google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 QUILÔMETROS POR LITRO OU LITROS POR 100 QUILÔMETROS? - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

QUILÔMETROS POR LITRO OU LITROS POR 100 QUILÔMETROS?

Foto: grandsiena.blog.br 


Uma das coisas que me incomoda é ler ou ouvir "o consumo do carro tal é de tantos quilômetros por litro”. Embora todos saibamos o que isso significa exatamente, temos noção exata do que seja, na verdade não é correto. Pensando bem, dizer que o consumo é, digamos, de 12 km/L é errado porque não se trata de quanto o carro consome, mas o quanto ele roda com 1 litro.

Americanos falam em fuel economy, economia de combustível, o que, convenhamos, não tem nada a ver. E aqui no Brasil já li até “autonomia” em algum lugar.

Fuel economy, milhas por galão, mpg
Os europeus usam a forma correta de volume de combustível gasto para percorrer determinada distância, tendo-se convencionado que essa distância é de 100 quilômetros, no caso, litros por 100 km. A noção de consumo é imediata para eles, tanto quanto para nós são os km/L, embora sem exprimir a realidade. O padrão L/100 km é usado também em países sul-americanos como Argentina e Chile.

Aliás, essas diferenças na América do Sul são inconcebíveis, inexplicáveis e irritantes. Por que tínhamos de adotar a octanagem à moda EUA,  anti-knock index, índice antidetonante, em vez das octanas RON, que os argentinos e os europeus usam? Por que alguém pôs na cabeça que no Brasil não se pode ter carro a diesel, enquanto nos países vizinhos são vistos em toda parte? Por que nas vias expressas que circundam Buenos Aires a velocidade máxima é 130 km/h e aqui é 90 km/h? Serão os nossos vizinhos seres superiores? Ou será que fomos amaldiçoados pelos deuses? Mas voltemos ao nosso assunto.

L/100 km (www.disco3.co.uk)

Antes, porém, abro um parêntese para explicar que pelo Sistema Internacional (SI) o símbolo do litro é o l (ele) minúsculo. Mas o l (ele) nas máquinas de escrever e nos editores de texto dos computadores se confunde com o número 1, pois são o mesmo tipo. Por isso o SI autoriza o L, maiúsculo, como símbolo do litro. Em inglês usa-se bastante o “ele” cursivo, l, e mesmo aqui se usa essa forma, como já vi em garrafas de refrigerantes como a de Coca-Cola.

Quando dirigimos um carro europeu em que o computador de bordo não foi “tropicalizado” e indica consumo em L/100 km, ficamos sem noção exata do que seja. Claro que a conta para passar de um sistema a outro é fácil: se é mostrado, digamos 8 L/100 km, é só dividir 100 por 8, que dá 12,5 km/L

Se for uma situação inversa, é suficiente dividir 100 por 12,5. Mas na estrada aparece no mostrador um consumo em L/100 km qualquer, e agora? Ou se faz a conta de cabeça, ou se apela para uma calculadora, que a maioria dos telefones celulares felizmente tem. De qualquer maneira, não é nada prático o carro não estar alinhado com o nosso padrão. Só fica mesmo fácil quando é 10 L/100 km, que é 10 km/L

www.sp.quebarato.com.br
Não tenho certeza, mas acho que nossa adesão ao padrão distância por volume vem lá de trás, dos anos 1920, quando as bombas nos postos (ou nas calçadas) tinham um recipiente de vidro no topo, graduado, de 20 litros (foto ao lado), que era como se media o volume fornecido. Primeiro o vidro era enchido – bombeado manualmente – até o nível correspondente à quantidade que o cliente solicitava, geralmente os 20 litros. Depois a válvula que ia para a mangueira e seu bico era aberta, a gasolina fluindo para o tanque do carro exclusivamente por gravidade. “Meu carro faz 120 com 20” era uma informação de consumo típica dada pelo orgulhoso proprietário, que no caso era de 6 quilômetros por litro – 120 km com 20 litros.
 
Bomba antiga, de calçada, em Belo Horizonte (www.duniverso.com.br)
Complica ainda mais se o computador de bordo do carro alugado nos EUA indica milhas por galão (mpg). Aí só mesmo com ajuda de uma calculadora. Se dividirmos o equivalente a uma milha em quilômetro, 1,609 km, por 1 galão, 3,785 litros, teremos 0,425. Multiplicando mpg por esse número achamos km/L. Se, por exemplo, aparecer indicado 25 mpg, multiplicando por 0,425 encontramos 10,6 km/L

Se atravessarmos o Atlântico e formos parar na Inglaterra, o raciocínio é o mesmo, só que o galão imperial corresponde a 4,546 litros. Então, 1,609 dividido por 4,546 é igual 0,353. Caso o computador de bordo do nosso Bentley Continental mostre 25 mpg imp, estará rodando 25 x 0,353, 8,2 km com 1 litro.

A notação L/100 km tem uma vantagem inerente. Hoje é comum se ler que "a assistência elétrica de direção chega a economizar 0,2 litros por 100 km". Imagine-se a complicação de dizer isso usando km/L. Teria que ser coisa tipo "um carro que percorra 12 km/L passa a percorrer 12,3 km/L" – isso depois de fazer umas contas: 100 /12 = 8,33 L/100 km, que passa a consumir 8,33 - 0,2 = 8,13 L/100 = 100 / 8,13 = 12,3 km/L".

A falta de conhecimento do sistema L/100 km levou um amigo na França escrever para outro, aqui, que o carro que ele tinha alugado era incrível, quanto mais rápido ia, mais econômico ficava, 10, 12, 15...como se fosse km/L

Nos meus anos na Oficina Mecânica, trabalhando com o diretor-geral Josias Silveira e com o editor-chefe Ricardo Caruso, tive a idéia de passar a escrever km/L junto, entre parênteses, com L/100 km. A idéia, na minha visão, era facilitar quem lesse revistas européias poder comparar, num relance, consumo de combustível lá e aqui. Para quê...

De repente, um berro, “Bob!!! Vem até aqui!!!”, o Josias me chamando à sua sala. Ele sempre lia todos os textos, e quando viu as duas notações de consumo, deve ter dado um pulo na cadeira.

“De jeito nenhum, tire o L/100 km!!!, isso é maluquice!”. Não foi em tom de bronca, mas foi uma, digamos, velada. Mas continuo a achar, 23 anos depois, que teria sido útil para vários leitores, apesar de, realmente, poluir um pouco a ficha técnica.

Mas a coisa complicaria mesmo 13 anos depois, quando surgiria esta "maravilha tecnológica" que é o carro flex, passando a termos de informar potência, torque, desempenho e consumo duas vezes, com cada combustível.

