Conheci ontem e, de modo geral, gostei. Nada espetacular, mas tem tudo para ser um automóvel para prestar bom serviço. Andei pouco, a Honda proporcionou uma experimentação muito curta no entorno do Centro de Educional de Trânsito da empresa, em Indaiatuba, SP.
É sedã médio-compacto que prima pelo amplo espaço interno na frente e, principalmente, atrás, num belo exercício de packaging, ou projeto do interior: comprimento de 4.400 mm e distância entre eixos de 2.550 mm, com 1.480 mm de altura. Embora a fábrica queira fazer crer que não, é um Fit três-volumes, com frente alongada e porta-malas destacado. Só existe com motor 1.5-litro de 115/116 cv e pode ter caixa automática de cinco marchas em qualquer dos três níveis de acabamento: LX, EX e EXL. Todos têm airbags frontais. O EXL automático pode ter borboletas de câmbio no volante e só esta versão tem freio a disco nas quatro rodas.
Causou espécie entre os jornalistas o preço. LX, R$ 56.210; EX, R$ 61.560; e EXL, R$ 65.375. Com caixa automática, mais R$ 3.800 nos dois primeiros e mais R$ 5.720 no último. O posicionamento no mercado está visivelmente acima da realidade. A Honda planeja produzir (e vender) 68% com caixa automática. O conteúdo local é de 80% e o bloco e o cabeçote de alumínio são moldados na fábrica de Sumaré, SP - o alumínio vem derretido de um fornecedor em São José do Rio Preto em caminhões com panelas especiais que mantêm o aluminio derretido a quase 800 °C.
Por falar em câmbio automático, o dos Honda é chamado de Hondamatic, é patenteado e difere totalmente dos automáticos tradicionais de engrenagens epicicloidais. É uma ideia simples, ovo-de-colombo mesmo, em que visualmente é uma caixa manual normal, mas que em vez das luvas sincrônicas de engate há embreagens multidisco em banho de óleo. Há conversor de torque com bloqueio de segunda à quinta.
Um ponto alto do City é o porta-malas de 506 litros, método VDA, com estepe de dimensões normais em roda de aço, que fica horizontal e dentro do compartimento. Cabe bem mais bagagem no novo Honda do que nos parcos 340 litros do Civic.
De resto, é a percepção de fabricação primorosa de todo Honda. Quando eu receber um para avaliação, o que não deverá demorar muito, estenderei os comentários. Mas já é possível adiantar que se trata de um sedã muito agradável e deverá fazer sucesso. Principalmente depois de eventual reposicionamento de preço.
BS
É sedã médio-compacto que prima pelo amplo espaço interno na frente e, principalmente, atrás, num belo exercício de packaging, ou projeto do interior: comprimento de 4.400 mm e distância entre eixos de 2.550 mm, com 1.480 mm de altura. Embora a fábrica queira fazer crer que não, é um Fit três-volumes, com frente alongada e porta-malas destacado. Só existe com motor 1.5-litro de 115/116 cv e pode ter caixa automática de cinco marchas em qualquer dos três níveis de acabamento: LX, EX e EXL. Todos têm airbags frontais. O EXL automático pode ter borboletas de câmbio no volante e só esta versão tem freio a disco nas quatro rodas.
Causou espécie entre os jornalistas o preço. LX, R$ 56.210; EX, R$ 61.560; e EXL, R$ 65.375. Com caixa automática, mais R$ 3.800 nos dois primeiros e mais R$ 5.720 no último. O posicionamento no mercado está visivelmente acima da realidade. A Honda planeja produzir (e vender) 68% com caixa automática. O conteúdo local é de 80% e o bloco e o cabeçote de alumínio são moldados na fábrica de Sumaré, SP - o alumínio vem derretido de um fornecedor em São José do Rio Preto em caminhões com panelas especiais que mantêm o aluminio derretido a quase 800 °C.
