polo que não podia ver água...
Certos erros são inadmissiveis, ainda mais um erro primairo igual a esse.
É o mesmo que dizer: -Aquele médico cirurgião é bom, só tem um pequeno defeito que é esquecer os instrumentos dentro dos pacientes...
Sou fúncionario de uma instituição federal e digo que os melhores profissionais da minha área no Brasil estão nas estatais.
Começando que todo mundo para assumir o cargo tem que concorrer com outros (concurso público) e não participar de um recrutamento idiota de algum RH, ou ser amigo do vizinho de algum gerente ou diretor.
Eu prefiro a objetividade a subjetividade, mas cada um deve saber o que é melhor para si mesmo.
E quanto aos outros carros:
ResponderExcluirFox, guilhotina de dedos.
Agile, mais feio impossivel.
Ecosport, comprei um Fiesta mais alto e subi de vida....
Vamos falar de carros de verdade, por favor.
Dos outros carros não vou comentar nada, mas achar que Fox é alguma coisa melhor que merda nem pensar.
ResponderExcluirO daqui de casa quebrou o miolo da chave hoje mesmo, foi guinchado pela seguradora e amanhã irá para o eletricista trocar a peça.
O eletricista me falou ser um defeito comum, como os cortes de dedo, a suspensão dianteira que solta, a zoeira dentro, o acelerador comprado mais baratinho e que não acelera direito, a luz da injeção que fica acessa e a béstia da autorizada diz que é assim mesmo, entre outras coisas. O carro tem menos que 60.000 kms. Uma vergonha.
A porcaria não tem nem argola dianteira para ser guinchado, só na traseira. Tem que por o cabo de aço direto na bandeja. Esse Fox é um lixão mesmo.
ResponderExcluirEu sempre falo, o problema dos nossos carros nao sao as plataformas ou projetos defasados de que derivam.
ResponderExcluirMas sim do preco que chegam ao mercado.
Engraçado ninguém criticar o Fit , a suspensão é dura, quica quase tanto qto o MB cotó , não tem marcador de temperatura e com o tempo descobri uma dele: como o condensador do a/c fica ao lado do radiador e o parachoque tem um bocão embaixo sem nenhuma grade, qq pedrinha vai direto no radiador e fura o dito cujo, aí....aí...aí a concessionária vende um kitpariu composto de uma tela de galinheiro que para instalar vc tem que tirar o parachoque e fazer uns furinhos no painel frontal e pronto, seu Fit está protegido contra pedradas, não é lindo????Custa uns 200 paus esse ovo de colombo, pq os fdp dos japonas não pensaram nisso e colocaram uma proteção no próprio parachoque????Ahn, tá certo,Honda não é brasileiro....no Japão não tem pedras soltas nas estradas .....me tira o tubo!
ResponderExcluirQuem bolou aquela coluna de direção do Chevette é o mesmo do Celta,não?O lazarento tinha o braço esquerdo maior que o direito ,hahahahahaa, que coisa escrota aquilo.....outro dia eu estava pensando, a Fiat deve ficar maluca para controlar os estoques de autopeças, o Siena já deve ter uns 358 modelos de tampa da mala,hahahahahaha, só para variar o modelo,o tamanho da mala é o mesmo, parece guarda-roupa de dondoca, um porrão de roupas e a carcaça é a mesma,hahaha, se for trubufu nem a maresia come,hahahahahaha..........
ResponderExcluirAcabei de postar no portal e divido com vcs mais lixo Brasil...