E já que escrevi este post e continuo a acreditar ser útil informar L/100 km também, a partir do próximo do teste do AE serão informados km/L e L/100 km na ficha técnica. Afinal, informação a mais nunca é de menos!

BS

133 comentários :

  1. Aléssio Marinho26/05/2013, 12:22

    Acho mais prático calcular consumo "à brasileira", pois demonstra mais claramente o consumo numa utilização real. Por exemplo, se irei à casa de um amigo a 8,5 km de distância, instintivamente saberei de vou gastar 2 litros pra ir e voltar no meu carrinho flex e que me foram debitados R$ 5,78 do meu orçamento.
    E sempre que abasteço, divido a quilometragem percorrida pela quantidade abastecida, e tenho o consumo com apenas um cálculo, enquanto "à europeia" tenho que fazer mais uma multiplicação por 100, para chegar a um resultado. Economizo um átimo de bateria do celular...rsrsr

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    1. Também acho mais racional, até porque permite raciocinar mais facilmente sobre quando ou não é mais vantajoso usar transporte coletivo. Se o lugar aonde você vai é do lado do metrô e está a 30 km de sua casa, isso significa que com certeza você gastará menos sobre trilhos do que gastaria indo de carro, mas gastará mais caso saia de lá para ir a outro lugar antes de voltar para casa, uma vez que seriam mais R$ 3 a pagar, por exemplo.

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    2. Aí cêis tão roubando. Se faz 12 L/100km, 8,5 km dá pouco menos de 1,2 L... Não tem muito segredo.

      Agora se forem 10 km? Dá exatos 1,2 L. E os 8,5 ficam perdidos na conta.

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    3. Larga a mão de ser dinossauro e volta pra escola

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    4. O melhor mesmo é terem o depósito cheio.
      Eu sou português e nem ligo a isso.
      É simples:
      Quando um fabricante vos diz que o carro bebe 8L a cada 100km na verdade ele bebe 9 L a cada 100km.
      Então,se vocês vão 10 km,o melhor mesmo é terem meio depósito,assim nunca há problemas.

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  2. Bob,

    As diferentes formas de notação realmente dificultam comparações. E a complicação aumenta ainda mais com as diferentes unidades de medida. O curioso é que em física usam-se as unidades do SI no mundo todo, pois se teorias e equações fossem escritas com unidades não padronizadas, seria um caos. Os ingleses adotaram o sistema métrico, mas volta e meia ainda utilizam a libra-peso, ou, pior ainda, o "stone" (6.35 kg ou 14 libras).

    É mesmo muito chato ter de ficar fazendo contas para se ter noção de coisas representadas sem uniformização.

    Interessante a questão do "L" maiúsculo, que vejo contantemente em embalagens, no caso como "mL".

    Adorei a recordação e as informações sobre as antigas bombas de gasolina por gravidade. Eu me lembro delas, quando meu avô enchia o tanque do Aero-Willys em Santa Maria Madalena, RJ!
    As bombas de calçada que eu não conhecia, são muito curiosas.

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    1. Luiz,
      Até hoje se vê em Paris bombas de calçada, mas modernas, como as atuais.

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    2. Em Maragogipe, interior da Bahia, região do reconcavo baiano, ainda existe um posto de combustivel que tem suas bombas na calçada. Minha familia é natural daquela região, e uma epoca levei minha esposa para conhecer as "minhas raízes", a patroa ficou tão maravilhada que tirou uma foto de recordação. Ponto turistico, kkkk....


      DPSF

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  3. Estou acostumado com os km/L, pois como iniciei minha leitura de revistas sobre automóveis na época que não existia internet e as revistas importadas não eram comuns, acabei "gravando" essa notação na cachola. Triste mesmo é o sistema de medidas que não segue o SI, pois até diferença entre o volume dos galões pode ocorrer, caso do galão imperial e galão "americano", sem esquecer milhas e milhas náuticas... Coisa de louco isso!

    Mas apóio a divulgação dos valores em km/L e L/100 km, pois aí fica fácil de comparar os valores com qualquer publicação. E, de quebra, que não está acostumado com uma ou outra unidade, acaba pegando o jeito.

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  4. Bob, na minha humilde opinião, como nos EUA ou na terra da Rainha, cada um tem sua forma de cálculo. No Brasil temos o Km/L. Se todos os veículos nacionais viesse com computador de bordo (coisa que acho improvável em pelo menos 20 anos) e as montadoras resolvessem mudar pro método europeu, pode ser que daria certo. Parabéns pelo texto e pelas matérias já publicadas, o AE virou leitura obrigatória pra mim já a algum tempo.

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    1. Antônimo do anônimo26/05/2013, 13:40

      Nâo vejo o porquê de levar tanto tempo...
      O novo clio (que é peladíssimo em sua versão básica) possui computador de bordo...
      O custo para as montadoras é ínfimo... basta as outras resolverem instalar também...

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    2. Montadora não, fabricante!

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    3. Normalmente é montadora. A Ford, por exemplo, so fabrica mesmo poucos itens do fiesta e ecosport como os paineis da carroceria. O resto é feito por terceiros e integrado por ela...

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    4. Montadora, fabricante, tanto faz.

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    5. Anônimos aí em cima
      Visitem a Ford ou outra fabricante e vejam se é fabricante ou montadora. Um dica: dêem uma chegada à estamparia e vejam se aquilo é "montagem".

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    6. Como falei, os paineis são feitos na planta. A questão é o quanto estes itens representam no total de trabalho. Eles fabricam uma parte do veiculo (talvez as mais criticas) mas montam muita coisa. Mas muita coisa mesmo! Ai vai da definição do que é montar e do que é fabricar. Pra mim montar é receber subsistemas ou peças funcionais e integra-los num sistema mais amplo. Fabricar é receber material bruto ou elementos de maquina e converte-los em peças ou sistemas.
      Mas concordo com o Sr. a estamparia de automoveis é uma Fabrica das mais impressionantes!

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    7. Não deixa de ser montadora.

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    8. Anônimo 27/05/13 13:06
      Montadora é quem monta, fabricante é quem fabrica. A montagem é apenas parte do processo de fabricação, que envolve prensagem, armação, pintura e usinagem, fora pesquisa e desenvolvimento.

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    9. Pesquisa e desenvolvimento. Principalmente o desenvolvimento do modelo em questão. Só isso já as credenciaria como fabricantes.

      Guilherme Vieira

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    10. Guilherme,
      e quem faz pesquisa e desenvolvimento e não possui planta fabril é o que?