Por falar em câmbio automático, o dos Honda é chamado de Hondamatic, é patenteado e difere totalmente dos automáticos tradicionais de engrenagens epicicloidais. É uma ideia simples, ovo-de-colombo mesmo, em que visualmente é uma caixa manual normal, mas que em vez das luvas sincrônicas de engate há embreagens multidisco em banho de óleo. Há conversor de torque com bloqueio de segunda à quinta.
Um ponto alto do City é o porta-malas de 506 litros, método VDA, com estepe de dimensões normais em roda de aço, que fica horizontal e dentro do compartimento. Cabe bem mais bagagem no novo Honda do que nos parcos 340 litros do Civic.
De resto, é a percepção de fabricação primorosa de todo Honda. Quando eu receber um para avaliação, o que não deverá demorar muito, estenderei os comentários. Mas já é possível adiantar que se trata de um sedã muito agradável e deverá fazer sucesso. Principalmente depois de eventual reposicionamento de preço.
BS
Também achei caro, claro que se você começar a pedir um ou dois opcionais em um antiquado (mas bem feito) Volks Golf Sportline, o preço também rondará esses absurdos...Deve ser um belo carrinho esse Honda, na versão manual deve ser delicioso pelo que senti da caixa do Fit, bem acabado e com aquele padrão de qualidade estabelecido há tantos anos pelo Soichiro.
ResponderExcluirSem duvidas um excelente carro.Ainda não andei ou vi um ao vivo,mais pelo que vi,um dos seus maiores pontos negativos é o preço.A Honda ultimamente vem cobrando preços bastante abusivos pelos seus modelos,mais espero que logo o mercado coloque o City em seu lugar.
ResponderExcluirO acesso ao habitáculo é terrível: o carro difere do Fit nas colunas A,B e C. O teto foi rebaixado significantemente.
ResponderExcluirNão me lembro de outro carro com acesso tão ruim. Quem quiser comprar um e tiver mais de 1m80, favor fazer um test drive antes.
FB
Bitu,
ResponderExcluirCom a sua altura não existe carro que seja fácil de entrar. Só americanos da década de 40/50.
Bob
ResponderExcluirNão tenho dificuldade para entrar nem em carros pequenos, como Uno e Gol. O problema é mesmo do City, ganhou em estilo com o teto mais baixo, mas perdeu em funcionalidade.
Mas eu ficaria com o Fit, é mais indicado para pessoas altas.
FB
Vem com rodas de liga-leve e o estepe é de aço?
ResponderExcluirPreço altíssimo. Completamente fora do mercado que, por natureza, ja é péssimo
ResponderExcluireu gostei tb do carro. Já um na rua e parecer sem gostoso de andar.
ResponderExcluirEsse é mais um carro para o público "não-entusiasta". A Honda já planeja vender mais no automático mesmo.
ResponderExcluirO povão vai entrar na loja, achar "bonitinho", achar "carrão", a prestação cabe no bolso, então vamos levar!!!
Lembrem-se: As pessoas não comparam os carros. Mesmo que na loja em frente tenha um carro melhor e mais barato, ninguém vai lá olhar.
O problema do preço do Honda Fit é que o pessoal compra carro por metro. Um Fit mede 3,90, comprimento de hatch pequeno.
ResponderExcluirAgora compare a facilidade de acesso ao habitáculo, o espaço interno, o porta-malas, a manobrabilidade. Tudo isso sem a horrível posição de dirigir de minivan. Qualquer sedã médio hatch do mercado (um sedã pior ainda) não oferece isso, nem mesmo o Civic, para ficar na marca.
Agora o City, realmente pode sofrer com o preço, pois quem compra carro por metro (a maioria) vai preferir até mesmo um Prisma a ele.
Li no manual de reparo desta caixa, que ela bloqueia todas as marchas em D, na 3ª em D3 e, em 3ª e 4ª, em S. Em S em modo sequêncial, aí sim ele só não bloqueia a 1ª.