ResponderExcluir"Olha só, um Gol desses geração 4 com acelerador eletronico se queimar a lampada de stop acende a luz de falha do motor e a lenta fica ruim, pode isso........linha GM com corpo eletronico de aceleração, as engrenagens internas de plástico quebram com aprox. 80000km, trocar engrenagens?pra que, se eles podem entubar o corpo todo por 700 paus? E esses compressores modernos de A/C que ficam trabalhando full time, só que qdo o ar está desligado ele fica em passo-bandeira, não comprimi nada,mas a tranqueira toda fica trabalhando à toa, agora é moda trocar compressor de a/c com 40/60000km....tem carro que o filtro secador é incorporado ao condensador (Fox,Polo,Doblo,etc), vai fazer a manutenção (provavelmente de um compressor que moeu e jogou lixo no sistema) e tem que trocar a trozoba toda ,o cara senta bonitinho, caixa auto com gerenciamento eletronico tem módulo banhado a fluido quente ,uma maravilha, antigamente vc trocava uma lampada da lanterna traseira facilmente,hoje tem que fazer curso para trocar de certos carros ,ou sair desforrando tudo como o New Civic ....experimenta trocar uma lampada de farol de Stilo do lado esquerdo,bem juntinho da bateria.......o meu consolo é que eu sei certinho o nome da mãe dos engenheiros que inventam essas lambanças......em tempo,um filtro de gasolina da W203 no dealer custa 800 paus,o mesmo preço da bola do cambio do cotó,heheheh... " Vão comendo, povinho.....Agora é sobre os " carros modernos" ..."O Fusion tem um alternador que o regulador de voltagem se comunica com a ECU , aí ele pifa, se vc não colocar tudo original a luz de falha estampa na sua cara, aí vc vai no dealer, só alternador completo, chute no saco, só poltrona, BMW moderna com módulo multiplexado para controle das lanternas traseiras, aí apaga a do lado direito, é lampada?P.. nenhuma, o módulo da rede Can sifu, 3500 reais para acender a droga da lanterna de novo".... qto mais os anos vão pra frente, mais para trás eu compro meus carros ,haha, seria comico se não fosse triste, tem modernidade que só serve para entubar no consumidor.....
Mais um pouquinho de " modernidades" ,o Astra tem um temporizador integrado ao plafonier do teto,antigamente era um relé temporizador na cx de fusíveis,pifava trocava simplesmente o relé, agora é o plafonier completo com o circuito eletronico, que tal 600 paus para resolver uma simples lampada do teto que não apaga na hora certa?Ou 980 reais para um 206 que não liga o farol alto,é qto custa o comando de seta dos multiplexados , importo 2 comandos de seta de C280 por esse dinheiro , me tirem o tubo!!!!!!!!!
ResponderExcluirNenhuma crítica ao artigo do MAO, competente em suas observações e informações; não é porque uma plataforma mais antiga foi utilizada que, necessariamente resultará em uma veiculo pior, pois o que vale é o acerto do conjunto e sua adequação ao uso para o qual foi pensado.
ExcluirDe certa forma, as suas colocações (Maluhi), corroboram o artigo do MAO. Também não sou fã dessas "modernidades" pretensiosas e impossiveis de serem mantidas funcionando pelo comum dos mortais, que não ganha o suficiente para jogar dinheiro pelo ralo; gosto mais de carros mais antigos, pela facilidade de manutenção com custo baixo, muitas vezes feita na própria garagem por quem entende um pouco de mecânica básica, como é o meu caso. Porém, não me iludo muito, pois sei que dentro em breve chegaremos ao ponto em que os carros serão descartáveis, pelo alto custo da manutenção, devido, entre outras coisas, a esses sistemas de eletrônica embarcada integrada, onde peças caríssimas aliadas a mão de obra altamente especializada e cara, impedirão a sua correta conservação por quem não tiver recursos sobrando, e, todo mundo sabe, quem tem dinheiro não faz manutenção de carro usado; deu problema, passa prá frente e compra outro novo.
Gostei muito do seu artigo. Na verdade acho que esses veículos não passam de brinquedinhos estrangeiros de qualidade não tão reputável que o consumidor brasileiro se acostumou a comprar. Infelizmente, o povo em geral se preocupa com a aparência do carro para se conferir status e se sentir bem... estamos nos esquecendo da segurança e verdadeira tecnologia, nossos carros são mesmo básicos em todos os quesitos...motor e portas, quem tem um com vidros eletricos e uma direção hidraulica pensa que tem muito... os valores exorbitantes para o tipo de produto deixaria qualquer europeu/americano com os cabelos em pé. Quanto ao carro nacional, quando a Gurgel fechou e a Troller foi vendida para a Ford o sonho meio que acabou por alí... todos os outros veículos chamados de nacionais não passam de marketing barato de conglomerados internacionais, e detalhe nos seus países de origem nem são considerados veículos de primeira.... UMA TRISTEZA.
ResponderExcluirObrigado pelo seu artigo.. foi elucidador.
Agathos.