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    11. Universidade.

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    12. Não deixa de ser anonimo! Ehehehe
      Mas minha empresa, por exemplo, faz P&D e terceriza a fabricação...
      Além disso prestamos serviço de P&D. Certamente não nos enquadramos em industria!

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    13. não se enquadra em industria, nem em montadora.

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    14. Então a Kibon "monta" sorvetes?

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    15. Então sua premissa seria invelida correto?

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    16. Não acho correto "fabricar" alimentos anonimo 28/05/13 10:49. Acho que o correto neste caso seria beneficiar..

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    17. Empresas como Apple e Nike terceirizam a produção. E não são fabricantes? Quem desenvolve pesquisa de mercado, conceito de produto, design, engenharia dos produtos, enfim, tudo isso, é o quê?

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    18. Meu caro, experiencia propria, tudo que você descreveu são atividades de desenvolvimento de produtos, nada a ver com industria. As empresas que você citou, acima de tudo, são grandes conglomerados de marketing...

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  5. Não vejo tantos problemas como diz o editor. É mais questão de costume mesmo. Eu acho ótimo o nosso método e estranho o método europeu.
    O Km/L tem a vantagem de se poder multiplicar diretamente a quantidade de de combustível. Por exemplo, num carro que faz 10 km/L, colocando-se 30 litros já se tem da cara que dá pra andar 300 Km, enquanto que no outro método há de se fazer um conta a mais.

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    1. Também acho isso anônimo 26/05/13 12:45,

      Quando comprei meu Voyage no século passado, notei que o marcador de combustível era muito impreciso.

      Fui até uma oficina mecânica, e o profissional, sei lá se por preguiça ou por excesso de serviço, me falou que a troca seria cara e que também não poderia dar garantia eficácia do novo medidor.

      Sem problemas... A partir daquele dia sempre que eu abastecia o carro, zerava o hodômetro parcial, rodava 300 quilômetros e começava tudo de novo. Não sem antes fazer a média (manual) e que tenho o hábito até hoje, mesmo que meu carro tenha computador de bordo, que considero dispensável.

      E pelo sistema atual em km/l, eu sempre faço de contas que meu carro faz apenas 10 km/l (essa é só para "tirar" o Bob), e aí calculo, por exemplo: uma viagem de 300 quilômetros a 10 km/l o veículo irá consumir 30 litros, ou com qualquer outra quilometragem.

      Simples assim, hehehe...

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    2. Anônimo 26/05/13 12:45
      Também não vejo problema, sabemos interpretar os km/L, eu disse isso no começo do post. Apenas achei oportuno falar um pouco a respeito dessa questão e mostrar que, conceitualmente, consumo em km/L não é correto. km/L é outra coisa, não consumo. Talvez se pudesse chamar km/L de quilometragem-combustível, ou km-combustível, que os americanos chamam de fuel mileage ou então fuel economy, com está na etiqueta da EPA. Mas foi bom, gerou comentários e argumentação. E foi bom também pelo fato de a partir de agora o AE informar "km-combustível" e consumo.

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    3. Por que não quilometragem, análogo a "mileage"?

      A propósito, eu converto MPG para km/L a partir de 23MPG que são 10km/L. Então, cada 2,3MPG para mais ou para menos correspondem a 1km/L para mais ou para menos. Por exemplo, 28MPG seria mais de 12km/L e 21MPG seria quase 9km/L.

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    4. Augustine
      Fala-se mileage no coloquial, no escrito o termo é fuel mileage. Aqui se poderia dizer quilometragem de combustível, mas é longo demais Essa é tão difícil quanto arranjar um correspondente em português para hatchback...

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    5. KKKKK como sou burro, só agora entendi o que quis dizer com "km/L não está correto". É verdade, pra ser correto o uso do termo "consumo" teria que ser ao contrario, como "litros por quilômetro", afinal de contas não se consomem os quilometros e sim os litros...

      abraços!!

      Jegue do Pantano

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    6. Jegue,

      Em tempo: nem km/l nem l/100km é consumo. Sendo o combustível líquido, seu consumo se dá em l. Estas unidades se referem a consumo específico quanto a distância, ora se fixando a quantia de combustível a 1l, ora se fixando a distância a 100km.

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    7. Verdade, Augustine.

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  6. Outro ponto positivo é que quando se deseja saber aproximadamente quantos litros se gasta em uma viagem, o cálculo aproximado é intuitivo, e pode ser feito sem calculadora.

    Ex: Distância de aproximadamente 300 km
    Consumo do carro aproximadamente 7 l/100 km
    Obviamente, 21 litros

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    1. Marcos Alvarenga,

      É isso aí. Acabei de escrever isso antes de ler a tua resposta.

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    2. Marcos Alvarenga
      Isso aí. Mas o mais importante de tudo é a associação da palavra 'consumo' com o que acontece efetivamente, o quanto de alguma coisa é consumido. Como nos barcos, aviões e tratores, consumo em litros por hora: por que se aceita essa forma? Por que não, por exemplo, milhas náuticas por litro? Não ficaria estranho se ler que "o carro consome pouco, só 20 km/L"? Para o cálculo de emissões CO2 usa-se o consumo médio em L/100 km multiplicado por 23,5. Se for 7 L/100 km esse carro emite 164 g/km de CO2. Não advogo mudar nada, foi apenas um exercício de dizer as coisas corretamente.

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    3. Ou ainda:
      - distância de 300km
      - quilometragem de 15km/L
      - consumo de 20L

      Ou seja, dá na mesma.

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    4. Faz pouco sentido dizer que o carro consome 20 km/l, mas perfeitamente logico dizer que consome um litro para rodar 20 km.

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    5. Anônimo 26/05/13 23:19
      Trecho do post sobre a Palio Weekend Trekking, bem recente: "Na cidade, consome 1 litro a cada 8,5 km sem esforço e na estrada, vai a 1 L / 11,5 km, números razoáveis para o nosso combustível alternativo "caldo de cana"."

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    6. Faz muito sentido dizer que o carro faz 20km com um litro, o que é, na verdade, a maioria das pessoas usam.

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    7. Augustine
      A maioria das pessoas, não, TODAS as pessoas – no Brasil (km/L), Estados Unidos e Reino Unido (mpg). No Canadá, Austrália, países europeus, os citados Argentina e Chile, TODAS as pessoas usam L/100 km.

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  7. Certamente por costume mesmo, eu gosto desse sistema onde se diz quantos quilômetros o carro percorre com um litro, ao invés de quantos litros ele consome em cem quilômetros percorridos. Se o modo de expressar a coisa está errado, basta mudar. Ao invés de dizer de que o carro tal CONSOME tantos quilômetros por litro, basta dizer que ele FAZ ou PERCORRE tantos quilômetros com um litro.