ResponderExcluirImpressiona o grau de evolução do controle eletrônico das mudanças, com programas para aclives/declives, e até para fixação das mudanças ao perceber condução em estrada sinuosa.
Jonas,
ResponderExcluirforçou um pouco, né amigo?
Como vc diz, "Qualquer sedã médio hatch do mercado (um sedã pior ainda) não oferece isso, nem mesmo o Civic, para ficar na marca."
o espaço interno, o porta-malas,
Vc quer dizer que o porta mochilas do Fit é melhor que o do Civic (que é pequeno pra categoria, mas não perde do Fit).
Espaço interno? Entre em um Civic, meu amigo. Vc não pode estar falando sério.
O que vc diz é conceitualmente certo, mas os exemplos foram infelizes.
Ops, André, não Jonas
ResponderExcluirJonas
ResponderExcluirNão é comprar carro por metro. É posicionamento de mercado mesmo.
O que o City tem de tão "premium" para custar mais carro que a versão de entrada do Civic?
A Kia deve trazer o novo Cerato por preços entre 50 e 55 mil reais, com equipamentos similares ao City e pagando 35% de importação.
Leo
ResponderExcluirCom o posicionamento mais definido do City o preço vai atrapalhar. Mas no Fit a "compra por metro" pesa mais. Além do fato das pessoas comprarem carro sem ver realmente suas necessidade. O pessoal imagina que sedã é sempre superior a um carro menor em vários aspectos, esse o erro. É inegável que determinados objetos só cabem em porta-malas de carros 5 portas, não em sedã. Assim como a facilidade de acesso do Fit é melhor, seja pelo formato da carroceria, seja pela altura dos banco. Como tenho pessoas com dificuldade de locomoção na família (e eles não estão nem aí para a categoria de mercado, querem é o bem-estar) foi simples a conclusão ao tentarem acessar o banco traseiro de Fit e Civic. Um carro médio que equivaleu neste aspecto foi o Tiida (e o custo benefício é bom, vai ser difícil escolher), e de todos o pior foi o Vectra, esse uma vergonha, para um carro de 4,62m.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMas há o Livina, p. exemplo. O acabamento é pior, eu sei, mas oferece espaço e um bom motor por menos dinheiro.
ResponderExcluirA Honda cobra mais pq se acha premium mesmo. Só que se espera mais de um carro como esses. Computador de bordo, suspensão multilink na traseira e freios a disco nas 4 rodas ajudariam bastante.
Caro, muito caro. Como o Fit. Mas sem problemas, brasileiro médio entrega a mãe para comprar um carro zero km.
ResponderExcluirA Honda sabe disso, são bem brasileiros nesse ponto de aproveitar-se do exibicionismo típico brasileiro. É a cultura japonesa aprendendo o que temos de pior: a preocupação com as aparências.
Vade retro.
Caríssimo.
ResponderExcluircaríssissississimo!
ResponderExcluirAliás, a Honda nos deve explicações do porque tirou a opção de CVT.
ResponderExcluirA desculpa tinha sido que não se adaptou ao motor Flex...
Leo
ResponderExcluirUm Fit EXL custa mais do que um Gran Livina SL com todos os opcionais.
Eu sei, o motor Honda é divertido e tem as "brabuletas" atrás do volante. Mas na minha singela opinião não vale 68k, é quase um Civic LXS ou Corolla XEI.
FB
Caio,
ResponderExcluirA Honda nunca dará essa explicação. Fabricantes são assim mesmo; orientais, piores ainda. Veja que nunca ofereceram a CVT nos EUA. Pode ser mera suposição de que o mercado não gosta. Não duvido disso.
Anderson,
ResponderExcluirNão vejo problema nisso. Poderia ser roda de alumínio, por coerência, mas o fato de a roda ser de aço não descaracteriza o estepe como sendo 100% operacional. Pode-se continuar uma viagem tranquilamente. Muitos carros adotam essa solução que, obviamente, é para conter custo.
