O detalhe do vidro traseiro do Corvette 1963, o famosos "split window", é o elemento de design mais famoso de todos os Corvettes. Sem dúvida é um dos detalhes mais bonitos também. Mas durou apenas um ano!
A segunda geração do Corvette - o C2 - foi lançado em 1963 com um design completamente novo. O lindo design teve origem no Sting Ray Racer de 1958, um carro para testes de performance que acabou fazendo sucesso nas corridas e mais tarde se transformou em showcar.
A segunda geração do Corvette - o C2 - foi lançado em 1963 com um design completamente novo. O lindo design teve origem no Sting Ray Racer de 1958, um carro para testes de performance que acabou fazendo sucesso nas corridas e mais tarde se transformou em showcar.
Para o C2 conversível o design estava praticamente pronto, pois o Sting Ray Racer era um open top. Para o coupe a inspiração veio da admiração do Bill Mitchel - chefe de design da GM na época - por coupes franceses da década de 30 como Talbot-Lago, Delahaye e especialmente o Bugatti 57C Atlantic. Então o designer Larry Shinoda criou o coupe Chevrolet.
O Bugatti influenciou diretamente a "espinha central" no vidro traseiro. No entanto o Sr. Duntov detestava o elemento de design que atrapalhava a visão traseira. Com a insitência do Bill Mitchel o Split Window foi para o mercado, para o nosso deleite.
C2 Split Window 1963
Porém, em 1964, Duntov venceu a batalha e o Split Window se foi. Mas o Duntov tem tantos créditos que esse fato não o desmerece em nada. Muito pelo contrario, acabou transformando o 63 em algo muito especial.
Um detalhe estético que certamente atrapalha a visão de quem dirige, mas empresta um enorme charme ao carro.
ResponderExcluirSensível inspiração!
Sds,
Der Wolff
E pensar que eu sempre sonhei em ver um Vette Split Window, sonho esse realizado aqui pertinho de casa, na coleção do Museu Tecnológico da Ulbra..Um exemplar impecável,negro, me fez perder quase uma hora, só olhando e fotografando...
ResponderExcluirserá que ele será leiloado, assim como todo o acervo ????
Só sei que se tivesse dinheiro e a oportunidade, certamente ele seria meu...Afinal de contas, dinheiro bem gasto é com coisas como essas...
É difícil recolocar esse detalhe nos modelos pós 63? Alguém já fez isso?
ResponderExcluirUma pena que a vigia traseira split window não tenha caído nas graças de Mr. Duntov. Será que alguém que comprasse um Corvette 1963 estaria tão peocupado com a visibilidade traseira?! Os Ferrari e Lamborghini, até os anos 80, não eram nenhum exemplo de visibilidade para trás. Aliás, boa parte dos modelos eram muito piores que os split window de Detroit...
ResponderExcluirDeviam ter usado a máxima de Etore Bugatti, quando questionaram o fato do modelo Royale não ter espelhos retrovisores. Ele simplesmente respondeu que, para o motorista de um Bugatti, só interessava o que acontecia à frente... Por acaso o Bugatti Type 57C Atlantic também não os tinha, além de ser uma verdadeira obscenidade de beleza... Maior extravagância, impossível!!!
Mas, como o PK disse, isso agora é irrelevante, tornou os Corvette 1963 um objeto de desejo de todo autoentusiasta.
Paulo,
ResponderExcluirOtimo post. Nao esquencendo que o Z06 original de Duntov era baseado no '63 logo tinha split window. E foi isso que aborreceu Duntov porque o Z06 era sua versao racer do carro e dai o priblema dele com isso.
Podemos notar que o novo StinRay concept da Chevrolet conta com Split window tambem.
Com relacao ao primeiro Sting Ray Racer, e interessante observar um exemplar vermelho dirigido por Elvis Presley em Clam Bake. O carro em questao era um 1959 com injecao de combustivel e freios inboard como no Lotus 72 de F1. O carro aparece no final do filme. Certamente um dos designs mais bontiso de todos os tempos.
Mas, devido aos Europeus e a vontade de ter um carro de alta performance, foi criado a berlineta para o C2 que veio tambem com suspensao independente oriundas do Sting Ray Racer. O primeiro racer, na cor prata, era dirigido diariamente por Mitchell de casa para o trabalho. Deveria ser uma tremenda visao encontrar Mitchell a bordo do racer de terno, chapeu e gravata indo para o trabalho. Ah, sim os escapes laterais que podiam deixar marcas mais do que entusiastas nas panturilhas dos mais desavisados.
Corvette e Elvis. Nao ha nada mais Americano que isso! Alias, Elvis eram grande admirador de Harleys, Cadillacs, Corvettes e tudo que fosse genuinamente Americano. Um valor totalmente perdido hoje em dia.
Um abraco a todos.
Carlos, excelente complemento ao post. Valeu!!
ResponderExcluirPK