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    1. Mr. Car
      Claro, mas "consome", "faz" e "percorre" são verbos, enquanto "consumo" é substantivo. Qual seria o substantivo adequado para o "nosso" sistema? Eu mesmo disse no primeiro parágrafo que temos noção exata do "consumo" lendo km/L, não há dúvida quanto a isso, mas o foco do post é o conceito. Dizer que o consumo é de x km/L não a maneira correta de exprimir. Por exemplo, em corrida se calcula litros por volta, jamais voltas (ou fração dela) por litro. É evidente que cada um tem seus métodos de medir alguma coisa. Estou assistindo a 500 Milhas de Indianápolis e os americanos medem o desempenho pela velocidade média da volta, enquanto os europeus (e nós), o tempo de volta. Mesma coisa o consumo específico, medido em gramas/cv·h, peso de combustível (em gramas) por cv relacionado a tempo. Repare que nos meus textos tenho dito que o carro roda x km com 1 litro, fugindo do habitual 'o consumo é de x km/L'.

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    2. Mas foi isso mesmo que eu propus, Bob: que se passe a dizer que o carro roda (percorre) x Km com 1 litro, ao invés de consome x Km com 1 litro, que não é a maneira certa, pois o carro não "consome" quilômetros, e sim, litros. Creio que estamos de acordo, he, he!
      Abraço.

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    3. Talvez o km/L expresse na verdade a eficiência de um conjunto motriz em uma determinada condição. Que tal?

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  8. Tenho carro que marca em Km/L e L/100 Km. Confesso que prefiro o "brazilian way"; mas é só ver o primeiro aumentar e o segundo diminuir que está tudo dentro dos conformes.

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    1. O meu só tem L/100km. Estou sofrendo...

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    2. Luciana
      Um amigo fez uma tabela de equivalência L/100 km–km/L muito prática, para levar no carro. Envie-nos um e-mail para autoentusiastas@autoentusiastas.com.br para que eu possa lhe mandar uma.

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  9. E que diferença faz um sistema ou outro ?????????

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    1. Um (L/100 km) é consumo, o outro (km/L), não sei como chamar. Sugestão de nome é bem-vinda.

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    2. Bob Sharp,

      Quilômetros percorridos por litro.

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    3. Bob,
      Acho que o km/L poderia se chamar "distância específica", assim como na termodinâmica se usa massa específica kg/m^3. Ambos unidade de "alguma coisa" por unidade de volume.

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    4. Lá vai então, prezado editor, uma sugestão: 'gasto'. Ora, temos praticamente a mesma coisa - a questão é tão somente o significante e não o significado...Creio que são salutares essa diferenças de notação, afinal, são diferenças culturais e históricas. Afinal, vivemos hj num mundo que insiste em jogar o 'histórico' no lixo, achando que a História acabou...

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    5. Sr. Sharp

      Rendimento, talvez?

      Bom domingo...

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    6. Bob, Km/L poderia ser chamado de "Rendimento", pois indica o quanto um litro pode se converter em distancia percorrida.

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    7. Bob, meu considerado.
      Primeiro, nunca te dei bronca. Mais que colegas de trabalho na Oficina Mecânica, sempre fomos amigos. Uma longa amizade de décadas. Segundo, você é um inventor, em todos os sentidos. Por isso, de vez em quando você "inventa" uma forma de exprimir medidas, que geralmente é mais correta tecnicamente. Porém, mantenho minha posição. Qualquer unidade deve ser a mais clara possível para permitir comparação. E para comparar, a medida deve ser popular, bastante conhecida. Por exemplo, acho Kw mais correto para potência. No entanto, as pessoas estão mais habituadas com o velho "cavalo" (cv). Ninguém fala que tem um carro com X Kw e sim X "cavalos". Assim, fico com o cavalo e com o km/litro. Acho até mais pratico: se tenho uns 5 litros no tanque, sei que posso andar pelo menos uns 35/40 km/h. Assim, fico com o jeitinho brasileiro. Ainda mais que os argentinos preferem do teu jeito, em litros por 100 km. Já chega eles terem o Papa. Não vou deixar os hermanos terem razão tbém no jeito de medir consumo. Abração.

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    8. Que tal "autonomia por litro"?
      No mais acho que o único problema é o substantivo que vai ser usado para nomear nas tabelas, porque a medição em si não tem nada de errado, usamos até o SI.
      Acho que ao invés de mudar tudo nas revistas, publicações e na cabeça das pessoas seria mais fácil criar um nome para as nossas medições, ja que erradas elas não são, só não tem um nome correto.

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    9. Consumptância!

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    10. Consumo do mesmo jeito. Não é porque mudou a maneira de se mediar algo que esse algo muda. Continua sendo quanto de combustível que é consumido pelo carro para andar alguma determinada distância. Tentar dar outro nome a isso é tentar resolver um problema que não existe.

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    11. Gaboola, pensei na mesma coisa...

      "substantivo masculino
      ato ou efeito de render
      1 Rubrica: economia.
      lucro alcançado em uma empresa ou uma operação financeira
      2 o total das importâncias recebidas, por pessoa física ou jurídica, durante certo período, como remuneração de trabalho ou de prestação de serviços
      3 eficiência de produção; produtividade
      Ex.: com a aquisição da nova máquina, aumentou o r. da empresa
      4 eficiência relativa no desempenho de uma tarefa
      Ex.: o r. de um atleta
      5 Rubrica: física.
      quociente entre o trabalho realizado por um sistema e a energia que o mesmo consome
      6 Uso: informal.
      deslocamento de osso ou luxação"

      *Pode até ficar estranho pensar na 'energia' contida em 1l de combustível, mas foi como pensei como melhor analogia.

      Abraços a todos.

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    12. Que tal chamar km/L como se sempre se chamou: quilometragem?

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    13. Josias
      Bronca no bom sentido, sempre o considerei 95% amigo e 5% chefe...Você tem toda razão, é meu estilo inventar novidade. Todavia, L/100 km e km/L não são unidades como cv e kW, m·kgf e N·m, mas conceitos de medição. Se você e outros leitores tivessem nascido e crescido às voltas com L/100 km teriam a mesma reação diante de km/L, pois essas coisas ficam enraizadas. Como cv e kW, embora a unidade de potência pelo SI seja o kW, não consigo imaginar um motor de 60 kW de potência. Já imaginou um conta-giros em radianos por segundo? Potência máxima: 60 kW a 628 rad/s? Prefiro um zilhão de vezes 81,5 cv a 6.000 rpm... [:-)

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    14. Certo Josias. Concordo. Mais fácil CV e Km/L que Kw e L/100 km. O Bob está certo que nos expressamos errado para dizer o mais fácil para nós. Quer ver uma coisa interessante? Perguntem para qualquer mulher a distância que tem de uma cidade a outra, de um ponto a outro, uma viajem que vcs queiram fazer, qualquer coisa. 99% delas vão te responder em horas!