Concordo com o Juvenal Jorge. Absolutamente nada à acrescentar.
ResponderExcluirCaro é um Audi A3: R$ 120.695,00. E com motor de Gol... "Ah, mais é importado". Se fosse nacional seria R$ 100.000,00. Dá pra comprar 3 Polos Top, que faz o mesmo serviço e anda mais... mas não tem status.
ResponderExcluirTem fabricante que acha que brasileiro é trouxa... e estão certos.
Eu não consigo entender como tem gente que paga mais de 55 mil num carro desses. Depois falam de carro verde e tal. Isso é prova de que automovel é e sempre será emocional,nao racional. Estou falando do meu ponto de vista de entusiasta, parcial mesmo: não tem como achar tesão num carro desses. E por esse preço tem muita coisa semi-nova 2008/2009 muito mais atraente. De qq forma tb acho que o carrinho vai vender.
ResponderExcluir[ ]s
EZ
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEZ,
ResponderExcluirPensar em carro usado melhor e que custa menos não vale como lógica. Uma coisa é carro zero, outra coisa é carro usado. Lembre-se que a melhor marca da automóvel é zero-quilômetro. No caso de decidir por um novo, é concordar com o preço ou não. Por isso todo carro se acomoda no mercado, o que se chama de reposicionamento. No Brasil temos uma espécie de maldição. a dos preços dos automóveis. Racionalmente falando, nenhum vale o preço pedido. Um Honda Civic Si nos EUA, exatamente igual ao nosso, e com teto solar, custa 21.500 dólares.
Caríssimo.
ResponderExcluirMas claro, vai vender.
Bob,
ResponderExcluirTem razão quanto ao estepe, obrigado pela resposta.
Um abraço.
Vamos esperar o reposicionamento, se cair uns R$ 5.000,00 já vai fazer algum estrago...
ResponderExcluirCaro Bob,
ResponderExcluirAinda não vi um desses por dentro, apenas por fora..., porém esse modelo da Honda, o City, assim como seu "irmão mais velho" o Civic, parecem que saíram do filme "Transformers". É Que há uma profusão de linhas retas e angulosas que, na primeira olhada, dá a impressão que o capú vai se desdobrar em uma cabeça ou focinho... O que houve com o design dos carros do futuro? Para mim, por enquanto, prefiro o "novo" Focus, seguido pelo Nissan Sentra. Esses sim, bastante bonitos!
Uma abração,
Talles Wang
O BOB está coberto de razão , os carros ditos de entrada com 1.0 e isenção total de IPI estão , nas suas versões completas , beirando 40mil ou os mesmos US$ 21 MIL ,pode?
ResponderExcluirimagine quanto voltar os impostos.Quanto ao cambio CVT dizem que ele dá manutenção com remoção constante da caixa e não quiseram comprometer a imagem da Honda ,de veiculos que não quebram.
Olá a todos. Estou conhecendo o blog e estou achando muito bom. Com informações e análises muito boas.
ResponderExcluirSó queria comentar algo em relação aos carros da Honda que vi e achei estranho.
O fato de nenhum deles (civic, city...) ter luz no botão de baixar/levantar os vidros em nenhuma das portas. Um detalhe tão pequeno mas que faz tanta falta a noite. O que já ouvi de relatos de pessoas que ficam clicando no botão trava/destrava das portas achando que é o vidro, pois só esse é iluminado...é incrível.
Parabéns a todos pelos posts!
Esse carro não tem design
ResponderExcluirÉ um retangulo polifacetado angulado ,enfim uma aula de geometria mal dada
E convenhamos tem o Cerato no mercado que oferece um motor 1.6 com 126 cv e mais barato e mais bonito
Mas o H na frente da grade pesa e pesa muito