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    15. Credo, faço parte dos 1% restantes então...

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  10. Aff, o Diesel.

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  11. Uma vez li uma explicação (teria sido aqui?) de que a grandeza expressa em km/l, seria "autonomia específica". Não seria esse o correto? Já que se um carro com tanque de 50 l tem autonomia de 400 km, então sua autonomia específica seria de (400 km / 50 l) 8 km/l.
    Bom domingo a todos!

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  12. Se é absolutamente necessário unificar os padrões (o que por si já discordo, que cada um adota o que é mais adaptado à sua cultura), eles é que deveriam adotar o nosso.

    O argumento principal é que 100km é um número arbitrário que raramente corresponde ao percurso utilizado na prática.
    "Legal, meu carro gasta 7,3L para percorrer 100km, mas eu vou andar 67km hoje, quanto dá isso?" Sem calculadora, o número que aparece no seu CB não serve para nada, a não ser que esteja indo do centro de São Paulo para centro de Campinas (~96km).

    Usar 1 litro, por outro lado, é muito mais condizente com a realidade porque facilita nas conversões necessárias (é muito mais fácil fazer conta usando unidades unitárias).

    Autonomia do carro? Multiplica pelo tanque.

    Agora, se você não tem dinheiro e costuma botar 20 reais em vez de encher o tanque (muito comum aqui. Lá eu não sei, imagino que tampouco seja raro), a informação que você tem direto da bomba é quantos litros foram abastecidos. Multiplica pelo valor no CB e você já tem idéia de quantos km vai andar até sua próxima visita ao posto.

    Utilizando o outro sistema, você teria que dividir 100 pelo número do consumo (por exemplo 7,3) e só então multiplicar pela quantidade abastecida.

    Para nossa realidade, km/l é insuperável. Não defendo a unificação dos padrões, mas, se tiver que ser, as vantagens do nosso sistema são mais práticos para nós e potencialmente para a deles também.

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    1. Concordo, a nossa maneira é muito mais pratica. Não é porque o europeu utiliza o outro método que automaticamente o torna certo ou melhor.

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    2. Alexandre; Certíssimo e absolutamente claro, razoável, matemático, simples, mais preciso e prático. Litros por cada 100 km realmente querem dizer consumo, mas penso que nosso método é mais inteligente.

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  13. Não deve ser tão difícil assim dotar os medidores de computadores de bordo com a possibilidade de darem medidas em milhas por galão (podendo aí ser tanto galão americano quanto inglês), km/l e l/100 km. No mercado americano existe um computador de bordo conectável pelo OBD chamado ScanGauge e o mesmo permite que se ajuste as informações conforme sistema imperial ou métrico, fora as maneiras como se usa as medidas feitas em tal sistema (também permite variar informação de velocidade real em mph ou km/h, graus em Celsius ou Fahrenheit e outros dados).
    Se um fabricante de um acessório que usa uma telinha de cristal líquido parecida com a de uma calculadora consegue, por que não conseguiriam fazer isso em OEM? Observe-se que aqui sequer falei daqueles aplicativos para iPhone e Android que usam informações vindas de um conector Bluetooth no OBD, pois nesses é mais fácil ainda alternar as informações.

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  14. Senhor Bob Sharp, sem querer ser chato e já me desculpando caso não goste de ser corrigido. No período em que escreveu: "e mesmo aqui usa-se essa forma", o uso do pronome "se" está equivocado. Porque depois de advérbios e pronomes indefinidos como "sempre" e "aqui", usa-se a próclise.

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    1. Sem problema, até agradeço.

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    2. Próclise, mesóclise e ênclise não são regras gramaticais mas de estilo.

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    3. Augustine
      Adjetivo atrai o pronome. Não é só questão de estilo. Por isso aceitei e agradeci a correção.

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    4. Acho ótimo o blog se preocupar em manter o bom português. Estão de parabéns! É um diferencial do blog e, sinceramente, essa qualidade me motiva mais ainda a visitá-lo diariamente.

      Augustine, são regras, sim. Pegue qualquer gramática e terá uma parte chamada 'colocação pronominal'. Lá encontrará todas essas regrinhas. Realmente, é complicado lembrar de todas as situações específicas que atraem o pronome oblíquo átomo.

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    5. Fulano,

      Lembro-me muito bem de colocação pronomial. Mas, é uma norma, não uma regra gramatical. Se observar, algumas gramáticas a colocam como segundo a "norma culta", ou seja, como se usa em Portugal.

      Assim como em Inglês o adjetivo usualmente precede o substantivo e em Alemão o verbo vem por último na frase, em literatura nestas línguas, seja clássica como moderna, não é incomum se encontrarem estas normas ignoradas.

      Eu gosto de um Português bem escrito; um adulto falar como um apedeuta é vergonhoso. Mas nossa língua portuguesa é bem mais flexível e rica que professores de cursinho nos fizeram crer.

      Poderia dizer que, se Machado de Assis e Guimarães Rosa podiam ignorar colocação pronomial, nós também podemos.

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    6. Textos bem escritos são marca registrada do AUTOentusiastas, dá gosto de se ler. O Best Cars também prima pelo bom português, fato que tem se tornado cada vez menos comum na mídia em geral, infelizmente.

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  15. Yago G. Oliveira26/05/2013, 17:05

    Sou totalmente a favor da utilização de Km/l, não é agradável me adaptar a algo que não é flexível, não que esteja errado a utilização de l/100km, mas esse método é um tanto "sem sentido", é como se 2+1 e 100+2+1.(10)-109.
    E no caso do carros a Diesel; na minha opinião o governo faz isso pois nosso sistema de translado comercial é rodoviário, com a adição de carros menores o imposto sobre este teria de aumentar e consequentemente os produtos também aumentariam. ´E um questão muito sensível. Eu sou a favor da diminuição do mercado de motores a gasolina, substituindo por Diesel e álcool. Mas é outro assunto que eu devo bater mais cabeça para saber se é provável ou não

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  16. Bob, um professor de física que tive, há muitos anos atrás, dizia que o correto seria medir o consumo (capacidade do tanque e quantidade abastecida) pelo peso, já que a densidade é dependente da temperatura.

    Tenho uma vaga noção que na água isso é marginal em um laboratório, mas aí lidamos com pequenas quantidades e também variações de temperatura, mas em um tanque de 60 e poucos litros, com temperaturas variando 30º em um dia, esta idéia do professor é efetiva ou podemos considerar preciosismo ?

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    1. Evandro,
      Seu professor de Física tem toda razão.
      Combustíveis deveriam ser comercializados por massa, e não por volume. Isto também inclui combustíveis gasosos, como o infame GNV.
      Quem contém energia (que éo que queremos comprar) é a massa, e não o volume.
      Foi muito bom voce trazer este assunto à tona.

      Quanto aos comentários em geral, parabéns a quem sugeriu rendimento e a quem sugeriu distância específica. Estes são os termos corretos.

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    2. Portanto, abasteça sempre pela manhã. ;-)

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    3. Bussoranga
      Equipes de F-1 esfriavam a gasolina justamente por esse motivo, mais massa para o mesmo volume. Mas a FIA proibiu.

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    4. Bem lembrado, Bussoranga, a energia se dá em KJ/mol, mas a minha dúvida é se variação de volume em diferentes temperaturas chega a ser significativa ao ponto de bagunçar a aferição do consumo do carro, e também, caso seja, implantar balanças nos postos de combustível seria bem problemático..

      Na F1 eu até entendo, ali cada centavo de ganho de desempenho conta, ms "na vida real", eu não sei.

      Augustine, lembro de quando eu era pequeno e via muitas Caravans Douradas com marca de combustível escorrido no bocal do tanque, só fui entender o porque disso anos depois, que o pessoal abastecia, literalmente, "até a boca", pela manhã, e depois deixava o carro ao sol e o estrago estava feito.. chuto que seja por causa das trapalhadas durante a crise do petróleo, lá nas décadas de 70-80..

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    5. Um caso real acontecido comigo: há uns anos atrás eu tinha um Fusca 1975, daqueles com o bocal do tanque dentro do porta-malas. Uma certa noite de julho, atravessei a Ponte da Amizade e fui até Cidade do Leste abastece-lo. Naquele horário (+- 21:00 hrs) já estava um frio de lascar. Estimo que por volta dos 5ºC. Completei até a boca e voltei até a pensão que morava, há menos de 10 km da ponte (Vila A, Foz do Iguaçu). No outro dia, já perto do meio dia, a temperatura ambiente havia subido bastantinho, e começou a derramar gasolina pelo respiro. Conclui que foi pela dilatação volumétrica do líquido em função da variação de temperatura.

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    6. Compramos gasolina em volume pois a nossa restrição é o volume, não a massa.
      Augustine, a diferença é mínima, nem vale a pena preocupar com isso.

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  17. Já me acostumei com L/100km pois meu GPS (Garmin) tem um pequeno computador de bordo com essa forma de medição. Como meu Fusca 1977 não tem computador de bordo, eu insiro os dados no gps quando vou viajar e ele calcula o consumo baseado na kilometragem percorrida. Em média, na cidade ele marca 12L/100 km (8.3 km/l)e 7,2L/100km (13.8km/l) em rodovia. Meu trajeto é de SP para SC cerca de 540km. Basicamente um tanque de 41 litros.

    P500<<

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    1. Aléssio Marinho26/05/2013, 23:55

      Inseri os dados de rendimento no meu Garmim só quando comprei, depois deixei de lado, pois pra ter a exatidão que desejava teria que ser daquele outro modelo que possui leitura da OBD e faz esse cálculo.
      O legal mesmo é calcular o km registrado no hod parcial e dividir pela quantidade abastecida...


      Bob,
      Depois que o governo voltou a oferecer gasolina com 25% de álcool no dia 1º de maio, meu carro diminuiu a média de 9,7 pra 8,3. Antes abastecia 3 litros de álcool e completava o restante com gasolina.
      O Sr. ouviu (ou leu) algum relato de que o consumo aumentou depois dessa medida?

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    2. Aléssio,
      Com mais álcool na gasolina o consumo aumenta, é inevitável, mas não tudo isso. Fica em torno de 2~3% mais de consumo, o que significaria 9,4~9,5

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    3. Bob, a mistura considerada para teste para a etiquetagem seria E22? Vendo por aqui (http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php) dá a entender que sim.

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    4. Anônimo 27/05/13 05:00
      Sim, a gasolina padrão usada pela indústria é a E22.

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  18. Não dá para se dizer qual o mais correto: L/100 ou km/L. Estou acostumado com km/L e isso me basta. No computador de bordo, tanto faz. Mas na hora de estimar o consumo na hora do abastecimento, é mais fácil dividir a quantidade percorrida pelo volume de combustível.

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  19. Essa discussão é o mesmo que querer definir de chamo de seis ou de meia duzia...

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    1. Pé de Chumbo
      Nesse caso, não. Seis é conceitualmente igual a meia dúzia, L/100 km e km/L, não.

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    2. Na verdade é. Se o padrão fosse L/1KM, daria na mesma. Só colocaram esses 100 KM para dificultar.

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  20. Eu comecei a saber quanto meu carro consume depois dos computadores de bordo, nunca tive paciência ou curiosidade de saber, prefiro curtir o motor a fazer economia. Mas precisando, sei andar assim. Apenas uma noção de quanto gasta basta, só para saber se não há nada de errado. O que comigo é bem difícil, já que só uso gasolina aditivada e faço manutenção como consta no manual, nem mais nem menos, até porque carro não gosta de excesso de zelo, podem reparar, quem fica com muita frescurada o carro apronta.

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    1. Curtir o motor é bom.

      Eu sou meio paranoico com o consumo. Tenho um caderninho de anotações para marcar onde coloco todas as informações relevantes. Sempre faço a medição tanque a tanque.

      Vantagem? Assim eu consigo saber qual posto tem o melhor combustível. Aqui onde eu moro, por exemplo, minhas anotações dizem que o álcool dos postos de certa bandeira normalmente rende um pouco a mais (0.2, 0.3 km/l) que o de outra bandeira. Disse, por exemplo na semana passada, que o alcool de um posto sem bandeira e mais barato que testei na última vez fez 8,2 km/l, quando o normal fica sempre em torno de 10 km/l. Resultado: limei esse posto das minhas opções. Mas (para não falarem que é birra contra posto sem bandeira) me disse que o melhor combustível que eu utilizava em Campinas (anos 2005 a 2008) era de um sem bandeira e o melhor combustível que uso hoje nas minhas frequentes viagens entre o interior de SP e PR também é de dois postos sem bandeira, um em Ipaussu-SP e outro em Ivailândia-PR.

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  21. Discordo do Bob. Prefiro o método brasileiro mesmo.

    Já tentei usar o computador de bordo em l/100km. Não dá. Acho pouco prático. Voltei a configuração para o padrão brasileiro.

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    1. Anônimo 26/05/13 18:42
      Eu também permaneceria com km/L, cresci com essa padrão e não vou mudar só porque é errado. Quer um exemplo? A relação peso-potência, kg/cv: nos EUA é relação potência-peso (power-to-weight ratio). Aqui, 5 kg/cv, lá 0,2 cv/kg ou 200 cv/1.000 kg. Estamos acostumados com relação peso-potência e não há motivo para mudar, e olhe que os dois são corretos.

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  22. Eu faço as contas assim: KM/ R$100,00 para saber o custo.
    OU assim: KM/tanque para saber a autonomia.

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  23. Josias está c/ a razão e ponto final.

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  24. O Diesel.

    "A verdade é que o Brasil é muito dependente do transporte rodoviário e desse modo praticamente todo o óleo diesel refinado no país é para a utilização em caminhões. Por essa razão, o combustível conta com subsídios financeiros e benefícios tributários."

    http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1469245-9658,00-ENTENDA+POR+QUE+O+DIESEL+E+PROIBIDO+EM+CARROS+DE+PASSEIO.html

    É por isso e outras coisas que sempre defendi a criação de ferrovias.
    Se nosso país fosse recortado por ferrovias (preferencialmente com trêns elétricos) o custo do transporte de cargas seria muito menor, diminuindo o "custo Brasil". Haveria menos caminhões e acidentes nas estradas. O transporte de passageiros poderia ser melhor (caso tivessemos os trêns super-rápidos) e mais acessível... e poderíamos ter carros movidos a diesel.

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    1. Mas isso não dá votos e nem satisfaz certos interesses..

      Eu achava que com o Biodiesel ganhando escala produtiva, teríamos carros diesel aqui em breve, mas, acho que errei feio.

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    2. Marco R. A.26/05/13 21:14 " É por isso e outras coisas que sempre defendi a criação de ferrovias"
      Eu penso assim, e conheço muita gente que pensa igual tambem

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    3. Nos USA o Diesel é mais caro que a Gasolina.

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    4. Sicrano,

      De fato, nos EUA o Diesel pode ser tao mais caro que a gasolina que nao compensa seu consumo menor. E nos estados em que o Diesel e popular, em particular na California, o Diesel tem vantagens fiscais, ou seja, menos impostos (v. http://1.usa.gov/13cKlNY ). Mas no inverno, quando aumenta a demanda por oleo pesado para aquecimento, o preco do Diesel dispara ainda mais.

      O fato e que em um barril de petroleo, 45% e gasolina e apenas 25%, Diesel (v. http://bit.ly/13cLuoF ). Portanto, quanto maior o uso de Diesel pela frota de veiculos, mais petroleo se precisa refinar, ja que o motor Diesel e apenas 30% mais eficiente que o a gasolina, aquem dos 80% necessarios para compensar seu menor rendimento no refino. Foi por isto que nos anos 70 o Brasil tornou o Diesel inflamavel, alterando seu refino incluindo mais combustiveis leves a sua composicao e assim extrair mais Diesel - e menos gasolina - de cada barril.

      A Europa manteve o Diesel dificil de inflamar e por isto exporta gasolina barata e importa Diesel caro devido a seu uso intenso pela frota circulante. Claro, o Brasil sofre do mesmo problema, mas devido ao uso do Diesel intensamente em transporte rodoviario.

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  25. Medir o consumo em l/100km pode até ser certo, mas não é prático.
    Meu atual carro só possui essa medida de l/100km que só uso para conseguir policiar o pé direito, porque ficar fazendo continha toda hora é chato demais.
    Cheguei a fazer uma tabela convertendo um intervalo de valores de l/100km para km/l e colei na parte interna do quebra-sol. Dá certo, mas não fica muito bonito...

    dicieri

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    1. Dicieri
      Concordo que não é prático, mas para nós, porque quem sempre viveu com L/100 km é tão natural quanto consideramos ser o nosso km/L. Estamos errados mas não precisamos e não iremos mudar.

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    2. Eu concordo totalmente com vocês.
      Participei durante alguns anos de um Forum português e acabei me familiarizando um pouco com o padrão deles, mas para mim ainda é mais prático e natural usar km/L.
      Tenho uma moto em que é possível escolher a unidade no computador de bordo e deixo sempre em km/L, é claro.
      Tenho um carro que só apresenta L/100 km e preciso sempre converter para km/L, mentalmente ou usando uma tabela que eu confeccionei e deixo no carro.

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  26. Está aí uma coisa que poderia ter sido melhorada há anos: um sistema que mostre a quantidade exata de litros no tanque.

    João Paulo

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  27. Realmente é uma questão de costume. Na minha opinião nenhum dos dois sistemas é melhor ou mais eficiente que outro (já que a conversão de um em outro não implica em perda de precisão), apenas estamos habituados a pensar em km/L.

    O meu carro mostra em L/100 km, mas o cérebro inevitavelmente faz a conversão, tanto que já decorei os equivalentes em 7, 8 e 9 L/100 km em km/L, que é por onde a média de consumo do meu carro fica.

    O carro permite selecionar entre sistema internacional e sistema imperial (americano). E ao selecionar o sistema de unidades imperial, ele passa a mostrar o consumo médio em MPG (milhas por galão).

    Mas o estranho disso é o consumo instantâneo (que é mostrado em um gráfico de barras). Se estiver selecionado o sistema internacional, quanto maior o consumo, mais barras preenchidas; no sistema imperial, ele funciona com a lógica inversa: quanto maior o consumo, menos barras.

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  28. Os dois métodos são interessantes, acho o km/l mais pratico,mas é questão de habito/utilização.

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  29. Speedster
    Mais práticos para nós, que nascemos com km/L. Se vivenciássemos L/100 km desde começo acharíamos ótimo, que km/L é que era esquisito.

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  30. Apenas para efeito de ilustração, em Bom Jardim-RJ, cerca de 150 km do Rio de Janeiro, existem 2 postos no centro da cidade que utilizam bombas de combustível na calçada.

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  31. Bob
    Muito legal o comentário, já passei por todas as situações descritas (carro europeu em L/100km - um saco! e carro americano em milhas/galão, incrível, mas menos aborrecido. Talvez por registrar percurso/unidade de medida do combustível). Mas gostaria de registrar um fato curioso: sou assinante da italiana QuattroRuote desde muitos anos (1982, para ser preciso), e noto que mesmo os europeus estão se rendendo ao "nosso" sistema. Nos testes atuais os resultados são apresentados sempre em km/l, no máximo com uma observação da equivalência em L/100km ("pari a xx L/100km"). Do mesmo modo, as potências dos carros são sempre representadas em cavalli, cv, e não em kw; mais uma vez, os kw são sempre apresentados a título de ilustração, não como medida principal.

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    1. Beltrano,

      Ainda há algumas horas, também como assinante de longa data da Quattroruote, a melhor revista automobilística do mundo, pensava nisto de ambas unidades de consumo específico serem usadas, seja nas tabelas, seja no texto.

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    2. Na Alemanha a unidade principal de potência é kW, e o secundário o Pferdestärke (PS, ou cv). Como engenheiro acho correto usar o kW, pois é a grandeza física. Cavalo é uma aproximação do trabalho do animal, mas hoje em dia acho que pouca gente tem noção da força de um cavalo. Certamente foi útil algum dia, quando o Karl Benz projetou seu carro, lhe colocou um motor de 0,9 cavalo. Um cavalo deveria ser suficiente, qualquer um sabia disso!
      Mas consumo só em Litros/100 km.

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  32. Quando comprei meu C3 em 2008 demorei quase 1 semana pra entender que era L/100km...rsrs

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  33. Bob, concordo com você em tudo que disse, depois de possuir um carro Kia, me adaptei ao sistema de L/100 KM.

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  34. Sei que o Bob sabe disso, mas vale a pena lembrar que são dois tipos diferentes de medição. O km/l é uma medida de consumo volumétrico e o l/100 km retrata uma eficiência de consumo. Assim, quando se compara dois motores diferentes, deve-se usar o l/100km. É possível observar isso quando fazemos a seguinte conta: Um motor A consome 10 km/l (10 l/100 km) e outro motor B consumo 16 km/l (6,25 l/100 km). Se eu for calcular a eficiência energética entre os motores B e A o correto será dividir ((6,25/10)-1)*100 = 37,5% ( Motor B é 37,5% mais eficiente que o motor A). Caso eu calcule em km/l, a conta seria ((16/10)-1)*100 = 60%, resultando em uma eficiência energética errada entre os motores A e B, pois o parâmetro distância é diferente entre os dois. Enfim, apenas uma informação atoa..um abraço a todos.

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  35. A meu ver a palavra adequada é rendimento. É de entendimento geral não só na física ou engenharia. Qualquer receita culinária, ao final, dispõe: rendimento de n porções.
    O conceito é o mesmo quando no mundo automobilístico.
    As discussões semânticas são pertinentes mas neste caso creio que o entendimento geral é o mais certo.
    AAM

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  36. Gustavo,
    Se eu fosse calcular a eficiência em km/L, dividiria o pior pelo melhor, 10 por 16 = 0,625, que subtraído de 1 (o melhor) e * 100, dá os mesmos 37,5%. Posso também dividir o melhor pelo pior, 16 / 10 = 1,6, achar 1/x = 0,625 para ter a base do pior, chegando ao mesmo resultado. É tudo questão da base de cálculo. É como a autonomia do álcool ser 70% daquela da gasolina, ou esta ser 1 / 0,70 = 1,428 ou 42,8% maior que a do álcool. O mesmo carro com álcool roda 70% do que rodaria com gasolina, ou com gasolina rodaria 42,% mais do que com álcool. No seu exemplo, o carro A rodaria 62,5% do que rodaria o carro B ou o carro B rodaria 60% mais do que rodaria o A, mas a eficiência no uso do combustível é a mesma, como é a mesma a autonomia relativa entre a gasolina e o álcool. Mesma coisa o ICMS nas contas de luz: é 25% ou 33,3"%? Depende da base de cálculo. É a "mágica-mão-no-nosso-bolso" de nos fazer crer que é 25%, quando na realidade é 33,3%. Ou então, no terreno autoentusiasta, uma marcha 0,90:1 é mais longa do que uma 1,10:1 em 0,9 / 1,1 = 0,818 (- 1) = - 1,182 ou 18,2% mais longa, ou a 1,10:1 é mais curta do que 0,90:1 em 1,10 / 0,90 = 1,222 ou 22,2%, mas a razão entre essas duas relações é mesma.
    Abraço!

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  37. Acho ótimo justamente para vermos como nossos carros são muito menos eficientes e consomem muito mais que os "mesmos" vendidos nos países de origem - A tal tropicalização que estraga décadas de desenvolvimento sérios do exterior, vide um Audi A3 2.0 Sfi lá faz + 18km/l e aqui não passa de 12 km/l.

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  38. Km/L = Praticidade (matematicamente), principalmente em pequenas distancias;
    L/100Km = SI;

    Tô nem ai ! Para o SI... Percorrer ou consumir, o importante é o entendimento da mensagem final. Infinitos componentes de péssima qualidade em um veiculo (em relação ao resto do mundo), e "um minuto de fama" para uma matemática, que nós conseguimos praticidade.

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  39. Quando tinha o blog eu sofria para fazer a conversão, já que era uma babel só:
    Potência: cv, hp, bhp, w...
    Torque: nm, kgf/m...
    Consumo: mpg, km/l, l/100 km...

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  40. Marcus Vinícius04/08/2013, 15:15

    Eu tive que me acostumar. Tenho um Clio Privilege, e o computador marcava km/l. Ocorre que o painel queimou, e depois de muito rodar em sucatas, vim achar um painel perfeito que serviu e por menos da metade do preço de um novo. O que ocorre é que o computador dele marca em l/100, e ai tive que me readaptar para "entender" o consumo.

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    Respostas
    1. Marcus Vinicius
      Mande-me um e-mail, bobsharp@autoentusiatas.com.br, que lhe mando uma tabela de conversão l/100 km para km/l em Excel muito prática. Foi feita por um leitor meu da revista Carro.
      O oferecimento é para outros leitores também.

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  41. sera que alguem me sabe a quantidade de co2 gkm dos motores da vw kombi ou fusca, agradecia obrigado e uma boa pascoa

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  42. carlos silva
    É só pegar o consumo médio cidade-estrada em km/L, passar para L/100 km e multiplicar o resultado por 23,2 para achar g de CO2 por km. Por exemplo, se o consumo médio do Fusca for 10 L/100 km, ele emite 232 g de CO2 por km. Consumo de combustível e emissão de CO2 são diretamente relacionados.

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